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CFM - cada dia pior

O tempo passa e o Conselho Federal de Medicina só piora. Sua desastrosa atuação contribui para desgastar uma das mais bonitas profissões do mundo. Mesmo tendo perdido todas as ações judiciais movidas contra o Mais Médicos, mesmo com parecer contrário da Advocacia Geral da União, o CFM quer exigir uma série de documentos extras dos médicos estrangeiros, na prática para impedir que os interiores recebam assistência. Cobram inclusive o nome do supervisor do médico estrangeiro em seu registro como forma de torná-lo corresponsável pelo atendimento prestado. Uma forma de intimidar, reveladora da postura nociva do CFM e que deve ser mais uma vez derrotada.
Política no Face 

Quando a máfia mediática promove linchamentos

Se você receber uma multa de trânsito, poderá se defender junto ao Detran e mostrar, por exemplo, que seu carro nunca transitou na cidade indicada, que tudo não passou de um caso de clonagem de placa, em que você é a vítima. Depois você ainda pode recorrer da decisão e será julgado por outro órgão, outros “juízes”. É um direito seu, um direito de todos nós.
No caso do chamado “mensalão”, o Brasil parou para discutir se, para esses réus específicos, o direito ao duplo grau de jurisdição desaparecerá, a fórceps, por meio das mãos do oligopólio midiático e de poderosos grupos de pressão.
Nós podemos recorrer de uma multa de trânsito, mas Dirceu, Genoíno e os demais réus não teriam o direito de recorrer de penas que equivalem a mais de uma década no cárcere, em alguns casos. Um direito consagrado seria revogado para dar carne aos carrascos. E tudo isso ao vivo, na TV Justiça.
Quando um país se envolve numa grande discussão sobre o direito do réu recorrer de uma sentença e ser julgado novamente é porque a coisa não está boa para ninguém, sobretudo para o Estado Democrático de Direito.
O fato é que não somente criamos uma grande exceção para prender esses réus, como perdemos aberta e publicamente a vergonha em tratar o caso com sincero casuísmo e desprezo à obtenção da justiça, “uma quimera” frente à pressa em encarcerar os réus e atirar a chave fora.
Se não bastassem as dezenas de provas irrefutáveis da ausência de provas, provas que mostram a inocência dos réus e outras, evidencia-se cada vez mais que se trata de um julgamento político em que aos réus não é assegurado nenhum direito, o oligopólio midiático que é parte, de fato, no processo, resolveu escancarar a pressão pela negação aos réus ao consagrado direito ao duplo grau de jurisdição, ao direito a um novo julgamento.
Charles Carmo 

A lição do cachimbo

Esta história aconteceu em uma tribo, em plena floresta amazônica. Um dos membros da tribo procurou o pajé, para lhe dizer que estava muito furioso e decidido a vingar-se de um inimigo que o tinha ofendido gravemente. Pensava em matá-lo, pois esse era o costume nas tribos.

O pajé ouviu-o atentamente e disse que ele tinha razão. Foi ofendido gravemente e, como era costume ns tribos, podia vingar-se matando seu inimigo. Antes disso, porém, o pajé convidou-o a fumar com ele um cachimbo. O homem aceitou, e ficaram quase uma hora a conversar e fumar juntos o cachimbo.

Ao final dessa hora, o homem já estava mais calmo e disse ao pajé:

_ Acho que não vou matar meu inimigo. Não é preciso, uma boa surra já vai fazê-lo aprender a lição.

Para comemorar a decisão do homem, o pajé convidou-o a ficar mais um tempo por ali e a fumar um novo cachimbo. Afinal, era uma vida que ele salvara. E assim aconteceu.

depois de mais uma hora ali a fumar e conversar calmamente, o homem disse:

- Sabe que uma surra talvez seja exagero. Vou apenas dizer tudo o que penso e fazê-lo pedir perdão em público para corrigir seu erro.

O pajé aprovou a atitude e, para celebrar, acendeu mais um cachimbo. Os dois passaram mais uma hora em meditação, fumando o cachimbo da paz.

Quando terminou, disse novamente ao pajé:

- Pensando melhor, irei até o meu agressor e lhe darei um forte abraço, afinal, sempre fomos grandes amigos, e ele se arrependeu da ofensa que fez. Eu o perdoo, e seremos amigos de novo.

Nesse instante, o pajé falou, sorridente:

- Era exatamente esse conselho que queria lhe dar quando chegou aqui, mas não podia fazê-lo. Era preciso que você se acalmasse e descobrisse o caminho após um tempo de meditação.


Visionary arts

É assim que age a maioria dos pseudos intelectuais brasileiros 

Dilma - Temos de valorizar o petróleo, a indústria, os empregos e a educação

Ao participar da cerimônia de inauguração da Plataforma P-55 e da assinatura do contrato para construção da P-75 e da P-77, nesta segunda-feira (16), em Porto Alegre, a presidenta Dilma Rousseff destacou a importância da retomada da indústria naval no país, que passou de 2 mil empregados, em 2003, para mais de 70 mil, dez anos depois. Hoje, segundo Dilma, as empresas brasileiras se mostraram capazes de atender a demanda interna e de competir internacionalmente.
“Tínhamos 2 mil trabalhadores da indústria e uma missão dada pelo Lula que era implantar a indústria naval de volta no Brasil. (…) E havia a opinião generalizada que não tínhamos capacidade de engenharia para os projetos, nem trabalhadores qualificados nem empresas capazes. Dez anos depois, estamos em outra realidade, que mostra que de fato era uma avaliação muito preconceituosa. (…) Era uma questão de crença no Brasil, que nossas empresas e trabalhadores, assim que tivessem oportunidade, iriam agarrar com as duas mãos”, afirmou.

A boneca de sal

Para quem vive preocupado com o velho dilema, quem sou eu? Recomendo que leiam com atenção:

Era uma vez uma boneca de sal. após peregrinar por terras áridas, descobriu o mar e não conseguiu compreendê-lo. perguntou ao mar: 
- “Quem é você?” e o mar respondeu: 
- “sou o mar.”
- “Mas o que é o mar?” e o mar respondeu: “o mar sou eu.”
- “Não entendo”, disse a boneca de sal, “mas gostaria muito de entender. como faço?” o mar respondeu:
- “Encoste em mim.” Então, a boneca de sal timidamente encostou no mar com as pontas dos dedos do pé. sentiu que começava a entender mas também sentiu que acabara de perder o pé, dissolvido na água.
- “Mar, o que você fez?!” E o mar respondeu:
- “Eu te dei um pouco de entendimento e você me deu um pouco de você. para entender tudo, é necessário dar tudo.” Ansiosa pelo conhecimento, mas também com medo, a boneca de sal começou a entrar no mar. quanto mais entrava, e quanto mais se dissolvia, mais compreendia a enormidade do mar e da natureza, mas ainda faltava alguma coisa:
- “Afinal, o que é o mar?” Então, foi coberta por uma onda. em seu último momento de consciência individual, antes de diluir-se completamente na água, a boneca ainda conseguiu dizer:
- “ O mar… o mar sou eu!”
Alex Castro

Frase da hora

Liberdade é quando alguém fica contigo quando pode estar em qualquer outro lugar, com bem quiser.

Algo de podre no Supremo Tribunal, Pedro Profírio


Lento com Maluf, beneficiado pelas prescrições
STF mandou mensalão tucano para as calendas

"Assim, como a denúncia foi recebida em 12 de março de 2002, é imperioso reconhecer a extinção da punibilidade do réu Paulo Salim Maluf, pela prescrição, ocorrida em 2006 (crime de responsabilidade) e em 2008 (falsidade ideológica)".

Ministro Joaquim Barbosa, Brasília, 25 de agosto de 2010.

 
Posto a salvo da Lei da ficha limpa" pelo TSE no último pleito, Maluf coleciona processos que vão prescrevendo num ritual emblemático, sem que nossa exaltada mídia tenha cobrado a celeridade exigida agora nessa fulminante ação penal conhecida como julgamento dos réus do mensalão, que poderá detonar a garantia jurídica do "duplo grau de jurisdição", assegurado nos incisos LIV e LV do Artigo 5º da Constituição e pela Convenção Americana dos Direitos Humanos ((artigo 8º inciso h), da qual o Brasil é signatário, incorporada à jurisprudência brasileira pelo Decreto 678/92, assinado por Itamar Franco, como presidente, e Fernando Henrique Cardoso, como chanceler.

Uma pesquisa rápida revela que há algo de podre no comportamento da mídia e do próprio Judiciário, numa tentativa perigosíssima de passar por cima de salvaguardas processuais e introduzir em definitivo a ditadura da toga,  tudo em consequência da facciosa condução de um processo de linchamento político cujas causas revanchistas apontam  para um ambiente de insegurança jurídica ameaçadora.

Esse algo de podre é de extrema gravidade e deve ser enfrentado por quem preza o regime de direito, independente da filiação política dos réus. Pois não serão eles os únicos atingidos nesse julgamento direcionado: antes, qualquer um de nós estará exposto aos super-poderes de 11 supremos magistrados nomeados sob o manto de decisões indiferentes à efetiva prova do saber, apesar do estabelecido no artigo 101 da Carta Magna.

BNDES - e o papel que tem hoje

A Folha publicou ontem entrevista com o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore. Entre outras coisas, ele disse que nunca antes nesse país o BNDES teve o papel que tem hoje. Pastore afirma que não era preciso colocar o banco para financiar a infraestrutura no Brasil.

Ela acrescenta que os financiamentos que o BNDES faz se tornam aumento de dívida pública. E que o banco hoje é usado com objetivo político.

Mas o BNDES já teve, sim, o papel que tem hoje. Foi nas privatizações de Fernando Henrique Cardoso. Mas, porém, todavia, era legítimo e dentro das regras do mercado. Financiou o desmonte do Estado brasileiro que a ditadura montou, com o auxílio de Pastore, que, como podemos ver na sua biografia, serviu bem à ditadura. Primeiro no governo de São Paulo, como secretário da Fazenda (1979-1983), e depois como presidente do Banco Central (1983-1985).

Mas, como a vida continua, na mesma edição da Folha de ontem , e no mesmo caderno de economia, podemos ler de forma didática (com gráfico e tudo) como o Estado salvou os bancos e empresas nos Estados Unidos na crise 2008-09, com as consequências que vivemos agora com o provável fim dos estímulos monetários do FED (Federal Reserve).

No entanto, Pastore diz que o real se desvaloriza por causa do déficit externo. Aliás, se desvalorizava, contrariando de imediato sua tese. Tese que serve a quem?

E mais: seu argumento sobre as concessões – o de que o BNDES não precisa financiar porque bastava adotar uma taxa de retorno mais alta – beira o cinismo, já que foi o mercado que exigiu do governo a entrada do BNDES. Ao não aceitar uma taxa de retorno dentro dos parâmetros possíveis no atual momento do país, o mercado deixou claro que só participaria dos leilões com isenções fiscais e financiamento via BNDES, mais barato.

José Dirceu

Briguilinks do dia

A morte de Gushiken e a falta de pudor

Eu lamento a morte de qualquer pessoa, e não seria diferente com o petista Luiz Gushiken. Havia tomado a decisão de não escrever a respeito porque, confesso, acho desconfortável. Ele certamente tinha um círculo de amores e afetos que independiam da política, e é claro que há pessoas sofrendo. Nem o fato de ser um homem público, entendo, elimina certas exigências do decoro.

Mas vejo agora que a companheirada — e aquela gente moralmente miúda que fica se esgoelando na rede — não teve nenhum pudor. Do petista mais graúdo ao mais mixuruca, faltou pouco para que atribuíssem o câncer que acometeu Gushiken ao processo do mensalão. Há mesmo quem fale em implacável perseguição. Os idiotas a soldo estão por aí a acusar a mídia — sempre ela! — de ter “massacrado” Gushiken.
Então cabe a pergunta? De que massacre se está a falar? Por que não demonstram? Onde está? Roberto Gurgel, então procurador-geral da República, pediu a absolvição de Gushiken, alegando falta de provas, com que concordaram os ministros do Supremo. Considerando apenas os autos, se cabe atribuir a alguém o envolvimento do nome de Gushiken na pequena fatia do escândalo que resultou na AP 470, que se procure, então, o senhor Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil. Foi ele quem disse que cumpria ordens de Gushiken. Se os petistas estão em busca de culpados, que busquem entre os seus.
Fundos de pensão
Gushiken só foi preservado, de resto, porque os fundos de pensão, sua área de atuação, ficaram fora do escopo de investigação do mensalão. Tivessem entrado — e há muitos anos escrevo que é neles que está o coração pulsante do poder petista —, talvez a história fosse outra.
Transcrevo um trecho de reportagem do “Valor” (em vermelho):
(…)
Era avesso a entrevistas, mas acabava aparecendo com destaque na mídia como personagem de casos polêmicos. Em meados de 2004, em um dos episódios da batalha travada entre o Opportunity e a Telecom Italia pelo controle da Brasil Telecom, Gushiken acabou sendo atingido por uma investigação feita pela empresa Kroll Associates. O trabalho encomendado pela Brasil Telecom, controlada pelo banqueiro Daniel Dantas, identificou e-mails de Gushiken, anteriores à posse de Lula, para o ex-sócio do Opportunity, Luiz Roberto Demarco, com quem Dantas travava batalha judicial.
Em um dos e-mails, Gushiken oferecia a Demarco ajuda na obtenção de aliados dentro da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que o ajudassem na disputa contra Dantas. Na época o ministro confirmou o envio de duas mensagens a Demarco, em 2000 e em 2001, mas negou a existência de irregularidades.
Defensor do polêmico projeto propondo a criação do Conselho Federal de Jornalismo, acabou sendo taxado de autoritário por setores contrários à proposta e chegou a declarar, em resposta aos críticos do projeto, que a imprensa livre não era um valor absoluto.
(…)
Volto
Os petistas e seus asseclas — inclusive alguns, digamos, “jornalistas” que o combateram severamente por conta de seu confronto com Daniel Dantas e que hoje se tornaram governista$ fanático$ — tentam, de modo asqueroso, usar a morte de Gushiken para fazer proselitismo em favor dos mensaleiros. Isso, sim, é desrespeitar a memória do morto e do aliado. O senador Eduardo Suplicy (SP), no velório, não teve dúvida:
“Eu acho que inevitavelmente todo esse processo [do mensalão] certamente contribuiu para enfraquecê-lo e diminuir a resistência dele. O câncer se espalhou pelo corpo e ele retirou diversos órgãos e fez inúmeras cirurgias. Então, o sofrimento por causa desse processo acabou penalizando bastante a ele próprio. Mas acho que foi muito importante para ele e para a família saber que ele foi inocentado”.
Como Suplicy não tem mesmo limites, aproveitou para fazer um pouco de política partidária também:
“Ele falava assim muito baixinho, mas estava inteiramente consciente e disse uma coisa do ponto de vista, assim, para mim importante. Como está para ser decidido quem vai ser o candidato ao senado pelo PT ele me disse assim: você é uma pessoa muito boa e o PT não pode abrir mão de que você seja o candidato ao Senado. E eu o cumprimentei pela maneira como agiu e o exemplo que ele foi para todos nós, exemplo de valores”.
Falou, acreditem, sem se sentir envergonhado. Verdade ou mentira, uma coisa é certa: não há como ser desmentido pelo interlocutor.
Que Gushiken descanse em paz! Os petistas deveriam ter um pouco de pudor, evitando usar a sua morte para fazer proselitismo vulgar. 
Por Reinaldo Azevedo