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Vamos conversar?

O mineroca ressuscita FHC - rei dá privataria -, que entregou de bandeja quase todo património do povo brasileiro a preço de banana. Tentou mudar o nome dá Petrobrás para Petrobrás para ficar mais atraente para o mercado. Pois não é que o sujeito agora vem com a conversa mole de revitalizar a Petrobrás?

Esse menino não vai longe...

Desse jeito Serra atropelos ele fácil, fácil.

Os médicos sugeriram a uma jovem mulher que ela bortasse porque o bebê nasceria com alguma deficiência


Ela se recusou.
A mulher é a minha mãe, e o bebê sou eu, Andrea Bocelli

Movida
Movimento a favor da vida

Mendigo deveria virar ração para peixes

A declaração, dada na Câmara Municipal de Piraí, no Sul Fluminense, pelo vereador José Paulo Carvalho de Oliveira, o Russo (PT do B), na sessão ordinária de 8 de outubro deste ano, virou o assunto da cidade desde a última sexta-feira, quando um vídeo com o discurso foi postado no Youtube. O vereador opinava sobre um projeto de lei que proibia o voto a moradores de rua.
- Mendigo não tem que votar. Mendigo não faz nada. Ele não tem que tomar atitude nenhuma. Aliás, acho que deveria até virar ração para peixe. Eu não dou nada para mendigo. Não adianta me pedir que eu não dou. Se quiser, vai trabalhar - discursou.
Wilden Vieira da Silva, o Prico (PSD), presidente da Câmara estava na sessão e ouviu o discurso. Ele confirmou as declarações e disse que pretende se reunir com todos os moradores até esta terça para decidir que medidas tomará em relação a Russo. Para Prico, a declaração polêmica não fere a imagem da Casa:
- Foi a opinião pessoal dele que não feria em nada a imagem da Câmara. Ele fala em nome dele. Foi um fato isolado.
Segundo ele, a declaração de Russo foi logo após a declaração de um outro vereador que fez considerações sobre os 25 anos da Constituição Federal.
Moradores estariam se mobilizando para fazer uma manifestação de repúdio em frente à Câmara, nesta terça-feira.
Prefeito foi alertado pelo vice
O prefeito Luiz Antonio da Silva Neves (PSB) só ficou sabendo das declarações após a divulgação do vídeo, ao ser alertado pelo vice-prefeito da cidade.
- Fiquei sabendo porque o vice-prefeito comentou que viu a repercussão através do Facebook. Achei lamentável, porque trata-se de uma questão que deveria ser sensível a todos nós. Não é admissível uma declaração dessas de um representante político. Espero que ele se retrate - disse.
O prefeito disse, inclusive, que foi abordado por moradores nas ruas nos últimos dias. No sábado, por exemplo, contou que um homem o abordou para comentar o assunto enquanto ele fazia compras no mercado. Neste domingo, as declarações do vereador Russo foram o assunto de uma festa de aniversário.
- Creio que vai ser o assunto da semana agora que ganhou as redes sociais. Ainda mais por ter acontecido numa cidade pequena - prevê o prefeito.

Não questione Obama

Djijo

Você ganhou


Vale Oração
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Prá desopilar

Esta é das boas, Nilma Freitas


Simpatia para prender a pessoa amada.
Coloque 1 kilo de maconha ou crack na mochila dela e ligue 190 denunciando.

Palavras são perfumarias

Não confio em nada do que as pessoas falam e confio em tudo do que as pessoas fazem.
Não confio no que as pessoas falam não porque desconfio de todo mundo e acho que estão sempre me enganando, mas porque conheço as limitações da palavra e tenho empatia com as vacilações da alma.
Não confio no que as pessoas falam porque as pessoas quase sempre não sabem o que querem e não sabem o que sentem.
Mesmo quando sabem, muitas vezes não conseguem articular verbalmente;
E, mesmo quando conseguiriam articular verbalmente, muitas vezes não ousam falar, porque têm vergonha, porque são fracas, porque querem agradar, porque pegaria mal, porque magoaria alguém.
* * *
Quem diz que ama brócolis mas nunca compra brocólis, nunca coloca brócolis no prato e, quando o prato vem com brócolis, não come…
Essa pessoa não ama brócolis.
Mas, apesar disso, nos nossos relacionamentos amorosos, inflados de amor e esperança, desesperados por acreditar e perdoar, invertemos essa regra e inventamos inúmeras explicações para o que está bem na nossa frente.
Preferimos mais nos agarrar a um “eu te amo” verbalmente articulado uma vez do que a mil gestos de abandono, desprezo, desinteresse, descompromisso ao longo de semanas e meses.
É o que nos faz humanos.
* * *
Na verdade, não é nem que não confio no que as pessoas falam: não me dou nem ao trabalho de ficar duvidando do discurso das pessoas.
É bem mais simples:
O que a gente fala não conta. Palavras são perfumaria pra encher o tempo e evitar o silêncio. 
O que conta é o que a gente faz.
Palavras são perfume para inibir o cheiro natural do silêncio e da ação

A cábula da Blablarina

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O resultado é:
a sustentabilidade prográmatica, sonhática e lunática de alguém que diz tudo que não significa nada.
do 

Coronel Lalado adopta a dupla Mari & Dudu

Maravilha!

Sempre defendi a dupla para enfrentar esta ginecocracia-chavista de paquete.

Por certo não devemos colocar todos os ovos em uma mesma rede, aquele playboy carioca só é papo firme no Leblon. A levecza do piano do Tamandatueí carece de significado fora de Pyratininga. Resta Geraldo que após dar a volta por cima, decretando o dia do ovo, actingiu de morte os mensaleiros que andam de ovo atravecsado.

Mas caro professor a família marcha com Deos pela liberdade, o que nos une é Deos e a liberdade nunca a lucta contra o homosexualismo, que sempre causará repulsa ao bom cristao, ou o exoptico evoluccionismo acteo e nagaccionista já que Deos criou Darwin. Portancto solicicto a volta de nosso antigo bordão. No macximo a incclusão da excpressão: ‘pela volta daNacçao aos dias Glorios

MENSAGEM DA PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF AOS SERVIDORES PÚBLICOS

Há 70 anos, o Brasil celebra, em 28 de outubro, o Dia do Servidor Público. Um dia dedicado a homenagear mulheres e homens que elegeram como opção profissional servir ao cidadão. Cada um de vocês, servidores públicos brasileiros, representa a face humana do Estado. Vocês são aqueles a quem os cidadãos recorrem quando precisam garantir o exercício de seus direitos.

Por isso, a existência de um Estado garantidor dos direitos de todos os cidadãos, ético e justo depende muito de vocês, servidores públicos. Em especial em um país de população e território imensos como o Brasil, em que os desafios ao desenvolvimento exigem muito trabalho para a sua superação. Como servidora e Presidenta, quero manifestar os meus mais sinceros agradecimentos a todos vocês que se dedicam à tarefa de prestar serviços públicos nos quais os cidadãos podem depositar cada vez mais confiança. Parabéns a todos os servidores públicos brasileiros!

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil

Roberto Carlos e biografias não autorizadas

Se existem dois Robertos, nenhum tem nexo, nem concavo nem convexo
Há dois Robertos sobre o palco. Um deles foi à Justiça para arrancar das livrarias a biografia ‘Roberto Carlos em detalhes’, sob censura há seis anos e meio. O outro diz ser “a favor” do projeto de lei que autoriza a publicação de biografias não autorizadas. Juntos, esses dois Robertos não fazem sentido.
O segundo Roberto é recentíssimo. Foi ao ar no programa ‘Fantástico’, na noite deste domingo. Para que ele fizesse nexo, o primeiro Roberto, conhecido desde abril de 2007, teria que sair de cena. A entrevistadora Renata Vasconcellos tentou abrir a porta de saída:
— Você permitiria a biografia que foi feita a seu respeito há alguns anos?
Roberto, o primeiro, pensou por alguns segundos. E deu uma resposta que faz de Roberto, o segundo, um personagem desconexo:
— Isso tem que ser discutido.
Chama-se Paulo César de Araújo o autor do livro retirado das prateleiras. Que pecados teria cometido para merecer o banimento editorial? Imaginou-se que, ao se dispor a enfrentar o tema sob holofotes, Roberto 1º exporia suas razões em profundidade. Não foi o que sucedeu. Ele preferiu ziguezaguear ao redor do tema:
— O biógrafo também pesquisa uma história que está feita. Que está feita pelo biografado. Então, ele na verdade não cria uma história. Ele faz um trabalho e narra aquela história que não é dele. Que é do biografado. E a partir do que ele escreve, ele passa a ser dono da história. E isso não é certo.
— [Não é certo] por uma questão também comercial?, a repórter tentou entender.
Nesse ponto, Roberto 1º saiu-se com uma declaração que abre um mar de reticências que, de tão profundo, pode ser atravessado por uma formiga –com água na altura da canela:
— Por tudo, ele se limitou a dizer.
De repente, ganharam viço as indagações que Ruy Castro dirigiu à ministra Marta Suplicy (Cultura) na Feira do Livro de Frankfurt. Escritor refinado, Ruy também já foi vítima dos artigos do Código Civil que permitem aos famosos e aos seus parentes requerer a censura prévia de livros. “Eu perguntei [à ministra] se o biógrafo vai ter que pagar um dízimo ao biografado”, contou Ruy Castro dias atrás. “Pagar esse dízimo vai garantir nossa liberdade? Eu posso pagar um dízimo ao Roberto Carlos e falar da perna mecânica?”
Sempre se imaginou que o caso da perna, mencionado pelo jornalista Paulo César de Araújo na obra proibida, fosse o motivo da revolta de Roberto 1º. Curiosamente, ele negou essa versão. Revelou à plateia que vem aí uma novidade.
— Eu estou escrevendo a minha história. E informando muito mais a essas pessoas sobre a minha vida, sobre as minhas coisas, muito mais do que qualquer outra fonte.
Em vez de pagar dízimo a terceiros, o dono da perna mecânica como que reivindica o monopólio do culto à sua autoimagem:
— Pessoas têm dito que eu sou contra [a biografia] por causa do meu acidente, que foi contado, essa coisa toda. Não é isso, não. Eu, quando escrever meu livro, eu vou contar do meu acidente. Ninguém poderá contar do meu acidente melhor que eu. Ninguém poderá dizer aquilo que aconteceu com todos os detalhes que eu posso. Porque ninguém poderá dizer o que eu senti e o que eu passei. Desculpa a rima, porque isso aí só eu sei.
Roberto 1º tem todo o direito de escrever sobre si mesmo. Ele é dono da própria vida. Construiu uma biografia edificante. Mas isso não o torna dono da história. Tampouco o biógrafo, ao narrar “uma história que está feita”, vira proprietário dela. A história é um bem coletivo. E a privacidade de quem optou por viver na vitrine é um direito relativo. A vacina contra eventuais calúnias, difamações ou mentiras é o processo judicial, não a censura prévia.
— Quem escreveria a biografia do Roberto Carlos com as bênçãos do Rei?, quis saber a entrevistadora.
— Eu. Detalhes que, com certeza, não vão estar em outras biografias.
— Mas às vezes o biografado não quer contar tudo, né, Roberto?
— Sim, mas eu vou contar tudo que eu realmente acho que tem sentido de contar em relação àquilo que eu senti, que eu vivi.
Levando-se Roberto 1º ao pé da letra, confirma-se a suspeita de que toda tentativa de relato historiográfico, a começar pelo texto inaugural de Heródoto, o ‘pai da história’, é uma lenda. Só que muito mais mentirosa. O que salva o passado do esquecimento são as autobiografias.
Assim, nenhum brasileiro deve entrar em pânico se, ao folhear uma obra chapa-branca sobre a história da música popular brasileira e dos seus maiores ídolos, sentir uma sensação estranha. A sensação de um passageiro que viaja num avião sabendo que sua bagagem, com tudo o que possui, viaja em outro.
O direito à informação estaria mais garantido se Roberto 2º, aquele que se diz “a favor” das biografias não autorizadas, prevalecesse sobre o outro, que condiciona o fim da censura prévia à realização de “alguns ajustes”. O diabo é que Roberto 1º se nega a detalhar os “ajustes”.
— Que ajustes seriam esses?, perscrutou a repórter.
— Isso aí tem que se discutir. São muitas coisas. Tem que haver um equilíbrio e alguns ajustes para que essa lei não venha a prejudicar nem um lado, nem outro. Nem o lado do biografado, nem o lado do biógrafo. E que não fira a liberdade de expressão e o direito à privacidade.
Moral da “história”: em terra de cego, biógrafo que tem um olho foge do rei.
por Josias de Souza

Rede Hariovaldo Almeida Prado

Seguindo o exemplo dos demais homens bons, nosso sítio noticioso muito em breve passará a se chamar Rede Hariovaldo Almeida Prado, ao invés de Professor Hariovaldo Almeida Prado. Trata-se de uma mudança salutar, pertinente às nossas posições políticas aristocráticas, um investimento em nossa imagem que dará reforço singular à luta organizada contra o domínio das hostes bolchevistas em Brasília, através da colocação de alguém da nossa confiança como garantia de nossos negócios, visto que se aceitaram até um apedeuta por lá, não deve ser difícil.

Basta de postes do ex-usurpador de Garanhuns, vamos batalhar decisivamente para impor à gentalha alguém de nossa marca, para que possamos levar à cabo nossos projetos sem intermediários ou obstáculos políticos. Se não for possível a eleição de um homem de bem, vamos garantir pelo menos que um funcionário nosso consiga tal posição para a defesa de nosso interesses. 

Guru de Marina defende grandes aumentos para a carne e para o leite

Num momento em que a oposição faz o possível para transformar a economia no ponto central da campanha presidencial, convém prestar atenção no que dizem os pensadores que integram o círculo mais influente de Marina Silva, a não-candidata que modificou o quadro da disputa quando aderiu ao PSB de Eduardo Campos.

Há opiniões surpreendentes e até constrangedoras pelo conteúdo antipopular e pelo caráter elitista.
Apontado como o mais influente conselheiro econômico de Marina Silva, autorizado inclusive a dar entrevistas nessa condição, Eduardo Gianetti da Fonseca elaborou uma formula muito peculiar para executar o programa de desenvolvimento com sustentabilidade, talvez a meta mais associada a líder da Rede. Lembrando que o gado brasileiro responde por emissão de gases que geram grande quantidade de C02, Gianetti afirma que, para evitar novos desastres ambientais, preocupação central de Marina Silva, "o preço da carne vai ter de ser muito caro, o leite terá de ficar mais caro."

Essas e outras ideias de Gianetti se encontram no livro "O que os economistas pensam sobre sustentabilidade," do jornalista Ricardo Arnt. Um dos mais preparados jornalistas brasileiros que se dedicam ao assunto, diretor da revista Planeta, Ricardo Arnt procura nesta obra descobrir como quinze economistas tentam combinar a necessidade de manter e até ampliar o crescimento da economia com a preservação ambiental. O livro foi publicado em 2010 e não pode ser visto, obviamente, como a divulgação de receitas de governo para 2014. Não são palavras de assessores de campanha. Se o assunto é explosivamente político, o teor é acadêmico.

Mas é claro que as entrevistas contém valores, princípios e referências de longa duração, de grande utilidade no momento atual. Entre os entrevistados, há economistas do PT, como Aloizio Mercadante, e também identificados com o governo Lula-Dilma, como Luciano Coutinho. Delfim Netto também foi ouvido. Arnt ouviu vários gurus de Marina Silva e eles chamam muita atenção, por motivos compreensíveis, em função da agenda ambiental em sua identidade.

Pela função que lhe foi atribuída na campanha, o lugar de Gianetti é especial.

Falando de um país no qual a maioria da população começou, apenas nos últimos anos, a experimentar uma melhoria em no padrão de consumo, o que inclui uma melhoria na qualidade da alimentação, Gianetti fala sem rodeios. "Comer um bife é uma extravagância do ponto de vista ambiental." (página 72).

Outra "extravagância" que o incomoda envolve as viagens de avião. Referindo-se a um benefício que só muito recentemente perdeu caráter luxuoso, para se transformar num progresso acessível a muitos brasileiros, provocando uma irritação nem sempre justificada em cidadãos que passaram a enfrentar filas nos aeroportos, Gianetti fala: "Pegar um avião para atravessar o Atlântico é uma extravagância sem tamanho, do ponto de vista ambiental. Você emite mais dióxido de carbono do que um indiano durante uma vida."(Pg 71).

Podemos até discutir o conteúdo "ambiental" do bife e de uma viagem paga em muitas prestações por nossa classe média. Podemos ainda tentar encontrar soluções que preservem a vida no planeta de riscos desnecessários e mesmo evitar medidas suicidas a longo prazo.

O surpreendente é que, convidado a encontrar uma solução para evitar tal "extravagância" Gianetti traga de volta medidas clássicas da história brasileira, aquelas que preservam o consumo dos cidadãos do alto da pirâmide e penalizam o pessoal da parte debaixo. Diz que a "mudança decisiva" consiste em elevar o preço de "tudo que tem impacto ambiental."

Mostrando uma visão de cima para baixo da economia, longe de qualquer interferência dos interesses do povo, ele deixa claro que os preços podem impor uma realidade que a maioria das pessoas não aceitaria de livre e espontânea vontade. " Eu não acredito que essa mudança virá porque as pessoas se tornaram conscientes e querem ajudar as gerações futuras. (...) Virá por uma mudança de preços relativos: terá de ficar muito caro fazer certas coisas."

Ameaçando até ecologistas com menos dinheiro no banco, ele afirma: "essas pessoas que viajam alegremente, cruzando o Atlântico, e que se consideram ambientalistas, quando chegar a hora de pagar a conta da extravagância que estão fazendo, vão chiar. "

Numa postura de quem acha que o arrocho no consumo virá de qualquer maneira, como uma fatalidade a que estamos todos condenados, ele faz uma ressalva. "O caminho que estou propondo é sofrido mas preserva a liberdade." Em seguida, como se merecesse apoio por ser favorável à solução menos ruim, o economista afirma: "Se vier de outra maneira, vai ser impositivo. Será como foi nos países socialistas durante décadas. Fecha-se a possibilidade." A formula, então, é conhecida. Ou se faz sacrifício. Ou é ditadura.

Dentro do raciocínio, faz lógica. Por trás dessa visão de desenvolvimento e sustentabilidade, encontra-se um ponto de vista externo ao Brasil e aos brasileiros. É uma noção que vem de fora e envolve nosso lugar na história da humanidade.

É fácil entender qual é: os países pobres, com seus bilhões de habitantes, consumistas insaciáveis (Gianetti chega a falar em "corrida armamentista do consumo") se tornaram uma ameaça a estabilidade e ao futuro do planeta. Diz Gianetti:

"Criamos no mundo moderno um sistema que é quase uma regra de convivência: você busca situações e posses que deem a você algum tipo de admiração, de respeito, daqueles que estão a seu redor. Contrapartida disso, quando se espalha e se massifica em escala planetária, na China, na Índia, no Brasil, é a destruição irreparável da natureza."
Você reparou: quando chineses, indianos e brasileiros entram no mercado de consumo, ocorre o apocalipse: "a destruição irreparável da natureza."

Será mesmo da natureza que o assessor de Marina Silva está falando?

É claro que não. Estamos falando da vida daqueles milhões de cidadãos do mundo, inclusive brasileiros, que só agora conquistaram algum direito a melhoria, a um certo bem-estar. Nada revolucionário. Mas um progresso que não cabia no horizonte de seus pais nem de seus avós.

Paulo Moreira Leite

Entrevista com o senador Lindbergh Farias

Rio - Durante reunião em Cabo Frio na quinta-feira, o ex-cara-pintada Lindbergh Farias precisou de óculos para ler. "Vista cansada", explicou o senador, que faz 44 anos mês que vem, mas mantém a 'carapintadice' ao tripudiar de um dos adversários em 2014, Anthony Garotinho (PR).

Abraçado a uma política de São João da Barra, o ex-prefeito de Nova Iguaçu animou a plateia ao gritar: "Vamos derrotar Garotinho na terra dele!" Prazer maior, só quando critica o governador Sérgio Cabral. Aos black blocs, o quarentão lembra que sua turma derrubou presidente com passeatas pacíficas.
Lindbergh: 'Tenho certeza absoluta. E acho que vou ganhar a eleição.

ODIA: O sr. teme que a nacional do PT lhe peça para desistir da candidatura para deixar o vice-governador Luiz Fernando Pezão ser o único candidato da aliança PT-PMDB?

LINDBERGH FARIAS : De jeito nenhum, esse assunto está superado. O Rui Falcão (presidente nacional do PT) veio ao Rio e comunicou a toda a imprensa que a nossa candidatura é um fato. Só me impressiona o PMDB insistir tanto na retirada do meu nome. Isso não é demonstração de força, parece demonstração de fraqueza. Por que querem me tirar do jogo? Eles têm que confiar no trabalho deles. Se eles perdessem menos tempo falando de mim e mais falando das propostas deles seria muito melhor.

Como o sr. vai provar que é diferente de Pezão?

O PMDB no Rio, ao contrário do que o PT fez nacionalmente, governou para uma minoria, para as elites. E nós queremos inverter isso como o Lula fez do ponto de vista nacional. Essa é a diferença que nós temos com o PMDB: queremos fazer um governo que vai cuidar dos mais pobres, da vida do trabalhador. O governo está concentrando os investimentos, os melhores serviços e as políticas públicas nas áreas mais ricas. É como se o estado fosse um Robin Hood às avessas. O Robin Hood tirava dos ricos para os pobres, aqui é ao contrário: tira dos pobres para colocar nas áreas ricas.

Há pelo menos quatro pré-candidatos que seriam, naturalmente, palanque para a presidenta Dilma Rousseff — o sr., Pezão, Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB). Se a eleição fosse hoje, o sr. acha que a presidenta subiria em todos os palanques ou em nenhum?

Eu soube que o Rui Falcão diz que agora é o seguinte: a Dilma vai (aos estados em campanha) e todos os candidatos sobem no palanque. Isso no Rio não vai dar certo. O Garotinho vai xingar o Cabral... (risos). Acho melhor ela ir separado ou não ir no de ninguém. Aqui não dá para juntar todo mundo no mesmo palanque com ela junto.

Algum dos pré-candidatos poderia ser seu vice?

Quero construir minha candidatura como um alternativa ao que está aí, que é o PMDB, e ao retrocesso, que é o Garotinho. Há outros nomes que estão sendo lançados: Jandira Feghali (PCdoB), Crivella, José Gomes Temporão (PSB), Romário (PSB), Miro Teixeira (Pros), Pedro Fernandes (Solidariedade).

Essa turma aqui eu acho que tem que ter muito diálogo. Se não for possível se juntar no primeiro turno, tem que ir dialogando para juntar no segundo turno. Alguns vão se juntar nesse campo e espero trabalhar para tentar unificar um setor mais amplo. Esses fazem parte do que considero meu campo, um campo popular, uma frente popular no estado.

O sr. acha que Pezão vai para o segundo turno?

Não sei. Ele vai ter dificuldades porque o governo Cabral está muito mal avaliado. Eu não conheço nenhum caso na história em que um governador com 15% de "ótimo" e "bom" e quase 50% de "ruim" e "péssimo" tenha eleito seu sucessor. Mas temos um quadro de muitas candidaturas ainda. Vai haver um processo de aproximação. Volto a dizer: quero muito conversar com Crivella, Miro, Temporão, Romário, Jandira, PDT... É um campo em que nós tempos perfis parecidos. Se conseguir juntar, ótimo. Se não conseguir, tem um canal de diálogo, de conversa, para mais à frente estarmos juntos.

A ideia é não atacá-los?

Esses aqui não vou atacar.

O sr. acha que vai para o segundo turno?

Tenho certeza absoluta. E acho que vou ganhar a eleição.

Seus adversários costumam dizer que o sr. tem pendências jurídicas que podem impedi-lo de ser candidato. O que o sr. tem a dizer sobre isso?

O PMDB sempre usou a força que tinha na Justiça do Rio para tentar me inviabilizar, porque queriam me tirar do jogo. Sabe por que não vão me tirar? Por que eu, diferentemente deles, não sou patrimonialista. Não tenho que explicar casas, mansões. Quem tem são eles, e eu não sou como eles. Agora, vamos aos fatos.

De todos os candidatos, sabe quem tem condenação na Justiça? Pezão, que foi condenado por superfaturamento de compra de ambulâncias. E Garotinho, que foi condenado por formação de quadrilha. Eu nunca tive uma condenação e nem vou ter. Quem é que pode ficar inelegível? Pezão e Garotinho.

Como o sr. avalia a atual política de Segurança?

Primeiro, eu defendo a UPP, ou seja, uma ocupação definitiva. Não pode ter comunidade com o tráfico dominando uma área inteira. Agora, não tem que entrar só polícia, tem que entrar escola de horário integral, cursos técnicos profissionalizantes, atividades culturais... Isso não entrou. No meu governo vai entrar. A segunda coisa é que tem que ter um equilíbrio maior. Tem que se olhar para a Baixada, para o interior. Houve uma ocupação em algumas áreas do Rio e houve uma migração de bandidos para outras áreas. Não dá para ter uma política para as áreas ditas mais ricas e outra política para outras áreas.

Sua principal bandeira?

Terei como carro-chefe da campanha a bandeira da Educação. Eu quero espalhar escolas técnicas pelo estado, quero preparar a juventude para conseguir esses empregos que vão surgir a partir do Leilão do Campo de Libra. Essa é a grande virada que vou dar. Eu posso olhar para o professor e dizer com clareza que no nosso governo não vamos tratar professor com polícia. Vamos tratar professor com negociação.

Como sua PM trataria os professores num protesto?

A minha PM vai ter uma ordem: professor tem que ser respeitado. Ninguém bate, ninguém joga spray de pimenta, ninguém dá cacetada em professor. Isso é um desrespeito com o professor, com as crianças e com a nossa Educação. O professor vai ter sempre um espaço para eu receber.

Qual sua avaliação dos confrontos da PM com os black blocs?

Depredação de patrimônio público não pode acontecer. Eu acho uma pena porque o movimento tinha muita gente nas ruas. Quando começa a quebrar, o movimento perde força. Nós afastamos um presidente da República, na época do impeachment (de Fernando Collor de Mello). Eu liderei passeatas de um milhão de pessoas sem quebrar nada. Esse método deles está completamente errado. Agora, a polícia errou muito.

Está faltando autoridade do governador, ele está sem legitimidade. E a polícia passou do ponto naquelas primeiras passeatas, agredindo gente que não tinha nada a ver com quem estava depredando. Houve um bocado de armação, de jogo sujo. A polícia tem que ser reta. Não defendo quem depreda. Quem depreda tem que ser preso. Agora, foi de um despreparo impressionante da polícia e do chefe maior, o governador.

Como a sua PM reagiria?

Está faltando conciliação. Eu não teria colocado essa turma toda, essa juventude com esse ódio. Eu teria chamado, teria conversado. Faltou isso, (Cabral) se escondeu. Hoje, o Rio precisa de alguém que tenha a capacidade de pacificar o estado, de conversar, mas ao mesmo tempo de ser firme. Ninguém quer depredação, mas a condução toda foi errada.

Por que os protestos que começaram em junho no país não ainda não pararam no Rio?

Na hora em que o movimento estava parando, houve a agressão aos professores. Isso chocou o Rio.

Há quem diga que o sr. é "ansioso". O sr. se considera um homem ansioso?

Sou um cara determinado e tive coragem. Se não tivesse tido coragem de enfrentar esse pessoal que está no poder, que acha que manda nesse estado, eu não teria sido prefeito em Nova Iguaçu. Tem uma turma que me chama de "ansioso" porque não tem coragem, e eu acho que vou ser governador porque tenho esse espírito que você diz que é de "ansioso", mas que eu digo que é de coragem, de enfrentamento.

Mas tem aliado que também chama o sr. de "ansioso" e diz que o sr. "não consegue ficar calado".

(Risos) Mas como ficar calado? Se eu ficasse calado eu estava morto. Eu não paro! Eu quero rodar 24 horas! Eu estou o tempo todo articulando! Chamam isso de ansiedade? Que seja! Mas eu tenho que ser assim para ganhar o governo do estado!