Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Saudade

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Desejo da noite

Luis Fernando Verissimo: elefante na sala


A única maneira de conviver com um elefante na sala é fingir que ele não está ali. Ignorá-lo. Se algum visitante desavisado perguntar o que um elefante está fazendo na sua sala, a resposta padrão deve ser: “Que elefante?”
No Brasil nos acostumamos a conviver com elefantes na sala. Exemplo: só quase 30 anos depois do fim do período de exceção inaugurado em 1964, uma comissão começa a procurar a verdade sobre o que realmente aconteceu durante o período.
Por quase 30 anos este elefante específico não mereceu atenção e viveu entre nós como um parente apenas vagamente incômodo. A tal comissão não vai punir, antes tarde do que nunca, os desmandos da época. Os criminosos de então estão anistiados, mesmo identificados não sofrerão castigo ou sequer reprimendas da sua própria corporação. Mas pelo menos o elefante está sendo reconhecido. E citado. 

Outros elefantes continuam ignorados, e continuam na sala. Hoje não há nenhuma duvida de que o cigarro mata e o fumo é a principal causa do câncer no Brasil e no mundo. No caso do Brasil só o volume de impostos que a indústria do fumo paga ao governo explica que não haja um combate mais aberto e decisivo ao vício assassino.


Em alguns casos a indústria tem até vantagens fiscais. Já o volume de impostos não pagos pelas religiões organizadas explica a proliferação de igrejas e seitas no país e a presença de pastores evangélicos brasileiros nas listas dos mais ricos do mundo. Mas a isenção dada ao negócio da religião é um dos assuntos intocáveis do país, um elefante enorme cuja presença na sala nem a imprensa nem ninguém se anima a reconhecer. 

Ligo ou não ligo?


Dia estressante no trabalho, tudo que podia dar errado deu era encomenda que não chegou, relatórios que quase no finalzinho perdi por conta de um vírus de computador e se para piorar não bastasse tudo isso ainda falta de luz não dando tempo para entregar tudo no prazo, Sai exausta e chateada das cobranças do patrão que até aceito!
Pois deveria estar tudo pronto para hoje.
Para relaxar liguei para Bia, queria tomar um chopp na saída, fiquei no Amarelinho esperando por ela, pedi um chopp enquanto ela não chegava, meu telefone toca e vejo a mensagem:
 " Desculpa amiga, mas o Dinho passou aqui no meu trabalho e vou para casa direto ".
Pronto, pensei eu: dia perfeito !
Quando é pra me fhuder, me fhodo mesmo !!!
Na verdade nem isso, já que o Murilo e eu brigamos por MSN hoje e com certeza não vai me pedir desculpas pela cabeça dura dele.
Paguei o chopp e resolvi ir pra casa...
Entrei no metrô, lotado como sempre afinal nesse horário é complicado.
Consegui, encostar na lateral perto da porta, bem no cantinho, como sou miudinha então caibo em qualquer lugar.
Foi quando o metrô parou na próxima estação e entrou uma enxurrada de gente...
Do nada apareceu uma morena linda, um pouquinho mais alta que eu, que ficou de frente para mim, tipo olhos nos olhos mesmo...
Nossa fiquei sem graça, pois fiquei ouriçada com a respiração dela...
Não sei bem o que senti,
Devido o empurra empurra os seios dela ficou de encontro aos meus, e não sabia se era ela ou o vai e vem do metrô que fazia aquele balanço roçando um biquinho no outro...
Nossa que sensação indescritível e gostosa, não conseguia disfarçar estava adorando aquele metrô lotado, Ela sorriu pra mim e disse: 
-Tá cheio né? Desculpa ficar colada em você mas é que não dá pra trocar de posição...E respirou profundo bem perto de mim, meu rosto estava tão perto do dela que dava para alcança-la com um beijo, fiquei inebriada com seu perfume amadeirado que entorpecia meus sentidos, balbuciei debilmente algumas palavras que na verdade só saiu um: 
- Não, está tudo bem, para mim tá confortável.
( Confortável, como pude dizer aquilo a uma estranha? Não sou lésbica, apesar de já ter ouvido dizer que toda mulher é umas em maior outras em menor grau, mas todas são, enfim fiquei envergonhada por dizer aquilo),
Ela sorriu maliciosamente e friccionou mais seus seios contra os meus...
Disfarçadamente como se ajeitasse ela passa de raspão sua mão pelo meu sexo, que sensação louca fiquei molhada na hora que acho que dei até um gemidinho, suspirei profundo, ela sorriu e me fitou nos olhos, a boca carnuda, vermelha, o cheiro do perfume,
Eu já não ouvia nada a minha volta, parecia ser apenas eu e ela, nunca senti tanto desejo...,
Interrompendo meus devaneios ela me disse: 
- Desço aqui, mas gostaria de te conhecer, o que acha?
Nervosamente meio que gaguejando disse: 
- Claro, meu nome é Mônica e dei meu cartão a ela.
Ela me olhou sorrindo e me deu o dela e desceu.
Cheirei o cartão o mesmo perfume que ela estava usando...
Seu nome era Alma das Rosas, Advogada.
Agora estou na dúvida. Ligo ou não ligo?

Uma metáfora

Não aguento mais.
Se me ama diga:
Unidos somos mais que dois

Joel Neto

Mensagem do dia

Familia