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Azenha entrevista André Vargas


Leia abaixo entrevista feita com André Vargas, que é Secretário Nacional de Comunicação do PT. 
Viomundo –  O PT está há 7 anos no poder. A mídia corporativa esconde as realizações federais, distorce ou mente sobre elas. Ao mesmo tempo, basta ligar TV, rádio, abrir jornais e revistas, para encontrarmos montes de anúncios do governo federal, Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal. É masoquismo?
André Vargas – Todos os meios de comunicação já existiam à época da ditadura. E se constituiu consenso de que é preciso anunciar na mídia independentemente do posicionamento político. Se você pega o governo do Fernando Henrique Cardoso (PSDB), havia sintonia entre o projeto neoliberal do ex-presidente e aquilo que o setor privado desejava.  O nosso governo não é neoliberal, também não podemos dizer que é socialista. É um governo social-democrata preocupado com o bem-estar social, com a soberania e que entende o papel do estado na realização do projeto nacional de desenvolvimento.
Boa parte do setor privado, mesmo ganhando muito dinheiro, mantém na cabeça ideias, como “o mercado resolve”, “estado mínimo”. Concorda com a crítica do Serra de que “nós estamos fazendo o Estado crescer muito”, “não tem sentido o governo criar novas universidades federais”.  Isso repercute nas linhas editoriais, dois anunciantes de peso na mesma linha. Na verdade, os meios de comunicação ainda têm o coração lastreado nos princípios do governo anterior.
Nesse contexto, como o governo federal não vai anunciar? Seria muito incompreendido no Brasil de hoje. Mas o governo está fazendo uma inversão na distribuição das verbas publicitárias. Na semana passada O Estado de S. Paulodisse que os gastos do governo Lula com publicidade cresceram 40% em seis anos. Mas “esqueceram” de dizer que são apenas 10% maiores que o maior gasto do governo FHC. Temos dissintonia de visão do setor público e privado e ao mesmo tempo distribuição mais democrática.  Isso contraria interesses.
Viomundo – Como é a distribuição das verbas publicitárias?
André Vargas – No período FHC eram divididas entre 260/270 veículos de comunicação. Hoje, entre aproximadamente 2.500. Proporcionalmente os investimentos na chamada grande imprensa diminuíram.  Está-se investindo em veículos pequenos no interior do país, que, antes, não recebiam nada. A internet também teve algum investimento. Ainda é pequeno, mas já cresceu. A ideia de democratizar fere os interesses dos grandes meios de comunicação. Na prática, o “bolo” é quase do mesmo tamanho da época do Fernando. Só que, agora, é dividido em 2.500 pedaços, antes, em menos de 300. É um critério técnico. É a democratização dos anúncios do governo.
Viomundo – Como senhor explica o fato de PT e o governo raramente reagirem com firmeza quando atacados? É medo, contemporização ou resignação?
André Vargas – O PT apanhou bastante ao longo da sua história, mas os episódios de 2005 deixaram o pessoal aturdido. Nunca se viu uma mobilização midiática tão grande contra um governo, contra um partido, estigmatizando-os. Isso não quer dizer que os erros do PT não têm de ser analisados pela mídia. Devem, sim. Mas o que reivindicamos é isonomia: tratamento idêntico para problemas idênticos.  É só observar a cobertura da enchente em São Paulo para ver a discrepância. Quando a Marta estava no governo, era a maior ripa todo dia. Nas enchentes de dezembro de 2009 e começo de 2010, parecia que não tinha governador. O Serra sumiu do noticiário. A população acabou sendo a culpada.
Viomundo – Publicar informação correta não é favor; é obrigação de toda a mídia. Ao deixar de responder à altura, vocês não estariam contribuindo para desinformar a sociedade e, ao mesmo tempo, estimular a oposição a bater à vontade, já que ela conta com o apoio da mídia corporativa?
André Vargas – Uma coisa é o governo. Outra coisa, o partido político. No Brasil, a área de comunicação é uma das que mais resistem à democratização. Veja a reação dos grandes veículos à Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). As emissoras de televisão e de rádio não se vêem como concessão pública. Mas, realmente, o governo e o partido poderiam ter entrado mais nesse debate. Precisamos usar todas as alternativas democráticas de comunicação. No próprio PT, muita gente ainda não se deu conta do papel que a internet terá nesta eleição. O cidadão vai poder interagir com a informação no momento em que ela está sendo construída e não só depois de pronta, no final do dia, após os telejornais. Reconheço que a sociedade está mais esclarecida sobre o que estamos fazendo por ação da internet. Graças à internet, aliás, muitos factoides foram desmascarados. Se dependêssemos da grande imprensa, estaríamos fuzilados.
Viomundo – A eleição deste ano promete muito golpe abaixo da cintura, e a mídia tradicional terá papel central. O que os senhores pretendem fazer?
André Vargas – Nós sabemos disso e estamos nos preparando para acompanhar, juridicamente, todas as possibilidades que os meios de comunicação têm de manipular as informações. Assim como nós estamos acompanhando a questão das pesquisas. Nós temos de estar muito vigilantes nestes meses agora – abril, maio, junho e julho – que não temos horário político. E como o Serra é o candidato bem tratado  pela  mídia, será favorecido em termos de espaço e/ou melhor exposição. Depois, vem o horário político e os tempos e espaços terão de ser iguais. Daí o desespero por parte dos aliados do José Serra de abrir larga vantagem agora. Aí, tentam construir uma imagem irreal dele e desconstruir a nossa candidatura. A tática da oposição será inclusive tirar o presidente Lula da eleição.
Viomundo – De que forma?
André Vargas – A nossa força é a relação do Lula com a população. Então, vão dizer que é abuso de poder político, que o Lula é o presidente, que ele não pode dar declaração… Essa é a estratégia da oposição capitaneada pela mídia. Como o presidente Lula já disse que fará campanha nos finais de semana, vão questionar: “Como ele vai separar o que é a presidência e o que é campanha?”
O episódio do jingle dos 45 anos da Globo mostrou que estamos atentos. Reclamaram, mas nós fizemos o que achávamos certo. E vai ser assim. Tem de ser assim. Vigilância total. E com rapidez. Na hora.
Viomundo – Como foi?
André Vargas – O Marcelo Branco, responsável pela campanha da Dilma na internet, enviou um twitter, avisando que o tal jingle embutia, de forma disfarçada, propaganda favorável a José Serra. No ato, apoiei o que ele fez e retwitei.  O episódio do jingle mostrou que os adversários estão dispostos a tudo. Portanto, temos de estar atentos o tempo inteiro e reagir rápido. Entre a noite de domingo e a manhã de segunda-feira, a mensagem do Marcelo foi retwitada para mais de 100 mil internautas. À noite, por várias razões, inclusive a reação na rede, o anúncio foi tirado do ar.
O Marcelo Branco não foi criticado pelo PT, ao contrário da Folha noticiou. A campanha tem uma direção, mas é nosso dever reagir também. Na terça-feira, dia 19, nós tivemos uma reunião da Executiva Nacional do PT e todas as falas sobre o assunto foram positivas.
Viomundo – O senhor achaa que a blogosfera fará a diferença nesta eleição?
André Vargas – Não tenho a menor dúvida. Não interessa ao Brasil uma eleição judicializada, mas pode interessar à oposição. A oposição, aliás, já está judicializando o processo. É um caminho mais tortuoso, pois depende da cabeça de cada juiz.  A oposição prefere a judicialização, pois não quer o debate, não quer a movimentação, não quer que o presidente Lula expresse a sua oposição.
Viomundo – O PT não fará nada contra a judicialização?
André Vargas – O PT de São Paulo já moveu uma ação e estamos nos preparando para essa batalha jurídica.  Uma coisa é certa: não vamos entrar em baixarias.
Viomundo – E a militância? Muitos reclamam que o PT se afastou das bases, da rua…
André Vargas – A mobilização física é importante. Mas a mobilização pela internet talvez vá ser muito mais importante. E ela vai muito mais visível daqui em diante porque o PT e a esquerda têm conteúdo político, temos organizações sociais que atuam nas várias questões cruciais: gênero, meio ambiente, raciais, cotas, saúde, trabalhador…
Viomundo – Nós temos informação de que a oposição está preocupada com a blogosfera independente, que defende a informação correta, adequada, ética e verdadeira, os movimentos sociais, a democratização dos meios de comunicação. Fala-se que a oposição e seus aliados teriam como estratégia o  sufocamento, o cerceamento e a intimidação desses blogues e sites progressistas. O que  acha disso?
André Vargas – Nós temos de continuar garantindo à internet a liberdade de expressão, para que as informações verdadeiras cheguem à sociedade. Pelo Congresso Nacional, tentativas de restrição não passam. Não há ambiente propício a isso. Talvez tentem pelo Judiciário, mas acredito que não consigam seus objetivos. Mas temos, de novo, de ficar atentos. Caso tentem sufocar esses blogues e sites, nós teremos de ter uma reação dura da cidadania. Por isso, a gente de tem de estar mobilizado. A nossa força é a nossa mobilização. Se nós nos apropriarmos da internet, como  aconteceu nos EUA, vamos ter condições de manter governos mais ousados, avançar mais nas conquistas sociais e insistir mais na liberdade de imprensa verdadeira.

PSDB, FMI e a turma dos 30%


O espectro de uma pergunta deveria estar rondando as redações e, se formulada, desnudaria o que realmente separa as duas principais candidaturas à presidência. Bastaria perguntar a José Serra: “o senhor propõe parar o Brasil?”

Explico-me, a partir de três exemplos muito recentes: um artigo de Luis Carlos Mendonça de Barros, as manchetes sobre a orientação do FMI para que o Brasil reduza sua taxa de crescimento e os 50 anos de Brasília.

Em artigo publicado na FSP de 16/04, Mendonça de Barros, o ex-ministro de FHC de volta a sua vida de financista, desnuda o que é o coração da "economia política" do PSDB. Tido e havido como desenvolvimentista, anti-Malan, da escola de Sérgio Guerra e José Serra, Mendonça tem uma tese: "a euforia pelo crescimento nos levará a bater no muro das restrições econômicas; esse filme tem final triste". E para quem esperava as clássicas formulações – sobre os gargalos de infraestrutura, a baixa taxa de expansão da capacidade instalada, a "gastança” em custeio que impede o investimento público – ele abre seu coração e surpreende:
“A maior parte da oferta na economia brasileira é constituída por bens e serviços que não podem ser importados. O mais importante deles é o mercado de trabalho e nele é que está a componente mais ameaçadora que vejo para a frente... Poderemos chegar ao fim deste ano com uma taxa de desemprego da ordem de 6%, mantido o crescimento atual da geração de postos de trabalho. Em março, o número de empregos formais aumentou em 266 mil, número muito forte para o mês.

“A pressão sobre os salários desse segmento dos trabalhadores já está ocorrendo e deve se acelerar... São evidências de instabilidade grave. Dou um exemplo: a produção de caminhões da Mercedes-Benz brasileira em março foi o dobro da matriz na Alemanha. Mesmo com a crise na Alemanha esse número é um aleijão para mim”.


Trocando em miúdos: crescer rápido é um "problema", porque pode gerar aumentos salariais para os trabalhadores e reduzir a taxa corrente de lucros. A ótica do imediatismo salta aos olhos; nem mesmo de relance, o articulista se refere a um ciclo virtuoso, em que o crescimento real da massa salarial implica ampliação da demanda efetiva, cria as condições para expansão da capacidade produtiva (e da formação de mão-de-obra) e para a expansão da própria acumulação de capital, pelo crescimento do volume produzido e realizado.

O seu negócio é o aqui e agora, é o lucro já e o futuro, provavelmente, nem a Deus pertence. O espantalho que agita é o da inflação de demanda, que se recusa a atacar pela via do choque de oferta, do mercado interno de massas e da expansão das exportações de maior valor agregado. Sua panacéia é o aumento dos juros.

Já na cobertura dos jornais paulistas sobre os 50 anos de Brasília, um velho espectro ressurgiu, explicitamente referido, por exemplo, em editorial de “O Estado de São Paulo”: Brasília, entre outras mil de suas supostas mazelas, estaria na origem da espiral inflacionária do início dos anos 1960. Sem, até hoje, compreender o que de fato Brasília realizou, como meta-síntese do programa de desenvolvimento nacional de Juscelino, as vozes do passado ressurgem, opondo-se às obras públicas, à ação do Estado na criação de infraestrutura, na indução econômica e na integração democrática de todos os brasileiros e de todo o território nacional.

A rádio CBN tem apresentado uma ótima série de reportagens sobre a história da criação de Brasília. Em um dos programas, o tema era o debate na imprensa daquela época. A matéria narrava a campanha cerrada que o engenheiro da UDN Gustavo Corção, guru de Carlos Lacerda, movia contra a construção da cidade. Um de seus temas preferidos era o Lago Paranoá que, do alto de sua sapiência, o Dr. Corção garantia que nunca ficaria cheio, dados o regime de chuvas e as características do solo do cerrado.

No dia em que o lago ficou completo, JK, pleno de mineirice e bom humor, telegrafou para a redação do jornal em que Corção escrevia. Usou uma só palavra: “Encheu”.

O que Juscelino enfrentava era uma herança maldita, um Brasil litorâneo que só via a si mesmo, que desprezava mais de dois terços de seu território. A Marcha para o Oeste significou, muito além de Brasília, a experiência pioneira de Ceres, cidade-modelo agrícola implantada em Goiás, em que se desenvolveram as técnicas de correção de solo que permitiriam a expansão agrícola e que hoje fazem do Brasil um ator mundial em alimentos e biomassa para geração de energia. Significou, também, a abertura da rodovia Belém-Brasília (aquela que a UDN chamava de estrada para onça), articulando os eixos Norte e Oeste do desenvolvimento nacional.

E significou, mais do que tudo, para todos os brasileiros, trabalhadores ou empresários, uma mudança de postura e ângulo; Brasíla permitiu que olhássemos mais e melhor para os nossos próprios potenciais e capacidades.

O FMI, que não é daqui, ecoa a mesma lógica. Seu mais recente relatório, diz a FSP em manchete, “vê economia brasileira ‘no limite’”. Forçado pelos fatos a revisar – para cima – sua estimativa de crescimento da economia do Brasil, “aponta demanda ‘em estágio avançado’ e espera medidas para desacelerar crescimento de 5,5% neste ano para 4,1% em 2011”. Tanta coincidência, até de terminologia, é sintoma de um alinhamento automático, de um modo de pensar e conduzir o país.

O PSDB de hoje, por vezes até mais que os “demos”, olha a economia e o Brasil com esse viés. O que os orienta é o mundo internacional das finanças e a propensão a pensar em pedaços, em satisfazer-se com políticas que miram só um terço dos brasileiros – os mais ricos – e só uma parte de nosso território – o sul-sudeste. É a turma dos 30%.

Expansão de consumo, crescimento de salários, ampliação da produção, desenvolvimento da infraestrutura, inclusão e capacitação das pessoas, todos esses são temas ausentes de suas formulações – ou vistos como “aleijões”. Aumento continuado e real do salário mínimo, instituição de pisos salariais nacionais, redução de jornada de trabalho, pleno emprego, PAC, PROUNI, são pautas que os levam à beira do pânico. Tudo que seja para todos é risco, não oportunidade.

Ainda que se dê a José Serra o benefício da dúvida, do quanto ele ainda preserva de seu suposto desenvolvimentismo, não é despropositado indagar o quanto ele “resistiria” à pressão combinada do tucanato econômico, do udenismo paralisante e elitista e da banca mundial, falando pela boca do FMI. A experiência FHC não traz muitas esperanças quanto a isso. Um jornalista arguto qualificaria a pergunta que abre este texto e questionaria o que o candidato faria com a turma dos 30%, aqueles que, há décadas, sempre estiveram do seu lado e sempre quiseram que o Brasil pudesse menos.

Serra inchado de promessas

José Serra (PSDB-DEM-PPS), tá prometendo tudo, mundos e fundos. 


Já prometeu um ministério papa deficientes físicos.


Outro ministério para segurança pública.


E na TV Rede Amazônica, ele disse que vai transformar a ZFM - Zona Franca de Manaus - numa área de livre comércio permanente. 


Isso depois de passar mais de 7 anos criticando o "inchaço da máquina pública".


Este tucademo FHC pensa que engana quem?


Nós (povo) tenho certeza não cairemos neste discursozinho caldo de bila de jeito nenhum.


Agora é a Muié!

CEF mais que dobra crédito habitacional


A CEF (Caixa Econômica Federal) concedeu, de janeiro até o último dia 23, R$ 19,6 bilhões em financiamentos habitacionais para 323.268 famílias.
O montante emprestado é 126% superior aos R$ 8,7 bilhões registrados no mesmo período do ano passado e representa um recorde. Quando se trata de quantidade, houve acréscimo de 134.636 financiamentos, o que corresponde a um aumento de 71% no período.
Somando o Feirão da Casa Própria, para o qual estão previstos R$ 3,5 bilhões em negócios, o banco estima superar a marca de R$ 55 bilhões em crédito habitacional, que pode atingir R$ 60 bilhões este ano.
“Este ano, em menos de quatro meses, já superamos a contratação de todo o ano de 2007, que era também recorde de contratação, até então. Com o feirão, vamos alavancar a contratação no Programa Minha Casa, Minha Vida e bater novo recorde de crédito imobiliário”, afirmou o vice-presidente de Governo da Caixa, Jorge Herada.

O voto das mulheres


Marcos Coimbra

Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi
O assunto do momento, nas discussões sobre as próximas eleições presidenciais, é o voto feminino. Mais exatamente, as diferenças que existem entre as intenções de voto de mulheres e homens, constatadas pelas últimas pesquisas.
Em todas, verifica-se que Dilma e Marina se saem pior que Serra e Ciro no voto feminino. Quando Ciro é retirado, isso não muda: Serra continua a ter mais intenções de voto das eleitoras que qualquer candidata (na verdade, mais que as duas somadas).
Em relação a Dilma, o ex-governador mantém uma dianteira relativamente grande nessa parcela do eleitorado. Na mais recente pesquisa do Ibope, por exemplo, os dois estão empatados entre os homens, ele com 35% e ela com 33%. O que quer dizer que a vantagem de 7 pontos percentuais que Serra tem, nessa pesquisa, no universo do eleitorado, deriva das intenções de voto das mulheres. Considerando-as apenas, Serra fica com 37% e Dilma 26%.
Há quem olhe esses números e tire conclusões sobre nossa sociedade e nosso sistema político. Para alguns, as dificuldades atuais de Dilma apenas repetiriam algo que Lula enfrentou no passado, pois ele, nas eleições que disputou, sempre tinha mais votos entre homens. Este ano, por razões pouco claras, o que seria uma resistência atávica das mulheres contra o PT estaria se manifestando de novo, apesar da candidatura ser encabeçada por uma mulher.
Outros vão além e especulam sobre um machismo renitente em nossa cultura, que sobreviveria apesar do endosso majoritário que a tese da igualdade tem nas verbalizações das pessoas. Embora quase todos proclamem que não veem diferenças entre os gêneros na capacidade para exercer a Presidência, as próprias mulheres descreriam mais que os homens dessa possibilidade. Confrontadas com uma candidatura feminina real, refugariam. Em outras palavras, mulher não vota em mulher, ou, melhor dizendo, muitas não.
Não esqueçamos os que dizem que o problema estaria em Dilma, que, por suas características de personalidade e estilo, não se conformaria com um determinado estereótipo feminino e alienaria o voto de muitas mulheres. São os que acham que ela precisaria ser mais isso ou aquilo para conquistar seu voto, que ela é “mandona” demais, “firme” demais e coisas parecidas.
E se nada disso procedesse? E se as diferenças de desempenho de Dilma entre homens e mulheres nada tivessem a ver com atavismos anti-PT, machismos paradoxais ou o jeito de ser da candidata? E se a explicação fosse outra?
Em uma eleição como a que estamos fazendo, em que o nível de conhecimento dos candidatos é um fator crucial para explicar sua performance nas pesquisas, pode estar aí a razão das diferenças de gênero que se constatam atualmente. São as diferenças de informação entre homens e mulheres que, ao que tudo indica, explicam as variações nas intenções de voto.
Na última pesquisa da Vox Populi, 77% dos homens entrevistados acertaram o nome de quem Lula apoia, contra 64% das mulheres. 70% dos homens que disseram conhecê-la mostraram ter alguma informação efetiva, enquanto apenas 55% das mulheres conseguiram fazê-lo. Entre as mulheres de renda mais baixa, os resultados foram, naturalmente, muito inferiores.
Mas o mais relevante é que, quando se consideram homens e mulheres com informação semelhante, as diferenças nas intenções de voto quase desaparecem. Entre os homens que sabem quem Lula apóia, 47% votam em Dilma e 34% em Serra (na lista sem Ciro Gomes). Entre mulheres, 42% nela e 33% nele. E Dilma se sai pior entre as mulheres porque Marina sobe, indo de 5%, entre homens, a 8% entre as eleitoras mais bem informadas. Parece que mulher, nesse caso, vota sim em mulher.
O mesmo acontece com quem não tem informação: entre os homens que não sabem quem Lula apóia, Serra tem 52% e Dilma, 7%; entre mulheres, Serra 48% e Dilma, 6%.
As pesquisas atuais refletem a distribuição desigual da informação entre os gêneros, que deriva, por sua vez, dos papéis sociais diferentes que homens e mulheres desempenham. O próprio andamento das campanhas vai reduzi-la. Até outubro, homens e mulheres serão, cada vez mais, iguais na sua capacidade de escolher em quem votar.

O Jogo sujo do PSDB agora tem PROVA


Uma mensagem a todos os membros de Eleições 2010 | MobilizaçãoBR


Caros Membros de MobilizaçãoBR

A denúncia, feita pelo deputado Brizola Neto, envolve dessa vez o o senhor Eduardo Graeff, secretário-geral da Presidência do Governo FHC, tesoureiro nacional do PSDB e homem forte, junto com o ex-ministro (e secretário de Serra) Paulo Renato de Souza. Há pouco o parlamentar informou também que está circulando na rede email falso brizola@hotmail.com – para espalhar provocações em seu nome. Cuidado com a onda suja!!!

clique abaixo e leiam na integra a denuncia.


http://www.mobilizacaobr.com.br/profiles/blogs/graeff-nao-so-comanda-os


PSDB - sem candidatos

O PSDB não terá candidato a governador do Ceará. Por quê? Por que não tem votos? 


Seu presidente não disputará a reeleição ao Senado? Por anemia eleitoral?


 Seu líder no Amazonas não será candidato à reeleição? Por não dispor do mínimo de votos para não fazer um papelão?


 É por isso que os tucanos vão ganhar... Experiência.

A Lei “Figueiredo” e o processo civilizatório: sob o crivo do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve começar a julgar hoje, 28ABR2010, a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) aforada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A ADPF pretende forçar o Estado brasileiro a cumprir sua obrigação de processar quem torturou no período da ditadura militar, questionando, dessa forma, a interpretação dada até o momento à Lei da Anistia (Lei 6.683/79).

A Lei da Anistia foi criada ainda no regime militar inaugurado em 1964, no governo João Baptista Figueiredo. Pelo seu teor, ficaram anistiados os que tiveram direitos políticos suspensos, servidores públicos, militares, dirigentes e, ainda, representantes sindicais punidos com fundamento nos atos institucionais e complementares do regime militar.

Detalhe importante. Aqueles estranhos aos círculos militares que foram condenados pelo Judiciário pela prática de crimes de terrorismo, assalto, seqüestro e atentado pessoal, diferentemente do que é propagado pela grande mídia, não foram alcançados pela Lei da Anistia.

A OAB, em sua petição, requereu ao STF que a anistia não seja estendida aos autores de crimes comuns praticados por agentes públicos acusados de homicídio, desaparecimento forçado, abuso de autoridade, lesões corporais, estupro e atentado violento ao pudor contra opositores ao regime político da época.

Sinale-se que esses crimes violentos contra a vida, a liberdade e a integridade pessoal, cometidos por representantes do Estado e em seu nome, contrariam o próprio ordenamento jurídico formulado pelo governo autoritário de 64, já que os militares no Poder não criaram nenhuma lei que autorizasse a tortura, o homicídio e o ocultamento de cadáveres.

Segundo a OAB, os crimes políticos cometidos pelos opositores do regime militar não são da mesma natureza que os crimes comuns contra eles praticados pelos agentes da repressão e seus mandantes no governo. Ocorre que os militares agiam em nome do Estado e não por si próprios.

Como se percebe, para a OAB os policiais e militares da ditadura cometeram crimes comuns. Os agentes da repressão política não teriam cometido crimes políticos, mas comuns, vez que os crimes políticos são aqueles delitos contrários à segurança nacional e à ordem política e social.

A Constituição Federal de 1988, no sentir da OAB, deixou claro que o torturador não foi beneficiado pela anistia, certo que texto constitucional reconheceu ser a tortura um crime inafiançável e imprescritível. O crime de tortura, assim, é um delito sem perdão e que pode ser punido a qualquer tempo.

A decisão que tomará o STF será histórica, já que o Brasil adota, até agora, procedimento diverso dos demais paises da América Latina vitimados, nas décadas de 60/70/80, por regimes não democráticos, que chegaram ao Poder derrubando, via golpe de Estado, presidentes eleitos legitimamente pelo voto popular.

Vai ser possível ver quem tem razão (formal-jurídica) inclusive dentro do Governo Federal. O ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, está alinhado com a posição da OAB. Já o ministro da Defesa, Nelson Jobim, sustenta que a anistia deve ser estendida para todos os militares.

De qualquer sorte, se o STF decidir que os crimes de tortura praticados por agentes do Estado podem ser anistiados por lei, o Estado brasileiro estará reconhecendo que a tortura oficial é admissível, o que é uma violação ao conceito de direito humano à vida é à dignidade da pessoa. Estar-se-á descendo um degrau abaixo na escada do processo civilizatório.

Postado pelo Blog do Charles Bakalarczyk

PT - Bandeira eleitoral

No PT, mais cresce a cada dia a tese de que, no partido, a campanha eleitoral, que já está nas ruas, deve procurar marcar Dilma como sendo o "pós-Lula". Coordenador do movimento com as diretrizes do PT para 2010,Marco Aurélio Garcia, que também está na linha de frente dos assessores especiais de Lula, é um dos que mais defendem que seja essa a pregação do PT durante a campanha. "O maior desafio de Dilma será a construção de um projeto nacional", diz o influente petista, para quem "Dilma governaria com um Estado forte, em contraposição ao magrinho do governo do PSDB".Lula

Depois de dizer que a oposição tem dificuldade de se opor ao governo, tem procurado se apresentar não como antiLula, mas como pós-Lula, Marco Aurélio Garcia quer que o PT mostre na campanha eleitoral que sua candidata Dilma é quem é pós-Lula.
Bandeira eleitoral II
Mas, enquanto não sai o programa do PT que aguarda propostas dos partidos aliados, Marco Aurélio Garcia já vai adiantando que "o programa do PT não prevê mudanças radicais". O que, por certo, diz pelos que temem Dilma.
Meta do PT

Além de o PT não prever mudanças radicais, Garcia lembra: "se não fizemos aventura (governo Lula), por menos razão faríamos aventura no futuro". Assim, a meta do PT, é: "crescimento acelerado e o desenvolvimento com sustentabilidade".

Grupo Votorantim anuncia mais 8 fábricas


Fernando Scheller – O Estado de S.Paulo

Fabricante de cimentos vai investir R$ 2,5 bilhões nas novas unidades e prevê aumentar capacidade de produção em cerca de 55%

De olho na demanda criada pelo programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida, pela expansão do setor produtivo e por grandes projetos de infraestrutura, como a Hidrelétrica de Belo Monte, a Votorantim Cimentos anunciou ontem a construção de oito novas fábricas no País, ao custo de R$ 2,5 bilhões. Continua>>>
Pedro Jacintho da Silva


Ciro disse uma frase incompleta que a grande Mídia e os demos tucanos não querem completá-la. Mas, esperem para ver em breve o próprio Ciro completá-la, mais ou menos assim: 


Serra o mais preparado para privatizações; redução do papel do Estado na economia; acabar com o PAC; destruir o MERCOSUL; eliminar o bolsa família; manter a Amazônia no escuro,oxalá se o país inteiro; diminuir o comercio diversificado com o mundo e concentrar com os EUA; voltar para o colo do FMI. Em fim preparado para fazer o país voltar para os finais de2002. 
Meu Deus seria uma lastima.
Dilma 2010! 
Saudações.

Efeito Grécia/Portugal é limitado no Brasil e nos emergentes

O impacto da crise da dívida dos países do sul da Europa sobre os emergentes, por enquanto, foi limitado. Mesmo ontem, com o rebaixamento da nota de crédito da Grécia - para níveis inferiores ao grau de investimento - e de Portugal, o risco Brasil subiu pouco, 11,49 pontos (9,77%), para 129,04 pontos. 


O risco da Grécia teve alta de 114 pontos, para 824 pontos. De 1º de setembro de 2009 até agora, o risco da Grécia subiu 631,44% e o de Portugal, 584%, enquanto o risco Brasil caiu 10%.

Por irônico que pareça, países emergentes como o Brasil, tão acostumados com crises de dívida, estão hoje em situação fiscal mais confortável e seus títulos são vistos como "porto seguro" em um mundo com países ricos com déficits públicos grandes e em crescimento. 



As previsões do Barclays são de que a dívida bruta da Grécia passe dos atuais 113% do Produto Interno Bruto (PIB) para 140% no fim de 2012. 


O banco acredita que a relação dívida bruta/PIB do Brasil vai ficar estável: 66% no fim do ano, crescendo para 70% em 2011. 


As reservas internacionais elevadas e o crescimento econômico robusto - superior a 6% - , impulsionado pela demanda interna, ajudam a tornar o país resistente às intempéries. 

Os imorais de camisa cor de rosa


do Escrevinhador


José Carlos Aleluia, o deputado do DEM que espalhou um texto falso com "denúncias" contra Dilma, é um parlamentar com longos serviços prestados à nação.
Primeiro, frequentou os relatórios da CPI dos Anões do Orçamento. Foi em 93. O DEM naquela época chamava-se PFL. Mas o Aleluia já era o Aleluia.  Ele foi denunciado por José Carlos Alves dos Santos (funcionário do Congresso, e pivô do escândalo) como um dos deputados a desviar recursos do Orçamento.
Acabou inocentado. Leia aqui o que a revista "Istoé" contou sobre o caso -http://www.istoe.com.br/reportagens/25780_MANTIDOS+OS+SEGREDOS+DOS+ANOES?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage:
"Os deputados Sérgio Guerra (PSDB-PE) e José Carlos Aleluia (PFL-BA) estão entre os parlamentares citados por José Carlos Alves como integrantes do esquema da corrupção do Orçamento e que foram inocentados pela CPI, aberta diante da gravidade das denúncias. Mas o fato de o relator, deputado Roberto Magalhães (PFL-PE), tê-los inocentado gerou suspeitas na época. Falava-se em uma troca.
Magalhães teria aceitado livrar o correligionário Aleluia se em troca seu partido aceitasse liberar o conterrâneo Sérgio Guerra, que à época era filiado ao PSB."
Ou seja: Aleluia escapou por pouco em 93. Mas não aprendeu nada. Como o correligionário Arruda: afastado do Senado por fraude, Arruda chorou. Perdoado, elegeu-se governador. Foi em cana. E agora está deprimido.
Aleluia também é reincidente em escândalos. Treze anos depois do caso dos anões, lá estava Aleluia de novo, no escândalo das ambulâncias em 2006 - http://bahiadefato.blogspot.com/2006/08/documento-liga-jos-carlos-aleluia-mfia.html.
Aleluia acha que é malandro. Agora, partiu pra cima da Dilma. Com um texto falso.
Aleluia é um homem alto. Mas, politicamente, tem o mesmo tamanho que já exibia em 93: é um anão!