por Pedro Saraiva
Se o reporter se infiltra na organização criminosa, permanece lá por quase uma década e não produz uma única matéria ou um único ato que vá realmente de encontro aos interesses dos bandidios, muito pelo contrário, suas matérias servem aos interesses do bando e são comemoradas pelos capangas, isto não é estar infiltrado, isto é fazer parte do bando. O jornalista até foi testemunha de defesa do bandido. Todo mundo dentro do grupo do Cachoeira sabia quem era Policarpo, para quem ele trabalhava e quais eram os seus interesses. Isso não é estar infiltrado. Não é possível que você ache que durante estes anos todos a quadrilha municiava a revista de escândalos de modo altruista. Aliás, o pouco que já vazou da operação da PF já prova o contrário. Esta interpretação além de absurda é comprovadamente falsa.
O poder do grupo só aumentou nos últimos anos. Os caras tinham tentáculos em todos os poderes e corrompiam meio mundo. Há inclusive escutas que sugerem sequestros e assassinatos pelo bando. Se o objetivo do Policrpo era se infiltrar para conseguir apenas matérias contra pessoas do governo, fechando os olhos para todo tipo de crimes cometidos pelo bando, isso não é aceitável. É ser cúmplice. Se as matérias eram obtidas através de meio ilícitos, isso também não é aceitável. Vivemos em um Estado de direito, os fins não justificam os meios.
Se o cara tava há 10 anos "infiltrado" na quadrilha e nem sequer descobriu que o principal Senador da oposição trabalhava para os bandidos, sendo muito próximo do chefe daquadrilha, o que que ele fazia lá? E mesmo que a gente acredite em Coelhinho da Páscoa e ache que seja possível Policarpo desconhecer o verdadeiro Demóstenes, o mesmo não pode ser dito entre as relações da Delta e o bicheiro. Há pelo menos um aúdio em que o Cachoeira fala diretamente para o Policarpo encontrar o ex-diretor da Delata Claudio Abreu. Ou seja, uma das principias contrutoras do país responsável por contratos bilionários com vários gorvernos estava intimamente ligada ao grande bandido e o jornalista nunca denunciou este fato. Quanto bilhões de reais de dinheiro público serviram para lavagem de dinheiro da quadrilha?
A relação está clara, o Policarpo tinha acesso aos crimes e negócios escusos do grupo e ficava quieto em troca de meia dúzia de matérias contra o governo. Se isto não é uma relação promíscua, não sei o que é.
Continua a campanha sórdida dos blogs chapa branca contra a liberdade de imprensa e de expressão.
ResponderExcluirSem uma imprensa livre, que não denuncie os mal feitos de governantes e parlamentares corruptos, não existe democracia.
"Sem uma imprensa livre, que não denuncie os mal feitos de governantes e parlamentares corruptos, não existe democracia."
ExcluirÉ a democracia é fortalecida com uma imprensa que denuncie a corrupção seja onde for. Mas, a democracia enfraquece quando a imprensa não denuncia veículos corruptos dela mesmo. Imprensa bandida deve ser denunciada da mesma forma que os demais. Porém, para você a imprensa é intocável.
A imprensa deve ser livre, não deve estar vinculada a governo, como a de Cuba e da antiga União Soviética, deve ser independente, deve revelar todas as informações que recebe venham de onde vier.
ExcluirQuem se sente ofendido pela imprensa ou injustiçado deve recorrer a justiça.
Se você acha que a justiça no Brasil não funciona é um direito seu e você deveria estar batalhando não para calar a imprensa mas sim para fazer com que a justiça seja célere e confiável.
A imprensa receber informações de bandidos e publicá-las não é crime, pelo contrário é um serviço a comunidade.
O que compete ao Ministério da Justiça é investigar as denuncias e processar os culpados, é para isto que existe o ministério da justiça.
Faz parte do processo democrático até o pagamento de informantes para desbaratar um crime. A própria policia faz isto.
Portanto, mesmo que Veja tenha pago a Carlinhos Cachoeira por informações não é crime e sim um serviço comunitário.
Pergunta que já sei que você não vai responder nunca.
Quando Veja publicou o vídeo de Waldomiro Diniz recebendo propina de Carlinhos Cachoeira:
1. Waldomiro Diniz se corrompeu ao receber o suborno. Portanto não é mentira e um corrupto foi pego e condenado.
2. Por que, de posse do vídeo em que Cachoeira se incriminava como corruptor, o Ministério da Justiça não cumpriu o seu papel e abriu processo contra Cachoeira?
3. Por que o Ministério da Justiça ficou inerte e permitiu que Cachoeira continuasse com suas atividades criminosas até os dias de hoje?
4. As denuncias continuam a ser feitas não só por Veja mas por toda a imprensa menos a chapa branca financiada pelo governo é claro. Por que o Ministério da Justiça não age? Incompetência ou Conivência?
5. Considerando que não é crime a obtenção de informações sobre crimes e divulgá-los, como o Ministério Público faz com a delação premiada. Onde é que Veja cometeu crime, ou agiu de forma corrupta?
Quando a notícia é ruim é mais fácil matar o mensageiro.
Atacar a Veja é varrer a sujeira para debaixo do tapete. É ser conivente com a corja corrupta.
Complementando minha resposta.
ExcluirVeja e a imprensa são intocáveis no direito que tem de publicar informações que recebem seja de onde for e de expressar sua opinião livremente.
A pessoa ofendida é livre para processar e pedir desmentidos que inverdades publicadas.
Por diversas vezes já li na imprensa o direito a resposta determinado pela justiça em diversos órgãos de imprensa, com o mesmo espaço e destaque da notícia publicada.
A quadrilha do mensalão chefiada por José Dirceu nunca procurou este meio na justiça, principalmente porque as denuncias se comprovaram verdadeiras e estão respondendo a processo no STF.
Hoje você faz campanha para calar a Veja. Hoje a vítima da campanha é a Veja. Amanhã poderá ser Carta Capital e o Blog do Briguilino.
A democracia não existe sem imprensa livre.
Portanto, sua campanha e a do PT contra a Veja e a imprensa livre é um tiro no pé.
Repito que já escrevi antes. Não concordo com uma linha do que é escrito por Carta Capital e Mino Carta, mas nunca vou contra o direito de Carta Capital publicar o que bem entende.