Viva

Aprenda a confiar. Cultive rosas, e lembre que elas tem espinhos

Candidato a prefeito ou a presidente?

[...] José Serra iniciou sua campanha pública com discurso velho. Disse que a eleição em São Paulo será determinante para o "futuro do Brasil" e da "luta democrática". Já havia dito isto antes, várias vezes, inclusive quando se lançou candidato depois de vacilar meses. Foi até mais forte naquela ocasião. Justificou que saia candidato porque se o PT ganhar a democracia está ameaçada.

E sobre a cidade de São Paulo, nenhuma frase? É candidato a prefeito da capital, ou a presidente da República, de novo, em 2014? Quem está nacionalizando a campanha, trazendo a eleição de 2014 para esta de 2012? Como vocês constatam, o discurso do José continua o mesmo. Continua>>>

O livro dos insultos de H.L. MENCKEN

Pintura
Para mim, a pintura parece uma forasteira no mundo das artes. Seu problema é o de que lhe falta movimento, ou seja, a principal função da vida. O melhor a que um pintor pode aspirar é registrar a sensação de um instante, o aspecto momentâneo de alguma coisa. Se quiser sugerir movimento real, terá de fazê-lo por truques palpáveis, os quais pertencem mais ao domínio da carpintaria do que ao da arte. O que um pintor produz pode ser comparado a um simples acorde em música, sem preparação ou resolução. Pode ser bonito, mas sua beleza não se enquadra nitidamente num escalão superior, e a mente logo se cansa dela. Se um homem se posta diante de um quadro por mais de cinco ou dez minutos, é geralmente um sinal de afetação; está tentando se convencer de que tem percepções mais delicadas do que os mortais. Ou talvez seja ele próprio um pintor, interessado pelos aspectos técnicos do quadro, assim como um encanador contempla embevecido uma torneira instalada por um concorrente. Pode ser também que esteja encantado pela história contada pelo quadro – ou seja, pela literatura que o quadro ilustra.
A escultura é um pouco melhor. O espectador, diante de uma estátua, não está vendo algo morto, embalsamado e fixo numa moldura; vê algo que se move quando ele se move. Uma bela escultura, em outras palavras, não é uma escultura, mas centenas delas, talvez até milhares. A transformação de uma em outra é infinitamente agradável; sai-se dela com um estímulo tão satisfatório quanto o provocado por um quarteto de cordas. O mesmo se dá com a arquitetura: esta não apenas rodopia, mas move-se verticalmente à medida que o espectador se aproxima. Quando se passa por um belo edifício, tem-se uma sensação que ultrapassa a de um mero acorde; lembra mais o efeito de todo um cortejo de acordes, como no começo do andamento lento da sinfonia Novo Mundo ou o do conhecido e sovado prelúdio de Chopin. Se fosse um quadro, não demoraria a arrancar bocejos. Ninguém, depois de alguns dias, lhe botaria de novo os olhos.
Este vazio intrínseco da pintura tem os seus efeitos até sobre aqueles que mais vigorosamente a defendem como a rainha de todas as artes. Ouve-se falar de pessoas “superlotando as galerias”, mas sempre se descobre – basta perguntar – que o que elas realmente superlotam são as salas de mostruário. Em outras palavras, extraem seu maior prazer contemplando uma interminável sucessão de quadros novos, e a profusão de acordes acaba produzindo, no final, uma espécie de satisfação confusa. As outras artes produzem um apelo muito mais poderoso e permanente. Já ouvi cada uma das oito primeiras sinfonias de Beethoven mais de cinqüenta vezes, e a maior parte das de Mozart, Haydn, Schubert e Schumann quase tanto. No entanto, se a Dó Menor de Beethoven fosse apresentada esta noite, iria ouvi-la de novo. E não perderia um segundo dela. Até música de categoria inferior pode conquistar esta qualidade duradoura. Outro dia fui ouvir a valsa de Strauss,Geschichten aus dem Wiener Wald (Contos dos Bosques de Viena), pela primeira vez, em muitos anos. Eu a conhecia bem em meus tempos de lubricidade e, anos depois, cada nota continuava familiar. Mesmo assim, deu-me imenso prazer. Imagine alguém extraindo este mesmo prazer de um quadro de calibre correspondente – um quadro tão familiar que este alguém possa reproduzi-lo de memória.
Os pintores, como os barbeiros e ferreiros, são capazes de falar enquanto trabalham, o que lhes permite gabar-se mais de sua arte do que os outros artistas; o mundo, em conseqüência, passa a acreditar que ela é muito complexa e cheia de sutilezas. Isto não é verdade. A maior parte de suas supostas sutilezas são gabolices de pintores que não sabem pintar. Os verdadeiros pintores de categoria tinham pouco a dizer sobre a técnica de sua arte e pareciam não se dar conta de sua dificuldade. Observe os estudos e sketches de Leonardo: você descobrirá que ele era muito mais interessado em anatomia do que em pintura. Na realidade, pintar era para ele uma espécie de segunda natureza; era, em primeiro lugar, um engenheiro, e a engenharia que mais o fascinava era o corpo humano. Vejamos, então, Cézanne. Ele pintava da maneira que lhe parecia a mais natural e ficou surpreendidíssimo quando um grupo de maus pintores, tentando imitá-lo, passou a creditá-lo no Boul’ Mich’ (Boulevard St. Michel) com uma longa série de teorias mais ou menos místicas, a partir do verbete sobre ótica na Encyclopaedia Britannica.
Os homens mais remotos do Paleolítico já eram pintores consumados. Estavam ainda tão perto dos macacos que nem sequer tinham inventado o arco e flecha, a usura, a forca ou o batismo por imersão total – e, no entanto, já eram ótimos desenhistas. Alguns de seus desenhos nas paredes das cavernas continuam mais competentes que a maioria das ilustrações das revistas de hoje. Também esculpiam em pedra e modelavam em gesso, e eram poetas tão competentes como alguns de nosso tempo. Mais importante, eles se mudaram das cavernas para casas artificiais, e os princípios dodesign de arquitetura que criaram, na verdadeira aurora da história, continuam imutados até hoje, sendo papagueados até pelos arranha-céus que apontam suas torres contra os querubins. Ê verdade que aqueles homens primitivos não sabiam desenhar tão bem quanto uma câmara fotográfica! mas não ficavam nada a dever a, digamos, Matisse ou Gauguin. Todo o progresso feito pela pintura nos últimos cinqüenta ou sessenta anos tem sido baseado.em sorrateiros furtos contra a máquina fotográfica ou o espectroscópio. Quando um pintor professa o seu desprezo por esses avanços científicos, estamos diante de um pintor incapaz, na realidade, de pintar ou desenhar, e que tenta esconder sua incompetência através de uma prestidigitação verbal. Esta é a origem da arte moderna e de toda esta conversa fiada sobre cubismo, vorticismo, futurismo e outras tolices.
Considero qualquer ser humano que, com instruções apropriadas, não consiga aprender a desenhar relativamente bem, como um débil mental. Estará num estágio culturalanterior até àquele dos Cro-Magnons. Já o ser humano incapaz de escrever um verso passável, este simplesmente não existe. Costuma ser feito, como todos sabem, até por crianças – e às vezes tão bem que seus poemas saem em livros e merecem solenes estudos. Mas a grande música nunca é escrita por crianças – e não estou me esquecendo de Mozart, Schubert ou Mendelssohn. A música pertence ao último estágio da cultura; compô-la em grande estilo requer extremo aprendizado e a mais alta habilidade natural. Ê complexa, delicada, difícil. Um jovem prodígio pode mostrar algum talento, mas nunca chegará a nada que possa ser classificado de maestria antes da maturidade – antes de ele se dobrar à experiência. O mesmo acontece com a prosa. A prosa não tem biombos onde se esconder, como tem a poesia. Não pode usar máscaras ou perucas. Não é espontânea, mas deve ser fabricada pelo pensamento e pelo esmero. Dá trabalho. Depois da música, é a mais importante entre todas as artes e é, de longe, a mais importante das artes que lidam com a palavra.

Humor

 Celular vibra, coração dispara, falta sair pela boca achando que é o amor de minha vida, e quando olho é a porcaria da operadora me mandando mensagem para  recarregar...kkk

Entre corrompidos e corruptores tem a Veja


O caso Demóstenes-Cachoeira seria apenas mais um escândalo político a estampar manchetes. Mas no meio do caminho, entre corrompidos e corruptores, tinha uma Veja. De narradora dos acontecimentos a revista semanal da Abril tornou-se personagem, revelando um envolvimento nunca visto de forma tão escancarada na cena política brasileira. Gravações feitas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, não deixam dúvidas. O contraventor Carlinhos Cachoeira era mais do que fonte de informações. Seu relacionamento com o diretor da sucursal de Veja em Brasília, Policarpo Junior, permitia a ele sugerir até a seção da revista em que determinadas notas de seu interesse deveriam ser estampadas.
O pouco que se revelou até aqui permite concluir que a publicação tornou-se instrumento de Cachoeira para remover do governo obstáculos aos seus objetivos. Um desses entraves estaria no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Ministério dos Transportes, e dificultava a atuação da Delta Construções, empresa que teria fortes ligações com o contraventor.
Segundo o jornalista Luis Nassif, a matéria da Veja sobre o Dnit saiu em 3 de junho de 2011. “A diretoria estava atrapalhando os negócios da Delta. Foi o mesmo modo de operação do episódio dos Correios –que daria origem ao chamado “mensalão”. Cachoeira dava os dados, Veja publicava e desalojava os adversários de Cachoeira.” Com isso cumpria também os objetivos de situar-se como vigilante de desmandos e fustigar os governos Lula e Dilma, pelos quais nunca demonstrou simpatia alguma. Basta lembrar a capa de maio de 2006 com Lula levando um pé no traseiro, juntando numa só imagem grosseria e desres­peito. Para não falar de outras, do ano anterior, instigando o “impeachment” do presidente da República.
O sucesso dos dois governos Lula e os altos índices de aprovação recebidos até agora pela presidenta Dilma Rousseff parecem ter exacerbado o furor da revista. A proximidade do diretor da sucursal de Brasília com Cachoeira, e deste com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), sempre elogiado por Veja, veio a calhar. Até surgirem as gravações da Polícia Federal levando a revista a um recolhimento político só quebrado em defesas tíbias de seu funcionário e do que ela chama de “liberdade de imprensa”.
Veja diz-se “enganada pela fonte”, argumento desmentido pelo delegado federal Matheus Mella Rodrigues, coordenador da Operação Monte Carlo. O policial mostrou que o jornalista Policarpo Junior sabia das relações de Demóstenes com Cachoeira, mas nunca as denunciou, protegendo “meliantes”, como resumiu com propriedade a revista CartaCapital.
Livre, pero no mucho
Segundo Veja, a “liberdade de imprensa” estaria ameaçada se o jornalista, ou seu patrão Roberto Civita, fosse chamado a depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) aberta no Congresso Nacional para investigar o caso. Mas, na mesma edição em que supostamente põe o direito à informação acima de tudo, clama por um controle planetário da internet, agastada com a circulação de informações sobre seus descaminhos na rede.
A internet foi o principal meio de exposição dos detalhes da suspeita relação Cachoeira-Demóstenes-Veja, e uma enxurrada de expressões nada elogiosas levaram a revista ao topo dos assuntos mais mencionados no Twitter. Os principais veículos de alcance nacional silenciaram ou apoiaram a relação – exceção feita à Rede Record e à revista CartaCapital. Alguns, como O Globo, não titubearam em tomar as dores da Editora Abril. Por um de seus colunistas, Merval Pereira, o jornal isentou a revista de responsabilidades. Depois, em editorial, reagiu à comparação feita por CartaCapital entre o dono da Editora Abril e o magnata Rupert Murdoch, punido pela Justiça britânica pelo mau uso de seus veículos de comunicação no Reino Unido. A Folha de S.Paulo, também em editorial, aliou-se a Veja. Mas sua ombudsman, Suzana Singer, que tem a incumbência de criticar o desempenho do jornal, pelo menos levantou uma dúvida ao dizer que “não se sabe se algo comprometedor envolvendo a imprensa surgirá desse lamaçal”. Para lembrar em seguida que ao PT interessa com o caso Cachoeira empastelar o “mensalão” a ser julgado em breve, e conclui dizendo: “A imprensa não pode cair na armadilha de permitir que um escândalo anule o outro. Tem o dever de apurar tudo – mas sem se poupar. É hora de dar um exemplo de transparência”. Mas a cobertura da Folha das relações Cachoeira-Demóstenes-Veja limita-se a notas superficiais.
Intocável
A ideia de que o caso Cachoeira seria uma forma de desviar as atenções sobre a campanha pelo julgamento dos acusados no caso do “mensalão” foi alardeada pela mídia. E utilizada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para se livrar da acusação de ter sido negligente. A PF encaminhou a Gurgel a denúncia sobre as relações promíscuas entre Cachoeira e Demóstenes em 2009. Se ele tivesse dado andamento à denúncia, o processo se tornaria público e poderia ter comprometido no ano seguinte a eleição de Demóstenes ao Senado, de Marconi Perillo (PSDB) ao governo de Goiás e de outros políticos suspeitos de servir a Cachoeira.
Em vez de explicar por que segurou o processo, Gurgel respondeu às acusações sob a alegação de que partiam dos envolvidos no processo do “mensalão”, temerosos diante da iminência do julgamento no qual ele será o acusador. A CPMI começou em maio e tem seis meses para concluir as apurações. Ainda não havia mostrado, porém, o mesmo ânimo convocatório em relação aos governadores envolvidos com a Delta Construções e muito menos ao jornalista de Veja e seu patrão. Os governadores, por acordos político-partidários; o jornalista e o empresário, não se sabe bem as razões, embora possam ser formuladas hipóteses.
Uma delas é a de que o maior partido da base governista, o PMDB, estaria sendo sensível ao lobby da mídia por uma blindagem. Com uma CPMI em banho-maria, o partido não seria muito arranhado com a exposição de políticos peemedebistas a investigações. E o PT, concorrente na disputa por espaço no governo, não capitalizaria demais os resultados. A concentração em poucos e poderosos grupos nacionais e transnacionais deu à mídia um poder nunca antes alcançado, muitas vezes superior aos próprios poderes republicanos. Assim, governos e outras instituições públicas tornam-se reféns dos meios de comunicação e temem enfrentá-los.
Apenas em três ocasiões de nossa história veículos de comunicação foram alvo de investigações por parte de CPIs. Em 1953, o dono do Última Hora, Samuel Wainer, sugeriu ao presidente Getúlio Vargas que seu jornal fosse investigado quanto às operações de crédito mantidas com o Banco do Brasil, como lembra o professor Venício Lima, da Universidade de Brasília. Dez anos depois, o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad) foi acusado de ter ligações com a CIA e receber recursos dos Estados Unidos para interferir nas eleições brasileiras. O instituto chegou a alugar por três meses, num período pré-eleitoral, o jornal A Noite do Rio, para colocá-lo a serviço da oposição ao presidente João Goulart. E em 1966 foi aberta investigação do acordo entre as Organizações Globo e o grupo de mídia estadunidense Time-Life. Uma operação de US$ 6 milhões, em benefício da TV Globo, acabou com o império dos Diários Associados de Assis Chateaubriand.
Testemunha de defesa
Há uma outra inquirição de jornalista que não se enquadra entre os casos mencionados, embora seja altamente significativa para os dias de hoje. Trata-se da ida a uma Comissão Parlamentar de Inquérito, em 2005, do mesmo Policarpo Junior. Na ocasião, o chefe de organização criminosa se dizia vítima de chantagem por parte de um deputado carioca que estaria exigindo propina para não colocar seu nome no relatório final de uma CPI instalada na Assembleia Legislativa do Rio. Policarpo testemunhou em defesa do bicheiro e nenhum jornal nem a ABI alegaram tratar-se de uma intimidação à imprensa.
Uma das explicações para essa baixa exposição de jornais e jornalistas a investigações está no poder de interferência dos grupos midiáticos na política eleitoral. Exemplo clássico é a frase da viúva do proprietário das Organizações Globo referindo-se ao governo Collor: “O Roberto colocou ele na Presidência e depois tirou. Durou pouco. Ele se enganou”, disse com candura dona Lily no lançamento do seu livro Roberto & Lily, em 2005. Mas essa não foi uma ação isolada. Para derrotar Lula em 1989, Globo e Veja faziam dobradinha perfeita, como agora. Demonizavam Lula e exaltavam o jovem governador de Alagoas, “caçador de marajás”.
Essa articulação tornou-se hoje mais orgânica. A presidenta da Associação Nacional de Jornais (ANJ), que representa os proprietários de veículos, Judith Brito, assumiu o papel de oposição ao governo Lula. De modo mais discreto, mas não menos eficiente, trabalha o Instituto Millenium, que reúne articulistas, jornalistas e patrões da imprensa. E realiza eventos em que os convidados aliam-se ao que há de mais conservador na sociedade para afinar suas linhas de cobertura. Em um deles estavam Roberto Civita (Abril), Otavio Frias Filho (Folha) e Roberto Irineu Marinho (Globo). Vários colaboradores, exibidos no site do instituto, escrevem e falam contra as cotas raciais nas universidades, criticam a política econômica dos governos Lula e Dilma, seja qual for, louvam o governo Fernando Henrique Cardoso, discordam da atual política externa brasileira e fizeram campanha contra a criação da CPMI do Cachoeira. São ações orquestradas que lembram as do Ibad, antes mencionado.
As evidências atuais indicam a necessidade de uma investigação séria sobre o papel de setores da mídia no caso Cachoeira. Os indícios vão além do jogo político e apontam para conluios com o crime comum. No entanto, até o momento, a CPMI não mostrou disposição para enfrentar o poder da mídia, que, quando acuada, conta com a defesa não apenas dos proprietários como também de parte de seus empregados. Cabe lembrar a observação frequente do jornalista Mino Carta sobre a peculiaridade brasileira de jornalista chamar patrão de colega. Com isso diluem-se interesses de classe e uma difusa “liberdade de imprensa” é utilizada para encobrir contatos altamente suspeitos.
Até entidades respeitáveis como a Associação Brasileira de Imprensa, por seu presidente, Maurício Azêdo, confundem as coisas. Em depoimento ao programa Observatório da Imprensa, da TV Brasil, Azêdo não admite a ida de jornalistas à CPMI para prestar depoimentos, sob a alegação de intimidação ao trabalho jornalístico, mas condena a promiscuidade de alguns profissionais com fontes próximas ou ligadas ao crime. Com isso dá ao jornalista uma imunidade que nenhum outro cidadão tem.
Nesse mesmo programa, o professor Venício Lima ressaltou o impacto do caso das escutas ilegais promovidas pelo jornal News of the World sobre as relações mídia-sociedade na Inglaterra. “Levou Murdoch (o dono do jornal) e seus jornalistas a depor não só na Comissão de Esportes, Mídia e Cultura da Câmara dos Comuns como na Comissão Leveson, que tem caráter de inquérito policial.” Nada disso ameaçou a liberdade da imprensa britânica. Aqui, apesar da resistência com forte apelo corporativo da mídia e de parte dos seus empregados, vozes importantes lembram que ninguém está imune a convocações feitas pelo Congresso Nacional para prestar esclarecimentos.
À Record News, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), foi direto ao ponto: “Todos devem ser investigados no setor público, privado e na imprensa. Sem paixões e sem arroubos. Nós vamos descobrir muitas coisas quando forem feitas as quebras de sigilo – o fiscal, por exemplo. Devemos apoiar sempre a liberdade de expressão. Mas não podemos confundi-la com uma organização criminosa. Para o bem da sociedade e da própria liberdade de expressão.”
Laurindo Leal Lalo Filho

Governo Federal corta ponto e não vai dar aumento

Na queda de braço com o funcionalismo, o Planalto enviou ontem dois duros recados. 


O primeiro: não vai prever reajuste salarial para 2013 na LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias, que deve ser votada semana que vem pelo Congresso. 


O segundo: mandou cortar o ponto de todos os servidores que estão em greve há três semanas. Mesmo assegurando que está disposto a continuar as negociações, o governo dá sinais de que a correção no contracheque deve ficar mesmo para 2014. 


O argumento é de que a gravidade da crise mundial, que já derruba a atividade econômica no Brasil, afeta o crescimento das receitas públicas. 


*A minha opinião é que seja criado um mecanismo de reajuste salarial automático para os servidores públicos. 

Arroz arco-íris

Ingredientes

  • 1 colher (sobremesa) de azeite de oliva
  • 1 cebola picada
  • 1 dente de alho amassado
  • 250 gramas de arroz parboilizado
  • 1 cenoura picada
  • 100 gramas de vagem picada
  • 100 gramas de ervilha
  • 1 lata de milho verde em grãos
  • 1 colher (sopa) de manteiga 
  • 1 ovo
  • Sal e cheiro-verde à gosto

Como fazer
Coloque numa panela o azeite, a cebola e o alho, leve ao fogo e frite bem. Junte o arroz, dê mais uma fritada e junte água suficiente para o cozimento. Tampe e deixe cozinhar em fogo baixo. Quando a água começar a secar, junte a cenoura, a vagem, a ervilha e o milho e tempere com sal e Aji-no-moto. Tampe e deixe cozinhar até o arroz e os vegetais ficarem macios. Depois de pronto, misture a manteiga, quebre o ovo e mexa bem rápido com um garfo para que o ovo cozinhe com o calor do arroz. Polvilhe o cheiro-verde e sirva.