Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Duplicação de rodovias significa maior segurança, mais rapidez e menor custo do transporte

A presidenta Dilma Rousseff afirmou, hoje quarta-feira (12), durante a cerimônia de assinatura dos contratos das rodovias BR-163 e BR-040, que as concessões que preveem duplicação levam mais segurança e rapidez aos usuários e possibilitam um menor custo de transporte. Os contratos abrangem 2.634,9 km de rodovias e totalizam investimento de R$ 18,2 bilhões, sendo R$ 10,3 bilhões nos primeiros cinco anos da concessão.
“Ao analisar as rodovias, principalmente nos eixos mais importantes, levar a duplicação a elas torna-se algo fundamental, essencial. Levar duplicação significa maior segurança, mais rapidez e portanto, menor custo do transporte, sobretudo nas regiões que são regiões de fronteira de produção, como é o caso de todo o Centro-Oeste brasileiro”, destacou Dilma.
Em 2013, foram realizados cinco leilões de concessões de rodovias no âmbito do Programa de Investimento em Logística (PIL), com 4.248 km de rodovias federais concedidos, dos quais 2.840 km serão duplicados pelas concessionárias, com investimento de R$ 28,4 bilhões. Também em 2013 foram concedidos, fora do PIL, 476 km da BR-101/ES, dos quais 418 km serão duplicados. O investimento será de R$ 2,6 bilhões.
Confira a íntegra

Rodrigo Vianna

Depois de morto, Gushiken derrota ‘Veja’: o caso das falsas contas no exterior
 
Quase oito anos se passaram. A Justiça levou tanto tempo para ser feita, que a vítima dos ataques covardes já não está entre nós. Fundador do PT, bancário de profissão, Luiz Gushiken foi ministro da SECOM na primeira gestão Lula. Por conta disso, teve seu nome incluído entre os denunciados do “mensalão” (e depois retirado do processo, por absoluta falta de provas)…
Mas os ataques de que tratamos aqui são outros. Em maio de 2006, a revista “Veja” publicou uma daquelas “reportagens” lamentáveis, que envergonham o jornalismo. A torpe “reportagem” (acompanhada de texto de certo colunista que preferiu se mudar do Brasil – talvez, por vergonha dos absurdos a que já submeteu os leitores) acusava Gushiken de manter conta bancária secreta no exterior. Segundo a publicação da editora Abril, os ministros Marcio Thomaz Bastos, Antonio Palocci e José Dirceu (além do próprio Lula!) também manteriam contas no exterior.
Qual era a base para acusação tão grave? Papelório reunido por ele mesmo – o banqueiro Daniel Dantas. A “Veja” trabalhou como assessoria de imprensa para Dantas. Da mesma forma como jogou de tabelinha algumas vezes com certo bicheiro goiano. Mas mesmo ataques vis precisam adotar alguma técnica, algum rigor.
No caso das “contas secretas”, não havia provas. Havia apenas o desejo da revista de impedir a reeleição de Lula. O vale-tudo estava estabelecido desde o ano anterior (2005) – com a onda de “denuncismo” invadindo as páginas (e também as telas – vivi isso de perto na TV Globo comandada por Ali Kamel) da velha imprensa.
Pois bem. Gushiken processou a “Veja”. O trabalho jurídico (árduo e competente – afinal, tratava-se de enfrentar a poderosa revista da família Civita) ficou por conta do escritório Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados – com sede em São Paulo. Em primeira instância, a revista foi evidentemente derrotada. Mas a Justiça arbitrou uma indenização ridícula: 10 mil reais! Sim, uma revista que (supostamente) vende 1 milhão de exemplares por semana recebe a “punição” de pagar 10 mil reais a um cidadão ofendido de forma irresponsável. Reparem que este blogueiro, por exemplo, que usou uma metáfora humorística para se referir a certo diretor da Globo (afirmando que ele pratica “jornalismo pornográfico”), foi condenado em primeira instância a pagar 50 mil reais a Ali Kamel! E a “Veja” deveria pagar 10 mil… Piada.
Mas sigamos adiante na história de Gushiken. O ex-ministo recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Antes que os desembargadores avaliassem a demanda, Gushiken morreu. Amigos mais próximos dizem que o estado de saúde dele  (Gushiken lutava contra um câncer) se agravou por conta dos injustos ataques que sofreu nos últimos 8 anos.
Gushiken morreu, mas a ação seguiu. E os herdeiros agora acabam de colher nova vitória contra “Veja”. O TJ-SP mandou subir a indenização para 100 mil reais, e deu uma lição na revista publicada às margens fétidas da marginal.
O desembargador Antonio Vilenilson, em voto seguido pelos demais desembargadores da Nona Câmara de Direito Privado do TJ-SP (apelação cível número 9176355-91.2009.8.26.0000), afirmou:
“A Veja dá a entender que não eram fantasiosas as contas no exterior. E não oferece um único indício digno de confiança. Infere, da identidade dos acusadores e dos interesses em jogo, a verdade do conteúdo do documento. A falácia é de doer na retina.”
Quanto aos valores, o TJ-SP sentenciou:
“A ré abusou da liberdade de imprensa e ofendeu a honra do autor. Deve, por isso, indenizá-lo. No que diz com valores, R$ 10.000,00 não condizem com a inescusável imprudência e com o poderio econômico da revista. R$ 100.000,00 (cem mil reais) atendem melhor às circunstâncias concretas.”
Chama atenção que a Justiça tenha levado 8 anos para julgar em segunda instância (portanto, há recursos possíveis ainda nos tribunais superiores) caso tão simples. O “Mensalão” – com 40 réus na fase inicial – foi julgado antes.
A Justiça é rápida para julgar pobres, pretos, petistas. E eventualmente é rápida também para punir blogueiros que se insurgem contra a velha mídia. Mas a Justiça é lenta para punir ricos, tucanos e empresas de mídia.
De toda forma, trata-se de vitória exemplar obtida por Gushiken – que era chamado pelos amigos mais próximos de “samurai”…
E falando em samurais, há um ditado oriental que diz mais ou menos o seguinte : submetido ao ataque de forças poderosas, o cidadão simples deve agir como o bambu - sob ventania intensa pode até se inclinar, mas jamais se quebra.
O “samurai” ganhou a batalha. Inclinou-se, ficou perto de quebrar-se. Mas está de pé novamente. E é de se perguntar, depois da sentença proferida: quem está morto mesmo? Gushiken ou o “jornalismo” apodrecido da revista ”Veja”?
Nunca antes na história desse país, o Judiciário adotou expressão tão precisa e elegante para descrever fenômeno tão abjeto: a revista da família Civita produz “falácias de doer na retina”. E não são poucas.

Rodrigo Vianna

Depois de morto, Gushiken derrota ‘Veja’: o caso das falsas contas no exterior
 
Quase oito anos se passaram. A Justiça levou tanto tempo para ser feita, que a vítima dos ataques covardes já não está entre nós. Fundador do PT, bancário de profissão, Luiz Gushiken foi ministro da SECOM na primeira gestão Lula. Por conta disso, teve seu nome incluído entre os denunciados do “mensalão” (e depois retirado do processo, por absoluta falta de provas)…
Mas os ataques de que tratamos aqui são outros. Em maio de 2006, a revista “Veja” publicou uma daquelas “reportagens” lamentáveis, que envergonham o jornalismo. A torpe “reportagem” (acompanhada de texto de certo colunista que preferiu se mudar do Brasil – talvez, por vergonha dos absurdos a que já submeteu os leitores) acusava Gushiken de manter conta bancária secreta no exterior. Segundo a publicação da editora Abril, os ministros Marcio Thomaz Bastos, Antonio Palocci e José Dirceu (além do próprio Lula!) também manteriam contas no exterior.
Qual era a base para acusação tão grave? Papelório reunido por ele mesmo – o banqueiro Daniel Dantas. A “Veja” trabalhou como assessoria de imprensa para Dantas. Da mesma forma como jogou de tabelinha algumas vezes com certo bicheiro goiano. Mas mesmo ataques vis precisam adotar alguma técnica, algum rigor.
No caso das “contas secretas”, não havia provas. Havia apenas o desejo da revista de impedir a reeleição de Lula. O vale-tudo estava estabelecido desde o ano anterior (2005) – com a onda de “denuncismo” invadindo as páginas (e também as telas – vivi isso de perto na TV Globo comandada por Ali Kamel) da velha imprensa.
Pois bem. Gushiken processou a “Veja”. O trabalho jurídico (árduo e competente – afinal, tratava-se de enfrentar a poderosa revista da família Civita) ficou por conta do escritório Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados – com sede em São Paulo. Em primeira instância, a revista foi evidentemente derrotada. Mas a Justiça arbitrou uma indenização ridícula: 10 mil reais! Sim, uma revista que (supostamente) vende 1 milhão de exemplares por semana recebe a “punição” de pagar 10 mil reais a um cidadão ofendido de forma irresponsável. Reparem que este blogueiro, por exemplo, que usou uma metáfora humorística para se referir a certo diretor da Globo (afirmando que ele pratica “jornalismo pornográfico”), foi condenado em primeira instância a pagar 50 mil reais a Ali Kamel! E a “Veja” deveria pagar 10 mil… Piada.
Mas sigamos adiante na história de Gushiken. O ex-ministo recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Antes que os desembargadores avaliassem a demanda, Gushiken morreu. Amigos mais próximos dizem que o estado de saúde dele  (Gushiken lutava contra um câncer) se agravou por conta dos injustos ataques que sofreu nos últimos 8 anos.
Gushiken morreu, mas a ação seguiu. E os herdeiros agora acabam de colher nova vitória contra “Veja”. O TJ-SP mandou subir a indenização para 100 mil reais, e deu uma lição na revista publicada às margens fétidas da marginal.
O desembargador Antonio Vilenilson, em voto seguido pelos demais desembargadores da Nona Câmara de Direito Privado do TJ-SP (apelação cível número 9176355-91.2009.8.26.0000), afirmou:
“A Veja dá a entender que não eram fantasiosas as contas no exterior. E não oferece um único indício digno de confiança. Infere, da identidade dos acusadores e dos interesses em jogo, a verdade do conteúdo do documento. A falácia é de doer na retina.”
Quanto aos valores, o TJ-SP sentenciou:
“A ré abusou da liberdade de imprensa e ofendeu a honra do autor. Deve, por isso, indenizá-lo. No que diz com valores, R$ 10.000,00 não condizem com a inescusável imprudência e com o poderio econômico da revista. R$ 100.000,00 (cem mil reais) atendem melhor às circunstâncias concretas.”
Chama atenção que a Justiça tenha levado 8 anos para julgar em segunda instância (portanto, há recursos possíveis ainda nos tribunais superiores) caso tão simples. O “Mensalão” – com 40 réus na fase inicial – foi julgado antes.
A Justiça é rápida para julgar pobres, pretos, petistas. E eventualmente é rápida também para punir blogueiros que se insurgem contra a velha mídia. Mas a Justiça é lenta para punir ricos, tucanos e empresas de mídia.
De toda forma, trata-se de vitória exemplar obtida por Gushiken – que era chamado pelos amigos mais próximos de “samurai”…
E falando em samurais, há um ditado oriental que diz mais ou menos o seguinte : submetido ao ataque de forças poderosas, o cidadão simples deve agir como o bambu - sob ventania intensa pode até se inclinar, mas jamais se quebra.
O “samurai” ganhou a batalha. Inclinou-se, ficou perto de quebrar-se. Mas está de pé novamente. E é de se perguntar, depois da sentença proferida: quem está morto mesmo? Gushiken ou o “jornalismo” apodrecido da revista ”Veja”?
Nunca antes na história desse país, o Judiciário adotou expressão tão precisa e elegante para descrever fenômeno tão abjeto: a revista da família Civita produz “falácias de doer na retina”. E não são poucas.

Fernando Henrique Cardoso anda impossível

Aproveitando que seu candidato é um nada, ele sentiu que pode ser alguma coisa na sucessão e anda falando pelos cotovelos.

Mas cada uma que eu vou te contar.

Hoje foi a vez de dizer que Dilma trata mal os deputados e não discute os problemas,chegando com pacotes prontos, que são impostos a todos.

Claro que no tempo dele era diferente, não é?

As privatizações, por exemplo, foram super-discutidas, não foi?  Só faltou convocarem um plebiscito  para que o povo dissesse que estava louco para ver tudo vendido para estas maravilhosas empresas de telefonia e de eletricidade,não é?

E o arrocho dos salários? Só saiu porque houve multidões de trabalhadores na frente do Congresso, aos gritos de “me arrocha, me arrocha, me arrocha”!

Os servidores, então, chegavam a organizar marchas masoquistas, carregando coleiras, chicotes e outros petrechos de flagelação, implorando às autoridades que os humilhassem, maltratassem, torturassem…

E o socorro aos bancos falidos com o Proer? Querem exemplo maior de discussão? Foi começar a quebradeira e “pá-pum”, tomou-se a decisão. Certamente ouviram a população via facebook, no final de semana. O que, não tinha facebook na época? Isso é detalhe, ora…

Do mesmo feito foi a reforma da previdência, acabando com o tempo de serviço de 30 e 35 anos. Foi lindo! Aquele pessoal de cabelos embranquecidos, numa demonstração de vitalidade, enchendo a Esplanada exigindo trabalhar mais tempo e ganhar menos de aposentadoria.

O senador Paulo Paim, gritando “negro quando pinta, três vezes trinta” exigia aposentadoria só aos noventa anos, vocês lembram?

Mas nada, nada foi tão democrático quanto a reeleição. Aqueles deputados gravados dizendo que receberam dinheiro para votar, história que o jornalista Palmério Dória acabou por confirmar com o autor das gravações, o ex-deputado Narciso Mendes, no seu livro “O Príncipe da Privataria”, mostra a que nível de bom relacionamento entre Executivo e Legislativo o Brasil chegou: em lugar de deputado pedir propina, o Governo já mandava pagar, para evitar essa coisa desagradável.

Por tudo isso, Fernando Henrique, é que o povo jamais tira você da memória e quer sempre saber de que lado você está, para poder se orientar sabiamente.

E ir pro lado oposto.

Fernando Brito no Tijolaço

Luis Nassif - Oposição de Eduardo Cunha na Câmara remete a escândalos

Traduzindo: os que apoiam Eduardo Cunha são escandalosos.

Jornal GGN - Não é a primeira vez que Eduardo Cunha protagoniza oposição na Câmaradiante do governo federal, em defesa de interesses de grupos. Em maio do ano passado, ao lado de Anthony Garotinho (PR-RJ), também conseguiu adiar a votação da MP dos Portos.
E esse exemplo está em pequena posição na sequência de escândalos do deputado.
No governo Garotinho Eduardo Cunha deixou seu nome no caso da Companhia Estadual de Habitação. Ele foi indicado pelo deputado federal evangélico Francisco Silva (PRN) para ocupar a presidência da Cehab. Durante o período, manipulou diversas licitações.
Ao lado de Jorge La Salvia, argentino e ex-procurador de PC Farias, Cunha foi indiciado. O caso Cehab foi parar no Tribunal de Contas do Estado e arquivado em 2004, com base em um documento do Ministério Público Estadual que inocentou o parlamentar. Depois, descobriu-se que o parecer foi falsificado pelo subprocurador Elio Fischberg.
O deputado Francisco Silva e o traficante Abadia – com relações próximas ao advogado Carlos Kenigsberg, presença constante no casos de Cunha – chegaram a ser acusados de fraude por esconder imóveis de Cunha ao tentar escapar dos leilões da Justiça.
Além dessa passagem, Eduardo Cunha esteve envolvido no caso da sonegação da Refinaria de Manguinhos, com a compra e venda de combustíveis sem o recolhimento do ICMS. No período, uma CPI apurou que entre 2002 e 2006, o esquema teria produzido um rombo de ao menos R$ 850 milhões na arrecadação.
Sob a sigla VM, Cunha teria ajudado o empresário Ricardo Magro a negociar compra de combustível em Brasília, chegando a oferecer seu gabinete para uma reunião de Magro com Itamar dos Santos Silveira, lobista e ex-assessor de Furnas.
Eduardo Cunha também foi avistado no esquema Furnas, ao indicar o lobista Itamar, para o escritório em Brasília, e Lutero de Castro Cardoso, ex-funcionário da Telerj, para o cargo de presidente da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio) – Lutero chegou a ter bens bloqueados pela Justiça por operações ilegais na companhia em 2007.
Nessa passagem, o parlamentar tentou, inclusive, assumir o controle do Real Grandeza, fundo de pensões dos funcionários de Furnas, entre 2007 e 2008.
Dos mais de 20 inquéritos que Cunha contabiliza no Supremo Tribunal Federal, por vezes como réu e outras como autor, três foram para apurar possíveis crimes que cometeu quando presidente da Cehab do Rio de Janeiro, entre os anos de 1999 e 2000.
Um deles, o inquérito 2984, foi aberto em 2010 para apurar a falsificação de documentos, pelo subprocurador, que levaram ao arquivamento do processo. Quando descobriu-se que era falsificado, Fischberg foi condenado a três anos e 10 meses de reclusão em regime aberto, perdendo a função pública. A pena foi substituída por serviços à comunidade e Cunha, sem ter seu nome no processo, não teve pena e conseguiu se reeleger na Câmara.

Reflexão do São Briguilino

A *onestidade dos tucanos é igual a cicatriz de uma árvore: com o tempo cresce, em vez de desaparecer.
A máxima se aplica ao...

Eduardo Campos quase dobra verba de publicidade

O governador de Pernambuco, dono do PSB e candidato do partido a presidente da república este ano vai gastar 100 milhões de reais com propaganda.
As agências Link Bagg e Blackninja são propriedade dos marqueteiros Edson Barbosa e Antonio Lavareda -respectivamente -, que prestam serviço ao socialista em suas campanhas eleitorais, apenas coincidência...

Papo de homem

O papel de um Pai

Me chamo Leonardo, também conhecido como Jude Law (segundo meus admiradores no PdH). Trabalho como ilustrador freelancer durante o dia e uso minha insônia pra descobrir músicas, conhecer arte e admirar a beleza feminina durante a noite. Também sou pai de um malandrinho chamado Nicolas, 5 anos, 10 meses, e uma janela de 4 dentes na frente, que veio ao mundo num dia 29 de fevereiro, e já usa seu charme pisciano pra arrancar sorrisos das mulheres na rua, especialmente em pontos de ônibus.
A ideia de ter um herdeiro pra minha coleção de quadrinhos já me agradava desde adolescente. Uma herdeira, na verdade. Trinta anos me parecia uma idade boa pra isso. Adiantei pra vinte e dois e veio foi um menino. Mas penso que não poderia ter sido em melhor hora, pois foi o que me motivou a dar uma virada frenética na minha vida, que futuramente se mostrou muito necessária e providencial.
Saí da casa da mãe, dei o primeiro passo no que se tornou minha carreira, aprendi a dirigir e me casei. Pacote completo de aprendizado pra uma vida adulta precoce.
Como talvez já fosse previsto para um casal tão inexperiente, e diante de tantas grandes mudanças, decidimos nos divorciar pouco tempo depois. Mas apesar disso, mantemos uma ótima relação de amizade e vivo com meu filho regularmente aos finais de semana, feriados e férias.
Como tenho menos tempo com ele, tento aproveitar nossos momentos fazendo coisas divertidas. No final do último ano, por exemplo, passamos uns bons dias fazendo o que há de mais gostoso pra se fazer com os filhos nas férias: dormir e acordar tarde, comer besteiras, passear, e ver filmes.
Conforme ele tem crescido, tenho experimentado apresentar a ele filmes e desenhos que eu gostava bastante na minha infância. Descobri que isso é também uma boa forma de me entreter sem querer pular pela janela cada vez que o mapa da Dora, a Aventureira repetia pela quinta vez o nome dos negócios.
Resolvi começar com uns filmes de aventura que só a galera dos anos 80 sabia fazer. Escolhi um dos meus filmes do coração: De Volta para o Futuro.
Pra minha surpresa, ele não só adorou, como pude ver as engrenagenzinhas na cabeça dele girando loucamente, tentando entender toda aquela complexa lógica de viagens no tempo e roupas cafonas. “Pai, agora ele tá no futuro?”; “Porque agora ele está mais velho?”; “Ela é a mãe dele?”.
Agora, toda vez que a gente pega ônibus que tem marcador de velocidade no teto, eu brinco: “Olha lá filho, quando chegar a 88 a gente vai pro futuro!” e ele morre de rir.
Outro dia decidi levá-lo comigo a uma loja pra provar um tênis que eu queria dar de presente a ele. Um modelo exatamente igual a um que uso até a exaustão, desses de cano baixo, preto e com solado branco, só que miniatura.
Aproveitei que estavam com um preço legal e decidi escolher mais um, enquanto meu filho apostava corrida com ele mesmo pelos corredores da loja. Novamente peguei um que achei legal, no mesmo estilo do outro só que com tons de cinza e verde.
Chamei ele para prová-los e ver o que achava e, ao vê-los, ele disse com toda determinação: “Só quero esse preto pai, esse outro eu não gostei não!”
Quando criança eu não podia me dar muito ao luxo de escolher certas coisas e, apesar de talvez ter melhores condições que meus pais tinham, tento educá-lo para que não se torne uma criança mimada.
Como estavam por um preço muito barato, insisti pra que ele levasse o segundo. Ele se manteve firme.
Depois de muita recusa, sugeri que ele mesmo escolhesse um que o agradava. Ele escolheu um modelo de cor amarelo queimado, até que bem bonito e estiloso, mas que a princípio não achei tão legal. Porém, quando colocou no pé, não tive como negar: combinou muito com ele.
Creio que o sonho, e até o instinto, de quase todo pai seja que os filhos sigam a mesma profissão, torçam pro mesmo time, usem roupas parecidas, ou se interessem pelas mesmas coisas. Mas nunca me agradou muito a ideia de ver nele meu reflexo perfeito. Um mini-Léo.
Quando foi capaz de recusar minha sugestão, me dei conta de que mesmo tão pequeno, ele já estava apresentando traços de personalidade própria, e fiquei feliz por isso.
Percebi que me cabe como pai ajudá-lo em seu desenvolvimento, sim, mas às vezes me manter nos bastidores, deixando-o errar, acertar, escolher, tatear, sentir… Permitir que ele possa perceber a vida com seus critérios e usar isso para aprender a ouvir seu próprio coração.

Frase do dia

O PMDB não vai resolver o problema no Congresso, porque ele é o problema!
É o povo, nas urnas que deve resolver esse problema. Basta não eleger filiados do partido para o parlamento.

Dilma Invocada

Dilma invocada

Temos bastante tempo para decidir se aceitamos um filiado do PMDB para ser vice na nossa chapa ou se vamos de puro-sangue:
Eu e Lula ou Lula e Eu. 

Cesar Maia

BALCANIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES PARA GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO!        
1. A Balcanização ('fracionamento de uma unidade -país, etc.- em unidades menores, mais ou menos hostis entre si') das eleições para governador do Estado do Rio, em 2014, torna o resultado imprevisível e elimina a grade de favoritos. É o único Estado do Brasil onde isso ocorre este ano.

2. Por quê? O estilo de governo do PMDB no Rio –estado e capital- é despolitizador, apostando num processo de desmoralização dos servidores públicos, da administração pública, dos deputados e vereadores, submetendo-os a subserviência dos favores com a chantagem dos riscos eleitorais.
        
3. Oferece como alternativa –mais que as privatizações e terceirizações bilionárias e de duvidosa moralidade- um suposto governo de especialistas, assessorias e consultorias milionárias. A mistura de ambas vai corroendo e desintegrando a máquina pública, cuja resultante inexorável é o fracasso administrativo e a desmoralização política. Em uma palavra: o caos nos serviços.
        
4. Essa despolitização, como política, não poderia dar outro resultado: a desmontagem das alianças políticas potenciais, a criação de expectativas para todos e a balcanização eleitoral. Se em 2006 tínhamos 2 blocos competitivos e em 2010 também 2 blocos competitivos, agora temos 7, por enquanto. Todos eles potencialmente competitivos.

5. As pesquisas confiáveis publicadas mostram que nenhum dos atuais sete candidatos atinge 20% e que a diferença entre os dois primeiros e os sexto e sétimo é de apenas 12 pontos. Se somarmos a intenção de voto do primeiro com o último e dividirmos por 2 temos 11%. Com isso, a expectativa é de que quem passar da fronteira dos 15% estará no segundo turno.

6. Todos pensam em crescer, mas à custa de quem? Os ditos 'indecisos', 30%, são mais eleitores que não querem votar em ninguém que eleitores aguardando para decidir. Todos pensam em tempo de TV. Pela imprevisibilidade eleitoral, os preços das ações na bolsa de valores de tempo de TV cresceram muito, como tem sido divulgado. Difunde-se que os que lideram não têm chance no segundo turno e quem carrega o peso da impopularidade governamental, nem no primeiro.
        
7. Mas com esse espectro de porcentagens de intenções de voto, todos se assanham e se entusiasmam hoje, mas em agosto essa balcanização produzirá um estresse eleitoral e a tendência é que a agressividade na campanha 2014 seja recorde. Aliás, confirmando a etimologia da expressão balcanização.

Dilma invocada com chantagem do PMDB de Cunhas

Eles acham que o tempo que o partido tem na tv vai fazer eu ceder as chantagens dele. Vamos ver o que vale mais. O tempo que eles tem direito ou ter Lula como vice na chapa.