Em meio a resistência de parlamentares e STF contra plebiscito, presidenta aproveita discurso em Salvador para ironizar quem menospreza capacidade do povo de opinar sobre transformações
A presidenta da República, Dilma Rousseff, afirmou hoje (4) em Salvador que é preciso persistir para atender a todas as reivindicações da população brasileira, mesmo as que parecerem impossíveis. "Desejo que nós, juntos, sejamos capazes de estar à altura do desafio que temos pela frente. Porque nós temos uma oportunidade de transformar de forma acelerada o nosso país. É agora que nós temos de fazer. Por isso cada um de nós deve dar o melhor de si. E eu asseguro a vocês que eu não descansarei enquanto não puder atender a tudo aquilo que eu sei que é possível. Tenta e força, tenta e força e teima, e acaba conseguindo."
Hoje o vice-presidente da República, Michel Temer, do PMDB, afirmou que só será possível realizar o plebiscito sobre a reforma política em 2014, com mudanças válidas a partir das eleições de 2016. Inicialmente, o governo cogitava que a consulta popular fosse promovida em setembro, mas o Congresso tem imposto ritmo diferente, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), do mesmo partido de Temer, afirma que resistências podem até mesmo levar a que não se realize a votação.
"Queríamos que se consultasse a população sobre o que ela queria", afirmou a presidenta, na primeira cerimônia pública depois do pronunciamento sobre as manifestações populares de junho, no último dia 21. "Como o Executivo não pode fazer, porque pela Constituição quem faz é o parlamento, encaminhamos uma sugestão ao Congresso pedindo que faça esse plebiscito. Para ouvir como as pessoas acham que devemos votar, como deve ser o financiamento, se o voto no Congresso deve ou não ser secreto, como se elegem os suplentes e como se farão as coligações."
Dilma ironizou os que consideram que a população não teria condições de opinar sobre os rumos da reforma política. Nas últimas semanas, líderes de alguns partidos e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm dito que a população não deve ser consultada sobre questões técnicas, o que, supõe-se, seja o caso da reforma política. “Acredito na inteligência, na sagacidade e na esperteza do povo brasileiro. Suas escolhas sempre foram acertadas. Não sou daqueles que creem que o povo é incapaz de entender por que as perguntas são complicadas”, afirmou.
A presidenta destacou que as manifestações no Brasil são diferentes daquelas realizadas em outras partes do mundo, como a Primavera Árabe, em que o povo lutava contra ditaduras, ou como os indignados espanhóis e o Ocuppy Wall Street, nos Estados Unidos, que enfrentam a redução de direitos sociais em face da crise econômica iniciada em 2008. Dilma lembrou da última ditadura no Brasil (1964-1985), contra a qual ela mesma lutou, como um tempo em que não se ouvia a voz das ruas, mas que está superado.
“No Brasil é diferente. As ruas falaram por mais direitos. Essa presidenta ouviu a voz das ruas. Tanto porque ela é legítima nas reivindicações quanto porque temos democracia e é parte dela a luta por mais direitos”, avaliou.
A presidenta retomou a proposta de cinco pactos feita ao governadores no dia 26 de junho e reafirmou a necessidade de todos os governantes apoiarem a reforma política. A presidenta da República, Dilma Rousseff, afirmou hoje (4) em Salvador que é preciso persistir para atender a todas as reivindicações da população brasileira, mesmo as que parecerem impossíveis. "Desejo que nós, juntos, sejamos capazes de estar à altura do desafio que temos pela frente. Porque nós temos uma oportunidade de transformar de forma acelerada o nosso país. É agora que nós temos de fazer. Por isso cada um de nós deve dar o melhor de si. E eu asseguro a vocês que eu não descansarei enquanto não puder atender a tudo aquilo que eu sei que é possível. Tenta e força, tenta e força e teima, e acaba conseguindo."
Hoje o vice-presidente da República, Michel Temer, do PMDB, afirmou que só será possível realizar o plebiscito sobre a reforma política em 2014, com mudanças válidas a partir das eleições de 2016. Inicialmente, o governo cogitava que a consulta popular fosse promovida em setembro, mas o Congresso tem imposto ritmo diferente, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), do mesmo partido de Temer, afirma que resistências podem até mesmo levar a que não se realize a votação.
"Queríamos que se consultasse a população sobre o que ela queria", afirmou a presidenta, na primeira cerimônia pública depois do pronunciamento sobre as manifestações populares de junho, no último dia 21. "Como o Executivo não pode fazer, porque pela Constituição quem faz é o parlamento, encaminhamos uma sugestão ao Congresso pedindo que faça esse plebiscito. Para ouvir como as pessoas acham que devemos votar, como deve ser o financiamento, se o voto no Congresso deve ou não ser secreto, como se elegem os suplentes e como se farão as coligações."
Dilma ironizou os que consideram que a população não teria condições de opinar sobre os rumos da reforma política. Nas últimas semanas, líderes de alguns partidos e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm dito que a população não deve ser consultada sobre questões técnicas, o que, supõe-se, seja o caso da reforma política. “Acredito na inteligência, na sagacidade e na esperteza do povo brasileiro. Suas escolhas sempre foram acertadas. Não sou daqueles que creem que o povo é incapaz de entender por que as perguntas são complicadas”, afirmou.
A presidenta destacou que as manifestações no Brasil são diferentes daquelas realizadas em outras partes do mundo, como a Primavera Árabe, em que o povo lutava contra ditaduras, ou como os indignados espanhóis e o Ocuppy Wall Street, nos Estados Unidos, que enfrentam a redução de direitos sociais em face da crise econômica iniciada em 2008. Dilma lembrou da última ditadura no Brasil (1964-1985), contra a qual ela mesma lutou, como um tempo em que não se ouvia a voz das ruas, mas que está superado.
“No Brasil é diferente. As ruas falaram por mais direitos. Essa presidenta ouviu a voz das ruas. Tanto porque ela é legítima nas reivindicações quanto porque temos democracia e é parte dela a luta por mais direitos”, avaliou.
A presidenta retomou a proposta de cinco pactos feita ao governadores no dia 26 de junho e reafirmou a necessidade de todos os governantes apoiarem a reforma política.