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Cuba e as vítimas do "paredón"

José Saramago


08/05/2003 - 12h58
ROBERTO CANDELORI
José Saramago, o escritor português ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1998, notório defensor do regime cubano e amigo pessoal do comandante Fidel Castro, declarou num artigo publicado no jornal espanhol "El País":
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"Cuba (...) perdeu minha confiança, arrasou minhas esperanças e frustrou minhas ilusões".
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O escritor se referia ao fato ocorrido em 2 de abril último, quando, depois de um julgamento sumário por um tribunal especial, três seqüestradores cubanos de uma balsa com 50 pessoas a bordo foram condenados à morte e fuzilados. Os seqüestradores pretendiam chegar aos Estados Unidos e pedir asilo político.
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Ao mesmo tempo, o governo cubano condenou cerca de 75 opositores do regime, a maioria intelectuais, a penas que variam de seis a 28 anos de prisão.
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Autoridades do governo garantiram que os condenados tinham ligações com James Cason, chefe da Seção de Interesses Americanos em Cuba (Sina), acusado de contribuir para o recrudescimento das relações Havana-Washington.
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Surpreendido, assim como Saramago, o mundo protesta contra o "paredón" e o julgamento sumário daqueles que se opõem ao regime de Fidel Castro. Produto da histórica Revolução Cubana, de 1959, que colocou fim à ditadura de Fulgêncio Batista, os tribunais públicos especiais, do ponto de vista de Fidel, "são uma ordem popular gravada nas paredes da revolução".
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Fidel Castro continua advertindo eventuais criminosos de que "não devem esperar clemência do Estado, pois o mal deve ser arrancado pela raiz".
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Os "falcões de Havana" não toleram a oposição interna, rejeitam a democracia e punem a liberdade. Talvez inspirados pela Doutrina Bush, defendem a "ação preventiva" contra aqueles que representam perigo para a sobrevivência do regime.
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Fidel Castro em 1959 substituiu uma ditadura, a de Fulgêncio Batista, por oputra, mais dura e mais sanguinária.
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Após 50 anos de ditadura, milhares de cubanos arriscam suas vidas em precárias balsas na tentativa de chegar a Florida.
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Milhões de cubanos vivem hoje no exilio, nos Estados Unidos, na Espanha, no Brasil e em tantos outros países do mundo.
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Durante os jogos Pan Americanos no Rio de Janeiro, vimos a vergonhosa atitude do governo Lula que negou asilo a dois boxeadores cubanos e, com ajuda de Chaves, os repatriou para a prisão em Cuba.
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Gostaria de saber por que a esquerda brasileira, que lutou pelo restabelecimento da democracia no Brasil, defende com unhas e dentes a ditadura cubana.
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Será que para a nossa esquerda a democracia serve apenas para que se estabeleça uma ditadura de esquerda? Aliás, como gostam de ditadura estes nossos lulopetistas de esquerda.
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Cuba é um dos poucos países onde a ditadura comunista ainda não caiu. Seus governantes mantêm o povo escravisado e na miséria, tal e qual a Coréia do Norte.
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Mas em breve cairá, como caiu o vergonhoso muro de Berlim e a Cortina de Ferro.

A raposa e o lenhador

Existiu um Lenhador que acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite.
Esse lenhador tinha um filho, lindo, de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.
        Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada.
Os vizinhos do Lenhador alertavam que a Raposa era um bicho, um animal selvagem; e portando, não era confiável. Quando ela sentisse fome comeria a criança.
        O Lenhador sempre retrucando com os vizinhos falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso.
        Os vizinhos insistiam:
- "Lenhador abra os olhos ! A Raposa vai comer seu filho."
- "Quando sentir fome, comerá seu filho ! "
Um dia o Lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários - ao chegar em casa viu a Raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensangüentada ...
O Lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça > da raposa...
Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranqüilamente e ao lado do berço uma cobra morta ...
O Lenhador enterrou o Machado e a Raposa juntos...

Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a Respeito, siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar..., mas principalmente nunca tome decisões precipitadas...

A raposa e o lenhador

Existiu um Lenhador que acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite.
Esse lenhador tinha um filho, lindo, de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.
        Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada.
Os vizinhos do Lenhador alertavam que a Raposa era um bicho, um animal selvagem; e portando, não era confiável. Quando ela sentisse fome comeria a criança.
        O Lenhador sempre retrucando com os vizinhos falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso.
        Os vizinhos insistiam:
- "Lenhador abra os olhos ! A Raposa vai comer seu filho."
- "Quando sentir fome, comerá seu filho ! "
Um dia o Lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários - ao chegar em casa viu a Raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensangüentada ...
O Lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça > da raposa...
Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranqüilamente e ao lado do berço uma cobra morta ...
O Lenhador enterrou o Machado e a Raposa juntos...

Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a Respeito, siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar..., mas principalmente nunca tome decisões precipitadas...

Retrato crítico da revolução cubana


Leia trecho do livro “Fidel - Um Retrato Crítico”, livro de Tad Szulc, uma das obras mais importantes sobre a revolução cubana.

Avançando apoiado em seus cotovelos e joelhos, tão lentamente que seu corpanzil nem parecia se mover, o homem suado, com uniforme verde-oliva todo rasgado, seus óculos de tartaruga no rosto barbudo, deslizou cuidadosamente pelo baixo canavial, até ficar inteiramente coberto por uma espessa camada de folhas. Em sua mão direita, ele levava um fuzil com mira telescópica, arma de fabricação belga, calibre .30-06, seu único objeto de valor. 

Aquele homem de alta estatura era advogado de trinta anos de idade chamado Fidel Alejandro Castro Ruz, o mais impetuoso e ardente apóstolo do desencadeamento de uma revolução social e política em Cuba, e agora - ao meio dia de 6 de dezembro de 1956, uma quinta-feira - um homem que se defrontava não só com o fim iminente de seus sonhos, como também com sua própria morte. 

Os cubanos já conheciam Fidel Castro, havia muitos anos, como um conspirador muito falante porém ineficiente: um perdedor. Para o mundo exterior e, principalmente para os Estados Unidos, um país vizinho, ele era no máximo apenas mais um agitador do Caribe, de cuja existência a administração Eisenhower ainda não havia tomado conhecimento. 

Esta ignorância dos norte-americanos refletia a atitude tradicional com relação a Cuba, a coisa mais parecida com um protetorado que os Estados Unidos tinham no hemisfério ocidental: Washington não precisava se preocupar com a política ou com os políticos cubanos porque seus administradores coloniais em Havana sempre mantinham o governo norte-americano a par do que ocorria. A idéia de que dentro de poucos anos Fidel Castro viria a estabelecer o primeiro Estado comunista nas Américas teria sido repudiada como ridícula, se alguém a sugerisse em dezembro de 1956. 

Naquele momento, na verdade, Fidel Castro e seu grupo rebelde absurdamente pequeno - que havia desembarcado quatro dias antes na costa sul de Oriente, a província cubana onde nasceu Fidel, depois de uma viagem quase fatal desde o México - estavam completamente cercados por tropas governamentais. Os expedicionários exaustos e famintos tinham sido desbaratados e postos em fuga na tarde anterior, em sua primeira batalha em terra firme. 

A idéia de se renderem aos soldados do ditador Fulgencio Batista y Zaldívar, o presidente que ele e os 81 rebeldes pretendiam depor, jamais ocorrera a Fidel, filho de um espanhol valentão. Pelo contrário, ele tinha aquela certeza do triunfo própria dos visionários quando tudo parece impossível e todas as chances estão matematicamente contra eles. 

Na última vez que estive em Havana para ver Fidel Castro, ele estava às vésperas de seu sexagésimo aniversário, e o encontrei filosofando um pouco sobre a vida. Entre outras noções, ele acreditava firmemente ter sido o destino que, há mais de um quarto de século, fez com que ele escalasse as alturas e atingisse o ápice de sua força. 

O assunto fazia parte de uma conversa mais abrangente sobre a história e as condições humanas, que tivéramos tarde da noite em seu gabinete, à vontade ao afirmar que alguns líderes eram destinados a representar papéis cruciais no desenrolar da história da humanidade, e que ele, sem dúvida, era um deles. 

Então, ele passou a desenvolver seu tema histórico favorito: a tese de que tais líderes podem influir subjetivamente nas condições objetivas de um país. Para Fidel, esse é um ponto de vista absolutamente vital para uma interpretação correta da Revolução Cubana, visto que ele conseguiu provar que estavam erradas as teorias clássicas dos chamados “velhos” comunistas cubanos. Esses comunistas haviam insistido na assertiva de que uma revolução popular, como a apregoada por Fidel, seria impossível em Cuba, porque as necessárias “condições objetivas”, definidas por Karl Marx, não predominavam no país; coerentemente com seus princípios, eles deram costas à insurreição fidelista até os últimos meses. De maneira inaudita, os comunistas de Cuba foram, portanto, cooptados e aceitos por Fidel Castro (que não pertencia ao partido), em vez de ter acontecido o contrário. Eles acabaram se colocando em uma situação em que não tinham escolha. 

A verdade é que, nos primeiros dias, os comunistas ortodoxos rejeitavam ainda mais a heresia ideológica de Fidel Castro (ou, no ponto de vista deles, a arrogância desmedida de Fidel) quando postulava que “a personalidade de um homem pode transformar-se em um fator objetivo” em uma situação mutável. Naturalmente, Fidel sempre teve a si mesmo em mente nesse contexto. Os marxistas-leninistas tradicionais, com seus trinta anos de experiência em um partido cujas diretrizes vinham de Moscou, com atividades confinadas à organização de greves trabalhistas de protesto ou alianças de frentes populares com políticos burgueses (inclusive Fulgêncio Batista na década de 1940), jamais conseguiriam entender que a personalidade de um único homem pudesse, de fato, desencadear uma revolução nacional. Apenas Fidel Castro e os mais fiéis fidelistas poderiam acreditar em tal absurdo. 

Devemos lembrar que, em 1956, o Partido Comuinista Cubano - conhecido, anteriormente, como Partido Socialista Popular e declarado ilegal por Fulgêncio Batista após o golpe de 10 de março de 1952 - recebia suas ordens (e opinões) do Kremlin. Entretanto, os soviéticos, evidentemente, não haviam aprendido nada com a guerra civil chinesa, quando Mao Tse-Tung demonstrou que, contrariamente à teoria stanilista, o comunismo poderia prevalecer apenas quando desfrutasse de apoio total por parte dos camponeses, e que o controle das cidades não era suficiente. Fidel Castro não estava propondo uma revolução de camponeneses em Cuba, porém, como peça central de sua estratégia, ele imaginava a tática de guerrilha se expandindo com o apoio dos homens do campo, a partir de um núcleo na montanha, engolfando com o tempo toda a ilha - um conceito que os comunistas mais voltados para as ideologias não podiam absorver. Conseqüentemente o partido enviou um emissário ao México, em novembro de 1956, para dissuadir Fidel de seus planos., anunciados publicamente. As atitudes dos comunistas com relação a Castro, naquela fase e depois, perfazem um relacionamento intensamente fascinante e complicado. 

De uma maneira que nem os “velhos” comunistas cubanos nem os Estados Unidos tiveram capacidade de entender à época - e Moscou e Washington talvez ainda não entendam por completo nem mesmo agora -, Fidel Castro edificou sua revolução, primordialmente, assentada nos sentimentos históricos de Cuba.

Mais sobre os 50 anos da revolução cubana leia aqui.

A liberdade é inegociavel


Eita que países de gente corajosa os States, Izrael e todos os demais que possuem poderio bélico, armas atômicas e querem impedir os outros de ter.

Minha opinião é a seguinte: Ou nenhum pais tenha armas (principalmente) de destruição em massa, ou todos tenham.