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Ceará é o 1º em transplante cardíaco no País

Por milhão de habitantes. Quando se fala em números absolutos, o Estado fica em terceiro lugar, com dez cirurgias feitas

A fila de espera por um coração é longa. Alguns pacientes passam de três a seis meses aguardando por esse momento. Contudo, de acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), no primeiro semestre deste ano, o Ceará ficou acima da média nacional em número de transplantes de coração por milhão de habitantes. Enquanto, no Brasil, ocorreu um transplante do órgão por milhão da população, o Estado registrou 2,4. Essa situação coloca o Ceará em primeiro lugar no País em transplantes de coração.

Entretanto, quando se fala sobre a quantidade de transplantes realizados em números absolutos, o Estado fica em terceiro lugar, com dez procedimentos realizados, perdendo apenas para os estados de São Paulo e Minas Gerais, que realizaram, respectivamente, 49 e 14 transplantes de coração. Mesmo diante desses dados, segundo o coordenador cirúrgico da Unidade de Transplante Cardíaco do Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (Hospital do Coração de Messejana), Juan Mejía, não há muito o que comemorar, pois estamos muito distantes do número ideal recomendado pela ABTO, que é de seis transplantes por milhão de população.

O ex-empregado da indústria têxtil José Chagas Matos, 37 anos, descobriu há dois anos que tinha uma enfermidade no coração em decorrência da Doença de Chagas. Desde então, ele faz tratamento no Hospital do Coração. Porém, diante da gravidade do seu quadro clínico precisará se submeter a um transplante. Internado há 25 dias na unidade, ele teme não conseguir um coração a tempo. "Sinto-me cansado e, muitas vezes, não tenho nem ânimo para me levantar da cama. Faço um apelo para que a população doe órgãos, pois o sofrimento com a doença é grande".

Para Juan Mejía, a principal dificuldade na captação do órgão no Estado - por consequência, o aumento da espera para realizar o transplante - é a falta de manutenção e acompanhamento dos possíveis doadores nas unidades de saúde. Segundo ele, há uma carência de profissionais capacitados para realizar o diagnóstico da morte encefálica, necessário para que a doação do órgão seja efetivada com sucesso.

Para Mejía, é preciso aumentar o número de profissionais que trabalham diretamente com esse segmento. Conforme ele, com a superlotação das emergências, é quase impossível acompanhar os possíveis doadores. "Hoje, o problema não se restringe à pouca quantidade de doações, mas à qualidade dos doadores. A cada cinco efetivos no Ceará, apenas um doa o coração", frisa.

A coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, Eliana Barbosa, concorda com Juan Mejía e ressalta que, não bastassem os tabus religiosos e sociais, também há falta de manutenção dos órgãos, desconhecimento do protocolo pelos profissionais da saúde, carência de neurologistas nas unidades públicas e a superlotação das emergências hospitalares, que favorecem a um diagnóstico tardio da morte encefálica, inviabilizando a realização dos transplantes de órgãos no Estado. Continua>>>

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Ceará ocupa 2º lugar em número de doadores

De acordo com a Associação Brasileira de Doação de Órgãos (ABTO), o Ceará é o segundo estado com maior número de doadores do País. No último trimestre de 2009, a quantidade de doadores efetivos era de 11,2 por milhão da população, já, de janeiro a março de 2010, esse número subiu para 19,1. O Ceará só perde para São Paulo, com 22,6 doadores por milhão da população. Até o fim do ano passado, o Estado ficava abaixo de Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Além disso, a ABTO destaca que apenas cinco estados realizaram transplantes de pâncreas no primeiro trimestre de 2010, incluindo o Ceará. De acordo com informações da Secretaria da Saúde (Sesa), o Estado passou a realizar transplantes de pâncreas a partir de novembro do ano 2009.

De lá para cá, foram feitas cinco cirurgias dessa natureza no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), sendo quatro somente neste ano. A dona-de-casa Fernanda Lopes Tabosa, 27 anos, foi uma dessas cinco felizardas a receber um novo pâncreas, além disso também ganhou um rim. Ela conta que há 15 dias vê a vida de uma forma diferente. "Para mim, foi um presente, uma nova chance de continuar a minha caminhada. Pois, há 16 anos, eu sofria com diabetes e há três anos fazia hemodiálise. Essa pessoa foi um anjo na minha vida", disse Fernanda. Continua>>>

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