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Poesia da noite



Tua voz seduz, tua presença arrepia, tua ausência enlouquece...
Em sonhos fiz amor com você em todos os lugares, de todas as formas.
Com você dividir os meus desejos, anseios e medos.
Fiz de você o meu cúmplice.
Você foi homem, menino, moleque.
Pelos teus olhos fui levada há um canto de encanto, magia e sedução.
Pela tua voz conheci os perigos da paixão.
Pelo teu sorriso viver novas emoções e sentimentos.
Ousei seduzir sem te tocar, fui seduzida sem ser tocada.
Quem ama não faz sexo, faz amor ! 

by Leônia Teixeira

Marcos Coimbra - Segundo turno?

Esse sabe o que diz mas no caso em questão, discordo dele. Na minha opinião com Serra como candidato do PSDB a chance de 2º turno seria maior.

Há cerca de três meses, os analistas da oposição mal continham seu entusiasmo. Ao olhar as pesquisas disponíveis em junho e julho, alegremente prognosticavam dificuldades para Dilma Rousseff na eleição presidencial de 2014.
No ápice da fantasia, chegaram a prognosticar: a presidenta era “carta fora do baralho”. Que nunca se recuperaria do desgaste das manifestações e marchava para a derrota inexorável.
Os porta-vozes oposicionistas afobaram-se e decretaram prematuramente o fracasso de uma candidatura petista. Não foi a primeira vez. Em 2001, para nove entre dez, Lula jamais venceria, pois o “povo brasileiro” nunca aceitaria um presidente da República como ele.  Em 2005, pontificavam que o “mensalão” havia destroçado as chances da reeleição. Em 2009, apostavam no “erro” de Lula ao indicar Dilma Rousseff. Ela “não ia pegar”, afirmavam, e terminaria atrás de José Serra.
Não foi diferente neste ano. De tanto torcer pelo insucesso da presidenta, falaram bobagens. Agora, são obrigados a dar meia-volta. Com base nas pesquisas de novembro e dezembro, resta-lhes fazer contas para calcular a probabilidade de um segundo turno.

Minha Casa, Minha Vida 2014

172,8 bilhões da poupança para financiar o Programa no ano que vem.
Faça uma simulação de crédito e veja como o programa Minha Casa Minha vida 2014 pode te ajudar a sair do aluguel. Confira o simulados aqui no site:
Simulador minha casa minha vida

O  programa Minha Casa Minha Vida faz parte do programa nacional de Habitação e  possibilita o financiamento de imóveis em até 30 anos. Os mutuários podem ter acesso a até duas formas de  financiamento, usando a tabela  SAC. Na tabela SAC o sistema de Amortização é Constante, cuja característica é diminuir um percentual fixo da dívida desde o início do financiamento.
Programa Minha Casa Minha vida  esta disponível para famílias com renda bruta até R$ 5.000,00 (Cinco mil reais) e dispõem de formatos e taxas diferentes de acordo com a faixa de renda comprovada pelo candidato.
Se você ganha até 3 salários mínimos confira as oportunidades que o Minha Casa Minha Vida, prefeituras e secretarias de habitação disponibilizam para você através dos programas de incentivo e construção de habitações populares:

Minha Casa Minha Vida p

Alvissáras

Hoje o comunismo será derrotado no Chile, amanhã no Brasil, para a honra e glória dos homens de bem, para que mais uma vez o poder seja exercido pelos legítimos representantes da nata dos dois países, restaurando a fé, a ordem e a disciplina no Cone Sul. 

Bachelet perderá as eleições no Chile

Fêmea e comunista, Michele Bachelet será rejeitada pelos varões chilenos num ato exemplar para os brasileiros sobre como proceder em relação a Dilma, mostrando que uma mulher não pode afrontar a seara masculina, mesmo que insuflada pela chaga do comunismo ateu, e que ao sexo frágil as atividades do lar são as únicas permitidas em nossas sociedades, para que a ordem e o respeito sejam mantidos inalterados, reinando a paz e a harmonia social em todos os níveis para o bem estar coletivo.

Esteja com Jesus

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O domínio da farsa

Quero ver o "domínio do fato" serve para punir o ladrão que assaltou os cofres da União via STF-Med





O jornalista Zuenir Ventura escreveu o artigo: Para não esquecer criticando a censura imposta pelo AI 5 - Ato Institucional nº 5 - e como sempre, para não perder o costume...




Sabe qual foi a primeira coisa que eu pensei vendo aqueles animais trocando socos e pontapés no estádio, chutando a cabeça de “inimigos” caídos e só não se matando por falta de armas, salvo pedaços de pau? 

Tem ladrão no STF

Quero ver o "domínio do fato" serve para punir o ladrão que assaltou os cofres da União via STF-Med

O Supremo Tribunal Federal (STF) inflou a quantidade de beneficiários do plano de saúde do órgão para receber um repasse maior de recursos da União usados na assistência médica e odontológica dos servidores. Pelo menos nos últimos três anos, a instância máxima do Judiciário informou à Secretaria de Orçamento Federal (SOF) que o STF-Med um plano de autogestão tem entre 6,1 mil e 6,7 mil titulares, dependentes e agregados, enquanto, na verdade, o plano não conta com mais de 4,2 mil usuários. A informação sobre o número de beneficiários é determinante para a previsão de recursos no Orçamento da União. O número real foi informado para o Orçamento de 2014, mas um acordo entre o STF e a SOF garantiu a mesma previsão de recursos de 2013: R$ 14,5 milhões.
O STF-Med é um plano mantido tanto com contribuições dos beneficiários quanto com dinheiro público. A dependência aos recursos da União é expressiva, superando 50% das receitas anuais. A cada elaboração do Orçamento, o tribunal precisa informar à SOF o número efetivo de beneficiários nas respectivas metas, como prevê a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Esse número, somado ao histórico de despesas com assistência médica, define o tamanho dos repasses a cada órgão. O STF não precisa enviar uma lista com nomes de beneficiários. Apenas informava o número total.
O Supremo vinha informando uma quantidade maior de pessoas vinculadas ao plano de saúde do que a real existência. Nos últimos três anos, o STF-Med recebeu R$ 15 milhões por ano da União, em média. Se fossem excluídos os dados inflados os 2,5 mil beneficiários a mais , os repasses ficariam proporcionalmente em R$ 9,4 milhões.
A SOF, vinculada ao Ministério do Planejamento, precisou emitir três alertas ao STF, por meio de ofícios encaminhados ao tribunal. O Supremo, por sua vez, sustenta que a SOF fez um único contato sobre o assunto, em dezembro de 2012. O ofício da SOF questionava a grande discrepância entre o número real de beneficiários do plano de saúde informado pelo próprio Supremo em outubro daquele ano 4.227 pessoas e o valor repassado para inclusão na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2013 6.720 beneficiários. Foi este o valor mantido no Orçamento deste ano.
A SOF explica que a LDO para 2013 passou a prever uma nova obrigação a todos os poderes: a publicação da quantidade de beneficiários em tabelas específicas. Em setembro de 2012, o STF publicou uma portaria com a quantidade de beneficiários do plano de saúde: 4.227. Mas o número não foi levado em conta para o Orçamento de 2013.
O último alerta da SOF chegou ao STF pouco depois de o ministro Joaquim Barbosa assumir a presidência da Corte, mas, segundo a assessoria do STF, a proposta orçamentária para 2013 já havia sido encaminhada. Tanto o presidente do Supremo quanto a presidente do Conselho Deliberativo do STF-Med, ministra Rosa Weber, foram alertados sobre os dados inflados para o recebimento de recursos da União.
A nova proposta de previsão orçamentária para 2014 corrigiu o que a SOF havia apontado, mas o número de servidores informados permanece inflado. Isso porque na conta dos 4,2 mil beneficiários estão incluídos 1,6 mil titulares, pouco mais de 2 mil dependentes e quase 600 agregados pais, mães, padrastos e madrastas com renda própria; filhos e enteados com mais de 24 anos e sem renda própria; e filhos e enteados, entre 21 e 24 anos, que não sejam estudantes. Os agregados não podem ter as despesas com saúde custeadas com dinheiro público, como informou o próprio STF. Mas o tribunal confirmou ao GLOBO que inclui esse grupo no cálculo que eleva o número de beneficiários a 4,2 mil, número utilizado para pedir dinheiro da União. O Supremo garante, no entanto, que apesar de ter usado os agregados na conta enviada à SOF, eles não são beneficiados por recursos públicos, como determina o regimento interno do plano de saúde da Corte.
São beneficiários do STF-Med os ministros em atividade e aposentados; servidores ativos e aposentados; comissionados; servidores cedidos ao STF; cônjuges, filhos, pais e mães; entre outros. As contribuições variam de R$ 43 a R$ 661 este último valor é pago por agregados com mais de 59 anos. Os recursos públicos custeiam despesas médicas e odontológicas realizadas por titulares e dependentes, com pagamentos diretos aos prestadores. Em algumas situações, é feito o ressarcimento das despesas aos servidores.
A discrepância entre a quantidade real de beneficiários e o número informado para a previsão de recursos da União chegou a contar com uma justificativa errada na própria prestação de contas do STF referente ao ano de 2012. O relatório de auditoria de gestão daquele ano, disponível no site do tribunal, registra que a meta física associada é referente aos atendimentos médios mensais. Em 2012, (a média mensal) atingiu o número de 4.226 atendimentos, com capacidade instalada para 6.720, portanto, dentro da possibilidade de cobertura, cita o relatório. Na verdade, o número da meta não é de atendimentos médios mensais, mas de beneficiários do plano. Ao GLOBO, O STF reconheceu o erro.
Em 2009, reportagem do GLOBO mostrou a mesma maquiagem no Senado. O número de beneficiários informado era quase o dobro do real, ampliando os repasses da União. Depois da reportagem, o Senado interrompeu a prática.
por  Vinicius Sassine no O Globo

Forever Marilyn Monroe


Que vestido fabuloso

Para lembrar

O jornalista Zuenir Ventura escreveu o artigo: Para não esquecer criticando a censura imposta pelo AI 5 - Ato Institucional nº 5 - e como sempre, para não perder o costume...

Criticar o PT.

Ele não esquece que o ato foi um atentado contra a liberdade de expressão e os direitos humanos.

Pois é, ele não esquece...muito bom!

Mas, também é bom lembrar:

O condenado continua tendo direito a liberdade de expressão e aos direitos humanos.

Acontece que sobre José Genoino - textualmente -, José Dirceu e Delúbio Soares serem censurados e terem seus direitos humanos violados, ele não escreve uma vírgula...

Faz sentido!

São petistas...

Ah, quanto a frase:

"Às favas todos os escrúpulos éticos"...é perfeita para quem apoiou os Ditadores de 64 e hoje apoiam os togados que condenam sem provas. Além claro, os paladinos da moral e ética seletiva.




Zuenir Ventura - para não esquecer

Chamado de golpe dentro do golpe, o Ato Institucional nº 5, cuja promulgação completou 45 anos ontem, foi um dos maiores atentados cometidos contra a liberdade de expressão e os direitos humanos. Vale a pena lembrar.
Em uma década de vigência, esse decreto institucionalizando a ditadura militar fechou o Congresso, cancelou o habeas corpus e puniu mais de mil cidadãos, cassando ou suspendendo seus direitos, além de promover a censura de cerca de 500 filmes, 450 peças de teatro, 200 livros, dezenas de programas de rádio, cem revistas, mais de 200 letras de música e uma dúzia de capítulos e sinopses de telenovelas. Só o falecido Plínio Marcos teve 18 peças vetadas.
O índex ia de Chico Buarque, um dos mais perseguidos, à comediante Dercy Gonçalves. Já na madrugada de 13 de dezembro, vários jornais foram censurados ou impedidos de circular, e centenas de políticos, intelectuais, jornalistas, artistas foram presos num tipo de operação que mais tarde seria consagrada pelos bandidos: o “arrastão”.
O AI-5 foi assinado por 22 dos 23 membros do Conselho de Segurança Nacional, composto pelos ministros civis e militares reunidos pelo então chefe do governo, marechal Costa e Silva, o segundo ditador a mandar no Brasil no período de 1964 a 1985.
A sessão que aprovou o Ato constituiu um espetáculo semelhante a uma peça do tropicalismo, então na moda, dirigida por José Celso Martinez Correa. Os ministros-atores funcionaram como encarnações alegóricas da hipocrisia e da pusilanimidade.
O único a se portar com dignidade naquela sexta-feira, 13, foi o vice-presidente da República, Pedro Aleixo, que se recusou a apoiar um documento que, como todos leram, instaurava no país o reino do arbítrio, da tortura e do terror. Basta dizer que um preso acusado de delito político ficaria incomunicável por dez dias — cinco a mais do que o Alvará de 1705, usado para arrancar confissão dos inconfidentes mineiros.
Consta que, cheio de dúvidas e quase arrependido, Costa e Silva teria desabafado: “Peço a Deus que não me venha convencer amanhã de que Pedro Aleixo é que estava certo.” Diz-se que o velho ditador tinha esperança de que o AI-5 acabasse logo. Ele acabou antes.
Pelo menos dois remanescentes daquele conselho continuam por aí sem esboçar qualquer revisão crítica do passado: Jarbas Passarinho, ex-ministro do Trabalho e da Previdência, e Delfim Netto, pai do “milagre econômico”.
O primeiro é autor da famosa frase que pronunciou ao emitir seu voto a favor do AI-5: “Às favas todos os escrúpulos de consciência”. O segundo tornou-se muito respeitado pelos antigos adversários que agora estão no poder e dos quais tem funcionado como conselheiro ou guru. Tão respeitado que eles parecem ter atualizado a imprecação de Passarinho, mudando-a para:

 “Às favas todos os escrúpulos éticos”.

Luis Fernando Veríssimo - embrutecimento

Sabe qual foi a primeira coisa que eu pensei vendo aqueles animais trocando socos e pontapés no estádio, chutando a cabeça de “inimigos” caídos e só não se matando por falta de armas, salvo pedaços de pau? As lutas de “ultimate fighting” na TV. Nada a ver, eu sei.
Uma coisa é um espasmo coletivo de irracionalidade, a outra o enfrentamento de dois lutadores preparados, com força equivalente e regras estabelecidas. O que aproxima as duas coisas é a estupidez.
A mesma estupidez que parece dominar essa assustadora arena de insultos e ameaças que é a internet e que, cada vez mais, no Brasil, também domina o debate político e jornalístico, em que termos como “idiota” são muitas vezes os mais suaves que se ouve ou que se lê. O clima é de embrutecimento generalizado. Chutes na cabeça, reais ou figurados, são legitimados pelo clima.
Falemos, pois, das amenidades restantes. Da Fernanda Lima no sorteio das chaves para a Copa, por exemplo. Da sua simpatia, da sua competência, do seu inglês perfeito, do seu decote. 
Não sei se já nasceu o movimento “Fernanda Lima 2014”,

Luis Nassif - o pessimismo militante da velha mídia

Dia desses conversava com o executivo de um grande grupo europeu, que  não se conformava com o clima de pessimismo que via em meios empresariais brasileiros, como resultado da cobertura da velha mídia do eixo Rio-São Paulo. Comparava com Portugal e Espanha, desmanchando-se, com a União Europeia, estagnada, com os desastres na Irlanda e na Grécia. Aí, voltava-se para o Brasil com o mercado de consumo aquecido, o desemprego em níveis mínimos históricos, o investimento privado direcionando-se para os leilões de concessão. E me dizia que o Brasil era um país muito louco.
Há muitas críticas à condução da política econômica e vulnerabilidades que precisarão ser enfrentadas – especialmente o desequilíbrio nas contas externas. Mas nada que nem de longe se pareça com o quadro pintado nos grandes veículos. Aumentos de meio ponto percentual ao ano nos índices inflacionários são tratados como prenúncio de hiperinflação; acomodamento das vendas do varejo, em níveis elevados, como prenúncio de recessão.
No fundo desse pessimismo renitente há uma guerra política inaugurada em 2005 que, quase nove anos depois, continua sacrificando a notícia no altar das disputas partidárias.
É significativa a cobertura, em um jornal econômico relativamente equilibrado, do discurso de Dilma Rousseff em um evento da CNI.

Papo de homem - a literatura fantástica no Brasil

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Quando falamos de literatura fantástica, os primeiros nomes que vêm à nossa mente são C. S. Lewis (1898-1963) J. R. R. Tolkien (1892-1973) e George R. R. Martin (1948-).
Correto?
Porém, embora seus nomes estejam sob pedestais nos cânones divinos do estilo, para muitos brasileiros, eles não são os únicos a receber os louros. E uma produção incessante, feita nos mais diversos rincões do Brasil, vem abastecendo leitores há algum tempo.
Mas se dentre os estrangeiros, os três citados podem ser considerados como a “trindade fantástica”, aqui no Brasil a realidade está tomando um rumo bem diferente, e novas trindades genuinamente brasileiras surgem a cada instante.

Com cenários suficientemente fantásticos e mitológicos, não é de se estranhar que o Brasil consiga ser palco de fascinantes livros ambientados dentro de seu território e muito além dele. Desde o extremo norte até os pampas sulistas, muitas histórias antigas são relatadas a partir de referenciais indígenas, negros e europeus. Essa mistura faz com que ricos temas possam ser abordados por autores nacionais, cujos trabalhos, nos últimos anos, vêm ganhando destaque e espaço nas prateleiras das livrarias e nos criados-mudos dos leitores.
Esse cenário é bastante promissor, porque gera oportunidade para aqueles que já estão no batente há mais tempo e que estão limpando o terreno para novos autores. E quem formaria a “ trindade fantástica brasileira”? Mesmo correndo o risco de ser injusto com outros autores de grande destaque, não é tão absurdo dizer que eles seriam André ViancoRaphael Draccon e Eduardo Spohr.

Josias de Souza foi ao divã no Congresso do PT, mas não teve cura

O 5º Congresso do PT, encerrado neste sábado (14), foi uma espécie de terapia grupal para tratar o partido de suas loucuras. Durante três dias, o petismo fez sua descida ao universo esquizofrênico da regressão total. Num frenesi autoanalítico, a legenda foi da ditadura à Papuda. Encerrado o transe, o PT não se deu alta.

No divã, o PT revelou-se um paciente complexo. Combina sintomas de esquizofrenia (perda de contato com a realidade) e paranoia (conceito exagerado de si mesmo e mania de perseguição). Governa como um favor que faz ao país. E dá a reeleição como favas contadas porque não vê sentido em impor limites à felicidade.

O encontro se converteu em centro terapêutico já no ato inaugural, transmitido ao vivo pela internet. Abriu-se na plateia uma faixa pedindo a anulação do julgamento do mensalão. Ouviu-se um coro: "Lula, guerreiro, defende os companheiros". O brado soou uma, duas, três, quatro, cinco, seis vezes… O 'gerreiro' sorriu amarelo.

"Eu tenho dito para a imprensa que não falarei da ação penal 470 enquanto não terminar a última votação. Acho prudente. E acho que nós temos coisas para discutir para a frente", escorregou Lula. Entre parênteses: chamar o mensalão de ação 470 faz parte do tratamento. Mas fala baixo, para não irritar o paciente.

Se Lula não fosse Lula teria tomado uma vaia. Minutos antes, o sublíder Rui Falcão fora aclamado ao mencionar o "tsunami de manipulação que foi o processo político e judicial da ação penal 470". Os companheiros "foram condenados sem provas", ele repisara. Tudo sob intensa pressão da "mídia conservadora".

A militância perguntou para os seus botões, que não responderam porque não falam com qualquer um: por que diabos Lula, o grande líder, não endossou as palavras de Rui Falcão, o sublíder? A turba partidária demora a perceber que há método na loucura coletiva do PT.

O mal dos outros partidos é a mistura do excesso de cabeças com a carência de miolos. No PT, a carência é a mesma. Mas, enquanto Lula for vivo, o hospício terá uma cabeça só. Dá mais trabalho. Mas evita que a legenda rasgue dinheiro.

Exímino animador de auditórios, Lula deu um jeito de reacender os ânimos dos correligionários. "Se for comparar o emprego do Zé Dirceu num hotel com a quantidade de cocaína no helicóptero, a gente percebe que houve uma desproporcionalidade na divulgação do assunto."

A audiência do esquizocongresso ferveu numa frase ensaiada: "Sou brasileiro e não me engano, a cocaína financia o tucano." Dois dias antes, a Polícia Federal do governo do PT isentara de culpa os donos do helicóptero, aliados do tucano. Mas a demência não tem compromisso com a evidência.

A certa altura, a regressão psíquica do PT estacionou na década de 80. "O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo", puseram-se a gritar os pacientes. "A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura." Num mergulho ainda mais profundo, Lula recuou à década de 70.

Voltando-se para Dilma, o cérebro solitário do PT divagou: "Um dia, eles pegaram uma jovem de 20 anos de idade, prenderam, torturaram e depois soltaram. Disseram assim: 'bom, a lição está dada, ela aprendeu, nunca mais vai se meter em política'.''

"Alguns anos depois, quando ninguém esperava, essa jovem rebelde vira presidenta da República nesse país'', prosseguiu Lula. "Isso não é uma coisa fácil de eles aceitarem. A gente tá dando certo naquilo que eles não deram. Então, começa a incomodar…"

Súbito, numa evidência de que a loucura tem razões que a sensatez desconhece, Lula calou o neurocongresso petista. Fez uma enfática defesa da promiscuidade partidária, também conhecida como política de alianças. "É importante que a gente construa as alianças políticas. Ao ganhar as eleições, a companheira Dilma tem que ter condições de governar."

Suprema maluquice: depois de gritar palavras de ordem contra a ditadura, a militância do PT foi convidada pelo ídolo a continuar experimentando a aventura das relações plurais. A ex-castidade condenou-se às posições ideológicas exóticas. Já não se constrange em abraçar Sarneys e Malufs, egressos da ditadura.

No encerramento do Congresso, a psicoterapia do PT desandou. A corrente Construindo um Novo Brasil, agrupamento integrado pelo presidiário Dirceu, sufocou uma articulação pró-mensaleiros urdida pela corrente Trabalho, pedaço mais radical do hospícipo.

Em vez incluir em sua resolução uma defesa da anulação do julgamento do mensalão, como queriam os radicais, os supostos correligionários de Dirceu, Genoino e Delúbio anotaram que o PT apoiará eventuais "iniciativas da militância e movimentos sociais em favor da reparação das injustiças e ilegalidades cometidas contra os companheiros condenados''.

Santa demência! De maníaco, o PT passou a depressivo. No início da terapia grupal, o partido brincava de tiro ao alvo. No final, entregou-se ao esconde-esconde. O que atrapalha a cura do PT é o eleitorado. Segundo o Datafolha, 86% dos eleitores apoiaram a decisão de Joaquim Barbosa de mandar prender os mensaleiros. Mas isso não vai ficar assim. Vai piorar.