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A ordem saiu da redação II

Sempre que uma ordem sai da redação, o jorna-lista muda de opinião e recorre ao primeiro modelito prêt-à-porter disponível na prateleira das conveniências.
Para o notinhas insosa, o patrocínio incondicional da ética tornou-se démodé. O chique agora é envergar o manto diáfano da “denúnciabilidade”.
Numa fase em que FHC e neoliberalismo não serve nem para seduzir o Laguardia, o blogueiro Briguilino - Eu - saio batendo nos jorna-listas.
Vão abaixo duas listas. Relacionam o que precisam fazer e o que devem evitar os tucademopiganalhas travestidos de jornalistas que desejam agradar o patrão.

Coisas que um jorna-lista não precisa mais fazer:

1. Rezar por FHC antes de dormir.
2. Fazer tudo que podia para eleger o Collor.
3. Negociar com o Daniel Dantas a tática anti-Operação Satiagraha.
4. Exaltar o socorro do FMI ao Brasil.
5. Ler a inVeja.
6. Aprender a posar de imparcial.
7. Disfarçar para quem está à serviço.

Coisas que hoje um jorna-lista não pode deixar de fazer

1. Lembrar que Lula já chamou Sarney de ladrão.
2. Recordar as baixarias do Collor na eleição de 89.
3. Camuflar, esconder, omitir as bandalheiras da oposição.
4. Escrever "Fora, Sarney".
5. Ler FHC.
6. Comer grana com a caneta.
7. Elogiar Marina Silva, Eduardo Campos, Aécio Neves, Marco Aurélio Mello, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes e demais políticos - com ou sem toga - basta que seja antipetista.

Jonias Insoso

Divã da Dinda


The i-piauí Herald

Em entrevista ao Fantástico, a ex-mulher de Fernando Collor fez inúmeras revelações sobre o ex-presidente. Segundo Rosane Collor, o ex-marido teve seguidas reuniões com Carlinhos Cachoeira para negociar a implantação de caça-níqueis na Casa da Dinda, em seguimento à bem-sucedida iniciativa do Bingo do Planalto, no qual ganhadores eram premiados com bancos estaduais e contratos já licitados para construir obras inteiramente dispensáveis. A ex-primeira dama fez questão de frisar que não tinha conhecimento destes fatos: “Eu me atinha a servir lanchinhos desviados da LBA”, frisou.
Rosane contou que foi forçada a tomar parte de um ritual de magia negra organizado para influenciar os jornalistas da Rede Globo que editaram o último debate com Lula. Assim que baixou o seu Tranca Ruas e a preta velha começou a falar com voz grossa de arame farpado, Collor teria deixado o terreiro aos gritos de “Valei-me, minha Santa Terezinha dos Remédios!” A cena causou espécie em toda entourage collorida, tendo deixado perplexo até o seu Tranca Ruas, o qual exclamou “Mas que mulherzinha!”. Com o choro represado e o queixo tremendo, Rosane desabafou. "É verdade! É verdade! Collor não tem aquilo roxo!"

Rosane mostrou como assistiu à apuração dos votos em 1989

Recomposta, Rosane revelou seu maior arrependimento dos anos de casamento. "É duro para uma mulher evangélica, com uma modesta pensão de 18 mil reais assumir isso, mas lá vai: eu deixei ele confiscar minha poupança!", disse, debulhando-se novamente em lágrimas.

Aécio Neves o Fernandinho II

Já profetizei:
Em 2014 seeeee Lula não for candidato, Aécio Neves é eleito presidente.

E, por que afirmo isto?..

Porque mais que saber, sinto. Sou povo e sei a força que o PIG inda tem.

Farão com o Aecin o mesmo que fizeram com o Collin. Colocaram no colo, o elegeram. E na hora que ele quis governar?.. Pé na bunda.

Iluda-se quem quiser, eu avisei.

Anote: Eleição 2014

por Carlos Chagas


A HISTÓRIA NÃO TEM PRESSA

Vivemos de modismos. De idéias pré-concebidas. Por que, por exemplo, determinar 100 dias como primeiro prazo para o julgamento de um governo ou de uma governante? Por que não 102 ou 110, ou 200, 500 ou 800? Dirão muitos que a vida é assim. Os casamentos são contados por bodas de prata, de ouro e até de diamante. As guerras, por décadas ou séculos. As religiões, por milênios.

Senão  insurgir-se, Dilma Rousseff deveria dar de ombros para a cascata de análises, interpretações e diagnósticos apresentados pela mídia  no fim de semana, a respeito de seu desempenho na presidência da República. Afinal, a data que interessa mesmo é a de cada dia, com ênfase para o último  de seu mandato.

Para Getúlio Vargas, foi 24 de agosto de 1954, mesmo tendo ele permanecido por 15 anos variadíssimos, numa primeira etapa, e três anos e meio de incompreensões, no segundo.

Juscelino Kubitschek preferiu ressaltar os 50 anos em 5, no começo, para no final fixar-se na data futura que não chegou, de  3 de outubro de 1965, quando voltaria ao poder.  Jânio Quadros jamais imaginou que 25 de agosto de 1961 seria o fim, muito menos João Goulart, de que tudo terminaria no 1 de abril de 1964. Dos generais-presidentes, note-se apenas a seqüência de seus mandatos com dia certo para transmitirem o poder, exceção de Costa e Silva que adoeceu antes. Para Tancredo Neves o destino não deixou um dia sequer, para José Sarney um ano lhe foi surripiado. Fernando Collor imaginou vinte anos, defenestrado em dois e meio, ao contrário de Fernando Henrique, que era para ser julgado depois de  quatro anos e burlou seus julgadores, estendendo o prazo para  oito. O mesmo tempo concedido ao Lula, de olho em  mais oito, ainda que  sem prazo certo para iniciar o retorno.


Essas considerações se fazem por conta da evidência de que a análise da ação  dos presidentes da República não deve ser medida em dias, meses ou sequer anos. A História não tem pressa e não comporta açodamentos, ainda que se apresente pródiga em surpresas.  Dilma pode ter ido bem nos primeiros 100 dias, mas quem  garante que seguirá  assim nos seguintes?  Melhor aguardar.

De braços dados com a ditadura

A família Marinho sempre escolheu um lado

O jornal da família Marinho publicou chamada na capa sobre a entrevista de Lula aos blogueiros. E, numa página interna, estampou matéria de alto de página sobre a coletiva no Palácio do Planalto. O objetivo, evidentemente, era esculhambar os blogueiros e o presidente da República.
Achei muito engraçado: a turma de Ali Kamel está perdida. Passar recibo dessa forma a meia dúzia de blogueiros? Isso mostra o que? Que eles temem a blogosfera. Já não falam sozinhas. O fígado dos que dirigem as “Organizações Globo” dói por dois motivos:
- já não formam opinião como antes, e não decidem eleição (por mais que eu seja o primeiro a reconhecer que a velha mídia segue a concentrar algum poder; erra quem menospreza esse poder hoje cadente);
- já não falam sozinhos no Brasil.

Alguns amigos escreveram pra perguntar se não seria necessária uma “resposta” a “O Globo”. Outro bom amigo, o Beto Pandini, ligou logo cedo pra avisar: “você não pode deixar de ler O Globo, a cobertura deles sobre a entrevista com Lula é de rolar de rir”.
Concordo com o Beto. É engraçado”O Globo” chamar os  blogueiros de “chapa-branca”.
He, he.

As “Organizações Globo” cresceram sob a ditadura, de braços dados com os militares. Depois, nomearam ACM para Ministro das Comunicações de Sarney. Na sequência, elegeram Collor. E ajudaram o país a vender suas estatais na era FHC. Essa é a história da Globo e de “O Globo”. Conheço bem, até porque lá trabalhei por 12 anos.
A história é autoexplicativa. 

Globo, Folha, Abril e outros estão esperneando contra os blogueiros. É o ódio de quem já não pode ditar os rumos do país, sentado na varanda da Casa-Grande – esse tempo se foi. Ódio a Lula, ódio à mudança. Sentem ódio do país que, pouco a pouco, se torna mais democrático.

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Preparem-se: estamos a caminho de uma reedição de 1989 contra o PT?

Publico aqui, por concordar e julgar muito procedente, comentário que na verdade é um alerta feito hoje pelo meu amigo, jornalista Breno Altman em seu Facebook:

"Preparem-se para outra reedição de 1989. Dois dos seqüestradores de Washington Olivetto fugiram da cadeia há alguns dias. São acusados de pertencerem a organizações armadas do Chile e da Colômbia. Será que, às vésperas das eleições, acabarão localizados pela polícia paulista vestindo camisetas do PT? Com ou sem exclusividade para o Jornal Nacional? Olho vivo e faro fino. A guerra suja de Serra não tem limites."

Pois é, nesta reta final para o 2º turno da eleição presidencial daqui a pouco mais de uma semana, todo cuidado é pouco. Remember 1989: naquele ano, os responsáveis pelo sequestro do empresário Abílio Diniz foram vinculados ao PT exatamente no dia (17 de dezembro) da realização do 2º turno entre Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello.

Foram presos, vestidos com camisetas do PT e assim exibidos para fotos e filmagens de toda a mídia pela polícia paulista, então sob o comando do hoje neo-tucano governador Orestes Quércia. Agora, depois da farsa montada pelo candidato da oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS) forjando no Rio a agressão que não sofreu - ele foi atingido por uma bolinha de papel - tudo é possível

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É Dilma no primeiro turno PH

O PH - Conversa Afiada - é mau que nem pica-pau. Ter a coragem de escrever "Ali Kamel, o futuro do Brasil está em suas mãos", é ironia demais. 
Foi o tempo que a Globo elegia e derrubava presidentes [Collor], acabou o tempo que ela nomeava e demitia ministros [são tantos que nem citarei um]. 
Ela ainda tem força, inegável. 
Mas, nem tanto e nós o povão estamos bem mais informados, a net taqui pra nos abrir os olhos.
Que até dia 03 de Outubro próximo eles vão espernear, armar, temos certeza. 
Porém nas urnas decidiremos o nosso futuro, elegendo Dilma no primeiro turno e....
Saudações briguilinas.

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Se diz a presidente ou a presidenta?

Luis Fernando Veríssimo

De hoje à data da eleição teremos dez dias de manchetes nos jornais e duas edições da Veja. Não sei até quando podem ser publicadas as pesquisas sobre intenção de voto, mas até a última publicação – aquela que, segundo os céticos, é a mais confiável, pois é a que garante a credibilidade e o futuro dos pesquisadores – veremos uma corrida emocionante: o noticiário perseguindo os índices da Dilma para tentar derrubá-los antes da chegada, no dia 3. O prêmio, se conseguirem, será um segundo turno. Se não conseguirem a única dúvida que restará será: se diz a presidente ou a presidenta?
Até agora as notícias de corrupção na Casa Civil não afetaram os índices da Dilma. Estou escrevendo na terça, talvez as últimas pesquisas mostrem um efeito retardado. Mas ainda faltam dez dias de manchetes e duas edições da Veja, quem sabe o que virá por aí? O governo Lula tem um bom retrospecto na sua competição com o noticiário. 
A popularidade do Lula não só resistiu a tudo, inclusive às mancadas e aos impropérios do próprio Lula, como cresceu com os oito anos de denúncias e noticiário negativo. Desde UDN x Getúlio nenhum presidente brasileiro foi tão atacado e denunciado quanto Lula. Desde sempre, nenhum presidente brasileiro acabou seu mandato tão bem cotado.
Acrescente-se ao paradoxo o fato de que o eleitorado brasileiro é tradicionalmente, às vezes simplisticamente, moralista. Elegeu Jânio para varrer a sujeira do governo Juscelino, elegeu Collor para acabar com os marajás, aplaudiu a queda do Collor por corrupção presumida e houve até quem pedisse o impedimento do Itamar por proximidade temerária com calcinha transparente. Mas o moralismo tornou-se politicamente irrelevante com Lula e, por tabela, para os índices da Dilma. É improvável que volte a ser decisivo em dez dias. Mas nunca se sabe. 
O que talvez precise ser revisado, depois dos oito anos do Lula e depois destas eleições, quando a poeira baixar, seja o conceito da imprensa como formadora de opiniões.
Mas a corrida dos dez dias começa hoje e seu resultado ninguém pode prever com certeza. Virá alguma bomba de fragmentação de última hora ou tudo que poderia explodir já explodiu? O que prevalecerá no final, os índices inalterados da Dilma ou o noticiário? Faça a sua aposta.

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Balas de prata e os tempos das filhas

É cristalino o significado político das últimas declarações de José Serra. Ao comparar, em um telejornal das Organizações Globo, a presidenciável petista, Dilma Rousseff, ao ex-presidente Fernando Collor, o tucano deixou claro que já não lhe sobra margem para argumentos sutis. Quando responsabiliza a ex-ministra pela quebra do sigilo fiscal de sua filha, Verônica Serra, o candidato do PSDB, comprova, mais uma vez, que, neste momento, está refugiado à sombra de togas obscuras e barões midiáticos, aos quais deve prestar vassalagem até o dia 3 de outubro.


Carente de apoio popular, perdendo força a cada dia na classe média, e constatando a decomposição de seu apoio político-parlamentar, Serra só espera sobreviver a partir do apoio que vem obtendo de redações que se transformaram em extensões de seus comitês eleitorais. Sua candidatura está em estranha suspensão, em compasso de espera entre o imprevisto e um novo ato do drama de retrocesso calculado. Esperando por uma improvável “bala de prata", parece estar pronto para enveredar por uma aventura de alto preço para o país: um golpe branco em nome da preservação do Estado Democrático de Direito. Melancólico, mas é o que parece lhe restar.

Fingindo não saber que acabou o teatro esquizofrênico do falso moderno que pensava ser rei, o tucano não teme o ridículo: “O Collor utilizou o filho do Lula em 1989. Agora, pegaram a minha filha (...) para meter nesse jogo político sujo por preocupação com a minha vitória. Dilma está repetindo Collor". Traçar paralelismos requer cuidados que, quando não são tomados, revela a verdadeiras intenções do discurso e do gesto. A mistificação - e Serra deveria saber disso - costuma cobrar preço alto.

Vamos por partes, para melhor detalhar o processo. Collor foi eleito através de uma campanha em que misturou um discurso modernizante com apelos a valores e crenças tradicionais. A reforma do Estado e a moralização da sociedade eram os eixos centrais do discurso. Quem, a essa altura da campanha, está adotando a receita do bolo collorido? A total ausência de compromisso com a verdade e com a ética é marca de qual candidatura? Não convém brincar com o passado recente. O país, hoje, já não padece de aguda crise de cidadania. A sociedade civil já não se submete às surradas cantilenas reacionárias.

Collor atiçou o medo das camadas médias denunciando futuras medidas socializantes de candidatos mais à esquerda, principalmente Lula. Quando, seguindo a mesma trilha do “caçador de marajás”, um prócer tucano afirma que ”devastados os partidos, se Dilma ganhar as eleições sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários “, cabe a pergunta: quem está repetindo quem? Que democracia é preservada quando se pretende reduzir o aparato estatal a uma espécie de polícia da produção a serviço dos ditames do mercado? Como obter a submissão do mundo do trabalho sem a supressão de direitos democráticos?

Por fim, o ex-presidente da UNE, deveria se lembrar que Collor atacou seu adversário no segundo turno, manipulando uma antiga namorada de Lula. Em tudo isso, o ex-presidente contou com uma máquina de apoio e propaganda como nunca tinha sido visto, custeada por grandes grupos econômicos. O apoio da Globo foi, como é, notório e especialmente importante. Como se vê, não cabe misturar filhas e tempos distintos.

Lurian Cordeiro da Silva surgiu no cenário eleitoral como golpe baixo de uma campanha ameaçada pela curva de crescimento da candidatura oponente. Verônica Allende Serra, sem que se saiba ainda quem encomendou a quebra de seu sigilo fiscal, vem a público por emanações do mercado financeiro. Não é plausível confundir coisas e nomes. Sociedades financeiras e namoros apaixonados são coisas bem diferentes. Disso sabem todos, de Miriam Cordeiro a Daniel Dantas.

O que poucos se dão conta é que o uso da “bala de prata” é improvável por uma logística inédita: dessa vez o “lobisomem” e o atirador estão umbilicalmente ligados. Qualquer disparo fulmina os dois. Simbiose perfeita.

Gilson Caroni Filho



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A piada do dia

Lembram-se da propaganda que o candidato da oposição a presidente, José Serra (PSDB-DEM-PPS) veiculou até sábado pp. na TV com um vídeo e críticas ao ex-presidente senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL)?

Ela associava apoio do ex-presidente a Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) sem situar o contexto histórico, desinformando o eleitor. Esta foi uma das razões que levaram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a determinar a suspensão desta propaganda serrista.

O objetivo de Serra era mesmo confundir o eleitor? Sim, porque o partido do senador Collor oficialmente fechou com os tucanos, fez convenção com presença do presidenciável conservador e tudo o mais a que a aliança deles tem direito.

Mas, como o PSDB e a oposição escondem, isto só é percebido por leitores do blog de Roberto Jefferson, ex-deputado presidente nacional do PTB. E percebem porque agora Jefferson está furioso com Serra e sua crítica ao companheiro deles Fernando Collor.

Mídia aceita escamotear apoio do PTB, de Roriz...

"Nós, do PTB, estamos coligados ao PSDB na campanha nacional e, além de sistematicamente deixados de lado na discussão de estratégias e caminhos para a candidatura, ainda somos vítimas de ataques no tempo de TV para o qual contribuímos. Repudiamos as agressões [...]. O que os tucanos estão querendo com os insultos, uma ruptura?", pergunta Jefferson em seu blog.

No texto, ele diz não saber porque Serra "passou a desferir golpes abaixo da linha da cintura" contra Collor. Pior é fazer desta forma, com o objetivo de confundir o eleitor. É grave, realmente, esta situação em que o partido de Collor (PTB) apoia Serra e ele esconde - como esconde também o apoio de Roberto Jefferson, de Joaquim Roriz, ainda candidato a governador de Brasília (depende do julgamento de sua "ficha suja") e de tantos outros.

Mas, piada mesmo, ainda que a pior do dia, é uma mídia como a nossa aceitar esta hipocrisia ética de Serra ser aliado de Roriz em Brasília, de Roberto Jefferson em nível nacional... Sem questionar, sem explicar para seus leitores e sem informar claramente aos eleitores sobre esta situação.

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O SEGUNDO TURNO E A NATUREZA DAS COISAS


Alguns cientistas políticos e muito diletantes da vida partidária costumam dizer que o segundo turno é uma outra eleição, uma espécie de apagador passado no quadro negro, podendo seus resultados desmentirem os primeiros.

Com todo o respeito, não é bem assim. Nas eleições presidenciais de 1989, 2002 e 2006, quem venceu no primeiro turno também venceu no segundo. Fernando Collor contra Lula, depois Lula contra José Serra e contra Geraldo Alckmin. Em 1994 e 1998, Fernando Henrique venceu nas votações iniciais, tornando desnecessária a segunda votação. 

Apenas na escolha dos governadores, como exceção, o segundo mais votado virou primeiro, lembrando-se que em Minas Helio Costa chegou na frente, mas sem a metade  mais um dos votos, perdendo no segundo turno para Eduardo Azevedo.

Neste ano, se nenhum dos candidatos alcançar de imediato o percentual necessário, os dois melhor  colocados se defrontarão sozinhos. Muito provavelmente, Dilma Rousseff e José Serra. Quem chegar em primeiro manterá a escrita?

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Cardápios frágeis

Pergunte aos candidatos a presidente sobre como melhorar o desempenho do Congresso Nacional e eles responderão com citações a respeito da reforma política. Não convencem. Uma eventual mudança só valeria para mandatos parlamentares a partir de 2015, ou mais adiante. E nada garante que as duas diretrizes até agora badaladas, o voto distrital ou o voto em lista preordenada (com financiamento exclusivamente público), trariam a Brasília um Congresso diferente. 

O voto em lista com o veto ao financiamento privado, casado à fidelidade partidária, tem potencial para gerar a desejada (no Executivo) paz dos cemitérios no centro da Praça dos Três Poderes. Só que é ainda teoria, a checar. A inércia é elemento poderoso. No Brasil, poderosíssimo. 

O cálculo eleitoral dos governistas é eleger amplas maiorias na Câmara e no Senado, para oferecer apoio confortável a Dilma Rousseff, se ela ganhar a corrida. Já entre os oposicionistas as contas são pragmáticas. 

Mesmo sem uma maioria imediata, José Serra no Planalto teria a força política e orçamentária para neutralizar eventuais turbulências. E Marina Silva? Ela enfrentaria dificuldades, à medida que o tempo fosse correndo. 

Como formar maiorias eficazes no Congresso Nacional do Brasil é uma dúvida acomodada no rol dos mistérios (quase) insolúveis. E mais um parêntese. O leitor perguntará “eficazes para quê?”. Boa pergunta. 

Fernando Collor foi o último presidente a tentar governar em minoria. Luiz Inácio Lula da Silva ensaiou algo assim, mas desistiu (ou foi desistido) a tempo de salvar o próprio pescoço. 

Desde o impeachment de Collor, todos os presidentes governaram (ou acabaram tendo que governar) com maiorias amplas. Ainda na esfera das teorias, teriam tido portanto as melhores condições para impulsionar suas respectivas agendas. Mas não se deu. 

As maiorias, ao fim e ao cabo, serviram apenas para evitar mais dores de cabeça do que seria saudável. 

E doravante? Dificilmente haverá um presidente tão popular quanto Lula (talvez o próprio, num eventual retorno). Por que Dilma, Serra ou mesmo Marina teriam condições melhores para governar do que as dadas ao presidente que sai? Dilma parece buscar a fórmula pelo caminho mais ortodoxo. Acomodar bem os aliados em postos-chave da administração orçamentária (o pão será partilhado), mas governar de fato com um núcleo reduzido de seus. 

Serra afirma que não precisará lotear a máquina, deseja obter uma maioria estável no Congresso atendendo adequadamente as bases eleitorais dos parlamentares.E Marina diz estar tarimbada para fazer um diálogo congressual em alto nível. 

Tudo no plano das boas intenções. Mas o que diz mesmo sobre a dúvida de cada um a respeito do Congresso é a frugalidade dos respectivos cardápios legislativos. Falta ambição, talvez por sobrar realismo. 

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Dilma tem medo de que?...


Há dias que se diz que a candidata petista, Dilma Rousseff, foge de entrevistas, não comparece ou desmarca sabatinas previamente agendadas.
Mas esta semana termina com duas participações importantes da candidata em encontros com jornalistas que não a pouparam de questões espinhosas, constrangedoras e até de provocações – todas formuladas de forma civilizada.
Dilma compareceu ao programa 3 a 1, da TV Brasil, e não houve nada de “chapa-branca” na entrevista. Longe disso, os jornalistas que a receberam abordaram quase sempre os pontos críticos do noticiário: como o controle da imprensa, os ataques de adversários, as relações fisiológicas com aliados.
Sem se enervar, titubear ou reagir mal, Dilma encarou com tranqüilidade surpreendente as perguntas. E, melhor: respondeu a todas. Pode-se discordar das respostas, de sua adequação ou correção. Mas não houve evasiva, da parte da petista.
Na sabatina do R7/RecordNews, Dilma foi confrontada pela primeira vez em público com temas espinhosos: sua futura relação com os militares, a agora comprovada quebra de sigilo fiscal de Eduardo Jorge, as alianças incômodas com políticos como Collor e José Dirceu, e tantos outros temas. Outra vez, a petista encarou a briga – ou melhor, levou adiante a conversa sem perder a capacidade de dialogar e sem apresentar fragilidades de temperamento ou argumento - dos quais, volto a ressaltar, pode-se discorda, é claro.
A semana termina com a notícia de que a candidata de Lula passou o adversário tucano em 8 pontos percentuais, segundo levantamento do Instituto Vox Populi. 
Até este momento, a campanha de Dilma mantém a confirmação de sua participação em todos os debates do primeiro turno a serem promovidos pelas grandes emissoras de TV. 
A expectativa é de que os números das pesquisas não alterem este compromisso.
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Dilma - Aborto questão de saúde pública

Maria Lima e Gerson Camarotti
Em uma hora e meia de sabatina da série de entrevistas com presidenciáveis do portal R7 e Record News, a candidata do PT, Dilma Rousseff, fez ontem uma ginástica verbal para explicar a relação com parceiros como o senador Fernando Collor, o colega petista José Dirceu e o líder do MST, João Pedro Stédile.
Depois da crítica de um bispo da CNBB à sua posição sobre o aborto, ela deu declarações a favor do fortalecimento da família, e de tratar o aborto como questão de saúde pública. Disse ser a favor da União Civil e não do casamento gay, e evitou criticar banqueiros e defender a revisão da Lei da Anistia.
Na sabatina, a candidata petista falou ainda de outros aliados e de temas polêmicos.
ZÉ DIRCEU
"Tenho muito respeito pelo Zé, mas ele não estará no cerne do meu governo. É militante do PT e terá sempre seu lugar no PT. Mas não tenho conversado com o Zé Dirceu".
COLLOR
"Isso não é fundamental (parceria com Collor). Fundamental foi o que fizemos no governo. Não vamos falar: você está proibido de me apoiar. Agora, nos nossos termos. Inimigo não foi, foi adversário. Se mudou de posição, é bem-vindo".
STÉDILE/MST
"As invasões no meu governo vão cada dia mais diminuir. A reforma agrária tem que continuar não porque o MST quer. Divirjo do Stédile (que previu que as invasões vão aumentar em seu governo). Não pretendo ter nenhuma complacência com a ilegalidade. Mas eu dialogo, não coloco cachorros, não dou pancada, respeito os movimentos sociais. Com ilegalidade eu não negocio".

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A velha mídia finge que o país não mudou

Apesar de não haver consenso entre aqueles que estudaram o processo eleitoral de 1989 – as primeiras eleições diretas para presidente da República depois dos longos anos de regime autoritário –, é inegável que a grande mídia, sobretudo a televisão, desempenhou um papel por muitos considerado decisivo na eleição de Fernando Collor de Mello. O jovem e, até então, desconhecido governador de Alagoas emergiu no cenário político nacional como o “caçador de marajás” e contou com o apoio explícito, sobretudo, da Editora Abril e das Organizações Globo.
No final da década de 80 do século passado, o poder da grande mídia na construção daquilo que chamei de CR-P, cenário de representação da política, era formidável. A mídia tinha condições de construir um “cenário” – no jornalismo e no entretenimento – onde a política e os políticos eram representados e qualquer candidato que não se ajustasse ao CR-P dominante corria grande risco de perder as eleições. Existiam, por óbvio, CR-Ps alternativos, mas as condições de competição no “mercado” das representações simbólicas eram totalmente assimétricas.
Foi o que ocorreu, primeiro com Brizola e, depois, com Lula. Collor, ao contrário, foi ele próprio se tornando uma figura pública e projetando uma imagem nacional “ajustada” ao CR-P dominante que, por sua vez, era construído na grande mídia paralelamente a uma maciça e inteligente campanha de marketing político, com o objetivo de garantir sua vitória eleitoral [cf. Mídia: teoria e política, Perseu Abramo, 2ª. edição, 1ª. reimpressão, 2007].
2010 não é 1989
Em 2010 o país é outro, os níveis de escolaridade e renda da população são outros e, sobretudo, cerca de 65 milhões de brasileiros têm acesso à internet. A grande mídia, claro, continua a construir seu CR-P, mas ele não tem mais a dominância que alcançava 20 anos atrás. Hoje existe uma incipiente, mas sólida, mídia alternativa que se expressa, não só, mas sobretudo, na internet. E – mais importante – o eleitor brasileiro de 2010 é muito diferente daquele de 1989, que buscava informação política quase que exclusivamente na televisão.
Apesar de tudo isso, a velha mídia finge que o país não mudou.
O CR-P do pós-Lula
Instigante artigo publicado na Carta Maior por João Sicsú, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do IPEA e professor do Instituto de Economia da UFRJ, embora não seja este seu principal foco, chama a atenção para a tentativa da grande mídia de construir, no processo eleitoral de 2010, um CR-P que pode ser chamado de “pós-Lula”.
Ele parte da constatação de que dois projetos para o Brasil estiveram em disputa nos últimos 20 anos: o estagnacionista, que acentuou vulnerabilidades sociais e econômicas, aplicado no período 1995-2002, e o desenvolvimentista redistributivista, em andamento. Segundo Sicsú, há líderes, aliados e bases sociais que expressam essa disputa. “De um lado, estão o presidente Lula, o PT, o PC do B, alguns outros partidos políticos, intelectuais e os movimentos sociais. Do outro, estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), o PSDB, o DEM, o PPS, o PV, organismos multilaterais (o Banco Mundial e o FMI), divulgadores midiáticos de opiniões conservadoras e quase toda a mídia dirigida por megacorporações”.
O que está em disputa nas eleições deste ano, portanto, são projetos já testados, que significam continuidade ou mudança. Este seria o verdadeiro CR-P da disputa eleitoral para presidente da República.
A grande mídia, no entanto, tenta construir um CR-P do “pós-Lula”. Nele, “o que estaria aberto para a escolha seria apenas o nome do ‘administrador do condomínio Brasil’. Seria como se o ‘ônibus Brasil’ tivesse trajeto conhecido, mas seria preciso saber apenas quem seria o melhor, mais eficiente, ‘motorista’. No CR-P pós-Lula, o presidente Lula governou, acertou e errou. Mas o mais importante seria que o governo acabou e o presidente Lula não é candidato. Agora, estaríamos caminhando para uma nova fase em que não há sentido estabelecer comparações e posições (…); não caberia avaliar o governo Lula comparando-o com os seus antecessores e, também, nenhum candidato deveria (ser de) oposição ou situação (…); projetos aplicados e testados se tornam abstrações e o suposto preparo dos candidatos para ocupar o cargo de presidente se transforma em critério objetivo”.
Sicsú comenta que a tentativa da grande mídia de construir esse CR-P se revela, dentre outras, na maneira como os principais candidatos à Presidência são tratados na cobertura política. Diz ele: “a candidata Dilma é apresentada como: ‘a ex-ministra Dilma Rousseff, candidata à Presidência’. Ou ‘a candidata do PT Dilma Rousseff’. Jamais (…) Dilma (é apresentada) como a candidata do governo (…)”. Por outro lado, “Serra e Marina não são apresentados como candidatos da oposição, mas sim como candidatos dos seus respectivos partidos políticos. Curioso é que esses mesmos veículos de comunicação, quando tratam, por exemplo, das eleições na Colômbia, se referem a candidatos do governo e da oposição”.
Novos tempos
Muita água ainda vai rolar antes do dia das eleições. Sempre haverá uma importante margem de imprevisibilidade em qualquer processo eleitoral. Se levarmos em conta, no entanto, o que aconteceu nas eleições de 2006, o poder que a grande mídia tradicional tem hoje de construir um CR-P dominante não chega nem perto daquele que teve há 20 anos. E, claro, um tal CR-P não significaria a eleição garantida de nenhum candidato (a).
O país realmente mudou. A velha mídia, todavia, insiste em “fazer de conta” que tudo continua como antes e seu poder permanece o mesmo de 1989. Aparentemente, ainda não se convenceu de que os tempos são outros.
*Venício A. de Lima 

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Sarneygate - considerações finais

E depois da tucademopiganalha ter descoberto que Sarney é Sarney e ACM não era ACM.

O bigode não se afastou, não renunciou e não foi cassado.

A oposição foi mais uma vez derrotada.

Ficou claro que eles já não tem mais poder de eleger e derrubar presidentes - nem do parlamento -, como fez com Collor.

Mas, eles não deixariam a oportunidade passar em brancas nuvens e urge criar nova crise, novo escândalo, qual?

Lula, o imperador, Lula o ditador, Lula o fuher esmagou o PT, humilhou o líder Mercadante e o partido, ruge os meios de comunicação piguistas, os colunistas, cientistas políticos, formadores de opinião(?) e jornalistas de aluguel das Folhas, Globos, Estadão e inVejas da vida.

O que acontece então? O imperador, ditador o Fuher tupiniquim com mais de 90% de aceitação popular convida o "humilhado" Mercadante para uma reunião e?...

Convence o "humilhado" a permanecer no cargo fazendo humildemente um apelo público através de uma carta assinada...

É, por mais esta a corja não contava.

Rsss

Maniqueísmo

Aquele mundo dividido entre bons e maus, puros e impuros, podia ter levado o PT ao isolamento e à destruição. A vida política não pode ser vista assim tão estreitamente, a não ser por quem detenha a força e possa dela se servir para montar governo com essa facção de intocáveis. Se Lula houvesse renegado acordos e aliança com "os outros", teria terminado o governo, rapidamente, como Fernando Collor.

Os tucanos, apesar de partirem de premissas de que são melhores do que os outros, perceberam que não podiam governar sozinhos. E deram ao PFL de Antonio Carlos Magalhães dois ministérios, malgrado a cara feia da socióloga, mulher do sociólogo que condenou a aproximação. Era impossível constituir base parlamentar sem os pefelistas.

Lula, por sua vez, não teria condições de governar, se não houvesse atraído o PMDB de José Sarney. Há bem pouco, se viu que foi a tropa de choque peemedebista (contra a tropa do cheque tucana) que defendeu o governo do golpe contra sua base político-parlamentar que começaria com a deposição de José Sarney da presidência do Senado. Agora mesmo, nesta chantagem da ex-secretária da Receita Federal contra a candidata Dilma Rousseff, quem acompanhou os debates no Senado viu que a resistência maior foi da bancada do PMDB que se convenceu de ser governo e como tal agiu. Sem as restrições, os poréns, os dramas da bancada do PT que não forma senão um conglomerado de egos desmedidos, cada um se achando capaz de salvar o mundo sozinho, sem a ajuda de ninguém.