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A senha

O médico estava tendo um caso com a enfermeira.  
Após um tempo, ela lhe disse que estava grávida.

Não querendo que sua mulher soubesse, ele deu dinheiro à enfermeira, mandou que ela fosse para a Itália e tivesse o bebê por lá.

- Mas como vou avisar você quando o bebê nascer? ela perguntou.

- Apenas mande um postal e escreva ''espaguete''. Cuidarei de todas as despesas da criança.

Sem alternativa, ela pegou o dinheiro e voou para a Itália.

Alguns meses se passaram e uma noite, quando o médico chegou em casa, a esposa disse:
 - Querido, você recebeu um cartão-postal da Europa pelo correio hoje, e eu não consigo entender o significado da mensagem.

O médico leu o cartão, caiu no chão com um violento ataque cardíaco, e foi transportado imediatamente à emergência do hospital.

O chefe do plantão perguntou à esposa:
 - Aconteceu algo que possa ter causado o ataque cardíaco?

- Ele apenas leu este cartão postal onde está escrito: 'Espaguete, espaguete, espaguete, espaguete e espaguete. Três com lingüiça, e dois sem.

Casa Solar Flex

Dentro de algumas semanas, jovens estudantes de seis universidades públicas brasileiras começarão a colocar de pé aquela que promete ser a casa do futuro. Ela aliará em 42 metros quadrados de área útil desenvolvimento tecnológico, preocupação ambiental e beleza arquitetônica. Imaginada desde agosto de 2008, a Casa Solar Flex nasce com o objetivo de se tornar uma alternativa sustentável para tempos de aquecimento global. Sua autossuficiência em energia, obtida dos raios solares, poderá ser usada para alimentar a rede elétrica das nossas cidades e ajudará a reduzir a necessidade de fontes energéticas caras e poluidoras. 

A residência é resultado do trabalho de uma equipe multidisciplinar formada por alunos de graduação e pós-graduação de arquitetura, engenharia, design e marketing da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Universidade de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Eles se uniram há dois anos depois de participar de um concurso no qual o desafio era pensar uma moradia ecologicamente correta, inovadora e capaz de ser instalada em diferentes tipos de climas e regiões. As melhores propostas foram reunidas num projeto único que originou a Casa Solar Flex. 

100vices para o sacrifício

Está difícil encontrar um vice para José Serra
Ninguém parece muito animado a se oferecer para o sacrifício e também faltam nomes de expressão para encarnar a imagem que os tucanos querem passar à população. 
Aliás, qual é mesmo a imagem, hein? A três dias da convenção nacional do PSDB, ninguém sabe quem será o vice. Parece que só sai no fim do mês.
Os tucanos normalmente se fazem acompanhar dos demos, mas o partido minguou tanto, que não resta mais quase ninguém. 
O único governador que o partido tinha, e que Serra saudou com aquele “vote num careca e leve dois” foi em cana. 
José Roberto Arruda,  apesar do apreço que sempre  mereceu dos tucanos, já não era nem um ficha-suja, era prontuário. Continua>>>

A velha imprensa está "afunhanhada"

Acompanhar a velha imprensa brasileira é sempre uma forma de melhorar o humor. Muitos jornalistas se dedicam à comédia, mas quase sempre de forma involuntária.

Primeiro foi o comentário de um "analista econômico" no "Jornal da Globo", a alertar contra os perigos do crescimento econômico. PIB em alta é um perigo! Pra quem? Pra Globo, que vai perder a eleição abraçada ao Serra. He, he. Eles se superam. Vejam aqui o que o Azenha publicou sobre isso - .

Agora, mais um pouco de humor. 

A "Folha" publica um "erramos" imperdível. Vejam:
Diferentemente do publicado em "Dilma diz que antes de Lula Brasil estava 'funhanhado'" (Poder - 08/06/2010-12h02) o valor do empréstimo internacional adquirido na época do governo FHC foi de US$ 38 bilhões e não de US$ 38 milhões. A petista também disse "funhanhado" e não "afunhunhado". O texto foi corrigido.

O jornal errou por uns bilhõezinhos de dólares. Mas achou um jeito de disfarçar o erro, corrigindo uma informação fundamental para o Brasil e o Mundo: Dilma disse "funhanhado", e não "afunhunhado".
Ah, bom. Que susto!
Agora, posso dormir tranquilo na África do Sul.
Só uma pergunta: FHC deixou o Brasil "funhanhado" ou quebrado?  

Terrorismo inflacionário

Para defender o aumento da selic - taxa básica de juros - os abutres patrocinados pelos agiotas nacionais e das estranjas usam a desculpa do "super-aquecimento da economia" que produz uma "inflação galopante, dragoniana".
Bastaria a imagem abaixo para - se eles tivessem vergonha na cara - eles reverem os fajutos argumentos que usam. Mas, como são muito bem remunerados inventarão outras desculpas. Não se admirem caso a Copa na África do Sul e os treinos secretos da Coréia do Norte sejam usados. Desta corja nada me espanta

Discutir já a venda de terra a estrangeiros

Já aprovado na Câmara, está pronto para ser votado pelo Senado o projeto de lei que apresentei estabelecendo regras para a compra e posse de terras na Amazônia Legal por estrangeiros. A proposta pode constituir-se em um bom subsídio para o grupo de trabalho constituído pelo presidente Lula junto aos ministérios da Justiça e da Defesa para, conforme ele anunciou, estabelecer maior controle sobre a venda de terras a estrangeiros, uma questão que diz respeito a soberania nacional.

“Temos a preocupação e precisamos começar a discutir a compra de terras no Brasil por  estrangeiros. Uma coisa é o cidadão vir e comprar uma usina, uma fábrica. Outra é ele comprar as terras da fábrica, da soja e a terra do minério. Daqui a pouco estamos ficando com um território diminuto”, destacou o presidente.

Para se ter uma ideia da importância da minha proposta e da preocupação externada pelo presidente, basta lembrar que, embora os dados oficiais do INCRA indiquem 3,6 milhões de hectares, estimativas atuais apontam haver quase o dobro -  5,5 milhões de hectares - em poder de estrangeiros. São terras de nove Estados da Amazônia Legal, correspondentes a 61% do território nacional ( AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO, RR e TO).

Sobre o “inchaço” do Estado brasileiro

por Heráclio Mendes de Camargo Neto*
Noutro dia, li alguém acusando o Estado brasileiro: é obeso. Certamente, não é obeso na educação pública de parcas qualidades, na saúde pública desnutrida, na segurança pública deficiente ou na defesa civil fragilizada, no âmbito estadual. Da mesma forma, não haverá pneus de gordura, na Receita Federal do Brasil raquítica no número de fiscais, na Procuradoria da Fazenda Nacional sem carreira de apoio, ou no IBAMA sem recursos humanos suficientes para cuidar de nossas florestas, no âmbito federal. Esquálido nesses e em muitos outros setores, o Estado brasileiro não deve ser nem gordo nem magro, mas eficiente para fazer frente aos desafios inerentes ao crescimento econômico que se nos apresenta quase inevitável.
Nesse sentido, erigida a princípio constitucional da Administração Pública, a eficiência do Estado brasileiro terá de ir muito além de prover computadores para escolas ou tomógrafos para hospitais. Fulgurante edificação de escola de tempo integral significa nada, sem professores bem remunerados e bem preparados – binômio inseparável – para conferir-lhe a funcionalidade esperada. Daí, a valorização dos servidores públicos tornar-se componente indispensável da boa gestão. A professora, o policial, a perita, o médico, a advogada pública e o fiscal devem ter remunerações compatíveis com as responsabilidades que carregam.
De fato, é recorrente a generalização nas críticas contra o tamanho e o peso do Estado brasileiro, mas não se enfrenta a realidade de que professores e policiais mal-remunerados tendem a reproduzir serviços públicos pífios, perpetuando a escola fabricante de analfabetos funcionais e a polícia que se emascula diante do ilícito. É o famoso barato, que sai caro demais para todos.
O princípio constitucional do concurso público foi um dos maiores avanços da Constituiç ão Federal de 1988 e é verdadeiro oxigênio, em face da sufocante atuação de oportunistas sem vínculos duradouros com a Coisa Pública, que tentam apropriar-se de pedaços do Estado, como se estivessem num loteamento particular. Nesse aspecto, mas só para quem quer enxergar, o Estado brasileiro terá sempre a cara de seus servidores públicos de carreira, e resistirá aos escroques de ocasião, tanto mais, quanto mais bem estruturadas e remuneradas forem as carreiras públicas na fiscalização e cobrança de tributos, consultoria, policiamento, regulação e gestão pública.
Porém, o discurso enjoativo a favor de um Estado emagrecido raramente poupa os servidores públicos. Antes, vilaniza-os. Contudo, é justamente o Estado profissionalizado e bem condicionado que pode garantir a livre concorrência e o desenvolvimento econômico sustentável, conferindo lustro ao caro principio da livre iniciativa, ao profissionalizar a burocracia e ao combater os desv ios de conduta, que sempre perseguiram a máquina publica e que ficaram genericamente conhecidos como Custo Brasil.
Desse modo, contratações mediante concursos que prevejam boa remuneração para as funções típicas de Estado devem ser incentivadas. Exemplo notório e incontestável: a Policia Federal valorizada é paradigma de excelência a ser seguido por todas as policias estaduais. No caso, também os delegados das policias judiciárias estaduais devem ombrear juizes, promotores e advogados públicos, em face da evidente simetria das funções essenciais à instrução e distribuição da Justiça.
Demais disso, o concurso público com remuneração digna seleciona quem preza os livros, e não o dinheiro fácil. Nessa quadra, o servidor público é classe média, por excelência. Quem quiser ficar rico, mude de ocupação. Frise-se, sempre, o servidor público tem descontado seu imposto sobre a renda na fonte e o restante de seu salário encaminha -se para o consumo, contribuindo para o círculo virtuoso de crescimento do mercado interno.
Assim, quando lhe disserem que o Estado brasileiro é obeso, não acredite. Lembre-se das escolas públicas e dos hospitais públicos subnutridos e ávidos por servidores públicos bem remunerados.
Isso tudo, porque quem prescreve a dieta ao Estado, normalmente, toma a parte pelo todo, pois o inchaço injustificável do número de cargos comissionados ocupados sem concurso público, por exemplo, não pode ser confundido com o destino das carreiras de Estado.
Ao contrário, os “cabides de emprego” devem ser denunciados e combatidos por todos, pois, nesse caso, o primeiro prejudicado é o servidor público que trabalha corretamente e se vê preterido por “turistas acidentais”. Porém, mais importante: o segundo prejudicado é o cidadão-contribuinte, que testemunha a ocupação de cargos públicos por apaniguados políticos ou mesmo por ma us servidores, que pensam ser a aprovação num concurso público um fim em si mesmo, esquecendo-se do compromisso com quem os remunera.
Dessa forma, nem obeso, nem esquálido, mas despido de preconceitos estereotipados advindos daqueles acostumados a privatizarem o espaço público, o Estado brasileiro deve ter aprimorada sua compleição física, através da valorização e capacitação contínuas de seus servidores de carreira.
Finalmente, quais serão as contrapartidas fundamentais e inarredáveis de tudo isso? Uma burocracia estável competente e mais infensa ao aparelhamento do Estado, bem como a prestação de serviços públicos mais tempestivos e eficientes, notadamente, para aquele que mais depende da boa forma estatal: o Povo.

Dilma x Serra

Não custa nada optar entre Dilma Rousseff, que lutou contra a ditadura e permanece fiel aos ideais da juventude, e José Serra, representante hoje em dia do conservadorismo mais extremado de S. Paulo. Para agradar à direita, ele investiu, furiosamente, contra o presidente da Bolívia, Morales, por não ser um serviçal do governo de Washington.

A infelicidade de Serra

Quando Lula falou que a crise mundial seria uma “marolinha” no Brasil e quando impacto dela se fazia sentir no país, o Datafolha registrou um aumento na aprovação do presidente. José Serra comentou então: aguardem 2010, para ver se será assim.
A cada ocasião em que não pode se controlar e acabou opinando sobre a política econômica do governo, o candidato tucano assumiu ar professoral e atacou o que considerou erros da condução econômica do país. Recentemente, no seminário da revista Exame, ainda proclamou que o país iria para trás no ranking das economias mundiais – onde ocupa o oitavo lugar pelo peso do seu PIB em dólares -, enquanto mostrava ceticismo de poder chegar a ser a quinta economia, tema do evento, se continuar no rumo atual.
Mesmo na fase em que louvava Lula, cada vez que passava um microfone pela frente, Serra pretendia que o Brasil não estava trilhando o bom caminho em matéria econômica.
Ontem sua primeira reação perante o anuncio do crescimento do PIB, foi a de diminuir sua importância – “a base de comparação é fraca” -, seguindo assim as opiniões de Cesar Maia que proclamava uma ilusão estatística nos dados.
O Estadão registrou que sua primeira reação quando instado a comentar os números foi de pretender que não tinha conhecimento dos mesmos, para imediatamente depois – cedendo a pressão dos jornalistas – manifestar nos seus comentários um perfeito conhecimento dos dados anunciados pelo IBGE (quem notou isto foi o Estadão).
A Folha, por sua vez, flagrou Serra elaborando sua declaração com uma única preocupação: “Não vou ficar botando contra; se não, vão botar no ‘Jornal Nacional’. Todo mundo feliz, e eu falando de desequilíbrio externo.” O dialogo entre Serra e seus assessores foi gravado e reproduzido na Folha hoje.
Armado assim de ferrenha determinação, o candidato tucano balbuciou um “Estou feliz”. Mas como já disse Freud, o inconsciente acabou falando mais alto, e Serra acabou mostrando sua preocupação “pela queda do investimento agregado”, além de indicar o desequilibro externo entre importação e exportação.
Miriam Leitão poderá interrogar o candidato tucano sobre a queda do “investimento agregado”, na próxima entrevista para CBN, mas a reação ranzinza do peessedebista mostra que o tema desencadeará um novo bate-boca com a jornalista.
Mas qual é o motivo da infelicidade do tucano?
Se ninguém tem “o monopólio do coração”, parafraseando a frase de Giscard d’Estaing, com a qual o presidente francês afirmará que direita e esquerda tinham a mesma sensibilidade social, porque Serra não está feliz da vida com o “pibão” brasileiro?
Depois de tudo, o que o número do PIB mostra é que a riqueza do Brasil cresceu bem mais, gerando mais emprego, renda, consumo e lucro para as empresas, melhorando a vida de todos.
Porque não participar da união dos brasileiros comemorando estes resultados produto do trabalho e do esforço de todos eles, preferindo ficar à margem, como arrogante profeta de improváveis desgraças futuras?
Porque esse medo de ser feliz?
Porque o anuncio do PIB intervém após Serra ter deixado de lado a fase de se fantasiar de pró-Lula, preferindo voltar a assumir sua condição de oponente ferrenho ao governo federal. Reassumindo sua verdadeira cara de chefe da tropa demo-tucana raivosa, ficou mal posicionado para posar como sinceramente feliz pelo PIB realizado.
Sua infelicidade só foi percebida, paradoxalmente, pelo arroubo de franqueza que aflorou graças a postura imposta pelo marketing eleitoral.
Quanto mais tenta disfarçar, mais evidente fica o verdadeiro rosto do candidato tucano, na contramão da felicidade do povo.

Palanques fortes pró-Dilma desesperam mídia

Para entender a contrariedade e má vontade da grande mídia com o acordo PT-PMDB em Minas, é preciso levar em consideração que também temos dois bons palanques no Rio Grande do Sul, o do PT-PSB-PC do B, do candidato a governador Tarso Genro, e o do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), que apoia Jose Fogaça (PMDB) para governador e Dilma para presidente.

Em Santa Catarina e no Paraná caminhamos para ter palanques também fortes. A isso acrescente-se o fato de que Dilma já ultrapassou Serra, com muitos pontos na frente, no Norte e Nordeste e mesmo no Centro Oeste. Tudo somado dá para ter uma idéia da importância do acordo PT-PMDB de Minas e do desespero da mídia pró-Serra - Rede Globo à frente.

Alianças e chapas fortes pró-Dilma já fechadas em Minas Gerais, São Paulo, Rio e Espírito Santo, não são pouca coisa não. Mas, a esse fato político-eleitoral da maior importância a mídia impressa (jornalões e revistas) e a Rede Globo preferem dar destaque à versão dos tucanos a um dossiê que não existiu - um dossiê que não passa de uma miragem da oposição, ou "dossiê Porcina", que como a personagem criada por Dias Gomes na novela Roque Santeiro, "foi (viúva) sem nunca ter sido".

Já sobre o fato de que o tal dossiê foi uma armação deles que não deu certo, nenhuma palavra. Tampouco - à exceção da Carta Capital - sobre “Os porões da privataria” o livro em que o jornalista Amaury Ribeiro Jr., revela bastidores do processo de privatização. Na obra Amaury mostra como Ricardo Sérgio de Oliveira - caixa de campanhas tucanas de FHC e de Serra - bem como parentes próximos de Serra teriam sido beneficiados pelas privatizações com dinheiro movimentado em empresas especialmente montadas em paraísos fiscais no Caribe.

A economia brasileira fechará 2010 com a maior taxa de crescimento dos últimos 24 anos

Claudia Safatle

Ainda que a economia não cresça nada do segundo ao quarto trimestre, já está garantido uma alta de 6% no Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Se a taxa de crescimento cair dos 2,7% registrados até março para uma média de 1% nos três trimestres restantes, o crescimento chegará a 7,6%.
É com base nessa realidade que o Ministério da Fazenda fará uma nova projeção para o PIB deste ano, informou o secretário de Política Econômica, Nelson Barbosa, ontem. “Com certeza será acima de 6,5%”, disse. O Banco Central, que até agora trabalhava com um crescimento de 5,8% para o exercício, também vai reavaliar suas estimativas, no relatório de inflação de junho, para algo em torno 6,5% a 7%. A última vez que o PIB cresceu na casa dos 7% foi em 1986 (7,49%)
A força da demanda doméstica traduziu-se no aumento das importações – de 13,1% se comparado com o trimestre imediatamente anterior – sinal de que a demanda cresce acima da oferta. As exportações aumentaram apenas 1,7%. Dos 9% de crescimento, a demanda interna foi responsável por 11,9% e a externa, por menos 2,9%.
Os técnicos do governo chamaram a atenção para dois indicadores que reforçam uma melhor qualidade do crescimento brasileiro: investimentos e poupança interna. A taxa de investimento, que vai ampliar a oferta de bens e serviços, teve aumento de 18% sobre 2009, 1,7 ponto percentual acima de igual período do ano anterior (16,3%). Desses, 1,5 ponto percentual decorreu do aumento da poupança interna.
Aposta-se, agora, na desaceleração a partir do segundo trimestre, fruto da retirada dos incentivos concedidos no auge da crise global e do aperto monetário. Soma-se a isso a própria base de comparação do PIB que já resultará em desaceleração, argumenta a Fazenda. No ano passado a economia teve desempenho negativo de 1,5% no primeiro trimestre (o dado anterior de menos 0,9% foi corrigido) e crescimentos de 1,5%, 2,2% % e 2,3% nos demais trimestres – segundo dados revisados ontem.
Amanhã o Copom deve sacramentar novo aumento de 0,75 pontos na taxa Selic, elevando-a para 10,25% ao ano, em mais uma rodada de aumento dos juros para moderar o crescimento da demanda e enquadrar a inflação.
O desenrolar da crise na Europa é outro elemento que deve contribuir para a desaceleração da economia. “A situação está piorando muito e é preocupante para o mundo inteiro”, disse o secretário, que embarca amanhã para Bruxelas para um encontro com representantes da União Europeia.
Da Alemanha o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao comentar os dados do PIB, acrescentou: “Um outro fator que ajudará no desaquecimento é a crise europeia, que diminui a disponibilidade de crédito para a economia brasileira e dificulta a rolagem da dívida das empresas. Vai, também, dificultar os IPOs e diminuir a abertura de capital das empresas”.
O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, considerou os 9% exagerados e disse que o ideal é uma taxa entre 6% e 6,5%. Para ele, o ritmo do primeiro trimestre pode levar o país a esbarrar na capacidade de produção e a pressões de preço de matérias primas e bens intermediários, além de causar “problemas de logística”. O ministro concorda com o aperto monetário e prevê novo aumento da taxa Selic hoje.
Para o presidente do BC, Henrique Meirelles, o crescimento “vigoroso” do primeiro trimestre “confirma que a economia se recuperou integralmente” e mostra o acerto da estratégia de combate à crise. Em rápido pronunciamento, ele destacou que o avanço mais pronunciado da indústria e do agronegócio contribui para “balancear” o crescimento. Ele apontou o “resultado particularmente importante” do investimento.

Dilma - Pimentel fica! Dossiê é factóide!

Dilma Rousseff, negou categoricamente ontem o afastamento de Fernando Pimentel da coordenação de sua campanha e afirmou que as notícias nesse sentido são "invenção" e "factoide".
Ela voltou a negar que a campanha tenha produzido dossiês. 
Ela e o deputado Antonio Palocci (PT-SP), um de seus coordenadores, reafirmaram em conjunto: O Fernando está na campanha.
Dilma completou: 
- "É invenção. Factoide é isso. Vou reiterar: tais documentos, se existirem, porque não tenho conhecimento deles, nunca os vi; se existirem, não foram elaborados pela nossa campanha. Vamos deixar isso claro. Qualquer outra ilação é uma falsidade. Era bom que aparecessem esses documentos aos quais todo mundo se refere, e ninguém demonstrou a existência deles - disse."

Inflação de maio é a menor do ano

A inflação oficial do país, medida pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo -, registrou no mês de maio 0,43%. 


Segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, a taxa registrou o menor percentual do ano. 


Com este resultado, a inflação acumula alta de 3,09% até o momento. E o que é melhor, com tendência de queda. 


Mesmo assim os colonistas, especialistas e economistas regiamente patrocinados pela agiotagem fica a fazer terrorismo e sugerir que o BC aumente a selic.


Corja!!!

Lula afirma que denúncia sobre dossiê “é mais uma armação”

O presidente Lula classificou ontem como “mais uma armação” as denúncias de que o PT ou o comando da campanha de Dilma Rousseff teria encomendado a produção de dossiês contra o pré-candidato tucano José Serra.
    “Com todo respeito que tenho a vocês (jornalistas), com todo respeito que tenho a mim, tenho coisa mais séria a fazer do que discutir o dossiê do PSDB. Eu conheço as histórias do dossiê do PSDB”, disse o presidente, em Fortaleza (CE).
    Diante da insistência dos jornalistas, que lhe perguntaram se tinha “conhecimento do dossiê”, Lula afirmou:
    “Não falo nisso porque a matéria (publicada por Veja) que falou do dossiê é alguma coisa tão absurda que, se algum de vocês parasse trinta segundos para ler, falaria: é mais uma armação que está em jogo. Minha preocupação no momento é governar o Brasil”.

Outra privataria tucana. Agora no Rio Grande do Sul

AYRTON CENTENO
    Sob pressão de centenas de manifestantes que levantavam cartões vermelhos diante do prédio da Assembleia Legislativa, os deputados gaúchos adiaram para hoje a votação do projeto em que a governadora Yeda Crusius (PSDB) oferece pela bagatela de R$ 79,3 milhões os 74 hectares mais cobiçados de Porto Alegre, situados diante do estádio Beira-Rio, com direito a visão perene da capital gaúcha e do estuário do Guaíba. Custa pouco mais de R$ 1 milhão por hectare. Para a especulação imobiliária é a barganha do ano. Basta saber que, a poucas quadras dali, cada hectare do terreno do antigo estádio do Internacional é oferecido por R$ 9,2 milhões.
    “Este projeto tira a nossa casa, a nossa vida, o nosso direito de sobreviver”, discursou a dona de casa Nora Nei da Silveira Ferreira, uma das líderes das seis comunidades ameaçadas pela venda do terreno da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), antiga Febem/RS, junto ao morro Santa Teresa, no bairro Menino Deus.
    Como os moradores, ambientalistas e sindicalistas foram impedidos de entrar na sede do Legislativo, Nora Nei desafiou os deputados com seu palavreado seco e direto do alto do caminhão de som:
    “Vocês têm que tirar a bunda dessas cadeiras e deixar a gente entrar, porque nós é que botamos vocês aí”.
    Sobrou para a governadora Yeda uma referência à mal explicada compra da mansão de sua mansão:
    “A senhora disse que sua casa não foi roubada. Pois a nossa também não!”
    “Daqui não saio, daqui ninguém me tira” cantavam moças e rapazes das seis vilas do morro segurando faixas onde se lia “Não à venda da área da Fase”, “Levanta favela!” ou “O luxo dos ricos ameaça o nosso futuro”.
    De quando em quando, o locutor da manifestação perguntava: “Quem votar contra o povo, o que vai ganhar?”. E a resposta: “Cartão vermelho”, dizia a multidão erguendo os cartões.
ACAMPAMENTO
    Antigo companheiro de José Lutzenberger, um dos maiores nomes do ambientalismo brasileiro, o ex-vereador Caio Lustosa lembrou as lutas passadas contra a devastação ambiental e se solidarizou com as comunidades.
    Três vereadores de Porto Alegre – Sofia Cavedon e Carlos Todeschini, ambos do PT, e Fernanda Melchiona, do PSol — subiram ao carro de som para comunicar que a Câmara Municipal, por unanimidade, decidira pedir a retirada do projeto de pauta e entregara moção neste sentido ao presidente da Assembléia, Giovani Cherini (PDT). O Tribunal de Justiça já pedira aos deputados que não votassem o projeto da maneira como fora encaminhado. Na semana passada, o Ministério Público Estadual fizera a mesma recomendação.
    Porém, à tarde, após a reunião de líderes, Cherini comunicou que o projeto irá a votação nesta quarta sob pena de trancar a pauta. O deputado Elvino Bohn Gass (PT) percebeu a intenção da base de Yeda de votar favoravelmente à proposta, o que inclui PMDB, PSDB, PP, PPS e PTB. A oposição reúne, sobretudo, o PT, PCdoB e PSB. Há expectativa, dos oposicionistas, de que DEM e PDT também se posicionem contra a venda do terreno. Segundo o sindicato que representa os funcionários da Fase, a proposta não explica como ficará a situação dos 23 hectares protegidos pela lei ambiental e das duas mil famílias que vivem nas seis vilas do morro.
    No projeto, o Estado vende ou troca os 74 hectares para aplicar o dinheiro na construção de nove unidades descentralizadas da Fase. Além do governo e de sua base do Legislativo, opinou a favor da proposta o Conselho de Supervisão dos Juizados Regionais da Infância e da Juventude.
    Moradores das seis comunidades, ambientalistas, funcionários públicos, sindicalistas, estudantes e apoiadores prometem montar acampamento diante do Legislativo e não arredar pé do local para acompanhar a votação. Eles advertem que o deputado que “entregar a área para a especulação” terá seu nome e sua foto espalhada em outdoors para a população saber como se comportou. Para dona Nora será “o momento de saber quem está contra nós”.
Sendo verdadeiro que cada hectare do antigo estádio do Internacional é oferecido por 9,2 milhões...O que Yeda (Cruzes) está fazendo, é roubar descaradamente o povo gaúcho. Como sempre com a cumplicidade de muitos.

Ritmo de 10% ao ano já dura três trimestres

Fernando Dantas 

O Brasil cresce há 9 meses num ritmo anualizado de 10% ou mais. A previsão dos analistas, porém, é que a velocidade caia para algo entre 4% a 5% ao ano. Já há sinais de suavização a partir do segundo trimestre, o que deve levar o crescimento em 2010 para um nível entre 7% e 8%.
Alexandre Schwartsman, economista-chefe do Santander, nota que a velocidade de crescimento em nove meses é de 10%; em seis meses, é de 10,4%; e, no primeiro trimestre, de 11,2%.
Ontem, junto com os dados do PIB do primeiro trimestre, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou também a revisão para cima do crescimento do PIB trimestral dessazonalizado do terceiro e do quarto trimestres de 2009. As taxas passaram de, respectivamente, 1,7% e 2% para 2,2% e 2,3%.
Essa mudança acabou aumentando o chamado “carregamento estatístico” de 2009 para 2010 – simplificadamente, um resíduo de crescimento que se incorpora ao resultado de 2010, mas está ligado ao ano anterior. Assim, pelas contas do Santander, se o PIB parasse de crescer depois do primeiro trimestre, ainda assim a expansão em 2010 seria de aproximadamente 6%.
Consumo. No detalhamento das contas nacionais do primeiro trimestre, nota-se que os investimentos puxaram a aceleração, com crescimento anualizado acima de 30% por três trimestre consecutivos – em relação aos trimestres anteriores, dessazonalizados.
Já o consumo das famílias se mantém como o principal motor de longo prazo, registrando no primeiro trimestre crescimento de 9,3%, comparado a igual período de 2009. É a 26.ª expansão trimestral seguida (desde 2003). Com essa taxa, o consumo das famílias retomou o mesmo ritmo do terceiro trimestre de 2008, depois de ter caído bastante – mas sem deixar de crescer – no início da crise global.
Porém, no ritmo “da ponta” (tendência de curto prazo), o consumo das famílias moderou-se. Ante os trimestres anteriores, descontados os fatores sazonais, ele caiu gradativamente de 2,9% para 1,5% (6,1% anualizado) entre os primeiros trimestres de 2009 e 2010.
A agropecuária cresceu 5,1% no primeiro trimestre, ante igual período de 2009, depois de cair ao longo de todo o ano passado nessa base de comparação. Os destaques no primeiro trimestre foram soja, algodão e milho.
Na indústria de transformação, alguns destaques foram máquinas e equipamentos, metalurgia e siderurgia e têxtil. A construção civil foi impulsionada pelo crescimento de 48,1% no crédito à habitação no primeiro trimestre. No setor externo, as exportações cresceram 14,5% e as importações, 39,5%, ante o primeiro trimestre de 2009. Com isso, o País registrou no primeiro trimestre de 2010 uma necessidade de financiamento recorde de R$ 25 bilhões.

Os dossiês na política

De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi:
Na política, como em muitas coisas, existe uma mistura de transparência e segredo. Todo mundo vê algumas coisas e poucos conhecem todas. Os políticos e os profissionais que vivem em função dela (assessores, consultores, marqueteiros, jornalistas, etc.) costumam falar apenas das primeiras, mas cansam de saber das segundas.
Quando acontece delas serem expostas à luz do dia, ao cidadão só resta ficar chocado. Muitas vezes, nem acredita que é dessa maneira que o sistema político funciona. Lamentavelmente, no entanto, a verdade é que é assim mesmo.
A vida política está cheia de coisas que, com ou sem razão, os políticos acham que escandalizariam as pessoas comuns se elas as conhecessem. Daí que é melhor não dizer nada e deixá-las na santa ignorância.
A regra do jogo é fingir inocência sempre que se revela alguma coisa do mundo escondido. Quando alguém levanta o tapete e mostra algo feio, é essencial fazer cara de paisagem e se mostrar surpreso.
Veja-se a questão do financiamento da política. Não deve haver um só profissional do ramo que ignore como são obtidos os recursos que viabilizam as campanhas eleitorais com alguma chance de sucesso. Se existe alguém tão ingênuo, é bom se informar depressa, para não passar vergonha frente a seus pares.
Mas, na época do mensalão, o que vimos foi o cômico ar de perplexidade de alguns parlamentares, o à vontade com que assumiam o papel de quem nunca tinha ouvido falar nas práticas denunciadas. Como se não fizessem exatamente o mesmo (ou muito parecido, para não generalizar demais).
O caso do dossiê que a campanha Dilma teria mandado fazer contra Serra tem a ver com isso. Ele não é curioso apenas por ser um escândalo que não se concretizou (pois, pelo que consta, nada há no dossiê além de documentos já divulgados), mas por questionar e demonizar uma prática corriqueira.
Podem-se discutir muitas coisas no episódio. É possível que os responsáveis pela área de informação do comitê petista tenham sido incompetentes na seleção dos arapongas que iam contratar (embora não seja ramo onde é fácil recrutar pelo critério de moralidade). É provável que muita gente tenha falado demais. É certo que o caso caiu no caldeirão das brigas internas pelo poder na campanha.
Mas o que todo mundo que lida com a política sabe é que não houve na história nada de novo. Mesmo que não seja algo que se alardeia.
Nos Estados Unidos, existe até a profissão de “oppo”, como são chamados os especialistas em “pesquisa da oposição”, eufemismo criado para evitar dizer que são os encarregados de investigar os podres dos adversários. Eles atuam ostensivamente, apesar de parte de suas atividades ficar na surdina. As campanhas não os escondem, suas firmas anunciam nas publicações destinadas ao business eleitoral, seus nomes aparecem na “ficha técnica” das campanhas.
Em nosso sistema político, prevalece outro modelo: todos fingem que “essas coisas” não existem, embora todos as façam. Desde a redemocratização, não houve campanha para cargo relevante que não tivesse sua área de informação e contra-informação. Contando ou não com a ajuda de especialistas de dentro do governo. Às vezes, para fazer uso da informação (como já aconteceu até para detonar candidaturas presidenciais), às vezes para inibir o outro lado (“não fale mal de mim, senão eu falo de você”).
Como no financiamento heterodoxo, nos dossiês um diz que faz por que o outro faz. Se alguém insistisse em ser bonzinho, seus oponentes levariam vantagem, pois não se absteriam de fazer as habituais maldades. E o pior é que é verdade. Respeitar as regras quando o adversário não as respeita pode ser eticamente superior, mas talvez seja fatal no vale tudo da política. Que todos praticam.
Os profissionais americanos do ramo costumam dizem, com orgulho, que seu trabalho é “fabricar balas”. No Brasil, os dois lados já estão armados e municiados há muito tempo.

Boa, Dilma. Deixa a Folha “funhanhando”

Vibrei quando vi a notícia de que Dilma Rousseff tinha cancelado a sua participação na tal “sabatina” da Folha de S. Paulo aos presidenciáveis. Dilma tem compromissos no exterior e não pode comparecer. Ofereceu-se para marcar nova data, mas o jornal fica “funhunhando”, dizendo que isso depende da concordância de Marina e Serra, embora o que estivesse previsto não fosse um debate entre os três, mas uma simples entrevista.
Eu, de cara, já implico com o nome pretensioso que o jornal dá a isso. Porque não se chama “entrevista” ou “debate”? Embora não tenha este sentido literal, parece que o jornal, do alto de sua cátedra, quer “tomar o ponto” das pessoas, ver se elas se encaixam no “figurino” do “mestre”…
A Folha não “está podendo” isso tudo, não…Seus profissionais tem que ser respeitados, atendidos, as suas perguntas respondidas e todos eles tratados com consideração e até solicitude, mas o jornal está assumindo uma postura de tal parcialidade que não lhe assiste o direito de se pretender juiz de um processo eleitoral.
Mas, sobretudo, faz tempo que eu não vejo um político brasileiro dizer “não dá” para os ditames da Folha. A imprensa é importantíssima e indispensável porque é um meio de comunicação com a população, não porque seja um tribunal onde devamos ser julgados. Nosso juiz é o povo brasileiro.
E tem mais: A Folha não teve pejo de publicar uma “ficha”, já apontada como  montagem por peritos, tentando envolver Dilma com um mirabolante sequestro de Delfim Netto e não teve a coragem de assumir o erro, ficando num ridículo “não há nada que prove ser verdadeiro, mas também não há nada que prove ser falso”. Um argumento destes serve até para justificar a publicação de que Papai  Noel tem um trenó puxado por renas.
Isso teve efeitos danosos sobre Dilma, alguém duvida. Hoje me chegou um novo comentário deleitor narrando o caso de pessoas que ficaram com a impressão de que Dilma “não pode sair do país” por supostas acusações de crimes.
Folha veja que dia a Dilma pode atende-la, e faça a entrevista. Com toda a liberdade, do jeito que quiser e tenh certeza que Dilma desmonta qualquer armação que vier.
Mas a Folha precisa perder esta mania de se achar dona do mundo. Até porque o mundo que era propriedade dos “jornalões” está acabando. A informação, mais pelas artes do capitalismo e da tecnologia do que pelas ações políticas, está se democratizando.
E isso não vai parar.

Elite (neoliberal) em festa


Os neoliberais abriram  champagne, ontem, diante da manchete do jornal O Globo, dando conta de que o governo da Alemanha vai demitir 14 mil funcionários públicos e cortar gastos, inclusive  militares, em função da necessidade de prevenir a nova crise econômica.

É o que pretendem para o Brasil, sob a alegação de a máquina pública estar inchada, mas, na verdade, interessados em atingir o governo Lula.  Gostariam de demissões em massa, assim como da supressão de investimentos públicos e a revogação  dos poucos direitos trabalhistas salvados dos tempos do sociólogo. São essas as “reformas” que apregoam.  Também insistem em mais privatizações e redução da carga fiscal (deles). 

O problema, para certas elites, é que nenhum dos candidatos presidenciais, a começar por José Serra, dá a impressão de querer adotar o modelo econômico antes praticado no Brasil.  Nem ele nem Dilma Rousseff, Marina Silva ou Plínio de Arruda Sampaio. Muito pelo contrário, estão bem longe do falido neoliberalismo  os quatro pretendentes de verdade,  apesar de só dois disporem de condições de vitória. 

Todos tem consciência da crueldade e da ineficácia de  fórmulas como a que a Alemanha começa a adotar, também  imposta à Grécia e à Hungria. Basta atentar para as reações. Mandar a conta para a população significa despertá-la para protestos e mudanças  inusitadas, além de constituir-se em injustiça flagrante.  

Se alguém deve pagar pela crise  são seus artífices, as elites. Demitir funcionários e reduzir investimentos públicos, penalizando as massas, não está na pauta do nosso futuro. Ou está?