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Jair Bolsonaro é a direita exibida

Qual ser humano politizado e instruído que não seja muito rico e que não integre algum esquema empresarial ou político com interesses conflitantes com um mínimo de decência humana, teme e repudia o pensamento legítimo de direita e o ideário sobre organização social que essa ideologia luta para que se torne hegemônico nos quatro cantos da Terra.

Nem precisa ser “socialista”, seja lá isso o que for em um mundo atolado até o pescoço no capitalismo, que, por definição, significa a valorização do dinheiro em detrimento do ser humano. Sejamos honestos: se você não for canalha ou ignorante, entende que o pensamento de direita se baseia no egoísmo e na desonestidade intelectual.
O pensamento de direita só faria sentido em uma sociedade sem desigualdade de oportunidades, pois tal ideário se baseia na premissa do “mérito” sem levar em conta que vencer na vida (nos estudos e no trabalho, sobretudo) também depende de vantagens que as crianças e adolescentes recebem de herança dos pais.
Um dos exemplos mais eloquentes sobre como o ideário de direita é desonesto se encontra no sistema que impõe aos estudantes que disputam vagas no ensino público superior. Os vestibulares são uma aberração. Põem jovens paupérrimos, sem o mínimo acesso a bens culturais, para disputar vagas com jovens ricos que estudaram em escolas de excelência.
Grande mérito, o dos que chegam na frente…
Os ideólogos desse pensamento bárbaro e injusto, acalentado e difundido pela máquina de comunicação que a riqueza de que dispõe a direita impôs à humanidade, infectam qualquer sociedade livre, sendo sua verborragia obscena o preço a pagar pelas liberdades individuais. Temos que ser livres até para sermos os piores canalhas que se possa conceber.
No Brasil, a nossa direita choca as pessoas decentes e humanas mesmo que não tenham ideologia e politização. Muitos se chocam com o pensamento de direita sem nem saberem que é um pensamento político-ideológico.
Que cidadão decente, minimamente sensível e razoavelmente humanista pode concordar com o comportamento de alguém como o deputado Jair Bolsonaro, com seu racismo galopante, sua homofobia descontrolada e sua truculência (inclusive física) escancarada?
Bolsonaro, porém, não passa de expressão da direita desinibida, daquela que não tem vergonha de se assumir. Mas há outros expoentes desse pensamento que tentam disfarçar seus pendores autoritários, antidemocráticos, desumanos, egoístas.
Um Reinaldo Azevedo (colunista e blogueiro da revista Veja), por exemplo, simboliza a direita dissimulada, que não tem coragem de assumir seu ódio à diferença, seu apreço pela desigualdade, sua crença inabalável na segregação racial e social etc. Aliás, a própria revista, ou melhor, o próprio Grupo Abril é uma máquina de propaganda da direita, ou da ultradireita.
Só para abreviar este capítulo da direita brasileira, recorro ao verbete da Editora Abril na Wikipedia, de modo a resumir a natureza desse grupo empresarial:

Emir Sader: a direita fracassou


É um fenômeno geral no continente: os governos progressistas deslocaram a direita e a ultra esquerda, que não encontram forma de acumular força. A ultra esquerda insiste em não reconhecer que a situação social desses países melhorou substancialmente, que deram passos importantes na contramão do modelo neoliberal, que têm uma politica externa que se opõem à dos EUA, que recuperaram o papel ativo do Estado. Ficam isolados dos processos que se dão em cada país e do grupo de governos progressistas na América Latina, que representam o contraponto internacional ao eixo neoliberal ainda hegemônico no capitalismo mundial. Não conseguem apoio em nenhum dos países com governos progressistas, frequentemente aparecem aliados à direita, considerando aqueles governos como seu inimigo principal.

A direita fracassou com seus governos neoliberais, leva esse peso nas costas – imaginem o que é carregar o peso de governos como os de Menem, Fujimori, Carlos Andrés Peres, FHC? Mas tampouco conseguiu uma nova identidade durante os governos progressistas. Em todos os países lhe faltam lideres, programa, apoio popular.

No Brasil, além da dificuldade do que fazer com o governo FHC – Serra e Alckmin tentaram distancias e não deu certo pra eles, Aécio tenta reivindicar FHC e, como se vê, não decola – não consegue lideres, nem programa. A velha mídia, sua ponta de lança e farol ideológico, mantem capacidade de gerar ou multiplicar circunstâncias, que geram certo desgaste nos governos, mas daí não se fortalecem lideres da direita.

Apesar da sua insistência – até porque não sabe fazer outra coisa -, o Serra é carta fora do baralho, sua validade já venceu. Aécio não consegue crescer, em nenhuma circunstância, nem com todo o beneplácito da mídia. Não dá confiança nem a seus correligionários mais fiéis – como é o caso de FHC agora. Não creem que ele tenha possibilidades de vitória e até corre o risco de ficar em terceiro lugar, consolidando a debacle dos tucanos.

O balão de ensaio do Joaquim Barbosa não funcionou, o mesmo aconteceu com o Eduardo Campos. As possibilidades eleitorais da Marina são limitadas porque, apesar do seu desempenho nas pesquisas, seu tempo de TV será exíguo e ela não conta com alianças nos estados, nem com bancadas de parlamentares. Além da falta de um programa minimamente apegado à realidade do Brasil.

Parece que a direita se contentaria com chegar a um segundo turno, com qualquer candidato, porque seu objetivo é: qualquer um, menos a Dilma. Muito pouco pelo estardalhaço da sua mídia.

Impostos

O Brasil teve, em 2009, a 22ª carga tributária no mundo. Dos países que tinham carga tributária maior que a nossa, 14 eram países desenvolvidos europeus.
O país mais rico do mundo, a Noruega, tinha carga tributária de 43,6% e arrecadou 25 mil dólares per capita. O Brasil tinha carga tributária de 38,4% e arrecadou 4 mil dólares PPC per capita.
Gostaria que os liberais mostrassem como fazer o milagre de se ter serviços de 25 mil dóleres arrecadando 4 mil.
Gostei porque ele trouxe estatísticas que provam uma coisa óbvia. A comparação entre cargas tributárias dos diferentes países, repetidas de maneira leviana pela mídia, apenas fazem sentido se cotejadas com o tamanho do PIB per capita. Enfatizo o "per capita", visto que os gastos mais importantes de um Estado são a previdência social e a saúde pública, cuja magnitude é atrelada naturalmente à população.

Se um país tem um PIB per capita alto, ele pode até se dar ao luxo de ter uma carga tributária menor, porque o total arrecadado é grande. O que nem é o caso, visto que as nações desenvolvidas, em geral tem uma carga tributária bem elevada.
Repete-se, por outro lado, que alguns países ricos tem carga tributária menor que a do Brasil, como os EUA. De fato, a carga tributária nos EUA é de 28%, contra 38,8% no Brasil. Entretanto, como os EUA tem um PIB monstruoso, tanto absoluto como per capita, essa carga corresponde a uma arrecadação per capita de 13 mil dólares. A do Brasil, é de 3,96 mil dólares... Ou seja, a expressão clichê sobre o Brasil ter impostos de norte da europa e serviços públicos de qualidade africana nunca me pareceu tão absurda e idiota.
Eu não sou a favor do aumento dos impostos. Tenho micro-empresa e estou sempre à beira de sucumbir sob o peso mastodôntico, complexo e kafkiano das taxas que desabam quase que diariamente sobre minha cabeça. Mas não podemos ver a questão com leviandade. A mídia patrocina uma campanha irresponsável contra o imposto no Brasil. Este deve ser simplificado, naturalmente, e porventura reduzido para empresas pequenas, mas devemos mostrar à sociedade a situação real. Não podemos nos comparar com nenhum país desenvolvido, porque o nosso PIB per capita ainda é baixo. Ainda temos que comer muito feijão com arroz.
Por outro lado, é igualmente injusto falar em "serviço público" africano, expressão que, além de ser politicamente incorreta, é também totalmente inexata. Temos uma previdência social quase universalizada. A saúde pública é abarrotada e sofre constrangimentos em vários setores, mas nosso sistema de vacinação é de primeiro mundo. O tratamento gratuito, inclusive com distribuição de remédios, que damos aos soropositivos, não encontra paralelo nem nos países mais avançados.
Não douremos a pílula, todavia. Ainda temos muito o que aprimorar em termos de serviço público, nas áreas de saúde, educação e infra-estrutura. Mas, por favor, sem a viralatice de nos compararmos às economias destruídas por longas guerras civis, nível de industrialização baixíssimo e desemprego às vezes superior à metade da população ativa.
O debate sobre a carga tributária tem que ser feito com muita seriedade, botando as cartas na mesa, evitando ao máximo o uso desses clichês desinformativos. Os impostos no Brasil são altos, pesam no bolso de empresários, classe média e no custo de vida dos trabalhadores. Mas em valores absolutos, o imposto é baixo, deixando pouca margem para o Estado gastar com serviços e infra-estrutura. O caminho, portanto, é investir no crescimento econômico e na racionalização cada vez maior do gasto público. Seria loucura, porém, promover uma redução brusca da carga tributária, que implicaria em jogar o valor do imposto per capita no Brasil ao lado das nações mais atrasadas do planeta. Ajamos com prudência, responsabilidade, inteligência, sem jamais deixar de lado o bem estar do povo e a necessidade de oferecer serviços de qualidade à população, pois sem isso poderemos até nos tornarmos um país rico, mas seremos sempre uma sociedade triste e miserável.

Elite (neoliberal) em festa


Os neoliberais abriram  champagne, ontem, diante da manchete do jornal O Globo, dando conta de que o governo da Alemanha vai demitir 14 mil funcionários públicos e cortar gastos, inclusive  militares, em função da necessidade de prevenir a nova crise econômica.

É o que pretendem para o Brasil, sob a alegação de a máquina pública estar inchada, mas, na verdade, interessados em atingir o governo Lula.  Gostariam de demissões em massa, assim como da supressão de investimentos públicos e a revogação  dos poucos direitos trabalhistas salvados dos tempos do sociólogo. São essas as “reformas” que apregoam.  Também insistem em mais privatizações e redução da carga fiscal (deles). 

O problema, para certas elites, é que nenhum dos candidatos presidenciais, a começar por José Serra, dá a impressão de querer adotar o modelo econômico antes praticado no Brasil.  Nem ele nem Dilma Rousseff, Marina Silva ou Plínio de Arruda Sampaio. Muito pelo contrário, estão bem longe do falido neoliberalismo  os quatro pretendentes de verdade,  apesar de só dois disporem de condições de vitória. 

Todos tem consciência da crueldade e da ineficácia de  fórmulas como a que a Alemanha começa a adotar, também  imposta à Grécia e à Hungria. Basta atentar para as reações. Mandar a conta para a população significa despertá-la para protestos e mudanças  inusitadas, além de constituir-se em injustiça flagrante.  

Se alguém deve pagar pela crise  são seus artífices, as elites. Demitir funcionários e reduzir investimentos públicos, penalizando as massas, não está na pauta do nosso futuro. Ou está?

Os mesmos de sempre


Por Carlos Chagas

Apesar de abominável, a moda continua a mesma: quem vai pagar a farra das elites  políticas e econômicas que levaram a   Grécia à bancarrota? Os mesmos de sempre, quer dizer, o povo, que terá  salários e vencimentos reduzidos, sem falar nas pensões e aposentadorias, ao tempo  em que os impostos serão aumentados e o desemprego se ampliará. Serão,   também,  privatizadas as empresas públicas e os serviços estatais que sobraram da última lambança.  
                                               
A causa da crise está tanto em maus governos quanto na especulação desenfreada de banqueiros e sucedâneos. O remédio vem dos países economicamente poderosos, prontos para “salvar” a economia grega através do sacrifício de seu povo. O cidadão comum  que pague, como de resto vem pagando  no mundo inteiro onde surjam situações parecidas. O Brasil já foi a bola da vez e Fernando Henrique Cardoso   engoliu caladinho a mesma formula  neoliberal que agora aplicam na Grécia.
                                              
Por que o trabalhador deve receber  a conta, se em nada contribuiu para criá-la?   De que maneira se poderá debitar ao assalariado a responsabilidade pelo fracasso da política econômica apoiada numa falsa livre competição entre quantidades distintas?

Na Grécia, as massas estão a um milímetro da explosão. Sobre elas, não se poderá alegar manipulação do solerte credo vermelho,  há muito escoado pelo   ralo.  É bom tomar cuidado. 

Assim agem os liberais, o lucro é privado (deles) os prejuízos...socializados (nosso).
São uns FHCs - farsantes, hipócritas, canalhas -.
Corja!!!

Margaret Thatcher : De heroína a vilã


UMA DAS COISAS BOAS da vida é entrar numa livraria num aeroporto. Você está prestes a subir num avião e vai ter a chance rara de ler sossegado. Como alguém sabiamente já escreveu, a melhor maneira de afastar um conversador inoportuno num vôo é com um livro.
E então.
Eu estava indo para Zurique, na Suíça, para cobrir o Fórum Econômico Mundial em Davos. Numa das várias livrarias de Heathrow, entrei e procurei alguma coisa simples, embora tivesse já alguns livros na bagagem de mão. É uma viagem curta, pouco mais de duas horas, mas sou paranóico sobre leitura a bordo.
Gosto da diversidade e da quantidade.
Vi um título que me chamou a atenção:  50 Pessoas Que Sodomizaram A Grã-Bretanha, de Quentin Letts. (50 People Who Buggered Up Britain.) Um livro indicado para uma viagem. Você pode ler um, dois, três capítulos, quantos quiser ou puder: são, como acontece com toda lista, independentes.
Comprei.
Passei os olhos. Vi o dono da Starbucks, Howard Schultz, que nem britânico é. Ele estava ali porque acabou com o café barato e informal no Reino Unido. Até a missão da Starbucks é vítima de uma bordoada por dar um ar solene a uma banalidade como vender café e capuccino. Um texto ferino, bom de ler, conciso.
Humor inglês.
Mas quem mais me surpreendeu ali, entre os coveiros, foi Margaret Thatcher, a primeira-ministra que entre 1979 e 1990 chacoalhou os britânicos. Thatcher aparece numa ilustração com o cabelo armado, um sorriso ambíguo e uma picareta nas mãos. Ela está na lista porque, segundo o autor, dividiu dramaticamente os britânicos. Foi, diz ele, mais dura do que precisava com os sindicatos, sobretudo o dos mineiros, e ergueu um muro entre pobres e ricos.
Thatcher é um caso exemplar de transitoriedade da glória. Nos aos 80 e em parte dos 90, parecia um colosso eterno. Sua pregação pelo livre mercado, pela desregulamentação e pela privatização encontrou tanto eco que percorreu o mundo. No Brasil, Fernando Collor de Mello, ao assumir a presidência em 1990, anunciou um projeto de governo copiado e colado do thatcherismo. Isso aconteceu em muitos lugares.

Copiou e colou o thatcherismo, em 1990
Copiou e colou o thatcherismo, em 1990
OS ANOS 2000 diminuíram Thatcher. A crise econômica mundial mostrou o quanto mercados sem regulamentação podem ser perigosos. Grandes bancos internacionais, sem rédea nenhuma, se deixaram levar pela ganância e só não quebraram porque os governos os socorreram com muitos bilhões de dólares.
A ação dos governos, imperiosa porque quebradeira de bancos arruina a economia e provoca um caos na vida dos cidadãos, também machucou o legado de Thatcher. Governo bom é governo que não intervém, que não socorre ninguém em apuros no mundo dos negócios. Era o credo de Thatcher, e foi destruído pelas circunstâncias.
Nada é definitivo. Essa é a maior lição que se extrai das reviravoltas em relação ao prestígio de Margaret Thatcher. Hoje, aos 85 anos, tornada baronesa, ela está recolhida, em sua mansãoo londrina, e sofre de demência.  Pergunta pelo marido morto e está longe do seu filho favorito, Mark, o homem imprestável que lhe deu dois netos para os quais ela jamais foi uma avó tal como concebemos uma.Os conservadores que ela levou ao poder depois de muitos anos sob os trabalhistas não falam dela. Mantêm distância de seu nome e de suas idéias.
Mais ou menos como Serra, em 2002, em relação a Fernando Henrique. Numa escala maior, talvez.
Os primeiros sinais de desgaste de sua imagem apareceram na cúpula do partido de Thatcher e logo em seguida em seu gabinete.  Era o final da década de 80. Thatcher já estava há dez anos no poder e queria mais. Seus ministros foram vitais em sua queda. Traíram a mulher que os pusera onde estavam, mas que batia duro. Segundo relatos do círculo do poder, um dos ministros, o único remanescente da equipe original montada em 1979, era tratado como uma mistura de saco de pancada e capacho.
A BELEZA DA DEMOCRACIA é que Thatcher simplesmente foi embora da Downing 10, a casa e escritório do primeiro-ministro em Londres. Numa ditadura, ela teria sido assassinada. Béria, o chefe da polícia soviética, queria suceder Stálin. Morto Stálin, em 1953, Béria se apressou em beijar o defunto antes que qualquer outro rival.

Béria beijou Stálin morto antes que os rivais, mas foi executado pouco depois
Béria beijou Stálin morto antes que os rivais, mas foi executado pouco depois
Era uma mensagem que ele queria transmitir. Sou eu, prestem atençãocamaradas. Só que os camaradas se uniram e executaram sumariamente Béria 100 dias depois da morte de Stálin. Em ditaduras, quase sempre, chefe que cai é chefe morto. Ministros e demais autoridades poderosas também.
Churchill, o homem que comandou os britânicos na guerra feroz travada contra os nazistas, disse que a democracia é o pior dos regimes, exceto todos os outros.
O caso de Thatcher, derrubada em perfeito estado de saúde e pronta para ganhar um dinheiro monstruoso em palestras, como acontece hoje com tantos ex-chefes de Estado influentes, é uma demonstração do acerto da frase clássica de Churchill.

Eles não percebem que o mundo mudou



 A guerra continua e sem sinal de armistício. Ponto para o presidente Lula, reavivando o nacionalismo depois de décadas de neoliberalismo? A coincidência é de que o anúncio do marco regulatório do pré-sal e outras providências adotadas pelo  governo surgem quando o modelo  da prevalência do mercado na economia foi para as profundezas. Certas elites tentam ressuscitá-lo acusando o presidente Lula de delírio estatizante,  sem perceberem que o mundo mudou, a partir da crise econômica eclodida ano passado. Ao  neoliberalismo faltam condições para sustentar a volta ao passado, não obstante o esforço de suas bancadas no Congresso  e de seus editorialistas,   nos jornalões.

Vale a utilização de todo o tipo de armas  e a aplicação de golpes abaixo da linha da cintura, como a súbita adesão dos neoliberais à causa ecológica. De repente, descobrem que a extração do petróleo no pré-sal agride  o meio ambiente, com o qual jamais se preocuparam. Até porque, o efeito será o mesmo, se as operações forem comandadas pela Petrobrás ou pelas multinacionais.


Resta saber se o presidente Lula terá a força necessária para resistir e avançar, já que desde sua posse cedeu vasto terreno aos cultores do mercado ilimitado,  agora comprovadamente maléfico para o planeta. Basta verificar o comportamento das grandes nações, a começar pelos Estados Unidos, onde  Barack Obama vem impondo a presença do estado até para salvar da falência a indústria e o sistema bancário.                                                              (Carlos Chagas)

Imprensa tupiniquim

 Marco Antônio Leite da Costa
A IMPRENSA tupiniquim, marrom, cor-de-rosa e nanica estão de rabo preso com o sistema neoliberal, cada uma com a sua mentira. 
Certa IMPRENSA sofisma ao criticar o Lula, mas nas entrelinhas subentende-se que se trata terrorismo. 
Outras já ficam em cima do muro aguardando um vacilo para caprichar nos comentários. 
Tem aquelas que usam discursos superficiais para enganar o pobre e despreparado leitor. 
Quanto à televisiva muito se fala e nada dizem, mas quando o pobre vacila na sua conduta é massacrado de forma impiedosa.

Aos alarmistas de plantão

Aos alarmistas de plantão e críticos da política econômica do governo federal, recomendo o excelente artigo de Paulo Nogueira Batista Jr, diretor-executivo no FMI, sobre a queda nas contas públicas. Ele explica os motivos da redução do superávit primário e do aumento do deficit nominal, responsáveis pelo crescimento da equação dívida líquida/PIB.

Batista Jr aponta como causas principais da queda das contas públicas, a recessão, o afrouxamento da política fiscal e o aumento da dívida líquida do governo refletido na valorização do câmbio. Embora a deterioração das contas públicas seja "motivo de preocupação", ele considera acertadas as medidas do governo federal. "Não teria sido recomendável - pondera o economista - responder à queda das receitas associada à recessão com corte equivalente dos gastos públicos" - como pregam a oposição e os saudosos neoliberais."

A tentativa de manter o deficit fiscal no nível anterior teria agravado a pressão recessiva decorrente da crise mundial", prevê o economista para quem "o governo precisava recorrer a uma política fiscal ativa, de caráter antirrecessivo. Se isso não tivesse sido feito, a recessão teria sido mais profunda e mais demorada."

Representante de nove países da América Latina no FMI, Paulo Nogueira informa que o "Brasil parece estar entre os mais cautelosos em matéria de política fiscal anticíclica". E lembra que "projeções publicadas pela revista 'The Economist' indicam que o deficit fiscal brasileiro está entre os menores, quando se considera os países do G20 e outras 23 economias desenvolvidas e em desenvolvimento."

Leiam "A piora das contas públicas", publicado hoje no Folhão.

Recompensando quem nos prejudica

O cidadão comum está com raiva do mercado financeiro e dos liberais de araque. E com razão. Primeiro a indústria financeira nos mergulhou numa crise, e depois foi resgatada à custa do contribuinte. E agora, com a economia ainda em depressão profunda, a indústria está distribuindo imensas bonificações a seus membros. Se você ainda não se indignou, é porque não deve estar prestando atenção.

Mas acabar com a economia e esfolar o contribuinte não são os únicos pecados do mercado financeiro e dos liberais de araque. Mesmo antes da crise e dos resgates, muitos nomes de sucesso da indústria financeira ganharam fortunas com atividades que podemos considerar, do ponto de vista social, como desprovidas de valor - quando não destrutivas. E continuam a fazê-lo. Basta reparar em duas notícias recentes.

Uma delas diz respeito à ascensão das operações em alta velocidade (HFT, em inglês): algumas instituições - entre elas o Goldman Sachs - estão empregando computadores supervelozes para obter vantagens em relação aos demais investidores, comprando ou vendendo ações uma minúscula fração de segundo antes que os demais possam reagir. O lucro com as HFT é um dos motivos por trás do lucro recorde do Goldman, que deve também pagar bonificações recordes.

Num aspecto aparentemente distinto, a edição de domingo do New York Times publicou reportagem sobre o caso de Andrew J. Hall, líder de um braço do Citigroup responsável por especular nos mercados de petróleo e outras commodities. Suas atividades renderam muito dinheiro recentemente e, de acordo com seu contrato, Hall deve receber US$ 100 milhões.

O que essas duas histórias têm em comum? Em ambos os casos, estamos falando de imensas compensações pagas por empresas que estão entre as maiores beneficiadas pelo auxílio do Estado. O Citi recebeu cerca de US$ 45 bilhões do contribuinte; o Goldman devolveu os US$ 10 bilhões de auxílio direto, mas foi muito beneficiado por garantias do Estado e pelo resgate de outras instituições financeiras.

Mas vamos supor que Hall e Goldman sejam muito bons no que fazem, e poderiam ter lucrado muito até na ausência da ajuda recebida. Ainda assim, o que eles fazem é ruim para o mundo. Sejamos claros: a especulação financeira pode servir a um propósito útil. É bom, por exemplo, que os mercados futuros incentivem o armazenamento de combustível para os aquecedores antes que o clima esfrie, ou o armazenamento de gasolina antes que comece a temporada de férias de verão.

Mas especular com base em informações indisponíveis ao público em geral já é algo muito diferente. Como demonstrou em 1971 o economista Jack Hirshleifer, da UCLA, esse tipo de especulação com frequência mistura “rentabilidade particular” e “inutilidade social”. Um bom exemplo disso são as operações em alta velocidade. É difícil perceber como negociantes que fazem suas transações uma fração de segundo antes dos demais possam contribuir com a melhoria dessa função social.

E quanto a Hall? A reportagem do Times sugere que ele ganha dinheiro ao ser mais esperto que outros investidores, e não por direcionar recursos para onde são mais necessários. Novamente, é difícil enxergar valor social naquilo que ele faz.

O que precisa ser feito? Na semana passada, a Câmara aprovou uma lei estabelecendo regras para os pacotes de bonificação de várias instituições financeiras. Seria um passo na direção certa. Mas tal medida deveria ser acompanhada por uma regulação muito mais ampla das práticas financeiras - e eu ainda defendo uma maior carga tributária sobre rendas superdimensionadas.

Infelizmente, a medida enfrenta a oposição da administração Obama, que ainda parece funcionar pela lógica segundo a qual aquilo que for bom para Wall Street será bom para o país. Nem a administração nem nosso sistema político estão prontos para encarar o fato de que nos tornamos uma sociedade na qual as grandes recompensas vão para quem se comporta mal, uma sociedade que enche de dinheiro quem deixa todos nós mais pobres.

Paul Krugman é Prêmio Nobel de Economia

Neoliberalismo o responsável

Anônimo

Fala-se muito hoje em desigualdade social, mas isso se deu após a implementação do Neoliberalismo, ele é responsável, pelo declínio econômico das classes sociais brasileiras.

Em 1973, época em que o Brasil colhia os frutos da industrialização e vivia a euforia do milagre econômico, os brasileiros conseguiram subir na escala social.

De lá para cá, a crise econômica interrompeu o progresso e a prosperidade dessas famílias, agravando-se cada vez mais em decorrência da implementação da cultura do neoliberalismo.

A atual geração tem dificuldades em progredir economicamente e as disparidades são enormes, que fazem do Brasil um país campeão em desigualdade social.

Bate , bate na porta do céu

O "pobre bate, bate na porta do CÉU", mas ela nunca é aberta, segundo os mandatários desse ambiente nele só entra RICO e artistas da rede Globo.

Para nós pobres sobra bater na porta do "INFERNO", aí com certeza ela será aberta para que possamos tramar como faremos para realizar uma Reforma Agrária de maneira rápida e justa.

O MST tem que bater sistematicamente na porta do "CÉU" quem sabe o porteiro atenderá seus representantes e os encaminhará até o chefe maior, o qual estará sentado em seu reluzente trono com sua bem feita barba branca para dar uns minutos de sua atenção para uma reivindicação da maior importância para milhares de trabalhadores do campo.

Camaradas não desistam, batam, batam se for necessário chutem a porta do "CÉU", não desanimem, bem como não desistam no meio da jornada, pois o homem tem muito tempo disponível para os burgueses do neoliberalismo, quem sabe ele disponibilizará um tempinho.

Marco Antônio Leite

Os 10 requisitos básicos para ser um piguista

1º-Odiar comunistas;


2º-Adorar os países ditos "ricos" de "primeiro mundo" e repugnar o seu;

3º-Apoiar qualquer medida para impor o "american way of life", como a guerra do Iraque e etc;

4º-Ser paranóico, imaginar que os comunistas podem tomar o poder a qualquer momento;

5º-Acreditar que a economia de livre mercado é perfeita, natural, equilibrada e não precisa da intervenção do Estado;

6º-Acreditar que a pobreza existe em virtude da ''preguiça"" dos pobres, o capitalismo sempre oferece muitas oportunidades;

7º- O capitalismo sempre favoreceu a ""democracia e a liberdade"" dos povos;

8º- Todos os seres humanos têm oportunidades para enriquecer e montar a sua empresa;

9º- Todos os comunistas são burros e analfabetos;

10º- Culpar o Estado por todos os problemas do país e endeusar a iniciativa privada.

Cadê os liberais?

Aonde estão os liberais para protestar contra o governo americano e canadense por terem assumido a GM?

Cadê o Deus mercado?

E os acionistas particulares, não protestam por que?

Muito simples camaradas, eles todos estão adulando a Geni (Estado). 

Os liberais de araque e capitalistas de tijela inteira jogam pedra na Geni quando lhe interessa e lhes dá lucro. 

Quando o Zepelim (Crise) voa sobre suas cabeças correm para bajular a Geni.

São da turma da tucademopiganalha.

Corja!!!

Margareth Thatcher - Mãe desnaturada

Marco Antônio Leite

Margareth Thatcher foi à mãe desnaturada do sistema neoliberal, o qual foi concebido no útero da elite da época que odiava o povo trabalhador e as estatais. 

Como no Brasil nada se cria, o famigerado Collor introduziu o sistema no país, com apoio total do FHC e de seus asseclas do PSDB e DEMO. Nesse período, tanto Collor como FHC venderam a preço de banana muitas estatais que empregavam muitos trabalhadores, em função disso a estrangeirada para reduzir custos dispensou milhares de trabalhadores que doaram muito suor e sangue para o bem do país. 

Nessa esteira o Zé Pedágio vendeu muitas estatais do Estado, bancos, estradas entre outros bens, para conseguir impostos construiu muitos pedágios para achacar os motoristas que já pagam todo tipo de impostos que incidem sobre o custo final do automóvel.

Portanto, Margareth Thatcher, Gorbatchov entre outros teóricos europeus e americanos criaram essa estupidez chamada neoliberalismo, que tira do mais pobre e transfere para os poucos ricos.

Ademais, não vote em Zé Pedágio, mas sim em quem estará ao seu lado (Dilma). 

Resposta civilizada

A quem interessar possa:

Eu não escrevi o texto CPI Civilizada.
Também não acho que a intenção de quem escreveu (Ticão 2), tenha sido defender a bandidagem, a desonestidade e a falta de ética. Simplesmente ele escreveu a verdade, o que acontece na vida real, o dia-a-dia.
Você vive num mundo de faz de conta (você faz de conta), me lembra bem aqueles folhetos que alguns religiosos(as)vivem divulgando nas ruas, nas casas. Onde leões, tigres e serpentes estão todos juntos com crianças e adultos vivendo em perfeita harmonia.Se acredita nisso, é um direito que lhe assiste. Mas, eu acredito não.
Ah, vocês paladinos da moral e ética que possuem casa própria eu tô comprando. Compro agora, na hora, pelo preço que está declarado e que serve de base para pagar o IPTU, pago à vista.
Amigo, nem todo liberal é um FHC (farsante, hipócrita, canalha), porém, (na minha opinião) tudo eles são FH (farsantes e hipócritas). Vide agora nesta crise todos, todos sem exceção correndo, apelando, implorando pela ajuda do Estado que eles, vocês, tanto condenam... da boca pra fora.

A pergunta que não tem resposta

Por que as demais empresas petrolíferas não disputam o mercado brasileiro?

Pois é, os liberais de araque não respondem esta singela pergunta.

Fazer acrobacias, distorcem, contorcem as palavras e ideias (eles tem?rsss), mas não respondem.

Darei mais um tempinho para que eles possam raciocinar, pensar, estudar, pesquisar e responder.

Tô aguardando.

Petroleo, monopólio da Petrobras?


Anonimo
Sr. Laguardia a Petrobras não tem mais o monopolio da extração nem do refino do petroleo no Brasil, por que então as outras empresas que exploram esta fonte de energia não disputam o mercado brasileiro com ela?
Depois que você responder isto, então me ocupo de discutir sobre privatização com você, liberal de araque.


Quebra do monopólio divide interesses empresariais e nacionalistas

Até agosto de 1997 a Petrobras detinha o monopólio na área de petróleo no Brasil. Com a quebra do monopólio, o mercado brasileiro abriu suas portas para o capital estrangeiro e cerca de 35 empresas já se instalaram no país. A Petrobras ainda é a maior empresa de petróleo do Brasil, porém, expressões como internacionalização, expansão dos negócios para outros setores e parcerias com empresas estrangeiras passaram a definir seus novos rumos.

As análises dos especialistas sobre as mudanças e os possíveis benefícios desse processo são bastante diversas e ora parecem focalizar interesses empresariais, compondo um cenário de sucesso, aumento de produção e faturamento no setor petrolífero brasileiro; ora ligados ao atendimento das demandas do povo brasileiro, apresentando dúvidas e críticas à abertura do mercado, sugerindo que as cores do nacionalismo, outrora tão vivas, podem estar desbotando no setor petrolífero. Mas seriam opostas estas visões? Defender os interesses da empresa significa negligenciar os interesses dos brasileiros e vice-versa? E as críticas à quebra do monopólio seriam análises nacionalistas românticas? Um dos maiores desafios para os atores sociais envolvidos nesse processo parece ser o diálogo entre opiniões diversas em busca de um equilíbrio entre essas duas óticas.

Mudança no papel do Estado
O fim do monopólio, determinado pela Lei do Petróleo em 6 de agosto 1997, instituiu não apenas um conjunto de mudanças de caráter técnico-administrativo, mas uma redefinição no papel do Estado. De produtor e provedor o Estado passa para regulador e fiscalizador. Para alguns especialistas esta é uma tendência natural do mercado internacional. Para outros envolve inúmeras escolhas de caráter político-social, atingindo diretamente o Estado de Bem-Estar Social.

Para atuar nesse novo papel foi criada a Agência Nacional do Petróleo (ANP), um órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia, que passou a regular e fiscalizar a indústria de petróleo no Brasil. Uma das ocupações da ANP é promover licitações para a concessão de áreas ou blocos destinados à exploração de petróleo e de gás natural. Até o momento, quatro licitações (nos anos de 1999, 2000, 2001 e 2002) foram realizadas, resultando na concessão de blocos exploratórios à Petrobras e a várias outras empresas internacionais (mais detalhes aqui).

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Gentê, cadê os liberais?

Pois é gentê, ontem não postei nada no blog porque o pc deu um tilti. E o pior é que não apareceu o tal do Estado para me acudir, reforçar meu caixa para que eu mandasse consertar.

Cadê o FMI, o Tesouro e os economistas, especialistas econômicos que tanto defendem a ajuda do Estado aos grandes conglomerados seja financeiro ou não?

Num apareceu nenhum pra ajudar a pagar o conserto. Eu assumi o prejuízo.

Agora ser liberal tucademo é ótimo.

Quando tem lucro é todo deles, quando tem prejuízo assalta o nosso (contribuinte) rico dinheirinho.

Desse jeito é fácil e bom ser liberal.

Ah, e pra não dizer que não falei das dores, é sempre bom lembrar que "assistencialismo" é o Bolsa Família.

Corja!!!