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Se tivesse vergonha na cara...renunciaria

Que vergonha, Barbosa.
Achei que tú não era bobo
Não aguentou a pressão
Sucumbiu à rede globo

Que coisa feia Barbosa.
Paladino da justiça
Feito o bicho, o urubu
Se mistura à carniça

Que feiura, ó Barbosa.
Espinhosa macambira
Ter seu nome enrolado
Feito corda de "embira"

E agora Barbosa.
Como a pátria vai viver
Entre flores e espinhos
Quem irá nos proteger?

Gino Freire- ARAÇUAI-MG

Aécio Neves acha muito 39 ministros para servir uma população de 197 milhões de brasileiros

[...] mas acha pouco 25 assessores para servi-lo.

É hipocrisia demais!

Nenhuma surpresa


Dois matutos ião caminhando pela beira de uma estrada poeirenta, voltando de uma das fazendas onde haviam dado o duro o dia inteiro, quando Joaquim Barbosa - presidente do STF - vinha a toda velocidade na sua Pick-up importada, PIMBA!

Um deles atravessou o pára-brisa e caiu dentro do carro, enquanto o outro voou longe.

Três meses depois eles saíram do hospital e, foram direto para a cadeia. 

Um por invasão de domicílio e o outro por se afastar do local do acidente.

Não brinque com o Barbosão ele cumpre a lei.

A Globo e Joaquim Barbosa acha que nós somos babacas

Por Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo
Devem imaginar que nós somos idiotas, a Globo e Joaquim Barbosa.
Não há outra explicação.
Como pode a Globo dar emprego ao filho de JB? E como JB pode deixar que isso ocorra?
Neste exato momento, a Globo enfrenta uma questão multimilionária na Receita Federal. Documentos vazados – demorou para que isso ocorresse – por alguém da Receita contaram uma história escabrosa.
Os documentos revelam, usemos a palavra certa, uma trapaça. Com o uso de um paraíso fiscal, a Globo fingiu que estava fazendo uma coisa quando comprava os direitos de transmissão da Copa de 2002.
A Globo admitiu a multa que recebeu da Receita. E em nota alegou ter quitado a dívida.
Apenas para constar.
O dinheiro que a Globo não recolheu constrói escolas, hospitais, portos, aeroportos etc etc.
Mas, não pago, ele termina na conta dos acionistas.
Foi, além do mais, usado um paraíso fiscal, coisa que está dando prisão na Europa hoje em dia.
Isto tudo posto, vamos supor que uma questão dessas termine no STF.
Qual a isenção de JB para julgar?
É uma empresa amiga: emprega o filho dele.
Dá para julgar?
E a sociedade, como fica?
Gosto de citar um dos maiores jornalistas da história, Joe Pulitzer. Às equipes que chefiei, citava exaustivamente uma frase que é vital para o exercício do bom jornalismo.
"Jornalista não tem amigo", escreveu Pulitzer.
O que Pulitzer dizia: se você tem amigos, você não vai tratá-los com a neutralidade devida como repórter ou editor.
A Globo está cheia de amigos, e esta é uma das razões pelas quais seu jornalismo é tão viciado – e seus donos tão ricos.
Mas as amizades de JB são ainda mais preocupantes, dado o cargo que ele ocupa.
A Justiça brasileira é um problema dramático. Recentemente, os brasileiros souberam das estreitas relações entre o ministro Fux, também do Supremo, e um dos maiores escritórios de advocacia do Rio.
Sua filha, advogada, é empregada deste escritório. Como Fux pode julgar uma causa deste escritório?
Não pode.
Há um claro conflito de interesses.
O mesmo vale para Joaquim Barbosa.
Quem acredita que ele não enxergou o conflito de interesses no emprego dado a seu filho na Globo acredita em tudo.
É um caso tão indefensável que a Globo, inicialmente, negou a informação, obtida pela jornalista Keila Jimenez, da Folha. Procurada, a Globo, diz a Folha, negou a contratação. Disse que o filho de JB fora "apenas fazer uma visita ao Projac.
Só depois admitiu.
É uma história particularmente revoltante quando se lembra a severidade com que JB comandou o julgamento do Mensalão.
Ele fez pose de Catão com suas catilinárias anticorrupção, e impressionou muitos brasileiros que podem ser catalogados na faixa dos inocentes úteis.
Mas se fosse Catão não permitiria que seu filho trabalhasse na Globo. Não pagaria – como revelou o Diário – com dinheiro público a viagem de uma jornalista do Globo para uma viagem de completa irrelevância para a Costa Rica, apenas para obter cobertura positiva do jornal.
Não usaria, como se soube agora, recursos públicos para ver um jogo do Brasil num camarote de apresentadores – claro – da Globo.
E provavelmente Catão também jamais gastasse o equivalente a 90 000 reais, em dinheiro do contribuinte, para uma reforma.
Joaquim Barbosa não tem autoridade moral para ocupar o cargo que ocupa: infelizmente os fatos são claros.
Ele é um drama, uma calamidade nacional.
Sêneca dizia que era mais fácil começar uma coisa errada do que depois resolvê-la.
A nomeação de JB por Lula – que procurava um juiz negro para o Supremo — foi um erro monumental.
Resolvê-lo agora é uma enorme, uma trágica dificuldade.

Minhas autoajudas são muito melhores que as do Paulo Coelho

O problema é que só ganho kkkkkkkkkkkkk, e ele: $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$...saco!

Zatonio Lahud Neto


É racismo?

O presidente da Câmara Federal foi cobrado publicamente pelos meios de comunicação e pagou o custo da viagem que fez no avião da FAB.

O presidente do Senado foi cobrado publicamente pelos meios de comunicação e pagou o custo da viagem que fez no avião da FAB.

Se os meios de comunicação cobrassem que Joaquim Barbosa - presidente do Supremo Tribunal Federal -, pagasse os custos das viagens feitas por ele as custas do erário - para se divertir -, seria racismo?

Barbosa admite que viajou na maionese em avião da FAB

ESPAÇO AÉREO 

Cliente Platinum Bold do programa de milhagem da FAB, o presidente do STF Joaquim Barbosa admitiu que viajou na maionese a bordo de uma aeronave da Força Aérea Brasileira. "Como o pessoal anda muito exaltado, anuncio que vou usar minhas milhas para construir cinco banheiros públicos no tribunal", defendeu-se, para, em seguida, mandar um recado aos manifestantes: "Sem turbulência! Sem turbulência!", batucou na mesa.

Animada com a publicidade viral, a FAB anunciou novas rotas ligando Brasília às Ilhas Jersey, Paris, Mônaco e Miami. Henrique Alves, presidente da Câmara, cobrou promoções especiais para levar a família, os amigos e correligionários aos jogos da Copa do Mundo.

No final do dia, Barbosa embarcou para a Disney com a família. "Fui convidado, como Presidente do Supremo, para encontrar o Pateta e visitar o Castelo da Cinderela", alegou. Assim que souberam da viagem, manifestantes ocuparam o espaço aéreo de Goiás, Tocantis, Mato Grosso e Bahia.

Quem tem medo do Povo?


Todas as objeções aparentemente técnicas e jurídicas que proliferam nas últimas horas, apresentadas pela oposição para impedir a realização do plebiscito sobre a reforma política proposto pela presidenta Dilma Rousseff escondem apenas um sentimento muito pequeno alimentado desde sempre pelas nossas elites: o medo da voz do povo.

Quando  mídia e oposição pensaram que as manifestações nas ruas poderiam ser uma oportunidade de emplacar sua agenda antipetista e antipopular, tentaram jogar no colo da presidenta da República a responsabilidade de atender a todas as demandas. Ela não se intimidou: identificou, corretamente, que a origem do descontentamento estava no modelo de representação política e sugeriu, de forma corajosa, uma reforma no sistema.

Não há a menor dúvida de que a melhor forma de atender aos gritos do povo é dar voz a esse mesmo povo, por meio de um plebiscito, uma consulta direta à população para que indique as linhas fundamentais da reforma a ser implantada no país. Tanto isso é verdade que pesquisa Datafolha mostrou que 68% dos entrevistados apontaram  que a presidenta agiu bem ao propor a consulta popular para o povo decidir as mudanças e 73% se manifestaram favoráveis à apreciação do tema.


O fato é que a grande mídia e a oposição esperavam conseguir manipular o povo para promover e impor sua agenda de interesses particulares e elitistas. Ouvir, de verdade, o povo para colocar em prática a reforma política que os brasileiros querem, eles não aceitam. É por isso que, de uma hora para outra, deixou de ser tão urgente atender às demandas populares e inúmeras dificuldades começam a ser colocadas para a realização da reforma política.

Intensificam-se as reações à proposta de plebiscito popular, sempre travestidas de restrições técnicas, jurídicas, práticas. Um dos maiores despautérios que têm sido ditos sobre o plebiscito é o de que o PT quer aproveitar o clima de insatisfação para empurrar "goela abaixo" seu próprio projeto de reforma política. Um argumento sempre usado quando o debate sobre a reforma política começa a avançar.

De fato, o PT, historicamente, defende a reforma política e quer mudar o sistema político brasileiro, reduzindo o espaço para corrupção e privilégios. Em contraste, muitos partidos trabalham para mantê-lo como está, falido e com todos os seus velhos defeitos. A maior prova de que o PT quer a reforma política é que existe um relatório pronto para ser votado na Câmara dos Deputados, de autoria do deputado Henrique Fontana (PT-RS).

Avançar, mesmo que seja necessário flexibilizar em alguns pontos


Um texto que coloca em discussão questões como o financiamento exclusivamente público de campanhas, um sistema misto que mantém o voto proporcional uninominal combinado com o voto em lista aberta e o fim das coligações para eleições proporcionais. Essas sempre foram as propostas defendidas pelo PT. Até as manifestações, porém, não houve interesse em votar o projeto.

Agora, a prioridade é avançar, mesmo que para isso seja necessário flexibilizar alguns pontos. Os que dizem que o PT legisla em causa própria esquecem que um plebiscito é exatamente o oposto de imposição: afinal, ao levar a aprovação da reforma política para um plebiscito, o PT corre o risco de ver ideias que defende rejeitadas pela vontade popular. A possibilidade não é um problema justamente porque será a soberana vontade popular que estará decidindo. Já a oposição e a grande mídia temem o plebiscito porque fogem da vontade popular.

E o que apavora a mídia? O plebiscito também vai permitir a quebra do monopólio da informação sobre reforma política. Como o assunto não é de interesse da imprensa, ela reduz ao máximo o espaço dedicado aos defensores da reforma. Com um plebiscito, os lados pró e contra a reforma teriam igualdade de condições de apresentar seus argumentos, que chegariam aos eleitores sem o filtro viciado dos jornais e TVs que querem deixar tudo como está.

Diante da situação a que chegamos, da mesma forma que as pessoas se organizaram para reivindicar a redução das tarifas do transporte público e mais recursos para Saúde, e Educação, elas precisam se mobilizar - especialmente em Brasília, centro das decisões -, ir às ruas para que o plebiscito seja realizado e a reforma política aconteça.

by José Dirceu

FAB virou uma casa de Mãe Joana

A Força Aérea Brasileira ganhou uma incômoda aparência. Com pouca força e cada vez mais brasileira, virou uma espécie de casa da mãe joana com asas. Além dos mandarins do Congresso, também o ministro da Previdência, senador licenciado Garibaldi Alves, usou jato da FAB com finalidades recreativas. Voou do Ceará para o Rio com o propósito de assistir ao triunfo da seleção brasileira no Maracanã.
As autoridades enviam o bom senso para os ares num instante em que virou moda cultuar o poder de mobilização dos jovens. Poder de mobilização é quase um paradoxo. Só faz mobilização quem não tem poder. Vai ficando demonstrado que o poder de fazer barulho na rua é poder nenhum. Os políticos estão tão ocupados em ouvir a voz do meio-fio que não têm tempo para o recato. Esquecem de maneirar.
by Josias de Souza

Assista

anovelho.jpg
Neste sábado (04/07), a TV Assembleia exibe o filme Feliz Ano Velho (1987), dirigido por Roberto Gervitz e produção de Cláudio Kahns.

O filme será exibido às 23h00. A TV Assembleia é exibida pela Vivo TV nos canais 66ou 69, na NET pelos  canais 7 (digital) ou 13 (analógico) e pela TV Digital Aberta pelo no canal 61.

Após mergulhar em um lago muito raso, um jovem fica tetraplégico. Em sua cadeira de rodas, o que parecia difícil fica pior e o rapaz, diante do que parecia o fim, começa a reviver e resgatar momentos importantes de seu passado, até descobrir uma nova força em sua vida.

O filme é baseado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva.

as falsas promessas do voto distrital


Número menor de candidatos não se traduz automaticamente em competição mais qualificada
Os protestos que tomaram as ruas do País no mês de junho introduziram a reforma política na agenda presidencial. O conteúdo dessa reforma, porém, ainda é impreciso e se resume a uma lista de questões a serem expostas à população.
Praticamente todos os setores da classe política e diversos setores da sociedade têm sua fantasia sobre o que e como reformar. E uma das fantasias que mais circula no debate público é a adoção de sistema eleitoral de maioria simples para o Legislativo, conhecido como voto distrital.
Atualmente, em lugar de 513 distritos com uma única cadeira em disputa, temos no Brasil um sistema em que as circunscrições eleitorais são os estados da federação e o número de parlamentares eleitos em cada distrito é proporcional à população de cada estado, variando de 8 a 70.
A proposta do voto distrital tem bastante apelo em virtude das promessas que a acompanham. A mais atraente delas é que a existência de uma única vaga em disputa em cada distrito reduziria o número de competidores viáveis e aproximaria o eleitor dos candidatos e parlamentares eleitos. A proximidade do cidadão com seus representantes facilitaria o atendimento de suas demandas pelo Poder Legislativo, ampliaria o conhecimento dos eleitores sobre os candidatos e dificultaria a eleição de políticos "ficha suja".
A experiência de países federativos que adotam o voto distrital, como Estados Unidos e Índia, indica que essas promessas podem ser falsas. Nos EUA os parlamentares são conhecidos pela manipulação constante das fronteiras geográficas dos distritos e pela construção de verdadeiros feudos eleitorais. Muitos distritos são previsivelmente democratas ou republicanos, com políticos acumulando décadas de mandato. Em um cenário de baixa competitividade, há candidaturas únicas com certa frequência e muitos eleitores vão às urnas sem que seu voto possa influenciar o resultado da eleição. Na verdade, como o voto nos EUA não é obrigatório, muitos nem sequer se interessam em votar.
Evitar a eleição de políticos tradicionais que controlam a burocracia partidária ou dominam politicamente regiões do país - desejo compartilhado por muitos brasileiros - não é uma vantagem do voto distrital em relação a outros sistemas.
Na Índia o cenário eleitoral para o Legislativo tampouco é promissor. Desde 2003, a Corte Suprema da Índia, preocupada com a influência de criminosos na política, publica regularmente o histórico criminal de todos os candidatos, inclusive sobre processos sem julgamento definitivo. No sistema de voto distrital, em teoria, esses candidatos "ficha suja" seriam rapidamente identificados pelos eleitores e derrotados nas urnas.
A realidade, porém, é outra.
Segundo Devesh Tiwari, cientista político da Universidade da Califórnia em San Diego, criminosos indianos possuem chances altas de serem eleitos em comparação com demais políticos. Isso porque eles obtêm mais facilmente recursos para suas campanhas ou são capazes de controlar eleitoralmente determinadas áreas geográficas - seja pela violência, pela concessão de benefícios ou pela intermediação de interesses particulares perante o Estado      
Esse fenômeno é particularmente recorrente em regiões da Índia nas quais a população não confia nos partidos políticos para produzir bens públicos. Em vez de competir com os candidatos com histórico criminal, os partidos políticos indianos frequentemente negociam seu apoio ou investem em suas candidaturas.
É difícil acreditar que haja possibilidades reais de conexão entre as demandas do eleitorado e os políticos eleitos onde há eleições pouco competitivas. Número menor de candidatos - consequência provável do voto distrital - não se traduz automaticamente em competição mais qualificada, especialmente se os novos distritos forem demasiadamente grandes.
Se o Brasil fosse dividido em 513 distritos idênticos, cada um teria cerca de 272 mil eleitores aptos. A imagem evocada pelos defensores do voto distrital de que pode haver um estreitamento de laços entre cidadãos e representantes sensíveis às demandas da comunidade local não passa de uma ilusão. Com um número tão grande de eleitores em cada distrito, a eleição de cada deputado federal se pareceria mais com as disputas para prefeito em cidades como Vitória (ES), Aracaju (SE), Florianópolis (SC) ou Macapá (AP) do que com escolha idealizada de líderes locais por um conjunto de eleitores engajados.
Menos competidores também não significa, obrigatoriamente, redução nos custos de campanha, outra promessa atraente e potencialmente falaciosa que acompanha a proposta do voto distrital. Os gastos totais dos partidos nas eleições são definidos sobretudo pela sua capacidade de arrecadação.
Quanto mais recursos disponíveis, mais os partidos gastarão para tornar seus candidatos competitivos. Não importa se a distribuição dos recursos será entre dezenas de candidatos em uma lista, como ocorre no sistema atual, ou entre um punhado de candidatos nos distritos em que o partido tem chances de vitória, como ocorreria hipoteticamente sob o voto distrital. Pode-se gastar muito com poucos candidatos competitivos ou muito com um número grande de candidatos com chances diferentes de vitória. O mais provável é que os custos de campanha se assemelhem em qualquer sistema eleitoral se as regras de financiamento de campanha se mantiverem inalteradas.
É preciso ter cautela com a miríade de propostas que circulam sob o rótulo vago de reforma política. Os efeitos de mudanças nos parâmetros do sistema eleitoral são pouco previsíveis. Ainda que seja fácil apontar os problemas e, eventualmente, as falsas promessas do voto proporcional, é fundamental refletir se alterações na legislação eleitoral atendem às demandas que repentinamente se manifestaram nas ruas. Mais: é preciso conhecer melhor o que se está reivindicando antes de propor uma reforma política. O risco é oferecer respostas equivocadas para problemas mal diagnosticados.
Leonardo Sangali Barone - doutorando em Administração Pública e Governo na FGV-SP

pena que os médicos não protestaram contra o fim da cpmf


Continuo apoiando a vinda de médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil e o aumento de recursos para a saúde. Vejam, semana passada, inclusive, O Congresso Nacional adiantou-se nisso e aprovou a destinação de 25% do dinheiro dos royalties do petróleo para a área e os outros 75% para a educação. Caminhamos, estamos avançando, e o governo já avisou não vai vetar essa divisão.

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Pena que os médicos que fizeram protestos contra a vinda dos colegas estrangeiros em 25 Estados ontem, e em São Paulo ocuparam a avenida Paulista, não tenham saído às ruas quando na virada de 2006/2007 a Contribuição Provisória sobre Movimentação financeira (CPMF) foi rejeitada pela oposição, via Congresso nacional. Derrubada, mesmo com toda a receita indo para a saúde, para os Estados e municípios, e com a redução progressiva da alíquota até ficar em 0,8%, como propunha o governo Lula.

Era esta a proposta elaborada para a manutenção da CPMF, lembram-se? Além do que, ela continuaria como um dos mais eficientes instrumentos de combate à sonegação fiscal já elaborados no país, já que permitia cruzar os dados da movimentação financeira e bancária com a declaração de renda e patrimônio. Esta, aliás, foi a verdadeira causa da oposição contra a CPMF, e de a terem derrubado.


Uma pesquisa mostra a falta de médicos

A pesquisa Perspectivas profissionais – nível técnico e superior (leiam, abaixo, a nota Categoria comete equívoco ao afirmar que não faltam médicos), divulgada ainda ontem pelo Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (IPEA), só reforça a fato real de que faltam médicos em todo Brasil. Particularmente nas regiões pobres e afastadas, nas cidades pequenas e nos bairros pobres, e nas periferias das grandes metrópoles.

Os médicos afirmam que não há salário e nem condições que lhes possibilitem trabalhar nessas regiões, cidades e bairros. Pois o governo não apenas está propondo a vinda de médicos estrangeiros, como está aumentando os salários e os recursos para a saúde. No início desta semana, inclusive, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que o governo decidiu elevar de R$ 8 mil para R$ 10 mil os salários desses profissionais que forem trabalhar no interior e nas periferias.

Garantiu que só serão preenchidas por médicos estrangeiros aquelas que os profissionais brasileiros não quiserem. Evidentemente os que vierem passarão por exames de revalidação que, aliás, e como na advocacia, por exemplo, deviam passar todos os médicos brasileiros e não apenas os estrangeiros.

Médicos atuam lá fora, mas vetam atuação de colegas aqui

Esses mesmos médicos que saem as ruas contra a vinda de colegas de outros países viajam para o exterior para estudar e se especializar. Estudam em outros países, recebem bolsas de estudos lá. Lá e aqui, trabalham em hospitais controlados por estrangeiros, receitam remédios e usam aparelhos e técnicas compradas no exterior.

Cursam faculdades hoje controladas por grupos estrangeiro e ambicionam ir para o exterior, como é justo e natural se especializar, pesquisar, trocar experiências. Mas, por corporativismo, não querem que o governo, adotando alternativa semelhante a que eles usam lá fora, resolva o problema da saúde pública aqui entre nós.

Zé Dirceu

O impensável se tornou obrigatório

O júbilo  conservador que sepultou o mandato do prefeito Fernando Haddad nos protestos de junho  talvez tenha cometido o erro de colocar o uivo à frente do discernimento. 

A  exemplo do universo político brasileiro, o prefeito subestimou o alcance da insatisfação contida  em 20 centavos de um reajuste que resistiu em revogar. 

A grandeza revelada nas ruas, antes de afrontar talvez tenha adicionado o impulso que faltava à identidade de esquerda de sua gestão. 

A franqueza obriga a dizer claramente: 

Haddad precisa refundar o seu mandato. 

A boa notícia é que ele tem tempo para isso e, sobretudo, agora tem as circunstancias à favor de sua extração histórica. O recomeço involuntário inclui  um espaço de coerência política de que não dispunha antes. Entre o carro e o ônibus o prefeito não precisa mais ter reticências na escolha. Quanto  mais rápido modificar diretrizes estruturais, mais consistente será o seu renascimento. 

Todo acerto de Haddad em São Paulo dificultará a escalada do esbulho nacional, com o qual a restauração conservadora quer revestir de veludo os sinos da mudança repicados nas ruas. 

Os protestos demonstraram que SP tem uma déficit  estrutural de canais de 'escuta forte da cidade'. Ótimo. A democracia não exige licitação: pode ser expandida já. Outro imperativo é revolucionar o sentido prático da  palavra  'ônibus' aos olhos  da cidade. 

O ônibus  e o ponto de embarque foram incorporados ao relógio biológico de milhões  de paulistanos como ponteiros de uma carga de  desumanização cotidiana. A reversão desse triturador não pode depender do exclusivo interesse privado. 

Uma empresa espelho, de natureza pública, deveria ser criada com a finalidade de se tornar a frota modelo de uma cidade onde o impensável se tornou obrigatório. (LEIA MAIS AQUI)

Reforma política sem alteração de financiamento privado cinismo

Ex-ministro de Direitos Humanos diz que financiamento público de campanha é a peça mais importante para enfrentar a corrupção
O ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Paulo Vannuchi comentou hoje (3) em sua coluna na Rádio Brasil Atual que o financiamento de campanha eleitoral é um dos principais pontos da reforma política. "Financiamento público de campanha é a peça-chave para enfrentar o problema da corrupção no Brasil."

O cientista político também comentou outros pontos que podem ser discutidos pelo plebiscito, proposta feita pela presidenta Dilma Rousseff em discussão no Congresso Nacional e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Vannuchi disse que a implementação de voto distrital permitiria aos eleitores de um bairro votarem nos candidatos de seus respectivos distritos.

A realização de votos em listas de partidos, como é feito em "democracias mais avançadas", e não mais em nomes de candidatos, como ocorre no Brasil hoje, é outro ponto a ser discutido. Outro tema seria o fim das coligações para deputados e senadores. Na opinião de Vannuchi, é preciso cuidado para que o plebiscito não venha com "vinte ou trinta perguntas", pois o Brasil "não está acostumado" com essa forma de representatividade.

Para o ex-ministro, a proposta de referendo defendida pela oposição (PSDB, DEM e PPS) é um "erro grave", pois, diferentemente do plebiscito, não consulta o povo antes da aprovação das leis. "Em um momento como este, em que o povo quer mais participação, as chances do plebiscito são muito maiores. É como se ele dissesse: 'Quero ser ouvido primeiro, não quero apenas referendar aquilo que essa classe política contra a qual estou protestando tenta enfiar goela abaixo'". Vannuchi disse que as manifestações têm feito "muito bem ao Brasil", embora acredite ser preciso "estancar tentações ditatoriais" e ataques a partidos políticos, como ocorreu em um dos atos na Avenida Paulista. "Se isso for estancado, as manifestações estão dando um sacode para que os interesses da população sejam levados em conta. É mais uma prova de que democracia precisa de partido, governantes e eleição direta, mas precisa também de povo na rua, que cobra, exige e denuncia."

O poder convocatório do plebiscito é do Congresso Nacional e, para haver efeitos nas eleições do ano que vem, a reforma política precisa ser concluída até o dia 5 de outubro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou ontem que precisa de 80 dias para organizar a consulta, mas depende da definição das regras pelo Legislativo.