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Briguilina do Palmério

A Folha festeja a vitória de Aécio Neves no Datafolha.
A posse é amanhã, no gabinete do Otavinho na Barão de Limeira.

@palmeriodoriapolítica, aécio


A importância do penúltimo datafalha

Zero abaixo de zero.

Primeiro, porque Aécio Neves não será candidato pelo Psdb (o candidato do partido será Geraldo Alckmin, isso é certo). O Playboy pode até ser candidato, por outro partido (duvido).
Depende exclusivamente, da vida e da vontade de Lula. Se ele for candidato, será eleito, Se no primeiro ou no segundo turno, depende de quantos forem os candidatos.
Previsão mais certa que essa, conheço não.

Dilma Invocada: Não haverá PROER para o pig durante meu governo

Dilma e o Proer da mídia muito desejado pelos arquitetos do impeachment

Por Fabio de Oliveira Ribeiro

Todos os portais de internet trazem estampada hoje a notícia que servirá de leitmotiv para a semana que vem:

"Datafolha: reprovação a Dilma bate recorde e chega a 65%"

De acordo com o levantamento, essa taxa de reprovação é a pior desde o ex-presidente Collor em setembro de 1992. 

A impopularidade de Dilma Rousseff é teatralmente noticiada com preocupação. A imprensa quer convencer o respeitável público que está realmente preocupada com a fragilização política da presidência do Brasil. Melhor faria se comemorasse sua vitória, pois não é segredo que a maioria das empresas de comunicação apoiou Aécio Neves e lamentou profundamente a derrota eleitoral do PSDB. Além disto, desde o início do ano jornalistas influentes encenam um "terceiro turno" e se esforçam para destruir o PT, para comprometer a imagem de Dilma Rousseff e, sobretudo, para criar as condições indispensáveis ao Impeachment muito desejado pelos tucanos e pelos próprios barões da mídia. Isto explica porque a imagem da presidenta foi agora deliberadamente ligada à de Fernando Collor no momento em que ele foi deposto.
Há, portanto, três fatos nesta notícia:

1- Dilma Rousseff é temporariamente impopular;
2- A imprensa teve êxito na sua campanha para transformar em derrota imagética a vitória eleitoral do PT:
3- A suposta preocupação da imprensa com a impopularidade da presidenta é apenas uma artimanha para esconder a alegria sentida em razão da vitória política almejada, perseguida e obtida.

A impopularidade da presidenta não é necessariamente um grave problema. Ser popular ou impopular é algo transitório. O mais importante para um presidente é conservar o poder e ter influência na escolha do seu sucessor. Além disto, como sugere Maquiavel, um príncipe "não deve se incomodar em ficar notório pelos vícios sem os quais é difícil preservar seu poder". Pela mesma razão, Maquiavel afirma que um governante "não deve se preocupar em incorrer na reputação de crueldade" sem a qual pode perder o controle de suas tropas e colocar em risco sua posição de comando.

É evidente que os barões da mídia e que seus principais escribas também usaram o "O Príncipe", de Maquiavel, como um verdadeiro manual de redação. Maquiavel afirmou que é "muito muito mais seguro ser temido que amado" e os donos das empresas de comunicação empregaram esta lição mesmo correndo o risco de ser odiados pelos petistas. Quando começaram a agir de maneira concertada para criar injustamente o clima de Impeachment contra Dilma Rousseff (reeditando o que foi feito com justiça para depor Fernando Collor) as empresas de comunicação deixaram bem claro que exerceriam seu poder econômico e simbólico para reduzir, anular ou destruir a soberania popular que fundamenta o poder politico legítimo outorgado nas urnas à presidenta. Os barões da mídia desejavam e desejam ser temidos e não amados pelo governo eleito e empossado.

Agora que conseguiram seu intento (criar o clima para depor a presidenta, para limitar a soberania popular e para destruir alguém que consideram uma inimiga), as empresas de comunicação trocaram Maquiavel por Cícero a fim de convencer o respeitável público de que Dilma Rousseff pode ser deposta porque deveria ser amada. Em seu "De Officiis", Cícero afirma que o "medo é uma frágil proteção do poder duradouro" e que no amor "pode-se confiar para mantê-lo para sempre". Se Dilma Rousseff divulgar um Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Empresas de Comunicação Brasileiras para salvar a mídia da sua crise financeira/empresarial ela será amada pelos barões da mídia como Fernando Henrique Cardoso foi amado pelos banqueiros ao lançar o PROER (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro)?

O estrangulamento financeiro das empresas de comunicação é bem mais vantajoso ao PT e ao governo. Afinal, como disse Maquiavel o príncipe deve perceber que a avareza é "um daqueles vícios que lhe permitem governar". Ao se recusar a aceitar a derrota eleitoral do seu candidato, a imprensa declarou guerra ao regime constitucional brasileiro e não deve, portanto, dele se beneficiar. Nenhum Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Empresas de Comunicação Brasileiras deve ser criado até empresas como a Folha, Estadão e Rede Globo declararem falência. Os barões da mídia não devem apenas perder esta guerra, devem perder tudo que tem.

Dilma Rousseff, tratada como inimiga desde que tomou posse para o segundo mandato, pode agora ser extremamente cruel negando aos golpistas dinheiro público para eles reconstruírem ou ampliarem seus impérios. Resumindo: a presidente eleita pelo povo não deve ter medo da impopularidade artificialmente construída pela imprensa e precisa ser mais temida do que amada pelos barões da mídia.

A imprensa brasileira quer ser tratada com amor, mas espalha o terror no "campo político". Os barões da mídia desejam ser financiados pelo dinheiro público, mas conspiram abertamente para destruir a soberania popular. Os inimigos da CF/88 e de Dilma Rousseff querem ser tratados com base na moralidade de Cícero, mas usam apenas a lógica fria e calculista de Maquiavel. Não vejo porque Dilma Rousseff e o PT devam se submeter à este tipo de duplicidade. Quem agem de forma maquiavélica deve ser tratado apenas com maquiavelismo. Tenha coragem presidenta e acelere o ocaso da mídia criando uma grande empresa pública de comunicação. Atropele sem piedade os inimigos do Brasil e do povo brasileiro...