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Uma diferença abissal entre a Direita e a Esquerda

Se matar para roubar um celular é errado, mas matar para recuperar um celular é aceitável, o que é proibido não é matar, e sim violar a propriedade privada. 
O sagrado não é a vida.
É a propriedade!
[Ricardo Aronskind]

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Fernando Brito - Macri mostra como a direita trata o judiciário

Os adeptos daquela tese que ficou famosa e virou até comercial de TV sobre as semelhanças entre Brasil e Argentina – “eu sou você, amanhã” – deveriam começar a colocar as barbas de molho com o primeiro ato de relacionamento entre o novo presidente portenho e o Judiciário. Maurício Macri nomeou por decreto dois juízes da Corte Suprema de Justicia de la Nación , o equivalente ao nosso Supremo Tribunal Federal.

Lembram-se da longa sabatina feita ao Ministro Luís Fachin no Senado, para que ele fosse aprovado? Esqueçam. Foi de canetada que ele transformou Horacio Rosatti e Carlos Rosenkrantz em juízes “comissionados” da Corte Suprema argentina, sem ouvir o Senado e atropelando o decreto de autorregulação dos Poderes baixado lá atrás, no governo Nestor Kirchner.

O Premio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, resumiu numa frase a decisão de nomear de ofício dois integrantes da Corte Suprema: Um Juiz nomeado por decreto do Presidente é um Juiz do Presidente.

Mesmo guardadas as devidas diferenças, dá para entender em que Eduardo Cunha aposta para sobreviver?

Se um governo de esquerda o fizesse, estaria sendo denunciado como ditadura que procura submeter o Judiciário. Bolivariano, chavista, etc, etc… Como é um de direita, está apenas preocupado com o “bom funcionamento” do Tribunal.

É, tem gente que exerce o poder com a falta de cerimônia porque a legitimidade recente das urnas oferece essa oportunidade.

Tem gente, porém, que em nome da democracia deixa o derrotado mandar.


Qual a diferença entre Esquerda e Direita?

A derrubada do Muro de Berlim não significou o fim das ideologias políticas



“Qual a diferença entre esquerda e direita?”

Eu já ouvi essa pergunta de muitas formas, em muitas ocasiões, muito embora essa indagação seja feita, quase sempre, pelo mesmo perfil de gente: pessoas de direita com convicções bastante arraigadas nas zonas mais sombrias dessa parte do espectro ideológico.


A pergunta em si, não o questionamento acadêmico, costuma ser usada para induzir agressividade ao debate político. Não é feita para ser respondida, é mais um insulto do que uma questão. É como se o interlocutor lhe perguntasse: “Quem é tão estúpido para ainda se preocupar com isso?”

A esquerda, claro.

Um dos clichês preferidos da direita é o de apelar para o Muro de Berlim, supostamente uma prova física, material e documentada de que esquerda e direita teriam deixado de existir.

Trata-se de um silogismo simplório: se a linha de ferro e concreto que dividia o socialismo real do capitalismo ocidental ruiu, ruíram também os conceitos de esquerda e direita.

Acontece que uma das pistas para se descobrir se uma pessoa é de esquerda diz respeito, justamente, à capacidade de ela conseguir enxergar além do óbvio e de aceitar a complexidade da vida. O que é exatamente o oposto da lógica racional das pessoas ideologicamente conservadoras.

Imaginar que um conceito civilizatório como o socialismo possa ser pulverizado por um momento histórico é, no fim das contas, desconhecer – ou desprezar – a História em si.

Os regimes socialistas autoritários que se organizaram como Estados opressores abandonaram o pensamento de esquerda, que é, como toda ideologia, uma ideia à procura de um espaço físico. É, por isso mesmo, também uma busca pelo poder.

Em um país conflagrado politicamente, como o Brasil desses dias, a atual argumentação anticomunista é, na verdade, antiesquerdista. Ela foi quase que totalmente moldada a partir de velhas cartilhas da Guerra Fria com conceitos forçosamente adaptados ao antipetismo e, em grau avançado, ao bolivarianismo – uma ideia que não só ocupou um espaço físico (a Venezuela) como se transformou numa curiosa ideologia local adorada e combatida, a depender do que se enxerga nela.

Ao neoanticomunismo criado para combater a recente guinada da América Latina à esquerda uniu-se o fenômeno da internet, no todo, e das redes sociais, no particular. Foi dessa circunstância que nasceu essa militância feroz de Facebook, onde analfabetos políticos conseguiram se reunir em bando para produzir clichês fascistas em série.

Há, contudo, um grupo distinto da direita, formada por intelectuais, artistas e cidadãos de boa escolaridade, que naturalmente sabe dos efeitos maléficos desse movimento anticomunista anacrônico e absurdo. E, ainda assim, nada fazem para neutralizá-lo, quando não o adequam ao próprio discurso para dele se utilizar como arma política.

Guardadas as proporções, é como a piada pronta do deputado Paulinho da Força, do Solidariedade, ao se solidarizar com Eduardo Cunha, mesmo sabendo de tudo, por acreditar nesta adesão como iminente catalisadora do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Como na política, há também desfaçatez na ideologia.

O pensamento de esquerda é transversal e, ainda que muitas estultices sejam vendidas como verdade pela mídia, não é sequer homogêneo no antagonismo ao capitalismo. Até porque o conceito de socialdemocracia, resumido no Estado de bem-estar social, é uma experiência de esquerda, bolada para, justamente, estabelecer parâmetros de comportamento mais solidário e justo dentro do capitalismo.

Ser de esquerda, portanto, é uma opção política ligada ao humanismo, à condição humana que nos obriga a conviver socialmente e, portanto, a decidir em grupo.

Mas não deixa de ter um problema da aplicação prática, e não apenas por conta da oposição de direita, mas por ser uma opção, ainda, revolucionária, sobretudo do ponto de vista dos costumes.

Não por acaso, tem sido a religião a histérica voz da direita contra a esquerda nos parlamentos, terceirizada para defender exatamente aquilo que deveria condenar: a desigualdade e a exploração humana.

A consequência visível dessa terceirização é o fenômeno tão brasileiro dos pobres de direita. Pessoas que, em nome da fé, desprezam o único modelo político com chances de trazer algum alento social para si e ao País.

E elegem seus algozes.

No Brasil, a nova esquerda produziu, entre outras maquinações, o movimento dos blogs, a partir de 2008, quando o pensamento de esquerda pôde se disseminar além da mídia, onde era confinado a currais específicos, quando não escondido no porão.

Movimento que evidenciou a existência inalterada, sim, da luta entre esquerda e direita, esta transposta diariamente às redes sociais e às ruas.

Não há porque temê-la, e menos razões ainda para ignorá-la.

Minha satisfação é saber que, enquanto a direita se mantém atrelada ao discurso do ódio, na idolatria ao individual e à competição, a esquerda mantém-se presa a seus sonhos de sempre.

Estou do lado certo.
por Leandro Fortes - Carta Capital


A antipolítica e a nova política é a (velhíssima) direita

por Fernando Brito - Tijolaço

Uma das melhores coisas dos jornais de hoje, além de ver a tucanagem cair no ridículo e facilitar a vida de Dilma Rousseff com sua estúpida e extemporânea “denúncia” de fraude eleitoral, é a entrevista do filósofo Paulo Eduardo Arantes, professor aposentado da USP (Universidade de São Paulo), na Folha de S. Paulo.
Com o perdão de alguns que possam ter se iludido pelas falsas semelhanças com a esquerda – afinal, nós, da esquerda, gostamos de rua, de manifestação e de juventude – Arantes vai ao ponto: as “jornadas de junho” foram o parto de uma nova direita no Brasil.
Arantes identifica ali a eclosão social de uma nova força, semelhante ao neoconservadorismo americano – cuja versão mais explícita é o “tea party”.
Uma direita que  “não está mais interessada em constituir maiorias de governo. Está interessada em impedir que aconteçam governos. Não quer constituir políticas no Legislativo e ignora o voto do eleitor médio. Ela não precisa de voto porque está sendo financiada diretamente pelas grandes corporações”
Seus integrantes, com o estereótipo do “branco bem sucedido” – onde mais significativo que a chapinha ou a tintura loura é a vaga noção de superioridade congênita – podem, diz o professor “”se dar ao luxo de ter posições nítidas e inegociáveis. E partem para cima, tornando impossível qualquer mudança de status quo.”
Historicamente – e aqui quem se aventura na explicação sou eu – nada de novo.


Igualmente a UDN nasceu de uma pequena burguesia que se afirmou como fruto do Brasil urbanizado e modernizado que vinha da Era Vargas. E reunia tanto as senhoras da TFP quanto alguns “sonháticos”que se vestiam da pureza virginal do moralismo.
Há outras considerações n entrevista de Arantes – cuja leitura recomendo. Uma das mais brilhantes, a meu ver é a que fala da sofreguidão  que a ascensão social imprimiu numa parcela expressiva desta classe média muito mais consumidora que cidadã: “desaprendemos a esperar. Isso é que mudou”.
É bom que nos acostumemos: isso não vai desaparecer. Ao contrário, esta direita negadora da política – e, portanto, das mudanças reais – vai continuar se expressando de sua forma bífida.
De um lado, a sua face mais grosseira – os Telhada, Bolsonaros, Malafaias, pedindo um Estado repressor de hábitos e, sobretudo, de  mudanças de hábito sociais cujos protagonistas, com igual sofreguidão, não percebem que estão acontecendo e, ao radicalizá-las de forma vazia, alimentam sua reação.
Mas de outro, muito mais perigoso, a de uma parcela da classe média e média-alta que quer, na política, apenas que o Estado encolha, suma, desapareça quase – exceto como provedor de “segurança” – porque  não admite que o caminho para país igualitário que lhes roube a – às vezes recém conquistada – condição de elite.
Ou melhor: de sub-elite, crua, inculta, vazia e, pior, má e desumana como a da colônia.

Paulo Nogueira - nada se compara ao ódio da direita

Um vídeo em que uma senhora septuagenária profere insultos copiosos ao comunobolivarianismo do PT me remeteu a um assunto sobre o qual eu queria falar já faz alguns dias.
O tema é o ódio político.
Num artigo, Elio Gaspari disse que o PT não tinha moral para falar em ódio. Elio estava respondendo a Lula, que dissera que o PT, nestas eleições, levaria a esperança a vencer o ódio.
O ponto de Elio é que o PT tem, ele também, um histórico de raiva.
Na internet, o assunto foi intensamente debatido. Gostei de ver meu antigo chefe da Veja e na Exame, Antonio Machado, um dos melhores jornalistas com quem trabalhei, se manifestar.
Não lia nada dele fazia muito tempo. Foi como rever um velho amigo.
Machado contestou Elio, a quem chamou, ironicamente, de Doutor. Foi um contraponto divertido ao fato de que Elio chama Dilma de “Doutora”.
Machado, e aí acho um exagero, quase que igualou Elio a Reinaldo de Azevedo.
Elio não é Azevedo, a começar pela diferença de que é um genuíno jornalista, e dos brilhantes.
É, sim, um colunista de centro. Talvez gostasse de se movimentar um pouco mais para a esquerda, mas ele deve saber que não duraria muito nem na Folha e nem no Globo se fizesse isso.
Barbara Gancia, e é um caso exemplar, fez este movimento. Começou a falar em Casa Grande – um lugar comum que me enfastia, aliás – e logo perdeu a coluna na Folha.
Mas o ponto central sobre o qual eu queria falar é o ódio. Nisso, estou inteiramente com Machado e contra Elio.
Nada, rigorosamente, nada se iguala ao ódio da direita. As raízes são profundas e distantes: ao longo de toda a ditadura militar os brasileiros foram submetidos a constantes propagandas anticomunistas.
O “comunismo ateu” era apresentado, sempre, como a quintessência da maldade, do horror.
No plano internacional, Stálin era o demônio supremo. No plano nacional, este papel era atribuído a nomes como Lamarca e Marighella.
Neste ambiente, surgiram e floresceram entidades como o Comando de Caça ao Comunismo e a Tradição, Família e Propriedade – dedicadas a semear ódio patológico na sociedade.
Com o fim da União Soviética, e do comunismo, o ódio da direita não cessou. Apenas foi remanejado para a esquerda em geral.
Na Venezuela, Chávez foi alvo de campanhas de fúria inacreditável. Até sua mãe era insultada cotidianamente pela mídia e pela direita venezuelana.
No Brasil, o anticomunismo de antes se transformaria em antipetismo.  Mudou o nome, mas não o ódio, ou mesmo sua intensidade.
Em suas manifestações mais vis, a raiva nos últimos anos se traduziu em pragas para que o câncer se abatesse novamente sobre Lula e Dilma.
Não é, ao contrário do que Elio afirmou, um ódio que encontre contrapartida na esquerda.
Não que a esquerda aprecie e admire a direita. Mas não é a mesma coisa. Historicamente, não é. Definitivamente, não é.
Até por questões culturais. Faz parte da cultura da esquerda endereçar o melhor de sua raiva às correntes rivais dentro da própria esquerda.
Marx abominava Bakunin. Os bolcheviques viam os mencheviques como seu maior obstáculo. No Brasil, integrantes do PC e do PC do B mutuamente se abominavam.
No Brasil de hoje, repare como os petistas enxergam grupos de esquerda por trás de protestos e como estes vêem o que chamam, desdenhosamente, de “governistas”.
O ódio da esquerda como que se dispersa. O da direita se concentra.
Nada se compara ao ódio da direita – e meu velho chefe Machado, nisso, não poderia estar mais certo.
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
Leia Também: O cinismo do pig faz gol de placa

Antonio Ateu - a direita tradicional e a nova direita

A velha roupa colorida da direita


A direita tradicional (PSDB) e a nova direita, representada pelos esverdeados "socialistas", não apresenta absolutamente nada de novo! São o que há de mais velho e atrasado na política brasileira desde sempre. 

Os "socialistas" chegaram já ao mais alto padrão de fisiologismo e de oportunismo político que se poderia imaginar. Marina é tão 'nova' quando o banco Itaú... 

Fugirão do debate econômico como o diabo foge da cruz, pois não podem dizer de verdade o que pretendem fazer, que é retornar com as pérfidas políticas de arrocho salarial e de concentração de renda. Para desviar as atenções dos inocentes úteis virão com o papo furado dos "valores"...

Ou seja, vote nos neoliberais e receba um cálice de "valores" dos homens bons da nação! 
  • Quem precisa de salário e de distribuição de renda? 
  • Quem precisa de políticas públicas como as cotas e o PROUNI, além da expansão das universidades federais? 
Dizem os neoliberais que isto é uma bobagem, que o que importa são os "valores"! 
  • Passe fome mas tenha "valores"! 
  • Perca o emprego mas tenha "valores"! 
  • Os pobres são pobres não por um problema estrutural da economia, mas sim porque se afastaram de bons "valores"!

Assis Ribeiro: alguns porquês o golpe hoje está mais difícil no Brasil


[...] 1) Hoje não há uma fundamentação sólida, mesmo mentirosa, para justificar um golpe mais claro. A caça, a preocupação aos "comunistas comedores de criancinhas" era vastamente disseminada pelo mundo, com a extraordinária e eficiente propaganda hollywoodiana.
2) A grande mídia já não domina hegemonicamente a mente do povo. Há o contraponto forte e eficaz da mídia alternativa da internet.
3) As forças armadas já não tem uma concepção de risco que o Brasil corre com o governo.
4) Há um grande e sólido apoio de parte do empresariado.
5) Há uma "fiscalização" do mundo no Brasil, hoje peça importante no xadrez internacional, e golpescos como o de Honduras, Paraguai, ou os golpes militares como os de 60/70 não irão prosperar.
6) Tentativa de desestabilizar o governo é arma utilizada pela oposição aqui, em Júpiter ou Saturno e por gregos e troianos. Em países democráticos essas tentativas prosperam no parlamentarismo e nunca no presidencialismo. Incluiria o Brasil entre estes países democráticos.
7) O golpe militar de 64 serve de vacina.
8) O Brasil segue a cartilha neoliberal light, importa muito, pouco faz para diminuir a concentração de riqueza das mãos dos grandes players internacionais que operam aqui dentro.
10) Abre serviços, ora públicos, às privadas via várias concessões.
11) Vasto financiamento público para as multinacionais e para as grandes empresas brasileiras via BNDES.
12) O golpe de 64 foi pretendido por grupos empresarias fortes internos contra a reforma de base e o medo de outras mudanças, no âmbito externo pela Texaco e Esso inconformadas pela criação da Petrobrás entre outros grandes players mundiais na busca por resguardar a espoliação das riquezas do Brasil. Esse foi a real motivação do golpe e que encontrou a guerra fria e o anticomunismo com perfeitos fundamentos para o golpe.
13) Impossível um golpe contra o executivo sem o apoio fechado dos dois outros poderes, legislativo e judiciário, e o executivo atual tem, apesar de todos os pesares, forte apoio do congresso. Os golpes militares de 60/70 , agora recentemente, Honduras e Paraguai, judiciário e legislativo se uniram contra  executivo.
14) Se recentemente houve uma tentativa mais clara do golpe contra o executivo, essa se deu no episódio que envolveu Gilmar Mendes, Presidente do STF, e um senador, à época fortíssimo, Demóstenes Torres.
15) Sobre as alianças políticas e econômicas internacional, se antes "o mundo" temia que o Brasil demandasse para o seu inimigo, a Rússia, hoje, o Brasil mantém relações com outro concorrente do imperialismo, mas, que é bem aceito (na marra) e utilizado por ele, a China.
16) A globalização, e o Brasil completamente adaptado e participante dela, não favorece golpes.

O jogo da direita

A direita desistiu de ganhar. Se rendeu à imensa maioria nova que se constituiu no Brasil a partir do governo Lula e de suas conseqüências sociais. Já despejou sua decepção e sua raiva no seu candidato, incapaz de manter uma dianteira que eles mesmos nunca souberam explicar, mas que os acalentava de ter o candidato mais viável. Se rendeu a direita a um candidato que não era o da sua preferência, mas o mais viável para voltar ao governo. Sofreu com a crise de identidade dessa Viúva Porcina, que foi sem nunca ter sido – foi um bom economista, sem nunca ter sido; foi grande governante, sem nunca ter sido; tinha uma trajetória exemplar como político, sem nunca ter tido.


Pelos editoriais, a linha da direita é tudo, menos o Lula, tudo contra a Dilma, candidata da continuidade do governo Lula. A preocupação das ultimas semanas é diminuir o poder do próximo governo. A FSP fala na necessidade de limitar o poder (dos outros, nunca o deles). O Globo se preocupa com a maioria no Congresso (como se o Lula não tivesse, até mesmo para buscar um terceiro mandato, não fosse democrático, ao contrario de FHC, que mudou a Constituição durante seu mandato, para ter dois).

Agora, é buscar o segundo turno, como forma de demonstrar limitações no apoio ao Lula, mais semanas de embate e tentar demonstrar que seu denuncismo ainda tem poder de influencia. Sabem que o Serra é um cadáver político. Com tudo o que fizeram com ele (como diz o meu primo Zé Simão: se parece ao Atlético Mineiro, cada vez que aparece na televisão, perde 3 pontos), não conseguem alavancá-lo.

Daí a operação Marina. Era a ministra mais criticada do governo, com suas picuinhas, que brecavam obras de infra estrutura, se tornou a queridinha da mídia, trogloditas de repente descobrem e se tornam ecologistas de ocasião. A soma dos dois, mais nanicos, mais dificuldades de gente do povão de votar para tantos candidatos (para presidente é a sexta votação) e a necessidade de levar documento com fotos, anima a oposição. Pelo menos para não levar uma goleada desmoralizante.

Já têm como seguro Senado e Câmara com grande maioria governista, maior parte de governadores a favor do governo e eleição da Dilma, no primeiro ou segundo turno, como estabelecidos. O plano agora, para salvar os dedos é:

- garantir São Paulo, Minas e o Paraná
- conseguir chegar ao segundo turno 
- tentar diminuir a maioria governista no Parlamento.

Para esta ultima, a oposição busca evitar o mês de janela que se anuncia para logo depois da eleição, que sangraria mais ainda os já combalidos partidos da oposição. DEM e PPS com riscos de desaparição, PSDB tornando-se um partido médio na representação parlamentar.

Conta, para a operação final, com o monopólio privado da mídia, seu elemento forte, aquele em que são claramente majoritários. A operação Data Folha era previsível. Pode ser que mantenham uma diferença baixa ou que, para tentar segurar um pouco que seja de credibilidade, voltem a aumentá-la, depois que esse DF tenha os efeitos possíveis. O Globo, a FSP, o Estadão e a Veja, se jogam com tudo, sem pensar nas conseqüências pós-eleitorais, com uma derrota que demonstra como perderam totalmente a capacidade de influência. Tentam agora sobreviver a todo custo, contra ventos e tempestades, depois que seu candidato naufragou espetacularmente.


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