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Dem de Agripino Maia foi o partido mais beneficiado por Gim Argello

Preso na nova fase da Lava Jato, o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) foi acusado pelo dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, de ter atuado para enterrar uma CPI criada pelo Congresso para investigar a Petrobras no ano passado, da qual era vice-presidente, mediante a cobrança de pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais oficiais em favor de partidos de sua base de sustentação; a UTC repassou R$ 5 milhões a quatro partidos a pedido de Argello; o maior beneficiário foi o DEM, de José Agripino Maia, com R$ 1,7 milhão; mais R$ 1 milhão ao PR; R$ 1,15 milhão ao PMN e R$ 1,15 milhão ao PRTB; o falecido tucano Sérgio Guerra também teria cobrado em 2009 R$ 10 milhões para vender proteção, segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa; em coletiva de imprensa nesta terça, porém, os procuradores disseram que em decorrência da morte do tucano, a apuração envolvendo o PSDB foi prejudicada, mas ressaltaram que a corrupção não é partidária no Brasil; segundo o procurador Carlos Fernando Lima, o sistema político brasileiro está "apodrecido".

No Brasil 247

Brasil 247 - nova fase da lava jato prende ex-senador Gim Argelo


A Polícia Federal deflagrou a 28ª fase da Operação Lava Jato, na manhã desta terça-feira (12); batizada de Vitória de Pirro, cumpre 21 ordens judiciais nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Taguatinga e em Brasília; entre os alvos dessa etapa estão o ex-senador do Distrito Federal Gim Argelo (PTB), que já foi preso, e a construtora OAS; "As investigações apuram a existência de indícios concretos de que destacado integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito teria atuado de forma incisiva no sentido de evitar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento, mediante a cobrança de pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua base de sustentação", diz trecho do pedido de prisão.

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) será o substituto do senador Gim Argello (PTB-DF) como relator da Comissão Mista de Orçamento

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INÁCIO ARRUDA FOI DESIGNADO O NOVO RELATOR DA COMISSÃO
  O líder do PTB no Senado decidiu renunciar em decisão formalizada por carta ao presidente da comissão, deputado Waldemir Moka (PMDB-MS), e o objetivo do gesto, segundo ele, seria não dar pretexto à oposição para criar uma nova crise e boicotar a votação do orçamento. Ele também se desligou da comissão. 

Gim Argello tem sido alvo de denúncias de favorecimento de um esquema de entidades fantasmas, sobretudo ONGs, para a transferência de recursos do orçamento para o financiamento de projetos e eventos culturais e turísticos, inclusive com a utilização de documentos falsos e "laranjas". 

As denúncias contra o senador - que é amigo pessoal da presidenta eleita Dilma Rousseff - têm sido publicadas em reportagens do jornal O Estado de S. Paulo, que inclusive entrevistou integrantes do esquema. 

Além de Gim Argello, estariam envolvidos diversos parlamentares, que pressionariam órgãos públicos federais a liberar recursos para essas entidades. Pela manhã, o senador havia decidido solicitar que a inidoneidade dessas entidades seja investigada pelo Ministério Público federal, o Tribunal de Contas da União e a Corregedoria Geral da União.