Os neoliberais abriram champagne, ontem, diante da manchete do jornal O Globo, dando conta de que o governo da Alemanha vai demitir 14 mil funcionários públicos e cortar gastos, inclusive militares, em função da necessidade de prevenir a nova crise econômica.
É o que pretendem para o Brasil, sob a alegação de a máquina pública estar inchada, mas, na verdade, interessados em atingir o governo Lula. Gostariam de demissões em massa, assim como da supressão de investimentos públicos e a revogação dos poucos direitos trabalhistas salvados dos tempos do sociólogo. São essas as “reformas” que apregoam. Também insistem em mais privatizações e redução da carga fiscal (deles).
O problema, para certas elites, é que nenhum dos candidatos presidenciais, a começar por José Serra, dá a impressão de querer adotar o modelo econômico antes praticado no Brasil. Nem ele nem Dilma Rousseff, Marina Silva ou Plínio de Arruda Sampaio. Muito pelo contrário, estão bem longe do falido neoliberalismo os quatro pretendentes de verdade, apesar de só dois disporem de condições de vitória.
Todos tem consciência da crueldade e da ineficácia de fórmulas como a que a Alemanha começa a adotar, também imposta à Grécia e à Hungria. Basta atentar para as reações. Mandar a conta para a população significa despertá-la para protestos e mudanças inusitadas, além de constituir-se em injustiça flagrante.
Se alguém deve pagar pela crise são seus artífices, as elites. Demitir funcionários e reduzir investimentos públicos, penalizando as massas, não está na pauta do nosso futuro. Ou está?
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