Aqui é a parte da postagem do Josias de Sousa que o Laguardia esqueceu de transcrever.
Leiam e julguem.
Aos pouquinhos, a farra dos cartões governamentais vai se transformando numa encrenca suprapartidária. Iluminando-se os subterrâneos financeiros da gestão de José Serra no governo de São Paulo, descobre-se que o tucanato comparece à encrenca dos cartões em posição nada confortável.
Notícia veiculada pela
Folha nesta sexta-feira (8) informa que, em 2007, o governo paulista torrou notáveis
R$ 108.384.269,26 em dinheiro de plástico, chamado em São Paulo de "cartão de débito".
É uma quantia bem mais vistosa do que os
R$ 78 milhões que os cartões corporativos federais despejaram no mercado durante o ano passado.
Há em São Paulo
42.315 cartões. De novo, muito mais do que o congênere federal: oficialmente, a CGU (Controladoria-Geral da República) diz que somam
7.145 os funcionários autorizados a portar os cartões federais. Extra-oficialmente, estima-se que o número de cartões passa de
11 mil.
Há mais: sob Serra, também se utiliza o cartão financiado com verba pública para efetuar saques na boca de caixas eletrônicos. Procedimento vivamente desaconselhado pelo TCU. Do total gasto em São Paulo no ano de 2007,
44,58% deixou o erário na forma de saques. Coisa de R$
48,3 milhões. Na esfera federal, os saques somaram
75,26% do total.
Há pior: na administração tucana, a transparência é menor, muito menor, diminuta.
As despesas com cartões só estão disponíveis no sistema informatizado que serve aos deputados na Assembléia Legislativa de São Paulo.
Em Brasília, a maior parte dos dados encontra-se ao alcance de qualquer brasileiro no chamado
Portal da Transparência.
O governo de São Paulo tampouco está imune aos gastos de aparência exótica. Por exemplo:
Em 28 de julho de 2007, um dos cartões da administração paulista deixou R$ 597 na Spicy, uma conhecida loja de acessórios chiques para cozinha. O que foi comprado? Os computadores da Assembléia não trazem a informação. Limita-se a anotar a saída do numerário, num item batizado de "
despesas miúdas e de pronto pagamento".
Em 4 de abril do ano passado, pagou-se com um cartão do governo de São Paulo R$ 977 na loja de presentes Mickey. De novo, "
despesas miúdas e de pronto pagamento".
Em 11 de maio de 2007, foram à caixa registradora de uma churrascaria paulistana R$ 6.500. Despesa realizada com um cartão da Secretaria de Segurança...
O que falta da postagem original
leia aqui.