Uma:
- Qual é teu protetor?
Outra:
- São Briguilino, e o teu?
Não busque a felicidade lá longe, no horizonte, no exterior...
Ela está no teu interior.
Aprenda!
Cientificamente, é de comprovada riqueza a composição do alho, que compreende vitaminas (A e C), potássio, fósforo, selênio, aminoácidos e enxofre, incluindo 75 diferentes compostos sulfurados. O alho pode inibir diretamente o metabolismo da célula cancerosa, prevenir a ativação e a reprodução das mesmas e fortalecer o sistema imunológico do paciente, aumentando a atividade dos leucócitos.
Apesar de alguns alimentos, como as carnes processadas, conterem nitritos que se transformam em nitrosaminas, e que podem desencadear mudanças cancerosas nas células, através de sua ligação ao ADN, estudos sugerem que o consumo regular do alho pode promover uma redução dos níveis de nitritos, através de substâncias capazes de bloquear os sítios de ligação para as nitrosaminas no ADN. Além de conter propriedades antibacterianas, que constituem um eficaz mecanismo contra o câncer de estômago, há indícios de que o alho é capaz de aumentar os níveis de glutationa S-transferase, uma enzima que auxilia o fígado no processamento de substâncias tóxicas que são agentes cancerígenos, como nitrosaminas e aflatoxinas.
Pesquisas recentes indicam que o alho envelhecido pode ser usado como imunoterápico no combate a alguns tipos de câncer, e que sua utilização como suporte nutricional, durante tratamentos químico e radioterápico para pacientes com câncer de cabeça ou pescoço, é capaz de reduzir efeitos colaterais como anorexia, fatiga e cardiocidade.
Cada dente de alho apresenta cerca de três gramas, e seu efeito protetor pode ser garantido através de uma dose semanal de dezoito gramas de alho fresco ou moderadamente cozido. Cortá-lo em finas fatias permite que sua área de contato com o ar seja expandida, o que potencializa a ativação da alicina, substância protetora contida no alho. Consumido sob a forma de extrato, pó ou óleo, mantém preservadas suas propriedades anticancerígenas. Quanto aos suplementos em cápsulas, sugere-se dar preferência aos de alho envelhecido.
Autor: Francisco de Assis
Em entrevista para a Folha de São Paulo, Luiza Erundina se preocupa com as alianças do PSBd, que revelam, segundo ela, falta de coerência do seu partido.
Erundina – respeitável, lutadora e progressista deputada, deveria estar falando, a bem da verdade, sobre a sua própria coerência.
Ano retrasado (2012), coerente, recusou ser vice-prefeita de Fernando Haddad, porque o PP aderiu á candidatura do PT e por causa de uma fotografia de Lula, Haddad e Maluf, que retratava a adesão política, em posição minoritária, do PP.
Vale ressaltar que o PP não é o PT, e que Lula, Haddad e demais dirigentes do PT jamais sentaram ou sentarão na mesa do partido deles, o PT, com Paulo Maluf ou quaisquer outros dirigentes do PP, para tomar decisões sobre o Partido dos Trabalhadores.
Ano passado (2013), no entanto, vimos uma longa romaria de políticos, do naipe de um Hieráclito Fortes e de um Jorge Bornhausen em direção ao PSBd, o partido de Luiza Erundina, não por adesão minoritária a uma candidatura, mas sim para se filiarem e sentarem à mesma mesa partidária que a deputada, e tomarem, em conjunto e em pé de igualdade (na melhor das hipóteses), as decisões sobre o PSBd, agora de todos eles.
Decisões, por exemplo, sobre a "edificante aliança programática" do PSBd com Ronaldo Caiado, da UDR, para a candidatura de Eduardo Campos, já tomada e temporariamente acobertada por uma pequena birra de Marina Silva, atual inquilina na barriga de aluguel do PSBd (nada que a Secretária-Geral da Rede, Neca Setúbal, também dona da Rede ITAÚ, não possa contornar com uns trocadinhos de campanha a mais).
Como as adesões destes luminares da ditadura ao PSBd foram tomadas antes do 5 de outubro, pergunta-se por que a coerente deputada Erundina não se transferiu do PSBd para outro partido, como o PSOL, diante da flagrante agressão ao programa do PSBd trazida por esses senhores ?
Terá sido por que Marina a convenceu que isto, a conversão desta turma ao mundo novo, faz parte da 'nova política' (pausa para os risos) ? Ou que o importante é confiar na revolucionária chapa Eduardo-Marina (*) ? E que tudo isto é importante para acabar com "aquela raça de políticos", no dizer dos seus novos colegas do PSBd, e assim libertar o povo brasileiro, em nome de Jesus ?
Com a palavra a deputada Luiza Erundina.
Autor: Fernando Brito
O livro Operação Banqueiro, de Rubens Valente, completa, de maneira estarrecedora, o emaranhado parcialmente montado em 2011 pela revista Época sobre os e-mails do lobista contratado por Daniel Dantas – com a anuência aparente de Fernando Henrique Cardoso, como se deduz da mensagem enviada por este, Ricardo Amaral (foto menor) ao então presidente da República e também reproduzido acima.
Está de posse do Procurador Geral da República este material, que dormiu por quatro anos nas gavetas do ínclito Roberto Gurgel, antecessor de Rodrigo Janot na chefia do Ministério Público.
É o conteúdo dos discos de computador do lobista Ricardo Figueiredo Amaral, um audacioso agente de negócios desde que operava na empreiteira Andrade Gutierrez.
É duvidoso que ele deixe isso ser enterrado em silêncio.
Mas , infelizmente, é provável que seja assim.
Duvidoso porque inda não é material morto, porque há recurso da decisão que anulou as provas da Operação Satiagraha.
Nele, revela Rubens Valente, há mensagens que não poderiam ter mais explicitude.
Não apenas agentes privados determinam quem não pode ser nomeado nas agência reguladora afeta aos negócios de Dantas e do Opportunity.
Há um claro tráfico de influência, senão chantagista ao menos ordinatório, sobre o Governo Brasileiro.
Há um destampatório mais que ameaçador sobre José Serra, com recibo de cópia para "A pessoa", que Valente identifica como Fernando Henrique.
Tráfico de influência que envolveria também o então chefe do Judiciário, Gilmar Mendes que deu os dois habeas-corpus que libertaram Daniel Dantas.
Está publicado no livro, mas não se tornará efetivamente público.
A Folha, o jornal onde Rubens Valente trabalha, não foi além de registrar o livro.
Mas o que o livro diz não vira pauta.
Ao contrário, o registro é o – para usar o título de dois dos e-mails de Amaral - "broxante":
"Segundo o livro, as mensagens sugerem que Dantas pediu ajuda ao ex-presidente e a outras autoridades para barrar investigações que o Ministério Público conduzia sobre seus negócios na época.(…)
De acordo com o livro, Amaral enviou várias mensagens a ajudantes de ordem de Fernando Henrique para se comunicar com ele. Não há registro de que esses e-mails foram encaminhados ao ex-presidente e lidos por ele.
Um dos e-mails sugere que Dantas contava com o apoio de Mendes numa disputa com a Agência Nacional de Telecomunicações e para manter na agência um procurador simpático a seus interesses.
Em 2008, quando Mendes estava no Supremo e Dantas estava preso, o ministro concedeu habeas corpus para libertá-lo e fez críticas públicas à maneira como as investigações foram conduzidas.
"Eu nunca vi Daniel Dantas", disse Mendes à Folha. "Na Satiagraha, houve abuso na investigação e minhas decisões impuseram uma derrota ao Estado policial."
Em mensagem a Rubens Valente, o ex-presidente Fernando Henrique disse que sabia da relação de Roberto Amaral com Daniel Dantas e afirmou que nunca tomou medidas para favorecê-lo.
A assessoria do Opportunity afirmou que Dantas desconhece as mensagens encontradas pela polícia na residência de Roberto Amaral.
Isso ontem, lançamendo do livro.
Hoje, nada.
E é o trabalho de seu repórter.
O que é acusado por Dantas de fazer parte de uma conspiração contra o Opportunity.
Em qualquer parte do mundo, a República estaria abalada.
Aqui, a culpa é do repórter, como foi dos policiais e juízes que tentaram chamar Dantas à lei.
Disse que tinha achado uma maneira simples e eficiente de resolver o martírio financeiro de Genoino, depois que em mais um capítulo da abjeta perseguição movida contra ele a Justiça lhe deu dez dias de prazo para pagar uma dívida de mais de 600 mil reais.
Propus o seguinte: assim como existem partidas beneficentes de futebol, poderíamos ver palestras beneficentes.
Especificamente: se Lula fizesse três ou quatro palestras e encaminhasse a receita a Genoino, o caso estaria resolvido.
Lula é um dos astros do circuito mundial de palestras. Os cachês giram em torno de 100 mil dólares.
Para Genoino, arrecadar dinheiro é a chamada tarefa de Sísifo. Uma vaquinha na internet é um esforço épico, como tem se visto. Para Lula, arrecadar dinheiro, ao contrário, é fácil.
Ponderei também que finalmente se daria algum sentido ao caça-níqueis ao qual se atiram ex-presidentes mundo afora depois de suas administrações.
No Brasil, a prática foi inaugurada por FHC, que com sua conhecida mala vermelha foi colher dólares em todo o planeta devidamente monetizado, e seguida por Lula.
Disse, ainda, que casos extremos como este de Genoino exigem que se tire de lado "orgulho".
É uma solução extraordinária? Lembremos as palavras imortais de Guy Fawkes, o homem que tentou explodir o Parlamento britânico em 1605.
Perguntado pelo rei Jaime por que tentara matar todo mundo com uma bomba, Fawkes deu uma resposta que entrou para a história: "Situações extraordinárias pedem medidas extraordinárias."
No caso de Fawkes, católico, o problema era a tirania religiosa imposta pelos protestantes britânicos sob o comando da monarquia.
Finalmente, notei que haveria uma certa justiça poética em Lula quitar a dívida de Genoino. Quem inventou Joaquim Barbosa?
Ah, sim. Se fosse o caso de discrição, me agrada a tese bíblica de que a mão direita não deve saber o bem que a mão esquerda faz.
A melhor beneficência é muda. Lula não teria que dizer nada a ninguém. Anonimamente, faria o que teria que fazer e despejaria a quantia necessária na conta de Genoino.
Bem, em suma foi esta minha proposta.
Tem sido reveladora a reação de muitos petistas (embora numa enquete no site DCM 75% dos leitores aprovem a ideia).
A maior objeção é aquela que você pode imaginar: o que a mídia dirá? O que a Globo faria com uma coisa dessas? Já pensou no que o Jornal Nacional colocaria no ar?
Refleti de mim para mim: pobre Genoino. Sempre no fim da fila quando se trata de definir prioridades. Só Miruna e uns poucos o colocam no topo.
Mas o que mais me chamou a atenção foi o grau de intimidação, de medo, de pavor que exala dessa especulação sobre como a mídia reagiria.
Enquanto não for vencido o sentimento de pânico que as pessoas têm da mídia pouca coisa se fará no Brasil.
É incrível como perdura esse pânico, mesmo depois de sucessivas derrotas da mídia em eleições vitais no Brasil.
É um terror que imobiliza, que paralisa o país. Se a cada passo rumo a uma sociedade justa você parar para pensar no que Globo, Folha ou Veja vão fazer, você simplesmente não andará.
As coisas mudaram. Revistas e jornais estão morrendo à míngua de leitores, e a audiência da Globo é uma fração diante do que foi no passado. A influência da chamada mídia corporativa é hoje muito menor do que foi ontem, e muito maior do que será amanhã.
Veja Haddad, eleito do nada contra o famoso Serra em plena histeria do Mensalão e sob apoio maciço das companhias jornalísticas.
O paradoxo deste quadro é que, mesmo com perda copiosa de influência, a mídia comanda a agenda dos políticos do país.
O Brasil terá dado um grande passo quando os políticos se perguntarem, diante de possíveis medidas, o que pensa a sociedade – e não a Globo.
Em 3 primeiros anos de governo, a inflação média anual obtida pela administração Dilma é a mais baixa desde o Plano Real. Em 2011, 2012 e 2013, os preços medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram na base dos 6,08% ao ano. Também em seus primeiros 3 anos (1995, 1996 e 1997), o governo FHC obteve 12,40% de inflação média anual. Em período equivalente no governo Lula (2003, 2004, 2005), a média foi de 7,53%.
Fernando Henrique Cardoso foi o primeiro presidente a tomar posse após a criação do Plano Real (julho de 1994). E, embora a média anual de inflação de seus 3 primeiros anos seja bem superior a de Dilma, deve-se contextualizar os fatos. FHC, quando ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, trouxe a inflação de 2.477,15%, em 1993, para 916,43%, em 1994. Ou seja, o governo FHC tirou a economia do Brasil da UTI e o ritmo de alta dos preços foi para próximo do saudável.
No governo Lula, o consumidor brasileiro conviveu em 2003, 2004 e 2005 com uma inflação média anual de 7,53%. Pesou contra aquela equipe econômica o fato de ter recebido uma inflação na casa dos 12,53% ao ano, obtida no último ano da era FHC. Esse alto índice recebido pela administração Lula pode ser explicado pelo aumento de gastos do governo anterior em ano eleitoral; e pela pressão inflacionária do dólar sobre produtos importados. A moeda americana oscilava então acima dos R$ 4,00.
À equipe econômica do governo Dilma, mesmo com a média inflacionária inferior a de seus antecessores em 3 anos de mandato, cabe maior atenção. FHC e Lula receberam níveis bem elevados de inflação das gestões anteriores. Dilma, por sua vez, nem tanto. Começou a governar com uma inflação em 12 meses de 5,90%, patamar abaixo dos 6,08% médios de seus primeiros 3 anos como presidente.
De todo modo, considerando apenas projeções e o passado, a perspectiva para o governo Dilma é boa.
Pelo lado das projeções, caso se confirme a estimativa de inflação do Banco Central para 2014, de 5,55%, a média de inflação ao ano do primeiro mandato de Dilma será de 5,95%, abaixo dos 9,56% e dos 6,43% dos primeiros 4 anos de FHC e Lula, respectivamente. Pelo lado da história, no segundo mandato, tanto FHC quanto Lula conseguiram médias melhores que as conquistadas por eles antes.
Mas projeções de nada valem se não forem concretizadas. E, caso não sejam, será mais difícil o caminho a percorrer por Dilma para conquistar nas urnas, neste ano, o direito de tentar repetir no segundo mandato o feito de seus antecessores.