"Infelizmente, toda família tem um idiota que votou em Aécio Neves mas culpa Dilma pelas "reformas do Temer", que são o programa de governo do Psdb," Joel Carvalho
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Alckmin rejeita apoio de Aécio
Os golpistas não se entendem.
Aécio Neves gravou um vídeo de apoio ao colega tucano pré-candidato a presidente em 2018, Geraldo Alckmin. Pois não é que a equipe de campanha do tucanos paulista desprezou a colaboração...
Será que Geraldinho aceitará publicamente o apoio dos colegas de golpe, José Serra, Aloysio Nunes, FHC, Temer etc?
É esperar para vê.
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Guru de Marina elogia política econômica de Temer
Em entrevista ao jornal espanhol El Pais, Eduardo Gianneti - guru de Marina Silva (REDE) -, afirmou:
(...) "do ponto de vista econômico, foi um alívio ter uma boa equipe econômica, uma mudança para melhor na governança das estatais e ter um programa de reformas, que no geral é bem correto, a Ponte para o Futuro, que coloca uma agenda de mudanças para que o país volte a recuperar o crescimento e a sustentabilidade das contas públicas."
Nenhuma surpresa, em 2014 Marina apoiou Aécio Neves (Psdb) no 2º turno. Também apoiou o golpe contra Dilma. Sinceramente, por coerência acho que ela deveria convidar Geraldo Alckmin ou Henrique Meirelles para ser vice dela.
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Judiciário e tucanos, uma parceria de resultados
Processo de Aécio Neves vai para “juízes amigos de Minas”. Viram, bobinhos do foro privilegiado. Com certeza vai demorar o mesmo tempo que o julgamento de Eduardo Azeredo (mensalão tucano).
Lindo!
Leia mais>>>
Recordar é viver - eleição presidencial de 2014
Assim como estes políticos, você também apoiou e votou em Aécio Neves (Psdb)?
Na eleição deste ano, votará em Aécio e em algum destes candidatos?
Eu votei em Dilma (PT) e se morasse em Minas Gerais, votaria nela para senadora.
Quanto meu voto para presidente da República?
Votarei em Lula mais uma vez.
Alckmin, pode ser Aécio amanhã
Entalado no chamado bloco intermediário, entre Bolsonaro, Marina, Barbosa e Ciro, a léguas distante de Lula, e não passando de um dígito nas pesquisas, o presidenciável tucano Geraldo Alckmin resolveu radicalizar", diz o jornalista Ricardo Kotscho. "O popular "picolé de chuchu" agora adotou o discurso anti-petista do afilhado-competidor João Dória, mas se esquece que tem telhado de vidro e pode ser o Aécio de amanhã".
O blogueiro lembra que. à rádio Bandeirantes, "Alckmin resolveu chutar um tucano que virou cachorro morto, o seu correligionário Aécio Neves, agora réu no STF por corrupção e obstrução de justiça". "O neo-radical Alckmin pode agora tranquilamente rifar Aécio, que é fósforo queimado, mas isso em nada refresca a sua situação na Lava Jato, acuado por várias delações".
Recordar é viver
É vergonhoso, apoiar alguém que tinha tantos predicados e quando cai em desgraça fugir dele como Dallagnol e Moro fogem de Tacla Duran.
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Delfim Netto é indiciado por "fraude" a favor do Estado brasileiro, por Luis Nassif
Anos atrás Jerson Kelman – uma das maiores autoridades brasileiras em água – foi indicado para a presidência da ANA (Agência Nacional de Águas) e submetido a uma sabatina no Senado.
Lá, uma brava senadora do PT gaúcho, Maria Emília, sacou de um papel e começou a lançar, em tom acusatório, uma série de informações sobre ele:
- O senhor confirma que estudou em tal instituição, que foi membro de tal organização? E ele:
- Minha senhora, a senhora está lendo o meu currículo.
Alguém passou o currículo à senadora, dizendo que era de uma denúncia.
É bem provável que o bravo procurador que solicitou busca e apreensão no escritório e na casa do ex-Ministro Antônio Delfim Netto tenha sido vítima de trote semelhante.
A operação se baseou em um depoimento de José Carlos Bumlai. Delfim recebeu dinheiro do consórcio que construiu Belo Monte. Afirmou ter feito trabalho de consultoria. Baseado no relato de Bumlai, o procurador Athayde Ribeiro Costa afirmou que a consultoria, na verdade, “constituiu uma fraude ao leilão”.
No depoimento de Bumlai, ele diz que a tal “fraude ao leilão”, na verdade, consistiu na formação de um terceiro consórcio que livrou o governo do braço de ferro com as empreiteiras – que pretendiam dobrar o valor de Belo Monte, de R$ 15 bi para R$ 30 bi. Impedir a jogada, na douta opinião do procurador Athayde Ribeiro Costa e do juiz Sérgio Moro, foi uma fraude ao leilão.
Diz ele que existiam dois ou três consórcios formados para a construção. O terceiro desistiu. Liderado pela Construtora Norberto Odebrecht, dizia ser necessário dobrar o orçamento da obra – de R$ 15 bi para R$ 30 bi – para ser exequível.
Delfim lhe teria dito, em reunião no Maksoud Hotel, que o governo tinha interesse em um novo consórcio que permitisse sustentar o preço. Aliás, na época Dilma Rousseff atritou-se com as empreiteiras, justamente devido ao embate em torno do preço de Belo Monte. A formação do novo consórcio visaria, justamente, manter os R$ 15 bi, vencendo a guerra de braço com as empreiteiras.
Segundo palavras de Bumlai, “DELFIM disse que teria ele sido procurado para montar o segundo consórcio e que este tentaria economizar R$ 15.000.000.000,00 para a obra”.
Como havia diversos aspectos técnicos na constituição de um consórcio, Delfim disse que mandaria um técnico conversar com Bumlai, para entender as especificidades da obra. Bumlai foi contatado, segundo ele, devido à sua experiência com energia hidráulica.
Segundo Bumlai, a comissão foi paga porque, com o consórcio, teria conseguido economizar R$ 15 bilhões no custo da obra.
“Nada mais disse e nem lhe foi perguntado. Determinou a autoridade o encerramento do presente que, lido e achado conforme”.
Aliás, o grande escândalo de Belo Monte foi a compra de debêntures da Andrade Gutierrez pela Cemig, sob influência do senador Aécio Neves. Essa história permanece inédita, e Aécio permanece intocado.
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Huck faz campanha eleitoral no Faustão
Hoje a Globo escancarou:
Se a quadrilha de toga impedir que Lula seja candidato a presidência este ano, o escolhido da famiglia Marinho para ocupar o Palácio do Planalto é Luciano Huck.
A pergunta que fica é:
Aécio Neves (Psdb/MG) será o companheiro de chapa?
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Se a quadrilha de toga impedir que Lula seja candidato a presidência este ano, o escolhido da famiglia Marinho para ocupar o Palácio do Planalto é Luciano Huck.
A pergunta que fica é:
Aécio Neves (Psdb/MG) será o companheiro de chapa?
Como é fácil dizer... né?#Faustao pic.twitter.com/oJVGCkOyTo— velinda luciana 🇧🇷 (@VelindaDe) 7 de janeiro de 2018
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Alckmin é candidato a presidente, desde sempre
Geraldo Alckmin deixará o Psdb, caso Aécio Neves consiga o comando da legenda.
O governador paulista será candidato a presidente em 2018.
A dúvida é: em qual partido?
Quanto a Aécio a dúvida é: será candidato a governador de Minas ou a deputado federal?
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Twitter do dia
Governo golpista e corrupto não entra nem sai pela porta da frente. Ratos entram e saem é pelo esgoto.
Corja!
by Rogério Correia (PT/MG)
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Recordar é viver
No dia em que Aécio Neves reuniu amigos e correligionários para comemorar sua eleição como presidente da República, Luciano Huck estava com ele. Hoje, depois de Aécio ser pego recebendo propina de Joesley Batista, o amigo Huck não tem sequer fotos dele nas suas redes sociais.
PS: Ah, Luciano também apagou as fotos tiradas com Joesley (que amigo...)
Também leia>>> Bom dia!
A vingança do pinguela: Michê e Aécio chutam a bunda Tasso e FHC
Pois não é que o impoluto Aécio Neves deu um tremendo pé na bunda do galeguinho dos oi azul (Tasso Jereissatti)... vergonha aleia.
***
POR FERNANDO BRITO ·
Não vai haver “em cima do muro” nas reações do grupo que apóia Tasso Jereissati e o desembarque do PSDB do Governo Temer, como corneteou domingo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Aécio, por si só, não tinha força para atingir assim, tão francamente, o homem que, na presidência do partido, representava as posições “fernandistas”.
A força da mão que desferiu o golpe vem do Governo Temer, o braço foram os ministros tucanos e o cérebro o do próprio presidente. A proteção a Aécio e o grupo governista – que vai muito além dos quatro ministérios – são posições essenciais para Temer.
A crise no PSDB vai ser a “desculpa” para paralisar ou absorver a derrota na fantasia da reforma da previdência.
Mesmo com toda a simpatia tucana pela retirada de direitos dos trabalhadores, é impossível a composição depois de uma bofetada destas.
A convenção partidária, marcada para o dia 9 de dezembro, alguém acha que votar com Temer, a esta altura, é possível para a turma “tassista”?
Temer erra muito, mas compra bem.
Aécio e FHC tem 101% de certeza da honestidade de Temer e Gilmar
***
(...) E Michel Temer e Gilmar mendes tem é 110% de certeza que Aécio Neves e Fernando Henrique são honesto.
Nota do PT sobre Aécio Neves é uma Ode a Democracia
Aécio Neves é um dos maiores responsáveis pela crise política e econômica do país e pela desestabilização da democracia
brasileira.
Derrotado nas urnas, insurgiu-se contra a soberania popular e liderou o PSDB e as forças mais reacionárias da política e da mídia numa campanha de ódio e mentiras, que levou ao golpe do impeachment e à instalação de uma quadrilha no governo.
Para consumar seus objetivos políticos, rasgaram a Constituição e estimularam a ação político-partidária ilegal de setores do Judiciário e do Ministério Público.
Aplaudiram todas as arbitrariedades cometidas contra lideranças do PT e dos setores populares, as violações ao devido processo legal e ao estado de direito democrático.
Compactuaram com o processo de judicialização da política, que visou essencialmente a fragilizar os poderes eleitos pelo povo.
As repetidas violações ao direito criaram um monstro institucional que tem como cérebro a mídia, comandada pela Rede Globo, e tem como braços os setores do MP e do Judiciário que muitas vezes acusam, punem ou perdoam por critérios políticos.
Aécio Neves defronta-se hoje com o monstro que ajudou a criar.
Não tem autoridade moral para colocar-se na posição de vítima.
Vítimas são as brasileiras e brasileiros que sofrem com o desemprego, a recessão, o fim dos programas sociais e a volta fome ao país, sob o governo de que Aécio Neves é fundador e cúmplice.
Por seu comportamento hipócrita, por seu falso moralismo, Aécio Neves merece e recebe o desprezo do povo brasileiro.
Ele terá de responder um dia, perante a Justiça, pelos gravíssimos indícios de corrupção que o cercam. Terá de ser julgado com base em provas, dentro do devido processo penal.
Mas a resposta da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal a este anseio de Justiça foi uma condenação esdrúxula, sem previsão constitucional, que não pode ser aceita por um pode soberano como é o Senado Federal.
Não existe a figura do afastamento do mandato por determinação judicial. A decisão de ontem é mais um sintoma da hipertrofia do Judiciário, que vem se estabelecendo como um poder acima dos demais e, em alguns casos, até mesmo acima da Constituição.
O Senado Federal precisa repelir essa violação de sua autonomia, sob pena de fragilizar ainda mais as instituições oriundas do voto popular.
E precisa também levar Aécio Neves ao Conselho de Ética, por ter desonrado o mandato e a instituição.
Não temos nenhuma razão para defender Aécio Neves, mas temos todos os motivos para defender a democracia e a Constituição.
#Helicoca
Zezé Perrella consegue liminar que proíbe o DCM - Diário do Centro do Mundo -, de usar a palavra Helicoca. Palavra que tornou popular o caso do transporte de 455 quilos de cocaína no helicóptero do senador de Minas Gerais, muito amigo do outro senador do Estado (Aécio Neves/Psdb) conhecido nacionalmente como usuário costumaz de drogas, incluindo a coca.
Esta proibição é mais uma das prezepadas do judiciário brasileiro, vergonha nacional.
Advogados de Aécio debocham da PGR e do STF
Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (15), os advogados do senador Aécio Neves (PSDB-MG) contestam o pedido de prisão do tucano feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no final do mês passado.
Mais do que contestar, os advogados tiram sarro e desafiam a justiça quanto ao pedido de prisão do tucano, que é alvo de 6 inquéritos na Corte.
“Diante de tamanha arbitrariedade, é possível dizer: que medo!”, escreveram os defensores em um dos trechos do documento, em que eles alegam falta de provas contra o tucano.
O último pedido de prisão expedido por Janot já foi, na verdade, uma tentativa de recorrer à decisão do ministro Marco Aurélio, que havia negado a prisão do senador, que chegou a ser afastado de suas atividades parlamentares. O novo pedido de prisão ainda será analisado pelos ministros.
No documento enviado hoje, os deputado pedem ainda para que o pedido seja analisado pelo plenário do Supremo, e não pela Primeira Turma.
No pedido de prisão, Janot acusa Aécio de corrupção passiva e obstrução da justiça. Segundo as investigações, ele teria pedido e recebido R$ 2 milhões da JBS e atuado no Senado e junto ao Executivo para atrapalhar as investigações da Lava Jato.
Isso tem um nome: Cinismo, que significa a certeza que os tucanos graúdos tem de que jamais serão punidos pelas roubalheiras que praticam.
Corja!
***
Destaque do dia
Quadrilha de Curitiba cancela delação premiada da Andrade Gutierrez que denuncia Aécio Neves. É que não tem acusações contra Lula.
Força tarefa da farsa jato não se interessou pela roubalheira do trensalão tucano.
Nenhuma novidade.
*Marcos Nobre - "Aécio é o novo Cunha"
BBC Brasil – O que o resultado da votação significa para o futuro político de Temer?
Marcos Nobre – O que importa não é exatamente o que aconteceu com o Temer, a rejeição da denúncia. O que estava em causa hoje era não só a manutenção de Temer, mas a própria eleição de 2018. E o resultado é o mais duro golpe que a gente pode imaginar no PSDB.
Dá pra dizer que as balizas da centro-esquerda foram definidas no impeachment da Dilma e o que foi decidido ontem é o que vai acontecer com a centro-direita em 2018. E a situação é de guerra no campo da centro-direita. Há uma divisão que não é só uma divisão, é uma cisão incontornável, irretrocedível.
BBC Brasil – Como se dá essa divisão?
Marcos Nobre – O PSDB está rachado no meio. Uma metade quer construir um polo para a eleição de 2018 que organiza o Centrão da Câmara e se liga a ele. A outra parte pensa que, se ficar pendurada ao governo Temer e ao Centrão no Congresso, não tem chance eleitoral em 2018.
BBC Brasil – Há um cálculo ideológico desse segundo grupo?
Marcos Nobre – Ideológico nada, porque se o governo Temer fosse popular estaria todo mundo abraçado com ele. É um cálculo eleitoral mesmo.
Então, temos o Aécio no primeiro grupo e Alckmin no outro e não há mais acordo. Enquanto o Aécio ainda não estava morto – porque hoje ele é um morto-vivo – havia uma disputa entre ambos pela candidatura presidencial. A partir do momento que o Aécio é ferido de morte, Alckmin achou que ia ganhar por W.O.
BBC Brasil – Mas o resultado de ontem mostra que o jogo não vai ser fácil?
Marcos Nobre – Sim. O que o Aécio fez? Ele grudou no governo Temer e grudou no Centrão. O que estamos vendo agora é uma tentativa de construir um novo polo em plano nacional, juntar esse centrão do Congresso com uma parte do PSDB.
BBC Brasil – Por que isso interessa a Aécio?
Marcos Nobre – Para o Aécio, defender o Temer é defender a si mesmo. E o mesmo vale para a maioria dos políticos com mandato parlamentar. Quando votam sim, para impedir a denúncia, os parlamentares estão fazendo uma autodefesa. No caso do Aécio, a imagem é bastante clara até porque ele e o Temer foram pegos na mesma delação, do Joesley Batista.
Como Aécio já não tem o governo do Estado de Minas Gerais, ele precisa do governo federal para compensar, para ter algo para oferecer para esse grupo que ele está formando. Então você tem um grupo que vai ficar muito coeso com o governo e que espera em troca receber cargos e verbas, que é o Centrão.
BBC Brasil – Qual é a vantagem para o Centrão de abraçar Temer?
Marcos Nobre – Pense que a eleição do ano que vem será feita sem doação empresarial e haverá limitação de doação de pessoa física.
Logo, estar grudado no governo significa uma vantagem enorme: se por um lado tem que carregar um governo impopular, por outro você tem cargo e recurso, tem a máquina. E ter boas condições de campanha é essencial para se reeleger e conseguir manter o foro privilegiado, sem cair na mão do juiz Sergio Moro.
Então o sistema funciona totalmente em autodefesa, já não tem mais nenhuma relação com representação. Então você de um lado disputa pelos recursos da máquina federal, e por outro disputa pelo fundo eleitoral novo, que vai ser criado pela reforma política (em tramitação no Congresso).
É isso o que eles querem, o Centrão está parafraseando o Zagallo: “vocês vão ter que me engolir”. Eles bloqueiam os recursos de qualquer partido novo e tem o monopólio da representação, para ser candidato você precisa estar em um desses partidos.
BBC Brasil – Então é improvável que o Partido Novo ou a Rede consigam viabilizar seus candidatos em 2018?
Marcos Nobre – Existe o imprevisível. Mas o que o sistema político inteiro está fazendo é impedir que o imprevisível aconteça. Todas as estratégias de bloqueio para que algo novo apareça estão em curso. Até o momento eles estão sendo muito eficientes. Porém, se você quer ser um candidato que tenha chance na eleição presidencial, você não pode entrar nesse esquema, se não você não tem chance.
Então tem duas estratégias: a do Aécio é dizer assim “gente, o que estamos propondo são as melhores condições disponíveis para renovar mandatos parlamentares, sem mirar em eleição presidencial”, ele já abandonou a pretensão presidencial e está oferecendo máquina, então não importa quem vai ser o candidato a presidente.
A do Alckmin é a seguinte: ou eu me apresento como algo diferente do que está aí ou não tenho chance na eleição presidencial. É essa a guerra.
BBC Brasil – Não há espaço para esses dois anseios no PSDB?
Marcos Nobre – Não. E também não há um plano B. O Alckmin criou um apêndice para si, um anexo que era o PSB, quando ele colocou o Márcio França de vice-governador. Mas veja a manobra do Aécio com o Rodrigo Maia: ele esvazia o PSB e faz com que os parlamentares migrem para o DEM, reforçando o Centrão. Então é um ataque especulativo fortíssimo.
Ou seja, se o Alckmin perder a briga dentro do PSDB, o PSB já não é mais uma alternativa para ele, porque ele vai ficar muito reduzido. Ao mesmo tempo o Rodrigo Maia aproveitou a posição estratégica que ele tem (como presidente da Câmara) e negociou sua entrada no acordo desde que o DEM crescesse.
BBC Brasil – Aécio é o herdeiro do Eduardo Cunha na organização do baixo clero do Congresso?
Marcos Nobre – Exatamente. É a coisa mais louca do mundo, mas é isso que está acontecendo. É um choque de tal ordem, que nem sei como explicar isso. O Aécio está na posição que o Cunha estava. E quem está fazendo isso pelo Aécio na Câmara é o (ministro da Secretaria de Governo Antonio) Imbassahy. Porque o Aécio está no Senado, então ele tem dois interlocutores na Câmara, o Imbassahy e o Rodrigo Maia.
O Aécio é o novo Cunha, vai querer construir esse polo grudado no governo, Centrão e depois eles pensam em quem vai ser candidato, mas primeiro ele tem que consolidar esse polo e ganhar a guerra dentro do PSDB.
BBC Brasil – Mas há algumas ambiguidades aí, não? O Alckmin poderia ter feito antes um movimento de ruptura com o governo Temer e na verdade não fez. Ele e o João Doria ficaram pedindo cautela. Calcularam errado?
Marcos Nobre – Eles já não estão mais fazendo isso. O Doria é meio atrasado, esquecem de avisar para ele da mudança da correlação de forças e ele não entende sozinho. O Doria não tem a menor noção do que seja a política. Ele entende de mídia social. De política, ele não sabe como funciona. Muito menos Brasília.
Deixando o Doria de lado, a ideia do Alckmin era jogar parado: ele olhava o quadro e pensava que Aécio e Serra iam ser pegos na Lava Jato e que ele ia se livrar, logo bastava esperar. Ele não pensou errado. Se ele entrasse numa disputa com o governo Temer no primeiro momento, ia perder porque o Aécio era o presidente do partido e tinha o partido na mão. E perder o PSDB significava perder a candidatura presidencial. A leitura dele era que ele ia levar.
Só que o tamanho da onda que veio contra o Aécio, nem o Alckmin esperava. Quando ele viu, pensou: ‘estou tranquilo, não tenho mais adversário’. E aí ele fez um acordo com o Aécio, de não chutá-lo enquanto Aécio estivesse caído. Deu tempo do Aécio reagir. Não a ponto de ele poder ser candidato a alguma coisa. Mas a ponto do Aécio poder construir alguma coisa, ocupar esse lugar de Cunha que ele não tinha antes. E isso aí o Alckmin não viu. O Aécio deu a volta nele.
Se você prestar atenção, quantos deputados disseram: ‘voto no relatório do PSDB?’. Eu contei quase 100, que realmente enfatizaram esse dado. Essa coisa que o relatório era do PSDB era para mostrar para os não aecistas o seguinte: ‘agora vocês terão que descer do muro’. É o Centrão que está dizendo que vai ter que descer do muro. Esses caras arriscaram o pescoço para defender o governo e agora vão querer o pagamento, vão pedir os cargos do PSDB. Ao mesmo tempo, o governo diz que não vai punir ninguém com perda de cargos. Isso é insustentável.
Então a questão é: o racha no PSDB vai ser a ponto de haver migração partidária? Ou fica claro que alguém tem maioria no partido e o outro sai, que é o que não parece provável, ou eles vão passar seis meses se matando até alguém conseguir uma maioria.
Esse é o problema da centro-direita: se você grudar no governo Temer, você não tem chance presidencial, mas tem chance de renovar o mandato pela desigualdade de recursos que vão ter (em relação a) outros candidatos.
BBC Brasil – Em 16 anos, essa parece ser a melhor chance da centro-direita de ganhar a eleição, no ano que vem. Ao mesmo tempo, a centro-direita está extremamente fragilizada para o jogo agora. Como explicar?
Marcos Nobre – Deu muito errado o impeachment. Foi uma jogada evidentemente errada para a centro-direita. Os partidos ficaram com medo porque no mensalão eles decidiram deixar o Lula sangrar, sem tirá-lo. E em 2006 o Lula ganhou a eleição. Aí eles pensaram que se adotassem a mesma tática com a Dilma, vai que ela se recuperasse e o Lula fosse candidato. Resolveram liquidar a fatura.
Mas aí o problema caiu no colo deles. Não tem como você apoiar o impeachment e dizer que não tem nada a ver com o Temer. E resultou em uma desorganização geral, tanto do campo da centro-esquerda quanto da centro-direita. Mas o Centrão já decidiu: melhor ter o dinheiro à vista do que a prazo, e candidato a presidente eles inventam na hora, porque não tem problema nenhum.
BBC Brasil – Quem vai levar essa briga dentro do PSDB?
Marcos Nobre – Não dá pra decidir ainda. Do ponto de vista eleitoral, a estratégia do Alckmin parece muito mais razoável. Mas tudo depende de como ele vai conseguir desembarcar do governo. Ele não pode desembarcar se o PSDB não desembarcar. Eles lidaram muito mal até agora com tudo. Mas agora chegou a hora em que eles vão ter que descer do muro por uma razão muito simples: metade do partido já desceu, a turma do Aécio.
Ele já escolheu a estratégia dele para 2018 e tem base. O Centrão são 170 deputados, mais o pessoal de Minas, o povo que deve favor pro Aécio, dá uns 220. É uma base muito forte e que vai querer esses recursos do governo federal. O Aécio sabe operar em Brasília e o Alckmin não. A questão é que o Aécio vai querer botar o Alckmin para fora.
BBC Brasil – Como avalia o pronunciamento do Temer após a votação?
Marcos Nobre – Se fosse pra fazer metáfora futebolística, ele apareceu no púlpito para comemorar o título da série C e a subida para a série B.
BBC Brasil – Qual passa a ser o papel de Aécio no governo Temer?
Marcos Nobre – As movimentações estão muito claras em Brasília. Aécio se tornou uma peça central da articulação do governo. É evidente que o Temer não consegue organizar um governo, ser presidente, então o Aécio vai assumir ali. Essa votação é o empoderamento final da posição de Aécio no papel de Cunha. Não à toa há um novo pedido de prisão do Janot agora.
Marcos Nobre - cientista político da Unicamp em entrevista a BBC Brasil
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