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Mais Demóstenes. Menos Caiado

Ronaldo cairá. É questão de dias

Realle Palazzo-Martini, do Goiás247 - O ex-senador Demóstenes Torres treplicou em nota que a agonia do ex-aliado Ronaldo Caiado, líder do DEM no Senado, apenas começou e que ele perderá o mandato nos próximos dias. Demóstenes sugere em nota, divulgada no final da tarde desta terça-feira (31), que apresentará provas das acusações de que o ruralista teria sido financiado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira nas eleições de 2002, 2006 e 2010. As alegações de Demóstenes estão contidas em artigo publicado no jornal Diário da Manhã (leia mais aqui). Caiado, por sua vez, refutou as acusações e classificou Demóstenes de “psicótico” (leia mais aqui).
No texto vespertino, Demóstenes diz que Caiado “deu uma sapituca” e que reconheceu quase todos os fatos apresentados pelo procurador de Justiça. Também refuta três acusações que Caiado lhe faz.  Disse ainda que o senador comete um ato falho: “Eu jamais disse que Agripino Maia teve qualquer esquema com o Detran.”E questiona: “Ou teve, Caiado?”
Um interlocutor privilegiado do Goiás247 revelou, na condição de anonimato, que a suposta “operação goiana” envolveria o financiamento ilegal das campanhas de Agripino e da então senadora Rosalba Ciarlini (que venceu as eleições ao governo do Rio Grande Norte em 2010) pela indústria farmacêutica. E que o esquema envolveria a aprovação de nomes para a Diretoria da Agência Nacional de Vigilancia Sanitária (Anvisa) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAE) do Senado. Disse, ainda, que as evidências devem surgir nos próximos dias.
Leia a íntegra da nota de Demóstenes


Ronaldo Caiado, à míngua de qualquer argumento, partiu para a adjetivação. Deu uma sapituca, reconheceu quase todos os fatos que apresentei, tentando lhes dar um ar de normalidade. Traz apenas três pontos novos e inverídicos: que eu tenha chorado perante ele e dispensado sua lealdade; que tenha Eurípedes Barsanulfo contido o então diretor-geral da Polícia Civil, Marcos Martins, em uma suposta invasão do meu gabinete na Secretaria de Segurança Pública; e que o meu suplente de senador José Eduardo Fleury tenha tentado me chantagear.
Quanto ao primeiro, ninguém jamais me verá nessas condições.  Além do quê, Caiado acredita que o sentimento de lealdade é apenas uma doença de cachorro. No segundo, ainda que fosse verdade, o que nego, nunca pedi para que comprassem minhas brigas. Sempre fui homem o suficiente para enfrentar os meus próprios desafios. O terceiro é apenas mais uma da safra caiadista de invencionices. José Eduardo Fleury foi um suplente honesto e dedicado, a quem sempre respeitei.
O senador comete um ato falho. Eu jamais disse que Agripino Maia teve qualquer esquema com o Detran. Ou teve, Caiado? Sua mitomania atravessa todas as frases e se consubstancia na afirmação de que os integrantes da CPI ouviram 250 mil horas de gravações e o inocentaram. Isso seria o equivalente a passar mais de 28 anos ouvindo, 24 horas por dia, todos os grampos da Operação Monte Carlo. É apenas mais uma fantasia construída para dar ar de veracidade à personagem que o senador canastrão representa.
Essa madrugada fez Ronaldo perder a voz, mas o decorrer dos dias próximos o fará perder o mandato. Não adianta grunhir porque se gritaria resultasse em algo, os porcos não morreriam daquela forma. E repito: comigo é nos termos que já propus, exceto em uma disputa intelectual, porque cérebro Caiado não possui. Aguarde. Quem viver, verá.
 A partir de agora a Justiça vai resolver a minha situação e a dele. Reafirmo tudo o que disse. A minha agonia está no fim e a de Ronaldo Caiado apenas se iniciando. Tenho dito.
Demóstenes Torres - delator sem premiação?

Ronaldo Caiado - Líder do Demo - foi financiado por Carlinhos Cachoeira

Em artigo demolidor " Ronaldo Caiado: Uma voz à procura de um cérebro", publicado hoje (31/03) no Diário da Manhã, o ex-senador Demóstenes Torres diz que o líder do Dem foi financiado por Carlinhos Cachoeira nas eleições de 2002, 2006 e 2010. 

Afirma:

  • Ronaldo fazia sim parte dos amigos de Carlinhos Cachoeira e que Ele (Caiado) "Rouba, Mente e Trai"
Acusa:


  • O senador Agripino Maia de ter se beneficiado do "esquema goiano" 
Sugere:
  • "Siga o dinheiro"
E o MPF - Ministério Público Federal -, já deu um pio ou está esperando o Demóstenes Torres envolver um petista na delação?

A oposição ajuda Lula e o PT

[...] O ex-demo Demóstenes Torres, moído pelos grampos da PF, tornou-se ex-Demóstenes. O tucano Marconi Perillo perde-se nos desvãos de uma casa de horrores. E José Serra, principal candidato do PSDB no pleito de 2012, acaba de enfiar dentro de sua aliança o PR do mensaleiro Valdemar Costa Neto. Na era do show biz, faltam mocinhos ao enredo.
por Josias de Souza

PGR e Veja: aos poucos a verdade aparece


Com a vinda a público das informações sobre as operações Vegas e Monte Carlo a partir dos trabalho da CPI Mista do Congresso, aos poucos perde força a tentativa que jornais como O Globo, Estadão e Folha empreendem de mudar o foco do noticiário sobre questões espinhosas, seja para a Procuradoria Geral da República (PGR), seja para a principal revista semanal do país, a Veja.

A verdade começa a aparecer. Quando os áudios das gravações feitas pela Polícia Federal (PF) vierem a público essas versões falsas e mentirosas cairão por terra. Continua>>>

CPMI do aroeira



Marcos Coimbra é um irônico. Brinca conosco em seu artigo “A CPI das Reviravoltas”, faz que não sabe o motivo para que a atual CPI instalada no Congresso – CPI do Cachoeira, mude tanto de nome.
Já teria sido do Acerto de Contas, do Juízo Final e da Cortina de Fumaça.
Coimbra sabe, ainda que não o diga, que ela terá todos os que forem necessários para que não tenha seu verdadeiro nome citado.
CPI da Veja ou CPI do PIG.
Um bicheiro ser preso não traz nenhuma novidade, quando muito seria notícia em página policial. Quantos aqui, neste blog, sabiam que até há pouco tempo a "veneranda" cúpula do jogo do bicho carioca estava presa? Notícia foi ter sido solta por ordem do STF.
Desde o início, as grandes notícias das Operações Las Vegas e Monte Carlo eram os relacionamentos de Demóstenes e Policarpo Jr., leia-se Veja, com Carlinhos Cachoeira. E, obviamente, a estrutura de coerção por eles montada.
Na última década, essa estrutura de coerção foi um dos grandes elementos política brasileira. Foi, na prática, o sustentáculo do pensamento conservador no Brasil.
Logo, capazes de perceber o tamanho das conseqüências que uma CPI sobre isso traria, ou seja, o risco de perda ou significativo abalo do seu poder, os Barões da Imprensa trataram de agir.
No início, ainda muito arrogantes, acreditaram que bastava esconder o assunto. "Nós somos a opinião pública, se não tratarmos do assunto ele não existirá".
Falharam, existe a blogosfera e começa a surgir uma mídia tradicional independente, Carta Capital, Record e Bob Fernandes na Rede TV.  Some-se a isso o fato de que, além do dever profissional, existe, entre os profissionais do jornalismo, um bocado de justos ressentimentos para com o baronato e seus áulicos. Razão para que o assunto fosse repercutido onde espaço de comunicação houvesse para tal.
Tentaram, então, evitar pelo constrangimento a instalação da CPI.
Velada mas ferinamente os artigos que tratavam do "erro do Lula" diziam: "é melhor deixar tudo como está, vai sobrar para todo mundo e vai sobrar mais para os nossos inimigos". Foi deixado até um gancho onde a base aliada poderia dependurar sua desistência de investigar: "Dilma não quer a CPI, ela prejudica um bom momento do governo, só Lula, por motivos pessoais e mesquinhos quer essa CPI".
Não deu. A cada novo vazamento, mais notícias mostravam que o esquema estava centrado no trinômio Cachoeira+Demóstenes+Veja. Um ou outro deputado do baixo clero também está envolvido. Mas, quem liga para baixo clero?
Há o envolvimento da Delta, claro. A Delta era a lavanderia. Aparentemente a operação do esquema está na Delta do Centro-Oeste. O que acabou sendo péssimo para Marconi Perillo, governador de Goiás, flagrado de braguilha aberta. Mas a Delta não atua apenas em Goiás.
O PIG percebeu a possibilidade de melar a coisa toda. Envolvendo o governador do DF e o indefectível Sergio Cabral e seu exibicionismo classe-média e grosseirão. Ocorre que relacionamento indevido, se não criminoso, entre governadores e empreiteiras é uma das doenças venéreas deste país. E estas, podem ser até comentadas com escárnio pelos inimigos, mas guardando sempre o cuidado de nesses comentários não acabar por envolver algum parente. E a Delta tem contratos por todo o Brasil, inclusive em São Paulo. E, se envolve São Paulo não é bom para o PIG.
Não podendo evitar a CPI, tentaram circunscrevê-la. Fica combinado assim, é para investigar Cachoeira+Demóstenes+ a Delta do Perillo e de Agnelo. Cabral fica de troco. 
Só que para isso não é necessária uma CPI, bastam as investigações da Policia Federal. Como diria Garrincha, teriam de combinar com os russos. Nossos deputados e senadores podem ser chamados de tudo, principalmente venais, mas tolos não são. Se essa CPI pode ser lhes de valor é exatamente por poder investigar o que a PF não investigará.
Aí tocou o alarme, e eles apertaram o botão de pânico - o Mensalão.
E, para mal dos seus pecados, descobriram que o Mensalão é bananeira que já deu cacho. Assunto velho de 7 anos, dois mandatos atrás. Para se ter uma idéia de como o assunto é velho, na época do Mensalão, o FMI e suas recomendações ainda eram notícias no nosso jornalismo econômico. Alguém realmente acha que o resultado do julgamento do Mensalão vá abalar a República?
A CPI está aí e seguirá seu curso, seja qual for. Mas, malgrado os temores da grande mídia, esta não é ou será a CPI do Cachoeira. O bicheiro não é o assunto.
Colar o Procurador Geral da República na parede é acusar o acusador, mas é só o início. Começa assim, depois é CPI do PIG, quando as vidraças baterão no estilingue.
É isso que o Instituto Millennium quer evitar. 
Lembremos que essa organização já se sentiu tão poderosa que havia dispensado o Congresso Nacional e assumido o seu lugar - "nós somos a oposição". Já se achou tão poderosa que colocava faca no pescoço de juiz do Supremo e, através de pessoa interposta, chamava o Presidente da República às falas. Exerceu seu poder como uma déspota ensandecida.
Não nos enganemos, é de poder, da troca de poder ou do seu re-equilíbrio que essa CPI está tratando.
Poderia até ser chamada de CPI do Aroeira, inspirada nos versos de Geraldo Vandré: “É a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar”.

Veja, delta, Demóstenes e Cachoeira um bando só

por Pedro Saraiva

Se o reporter se infiltra na organização criminosa, permanece lá por quase uma década e não produz uma única matéria ou um único ato que vá realmente de encontro aos interesses dos bandidios, muito pelo contrário, suas matérias servem aos interesses do bando e são comemoradas pelos capangas, isto não é estar infiltrado, isto é fazer parte do bando. O jornalista até foi testemunha de defesa do bandido. Todo mundo dentro do grupo do Cachoeira sabia quem era Policarpo, para quem ele trabalhava e quais eram os seus interesses. Isso não é estar infiltrado. Não é possível que você ache que durante estes anos todos a quadrilha municiava a revista de escândalos de modo altruista. Aliás, o pouco que já vazou da operação da PF já prova o contrário. Esta interpretação além de absurda é comprovadamente falsa.
O poder do grupo só aumentou nos últimos anos. Os caras tinham tentáculos em todos os poderes e corrompiam meio mundo. Há inclusive escutas que sugerem sequestros e assassinatos pelo bando. Se o objetivo do Policrpo era se infiltrar para conseguir apenas matérias contra pessoas do governo, fechando os olhos para todo tipo de crimes cometidos pelo bando, isso não é aceitável. É ser cúmplice. Se as matérias eram obtidas através de meio ilícitos, isso também não é aceitável. Vivemos em um Estado de direito, os fins não justificam os meios.
Se o cara tava há 10 anos "infiltrado" na quadrilha e nem sequer descobriu que o principal Senador da oposição trabalhava para os bandidos, sendo muito próximo do chefe daquadrilha, o que que ele fazia lá? E mesmo que a gente acredite em Coelhinho da Páscoa e ache que seja possível Policarpo desconhecer o verdadeiro Demóstenes, o mesmo não pode ser dito entre as relações da Delta e o bicheiro. Há pelo menos um aúdio em que o Cachoeira fala diretamente para o Policarpo encontrar o ex-diretor da Delata Claudio Abreu. Ou seja, uma das principias contrutoras do país responsável por contratos bilionários com vários gorvernos estava intimamente ligada ao grande bandido e o jornalista nunca denunciou este fato. Quanto bilhões de reais de dinheiro público serviram para lavagem de dinheiro da quadrilha?
A relação está clara, o Policarpo tinha acesso aos crimes e negócios escusos do grupo e ficava quieto em troca de meia dúzia de matérias contra o governo. Se isto não é uma relação promíscua, não sei o que é.

Veja: de tanto conviver com bandidos, bandida se tornou

"Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais esquece não pode reconhecer"...

A cpmi saiu, o escândalo Cachoeira taí esperando você.

Os furos de reportagens, jornalismo investigativo cadê?...

Você "descobria" escândalos era a mais brilhante
e se outro do pig cansava você seguia adiante
hoje a tucademopiganalhada sente falta das tuas fontes
Onde estão, foram para muito distante?...

Fazendo uma analogia com a cabrocha da canção de Chico com a rivistinha fica patente que a dita suja era cúmplice do esquema Cachoeira. Só não enxerga isto os piores cegos. Aqueles que fazem questão de não ver.

Ah, quais foram mesmos as revelações bombásticas publicadas na edição desta semana?

Tem não???

Acredito não???

Procurador-Geral comete ilegalidade e posa de vitima


Do Terra Magazine
Por Wálter Fanganiello Maierovitch
Para muitos, a melhor defesa é o ataque. Uma tática militar antiga e até mencionada na Arte da Guerra, um escrito do chinês Sun Tzu, por volta do século IV AC.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, parece ser adepto dessa velha e surrada tese militar.
A propósito, muita usada por políticos brasileiros para se fazerem de vítima, mudar o foco e incorporar o papel de vítimas.
Nos tratados sobre “vitimologia” escritos por juristas não há registro sobre aqueles, como Gurgel, que se colocam como vítimas para descumprir a obrigação de informar os cidadãos, algo fundamental nos Estados Democráticos de Direito.
Gurgel disse que os ataques recebidos, referentes ao inquérito policial nascido com a Operação Vegas que colocou na geladeira desde 2009, são de autoria dos que estão “morrendo de medo do Mensalão”.
Muitos cidadãos brasileiros não são réus no processo conhecido como Mensalão e estranharam ter Gurgel “sentado em cima” de um trabalho investigativo que já apontava para o que se sabe agora, ou seja, o envolvimento do senador Demóstenes Torres com a organização criminosa comandada pelo “capo” Carlinhos Cachoeira.
Que o Partido dos Trabalhadores (PT) e os Zé Dirceus e Jeffersons da vida tenham interesse em desprestigiar Gurgel, é simplesmente constatar uma obviedade. Mas, convenhamos, Gurgel deu de bandeja uma justificativa para os seus desafetos: em alegações finais, no processo do Mensalão, o procurador Gurgel pediu a condenação de mensaleiros de alto coturno da vida político-partidária.
O inquérito referente à Operação Vegas só foi desovado por Gurgel depois de cobrado por parlamentares, que não eram só do PT. A carga principal foi de parlamentares do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), que não tem acusados de mensaleiros.
Como sabe até a torcida do Flamengo, o procurador Gurgel, se não tinha elementos para propor ação penal ou requisitar novas diligências, deveria, em prazo razoável, ter pedido o arquivamento dos autos de inquérito.
Pelo informado na CPMI pelo delegado Raul Alexandre Marques de Souza, o procurador Gurgel determinou à esposa Cláudia Sampaio, que é subprocuradora, para, informalmente, participar ao presidente do inquérito policial federal (Raul Alexandre Marques de Souza) a inexistência de indícios com lastro de suficiência com relação ao senador Demóstenes. Ora, um procurador-geral bem sabe que, em casos tais, o caminho é solicitar o arquivamento ou novas apurações. Jamais colocar no “freezer” um inquérito: no freezer de Gurgel permaneceu o inquérito da Operação Vegas de 2009 até ser cobrado por parlamentares em 2012.
Nesse período de freezer, como destaquei no post de ontem, Demóstenes fez pressão (para manter no freezer o inquérito citado) contra a recondução de Gurgel ao segundo mandato. Gurgel contava, na recondução, com o apoio do então ministro Antonio Palocci, de triste memória. Palocci é aquele da violação do sigilo do bancário do caseiro e do aumento pantagruélico do patrimônio pessoal, que Gurgel, para usar uma expressão popular, “deixou barato” e deu tratamento, agora com expressão mais erudita, de “vela de libra”.
Quanto ao Mensalão, observe-se que a acusação (denúncia) não foi formulada por Gurgel, mas pelo então procurador-geral. Caberá aos ministros do Supremo Tribunal Federal, e não a Gurgel, o julgamento.
No caso, o Ministério Público, representado por Gurgel, é parte processual. Parte acusadora e no mesmo pé de igualdade com as partes acusadas, ou melhor, com os réus.
Nenhum cidadão brasileiro é idiota a ponto de confundir o processo do Mensalão com inquérito Vegas, colocado por Gurgel contra a lei no freezer.
Na verdade, Gurgel foge ao dever de explicar a razão de não ter, de 2009 a 2012, pedido, nos autos do inquérito gerado pela Operação Vegas, arquivamento ou novas diligências.
Até agora as suas explicações sobre o atraso não encontram suporte jurídico.
Pano rápido. Gurgel usa de diversionismo e coloca todos os que o cobram, como acontece neste blog, como petistas. O titular desse espaço nunca foi petista e, com 65 anos de idade, jamais se filiou a partidos políticos.

Gurgel: omissão ou cumplicidade?

Lembrei de uma postagem antiga sobre a questão dos juros no Brasil, onde economistas, especialistas, pig e cia usavam as mais absurdas desculpas para defender o aumento de juros no Brasil - felizmente Dilma conseguiu mudar um pouco isso -. Leia: Agiotagem, Pig e BC tudo a ver

Agora, depois que o esquema Demóstenes Cachoeira, Veja e Delta foi escancarado os mesmo bandidos que defendiam - sempre - o aumento dos juros básico da economia viraram o disco. O foco da hora é o judiciário e a política.

O Nordeste enfrenta mais uma seca, o Norte passa por mais uma temporada de enchentes, o Sul tem problemas por causa das geadas...

Tudo deságua em?...Mensalão.

O sr. Roberto Gurgel, um The Flash para tomar providências quando o acusado é do PT ou da base aliada e uma preguiça para com membros da oposição também entrou nessa. Invés de explicar por que não agiu contra o esquema Demóstenes Cachoeira - sabia desde 2009 -, vem com a mesma lenga lenga do Pig " Mensalão, mensalão e mais mensalão".

Os fatos estão aí para qualquer um ver. Contra os acusados de corrupção ligados ao governo, mais que rapidamente ele usou câmeras, microfones e demais espaços midiáticos para fazer propaganda das medidas adotadas PGR - o que é muito bom, corretíssimo -.  Suspeito, suspeitíssimo - para dizer o mínimo - é as medidas que ele não toma contra os oposicionistas.

Demóstenes Torres é senador hoje - provavelmente - porque o sr. Gurgel usou dois pesos e duas medidas para tratar diferente casos de corrupção de governistas e oposicionistas. 

Claro que os tucademopigolpistas defenderão com fervor o Procurador-Geral - são beneficiados pela ação e omissão do mesmo -. Da mesma forma os governistas cobrarão explicações dele. Faz parte da disputa, cada um defende e ataca de acordo com seus interesses.

Eu por exemplo: não sou petista, mas politicamente estou bem próximo das propostas e ações dos governos petistas. Portanto é óbvio que cobrarei explicações do sr. Gurgel.

Seu Gurgel, seu Gurgel!!! Cadê as providências sobre as acusações ao grão mor tucademopiguista do momento? Quem é ele, nem sabe?...

É um minerim acusado de várias maracutais. O sr. já esqueceu? Tá imitando o engavetador geral da república nos bicudos tempo de FHC?

Na gaveta onde dorme os processos contra a oposição, tem cobra dentro? É por isso que o sr. não coloca a mão lá?...

Ou pior, é cumplicidade mesmo?

Por que o Pig não publica todos os áudios do escândalo Cachoeira/Veja?

por Zé Dirceu


Em seu comentário domingueiro sobre a própria Folha de S. Paulo e a mídia em geral, sob o titulo “Tema Proibido”, a Ombudsman do jornal, Suzana Singer, levanta corretamente algumas questões e coloca o dedo na ferida que continua sangrando enquanto a mídia não divulgar todos os áudios sobre as relações de Veja com Carlos Cachoeira-Demóstenes Torres.

Por que a Folha e outros veículos não publicam, então, os áudios envolvendo a revista, como já o fizeram com os diálogos que dizem respeito à Delta e a outros envolvidos no escândalo Cachoeira? Por que não cumprem plenamente sua missão jornalística, deixando o leitor formar sua própria opinião?

Há outras perguntas, formuladas pela ombudsman: Foram oferecidas vantagens à fonte? O jornalista sabia como as informações eram obtidas? Tinha conhecimento da relação próxima de Cachoeira com o senador Demóstenes? 

Como chefe da sucursal da Veja em Brasília, certamente o jornalista Policarpo Jr., de Veja, tinha conhecimento que seu subordinado tentou invadir meu apartamento no Hotel Naoum e que as imagens foram obtidas de forma ilegal. É publico e notório também que o jornalista sabia que o senador do DEM – ícone da luta contra a corrupção da própria revista e da maioria da mídia – tinha relações não políticas e ilegais com Carlos Cachoeira. 

Mais grave, ainda: o inquérito da Polícia Federal deixa claro o relacionamento de Cachoeira com Policarpo Jr. para troca de informações e interesses posteriormente estampados nas reportagens da revista, como por exemplo nas matérias do DNIT e do Ministério dos Transportes.  

Imagens em troca de reportagens

O próprio delegado responsável pelo inquérito da operação Monte Carlo afirma que Cachoeira obteve e liberou imagens ligadas à tentativa de invasão do meu apartamento no hotel em troca de reportagens favoráveis aos seus negócios ilícitos. Para favorecê-lo – a ele, Cachoeira, e a seu grupo –, e para a revista produzir capas com denúncias com objetivos políticos, não importando os métodos ilegais como foi o caso das matérias sobre o Hotel Naoum.

Nesse episódio, o jornalista pego em flagrante é réu confesso. Só não foi condenado porque o Juiz e o Ministério Público entenderam – acreditem se quiserem! – que não houve crime, mas apenas uma tentativa, já que a camareira impediu que o réu confesso invadisse meu apartamento. Imaginem se fosse o contrário!

Fica evidente o conluio entre Carlos Cachoeira-Demóstenes Torres e a citada revista para produzir matérias com o objetivo de desestabilizar o governo em troca de reportagens/notas favoráveis aos interesses da dupla agora acusada de vários crimes.

De qualquer forma concordamos com a ombudsman: cabe ao leitor e cidadão decidir. Que publiquem então todos os áudios e não apenas aqueles que resultem, de novo, da manipulação a serviço de interesses políticos, quando não criminosos, convenientes apenas aos que travam disputa sobre os rumos da CPI. Com todas as cartas na mesa os próprios leitores poderão chegar às suas próprias conclusões. Afinal, é este o papel da imprensa. Ou não é?

Esquema Cachoeira, Demóstenes, Veja e Delta funcionava assim


Pelas primeiras avaliações dos parlamentares que compõem a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) funcionava assim a associação criminosa entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e a construtora Delta.
1. A Delta se habilitava a uma licitação na qual houvesse garantia de aditamento do contrato (isto é, de reajuste posterior do contrato).
2. Tendo essa garantia, apresentava um preço imbatível, muitas vezes inexequível. No caso do aeroporto de São Paulo, por exemplo, o maior lance foi de R$ 280 milhões. A Delta apresentou uma proposta de apenas R$ 80 milhões.
3. Ganhava a licitação e depois aguardava o aditivo. Enquanto isto, a empresa ficava sem caixa para bancar seus fornecedores - de peões de obra a vendedores de refeições e cimentos. Aí entrava Cachoeira garantindo o capital de giro da empresa com dinheiro clandestino, do jogo. Ou com o fornecimento de insumos, através de empresas laranjas. Estima-se que o desembolso diário do bicheiro fosse de R$ 7 milhões, mais de R$ 240 milhões por mês.
4. Quando vinha o aditivo, a Delta utilizava o recurso - legal - para quitar as dívidas com Cachoeira, através das empresas laranja. Era dessa maneira que Cachoeira conseguia legalizar o dinheiro do jogo.
Quando algum setor relutava em fazer o aditivo, Cachoeira recorria ao seu arsenal de escândalos e chantagens, valendo-se da revista Veja.
Foi assim no episódio do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte). Aparentemente houve um conflito entre Cachoeira e o diretor Luiz Antonio Pagot. Providenciou-se a denúncia, destinada apenas a derrubar as resistências de Pagot. Como dizia um bom observador das cenas brasilienses, Cachoeira pretendeu assar o porquinho e acabou colocando fogo na choupana.
O que era para ser um alerta para Pagot coincidiu com a ação do governo de demitir a diretoria do DNIT.
O rastreamento das ações de Cachoeira pela CPMI se concentrará nos aditivos contratuais. E também nos pagamentos efetuados pela Delta a fornecedores. A partir daí será possível identificar o enorme laranjal que constituía o esquema Cachoeira, assim como os esquemas de corrupção nos órgãos contratantes.
Outro trabalho será identificar as reportagens da revista que serviram aos propósitos de Cachoeira. No caso da propina dos Correios, por exemplo, sabe-se que o grampo foi armado entre Cachoeira e o diretor da revista, com vistas a expulsar um esquema rival dos Correios. Detonado o esquema, o próprio Cachoeira assumiu o novo esquema, até ser desmantelado pela Polícia Federal.
Em todo esse processo, foi crucial a ligação do bicheiro com a revista. Foi graças a ela que Cachoeira conseguiu transformar seu principal operador político - senador Demóstenes Torres - em figura influente, capaz de pressionar a máquina pública em favor do bicheiro. E foi graças a ela que intimidava recalcitrantes na máquina pública.
Ontem O Globo saiu em defesa da Veja, com um editorial em que afirma que "Civita não é Murdoch". Referia-se ao magnata australiano Rupert Murdoch, cujo principal jornal, na Inglaterra, foi flagrado cometendo escutas ilegais para gerar reportagens sensacionalistas.
Em uma coisa O Globo está certo: Murdoch negociava os grampos com setores da polícia; já Roberto Civita negociou com o crime organizado.

A Veja é criminosa


Alguns analistas teimam em analisar o comportamento da Veja -  nas relações com Cachoeira – como eticamente condenável.
Há um engano nisso.
Existem problemas éticos quando se engana a fonte, se adulteram suas declarações, desrespeita-se o off etc.
O comportamento da Veja é passível de enquadramento no Código Penal. Está-se falando de suspeita de atividade criminosa, não apenas de mau jornalismo. Sua atuação se deu na associação com organizações criminosas visando objetivos ilegais, de obstrução da Justiça até conspiração.
O acordo da revista com o crime organizado trazia ganhos para ambos os lados:
1. O principal produto de uma revista é a denúncia. O conjunto de denúncias e factóides plantados por Cachoeira permitiram à revista a liderança no mercado brasileiro de opinião - influenciando todos os demais veículos -, garantiu vendagem, permitiu intimidar setores recalcitrantes. O poder foi utilizado para tentar esmagar concorrentes da Abril no setor de educação. Principalmente, fê-la conduzir uma conspiração visando constranger Executivo, Legislativo, Supremo e Ministério Público.
Leia mais »

Levanta-se o véu profano da relação de parte da mídia com o crime organizado


Começa lentamente (ainda é pouco), mas não há como deixar de registrar, destacar e aplaudir o rompimento da autocensura imposta pela mídia às relações de parte dos veículos de comunicação - particularmente da revista Veja - com o crime organizado. Começou pela TV Record já há algum tempo, a revista Carta Capital desta semana, a Ombudsman na Folha de S.Paulo neste domingo...

Antes deles furarem este cerco, mesmo cobrindo os preparativos para instalação e o início do funcionamento da CPI do Cachoeira, os veículos de comunicação mantiveram o máximo silêncio sobre o jornalismo criminoso que vários deles - Veja à frente, insisto - praticaram.

Como constatou ontem a Ombudsman da Folha, Suzana Singer, no período que antecedeu a instalação e na cobertura da CPI  em funcionamento "já se levantaram suspeitas sobre governadores, senadores, deputados, policiais, empresários, mas reina um silêncio reverente no que tange à própria mídia".

Em pelo menos dois casos, tudo ilegal no comportamento de Veja


A ombudsman, inclusive, registrou em sua análise de ontem o editorial publicado por Veja (só em seu online), no qual a revista se defende do jornalismo de esgoto que faz dizendo: "ter um corrupto como informante não nos corompe".

Suzana Singer assinala, ainda, que, "do que veio a público até o momento, não há nada de ilegal no relacionamento "Veja"-Cachoeira. O paralelo com o caso Murdoch, que a blogosfera de esquerda tenta emplacar, soa forçado, porque, no caso inglês, há provas de crimes, como escutas ilegais e a corrupção de policiais e autoridades".

Tem provas sim. É tudo ilegal no comportamento de Veja, pelo menos em dois casos: na tentativa de um repórter seu invadir o apartamento em que eu morava no Hotel Naoum, conforme consta do boletim de ocorrência que o próprio hotel fez em Brasília; e na "plantação" de nota na coluna Radar sobre o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT), caso em que a revista se pôs a serviço de Carlos Cachoeira e da Delta.

É censura pura negar ao leitor o conhecimento dos fatos


De resto, quem deve analisar se há ou não crime nas relações da Veja com o empresário da contravenção Carlos Cachoeira e com o senador Demóstenes Torres (ex-líder do DEM, do qual se desfiliou há duas semanas) é o leitor e não o censor sentado na cadeira de editor ou de proprietário de veículo de comunicação.

Muito menos os jornalistas envolvidos com a dupla Cachoeira-Demóstenes Torres. É censura pura negar ao leitor o conhecimento dos fatos, como faz a maior parte da mídia desde o estouro do escândalo. Ou pior, uma ofensa ao leitor que é tratado como impossibilitado de distinguir o jornalismo investigativo da relação criminosa em busca da notícia com objetivo político e de poder.
Vejam a análise de Carta Capital desta semana A mídia, a direita e o jornalismo de esgoto , que publiquei no sábado; a mais recente reportagem em que a TV Record escancara a relação promíscua de parte da mídia com o crime organizado; a coluna de ontem da ombudsman da Folha de S.Paulo Tema proibido; e o post abaixo O maior perigo que corre a liberdade de imprensa no Brasil.

Reportagem do Domingo Espetacular sobre Cachoeira e Veja


Do R7
Escutas telefônicas gravadas com autorização da Justiça revelaram uma ligação sombria entre o chefe de um esquema milionário de jogos ilegais, Carlinhos Cachoeira, e a maior revista semanal do Brasil, Veja. As conversas mostram uma relação próxima entre o contraventor e Policarpo Júnior, diretor da revista em Brasília (DF). Segundo documentos da Polícia Federal, Cachoeira teria passado informações que resultaram em pelo menos cinco capas da Veja, além de outras reportagens em páginas internas, publicadas de acordo com interesses do bicheiro e de comparsas. Trata-se de uma troca de favores, que rendeu muitos frutos a Carlinhos Cachoeira e envolveu a construtora Delta. O escândalo pode levar Roberto Civita, presidente da empresa que publica a Veja e um dos maiores barões da imprensa do País, a ser investigado e convocado para depor na CPI.

CPMI sem Pig e PGR é non sense


Vamos supor que a CPMI não convoque a Mídia e o Gurgel; a CPMI perde a razão de ser já que Cachoeira já está preso e vai ser julgado com base nas investigações e, Demóstenes, além de já estar no Conselho de Ética, também já está denunciado no STF. Ou seja, farão a CPMI para fazer o quê?
O esquema montado pelo crime organizado funciona a partir da Imprensa; passa, forçosamente, pelos meios de comunicação que viabilizavam e legitimavam os atos da quadrilha. Isso tudo já está DITO nas gravações da PF e todo mundo já viu. O mesmo vale para o PGR, que acobertou todo o esquema. Pinçar políticos e empreiteiras é prender o matador e deixar solto o mandante.
p>Eu não acredito que os parlamentares perderão a chance de mostrar a sociedade que, diversas vezes, serviram de bodes expiatórios para que os verdadeiros corruptos ficassem resguardados. Podem, não convocar ninguém mas o país inteiro já sabe que está dominado pelo crime organizado e que, de nada adiantaria, remanejar, Gurgel ou Demóstenes. Miro Teixeira, já está prontinho para assumir o lugar de Demóstenes e qq outro PGR que entre já encontrará a casa mobiliada. 
Além disso, as coisas chegaram num ponto em que já se sabe que a grande mídia nativa trabalha em parceria com o crime organizado, para uns, a quadrilha fornece material e para outros o material é encomendado, o que vem a dar no mesmo. Ou seja, a omissão de nossos parlamentares, colocará em risco, um grande número de pessoas que denunciaram a parceria. Vale lembrar que estamos falando de bandidos, matadores e, se parlamentares e membros do judiciário, MP, etc... estão com medo de morrer, deveriam pedir licença e ir para suas casas.
O que não vale é correr agora e deixar os denunciantes na friagem. Uma grande parte do país já entendeu do que se trata e está sim, dando todo o apoio a parlamentares de todos os partidos que não caiam na tentação criminosa de fazer joguinhos partidários numa CPMI desse naipe. O que está em jogo não é o Legislativo e nem o Executivo, essa é a CPMI da Mídia e do Judiciário & Cia e suas ligações com o crime organizado. Não façamos isso, agora e, podemos esquecer todos os escândalos que já conhcemos e os que ainda vamos conhecer; jamais vamos poder saber o que foi real e o que foi criado pelo crime organizado; esqueçamos todos os julgamentos pq tb não teremos como saber em que condições foram tomadas as decisões e, por fim, esqueçamos de votar e tentar escolher candidatos, partidos, etc... pq não se enfrenta o crime organizado com votos e nem com passeatas.
No mundo do crime não existe, Imprensa, Legislativo, Executivo ou Judiciário; o que vale é a lei da bala; exceuções sumárias e vontade do bandido. O resto é embromação; falar em democracia num estado controlado pelo crime é obrigar todo o cidadão a ser um soldado do tráfico. Se não for para convocar Midiático e Judiciário, é melhor nem começar. Essa CPMI já começa com uma investigação da PF, o resultado é cadeia para os envolvidos; nos acostumamos a julgamentos na base do recorte de jornal, que, por óbvio, nunca podem dar em nada mesmo; esse caso é DIFERENTE, os envolvidos estão flagrados em atividades criminosas e já existe, veiculada, inclusive, vasta comprovação de suas participações. A omissão do CN, será, infinitamente, mais criminosa que a do PGR. Parlamentares de todos os partidos, uni-vos! A chapa vai esquentar. 

por Cristiana Castro

Cronograma da CPMI aprovado hoje

Pelos diálogos da Operação Monte Carlo vazados até agora, os grandes ausentes das primeiras convocações aprovadas na CPMI do Demóstenes Cachoeira, Veja e Cia são:
  • Policarpo Jr. - redator-chefe da Veja -.
  • Roberto Gurgel - Procurador-Geral da República -.
  • Marconi Perillo - governador de Goiás -.
  • Fernando Cavendish - Construtora Delta -.
Veja abaixo o cronograma aprovado:
08/05: delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Sousa, responsável pela Operação Vegas
10/05: delegado da PF Matheus Mella Rodrigues, e os procuradores da República Daniel de Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira, responsáveis pela Operação Monte Carlo
15/05:Carlinhos Cachoeira
22/05: José Olímpio de Queiroga Neto, Gleyb Ferreira da Cruz, Geovani Pereira da Silva, Wladimir Henrique Garcez, Lenine Araújo de Souza e outros
24/05: Idalberto Mtias de Araújo (o Dadá), Jairo Martins e outros
29/05: Cláudio Dias de Abreu, da Delta, e outros
31/05: senador Demóstenes Torres (sem partido-GO)
12/06: Debate sobre as relações de Carlinhos Cachoeira com os governos estaduais
14/06: Debate sobre a relação de Carlinhos Cachoeira com membros do Ministério Público
19/06: Debate sobre a relação de Carlinhos Cachoeira com membros das polícias Federal e estaduais

O que esperar da CPMI?

Esperar o quê da CPMI do Demóstenes Cachoeira, Veja e Cia?...


Pelo menos o esboço de um plano de trabalho capaz de sugerir que acima das questiúnculas partidárias, o leque será aberto para abranger cada uma das lambanças praticadas pelo bicheiro e seus comparsas, a começar por políticos, governantes, funcionários de governo e empresários.
                                                 
Ninguém pode ficar de fora na hora dos depoimentos, a partir das denúncias que vem sendo vazadas e divulgadas pela mídia. Mesmo uma suposta participação de veículos de comunicação nas atividades criminosas de Cachoeira precisa ser investigada. Continua>>>

Veja: tomou doril

[...] de repente, não mais que de repente sumiu

Tempos estranhos [esquisitos] esses em que vivemos. Com uma imprensa sempre ávida por escândalos de corrupção, roubalheira e malfeitos, eis que temos a principal revista semanal de informações, Veja, editada pelo Grupo Abril, abordando como principal tema de capa de suas quatro últimas edições assuntos no mínimo amenos, para não dizer insossos do ponto de vista do valor-notícia, da noticiabilidade.

...e 29 de fevereiro de 2012, quando a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal em Goiás e com apoio do Escritório de Inteligência da Receita Federal, deflagrou a Operação Monte Carlo, tendo por objetivo desarticular organização que explorava máquinas de caça-níqueis no estado de Goiás, o Brasil que frequenta a grande imprensa não fala de outra coisa: 

CPI do Cachoeira, gravações comprometedoras envolvendo o senador Demóstenes Torres, o governador goiano Marconi Perillo, a construtora Delta e uma penca de personagens menores, deputados federais, delegados de polícia, arapongas, funcionários públicos. E a cúpula da revista Veja em Brasília, especialmente o jornalista Policarpo Junior. Continua>>>

Grampos escancaram como república funciona

por José Roberto de Toledo

A cada novo “grampo” vazado da Operação Monte Carlo se aprende um pouco mais sobre o funcionamento da República. Sabe-se, por exemplo, que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) era um ágil despachante dos interesses do empresário preso Carlinhos Cachoeira: pedia favores, cobrava contrapartidas, intercedia junto a agentes públicos.
Tudo em nome do amigo com quem manteve mais de 300 conversas telefônicas em curto período de tempo.
Aprende-se também que para ser nomeado para um cargo público de chefia no governo de Minas Gerais (e em Goiás, em Brasília etc) não é preciso nem currículo. Basta uma sequência de telefonemas entre poderosos e seus cupinxas e o emprego se materializa com rapidez de corar burocrata.
Mônica Vieira liga para o primo Carlinhos Cachoeira, que liga para o amigo Demóstenes Torres, que liga para o colega de Senado Aécio Neves, que obtém o aval do governador Antonio Anastasia para o secretário de Governo de Minas Gerais ligar para Mônica comunicando sua nomeação.
O ciclo se fecha com 4 graus de separação, ou melhor, de conhecimento. Na contabilidade do repórter Fausto Macedo, bastaram 12 dias e 7 telefonemas.
Se todo brasileiro desfrutasse de tanta presteza e gentileza do poder público o Brasil não seria o Brasil.
Mônica disse à reportagem do Estado que foi nomeada para ser chefe regional da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas por sua “competência”, por seus 25 anos de carreira. Pode ser, mas quem apadrinhou sua nomeação não sabia disso.
Aécio perdera o currículo de Mônica. Foi o que Demóstenes relatou a Cachoeira, em telefonema na noite de 20 de maio do ano passado.
Aos repórteres, o senador tucano disse desconhecer a origem do pedido de nomeação. Mesmo sabendo muito pouco ou quase nada, passou-o à frente. Talvez retribuísse algo, ou quisesse ficar com crédito junto a Demóstenes, contra quem até então “não recaía questionamento”, nas escolhidas palavras de Aécio.
Patrocinador da nomeação de Mônica, Cachoeira não enfatiza as qualidades profissionais da prima ao despachar com o amigo Demóstenes. O apelo é pessoal: “É importantíssimo pra mim. Você consegue por ela lá com o Aécio (…). Pô, a mãe dela morreu. É irmã da minha mãe”.
Só se preocupam com o salário, que não pode ser menos do que R$ 10 mil - “se não estou perdida”, na expressão de Mônica.
E quem não estaria? Uns 190 milhões de brasileiros.