O Brasil vai precisar de muita plataforma daqui para frente. Quero dizer que com a exploração do petróleo do pré-sal ganhando velocidade e escala o Brasil vai se transformar necessariamente no maior produtor de plataformas de petróleo do século XXI. A gente tem de pensar grande, do tamanho do Brasil.
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Mídia caduca sofre de PMD - Psicose Maníaco Depressivo
Autor: Luis Nassif
Um psiquiatra que se dispusesse a definir o humor da velha mídia, certamente a enquadraria na categoria de PMD (Psicose Maníaco Depressivo), com muito mais inclinação pelo depressivo. Aparentemente, nada está dando certo no país.
É engano.
Tome-se o que está ocorrendo no setor naval. É uma revolução, um sucesso de política industrial como não se via desde que a crise do petróleo, em fins dos anos 70, liquidou com o sonho do país grande.
***
A revolução começou quando surgiu o pré-sal e o então presidente Lula convocou a Ministra-Chefe da Casa Civil Dilma Rousseff para a missão de devolver ao setor naval brasileiro o brilho dos anos 70 - quando chegou a ser dos maiores do mundo.
A política industrial foi traçada valendo-se de todas as ferramentas de que o governo passou a dispor, com o pré-sal:
A presidenta Dilma Rousseff afirmou que a decisão de construir plataformas petrolíferas no Brasil recuperou a indústria naval e gerou mais emprego e renda
Ao responder pergunta de Candice Renner, 29 anos, professora de Macaé (RJ), Dilma explicou que na década de 90 a indústria naval brasileira quase deixou de existir pois todas as plataformas eram compradas no exterior, mas, a partir de 2003, passaram a ser construídas no Brasil.
“Como resultado dessa política, a primeira plataforma integralmente construída no Brasil, a P-51, com mais de 75% de conteúdo local, saiu do Estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis (RJ). Destinada a águas profundas, desde janeiro de 2009 ela produz petróleo e gás no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos (RJ). Os estaleiros brasileiros estão com encomendas de 21 plataformas de produção e 30 sondas de perfuração. Tudo isso representa geração de emprego e renda no Brasil e mais impulso à nossa indústria naval”, disse.
Ao responder pergunta de Carlos Alberto e Silva, 54 anos, gerente no Rio de Janeiro (RJ), sobre a pauta de exportações, Dilma afirmou que as exportações brasileiras somaram US$ 160,6 bilhões até agosto e que o governo trabalha para aumentar este valor, ampliar o conjunto de bens exportados e conquistar novos mercados. Segundo ela, o Plano Brasil Maior trouxe várias medidas para elevar a competitividade dos produtos brasileiros, entre elas, reduções de tributos que, em 2012, representarão um montante de R$ 43,4 bilhões.
“São benefícios que envolvem a folha de pagamento de diversos setores e estímulos às micro e pequenas empresas, entre outros, gerando incentivos às exportações. Também aprimoramos os mecanismos de defesa dos interesses dos produtores brasileiros nos fóruns internacionais e investimos em tecnologia, inovação e segurança sanitária. Essas ações estão garantindo que, mesmo diante de um cenário internacional adverso, o Brasil tenha bons resultados na balança comercial e continue com nossa economia crescendo”, afirmou.
Pré-sal atrai US$ 20 bilhões: Portos, aeroportos, hotéis, navios e plataformas são alguns dos investimentos previstos
Rennan Setti e Ramona Ordoñez – O Globo
Apesar de ainda estar intacto, sete mil metros abaixo da superfície do mar, o petróleo depositado na camada pré-sal já é o combustível de uma corrida por investimentos bilionários em terra firme. São obras de infraestrutura e logística, e negócios nos setores portuário, aeroportuário, hoteleiro, imobiliário, naval e de pesquisa tecnológica.
O dinheiro vem tanto de empresas privadas como do governo e pode ultrapassar a cifra dos US$ 20 bilhões. E o Rio — que concentra 85% da produção brasileira atual e é um dos estados que têm poços do pré-sal — ocupa posição privilegiada na rota desses investimentos.
Os portos receberão atenção especial nesse fluxo de dinheiro. Dezenove empresas nacionais e internacionais já comunicaram à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) a intenção de explorar terminais ou áreas arrendadas em portos de todo o país, visando à movimentação gerada direta ou indiretamente pelo pré-sal.
Técnicos da Antaq estimam que só esses projetos têm potencial para captar entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões em atividades como apoio offshore (abastecimento de plataformas), apoio marítimo, produção de tubos flexíveis, entre outras. Para não causar especulação no mercado, a agência não divulga quais portos estão despertando o interesse privado.
Porto de Angra terá terminal triplicado
Especificamente nos terminais do Rio, haverá o aporte de mais de R$ 2,5 bilhões nos próximos anos. Além do R$ 1,345 bilhão que chegará, até 2013, para obras de dragagem e reforma por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 1 e 2 — nos portos da capital, de Angra dos Reis e Itaguaí — também haverá investimentos privados visando ao fluxo do pré-sal. Segundo Jorge Luiz de Mello, presidente da Companhia Docas do Rio, o Porto de Angra terá seu terminal triplicado nos próximos anos. O subsecretário estadual de Transportes, Delmo Pinho, acredita que, em cinco anos, sua movimentação será dez vezes maior do que é hoje.
— Angra é um porto privilegiado, dada a sua proximidade com a Bacia de Santos. Já estamos conversando com a empresa arrendatária, a Technip, sobre a possibilidade de expansão do terminal — afirmou o presidente da Companhia Docas.
O Porto do Rio vive a expectativa dos investimentos da Petrobras. A estatal já opera, há cerca de 60 dias, no cais de São Cristóvão, uma base offshore. Porém, ressalva Mello, tratase de uma experiência, feita através de cobrança tarifária (a empresa paga por serviços específicos), não por arrendamento.
— A experiência está sendo bem sucedida. Estamos estudando a legislação para fazer o arrendamento.
Como a Petrobras deverá ser a operadora exclusiva do présal, não terá sentido fazer licitação.
Com o arrendamento, ela terá de construir uma estrutura própria — disse Mello.
Na parte de estaleiros, o advogado Heller Redo Barroso, especialista em petróleo e gás, confirma que serão investidos R$ 7,4 bilhões nos próximos anos na construção de dez novas unidades e na reforma de várias outras.
Também há planos de expansão no setor siderúrgico. A Gerdau, de acordo com ele, instalará um laminador de bobinas em sua usina siderúrgica de Ouro Branco, em Minas Gerais, com início de operação previsto para 2012. Também haverá outro no estado, só que de chapas grossas.
Além das águas, o pré-sal também está movimentando os ares. Baseado na experiência de Cabo Frio — cujo aeroporto serve de base para helicópteros que circulam na Bacia de Campos — o governo quer transformar o Aeroporto de Angra dos Reis no ponto de partida para as estações do pré-sal. Para poder receber aeronaves com turboélices de até 80 lugares e helicópteros com grandes tanques, a pista será ampliada (dos 913 metros atuais para 1.300 metros), o pátio vai ser expandido e haverá uma pista para taxiamento. Hoje em dia, sua movimentação é basicamente turística.
No entanto, as obras — orçadas em R$ 9 milhões, com dinheiro federal, estadual e municipal — estão paradas porque houve um afundamento imprevisto na cabeceira da pista. O projeto está sendo refeito, mas ainda não há prazos.
— Os investimentos valem à pena.
Em Cabo Frio, o governo investiu R$ 50 milhões em dez anos.
Só no ano passado, arrecadou esse mesmo valor de ICMS — comentou o subsecretário de Transportes, Delmo Pinho, que também prepara projeto semelhante para o Aeroporto de Maricá.
Rio receberá três centros de pesquisa
No ramo hoteleiro, a NEP incorporadora vai construir seis aparthotéis no interior do Rio e na Baixada Fluminense até 2014. Serão R$ 180 milhões investidos na construção de duas mil unidades. O público-alvo são executivos e funcionários da cadeia do petróleo, dispostos a pagar entre R$ 120 e R$ 170 por uma diária.
Os empreendimentos já confirmados serão em Duque de Caxias (dois) e Campos dos Goytacazes. O primeiro de Duque de Caxias deve ficar pronto em menos de três anos.
— Com o pré-sal, está havendo um boom de investimentos. O carioca sempre fez hotel para turista.
Estamos investindo no ramo empresarial, que é esquecido — disse Cyro Fidalgo, que desenvolve os projetos da incorporadora NEP.
Em Santos, o advogado Heller Redo Barroso lembra que o número de prédios em construção já supera a quantidade de lançamentos dos últimos 12 anos: — Hoje, são 162 obras de imóveis com mais de dez andares em andamento, duas a mais do que as concluídas de 1998 a 2010. Há também 71 projetos de prédios aguardando aprovação e outros 40 já aprovados.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, lembra que o pré-sal também está estimulando investimento em pesquisa científica. As empresas Baker Hughes, Usiminas e Schlumberger vão instalar três centros de pesquisa em mais de 15 mil metros quadrados do Centro Tecnológico da UFRJ, no Fundão, gastando mais de R$ 131 milhões no total.
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O renascer da indústria naval
Em 2002, a indústria naval brasileira chegou a um piso de 2 mil empregados. Hoje emprega cerca de 45 mil pessoas.
“É inegável que houve uma evolução no setor. A indústria naval estava praticamente parada e agora experimenta grande volume de encomendas”
Navios e embarcações de apoio viabilizaram 2 estaleiros.
Apesar do baixo nível de tecnologia nacional nas plataformas, programa da Transpetro reativou a construção naval. Continua>>>
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Lula - Indústria naval renasce das cinzas
A indústria naval brasileira chegou a ser a segunda maior do mundo, empregando, em 1979, 39 mil trabalhadores. Nas décadas seguintes, quando os navios e plataformas de exploração passaram a ser importados, o setor começou a definhar até quase virar pó, com o número de empregados caindo para 1,9 mil, no ano de 2000.
Hoje, no entanto, a indústria naval está renascendo das cinzas. O setor já superou em muito o número de empregados da época áurea, empregando atualmente 46,5 mil trabalhadores.
Esta reviravolta fantástica está sendo proporcionada sobretudo pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), um dos principais projetos do PAC. As encomendas do Promef somam 49 navios de grande porte.
As premissas do Promef são de que os navios devem ser construídos no Brasil e com índice de nacionalização de 65% na primeira fase e de 70% na segunda, além da exigência de que sejam competitivos internacionalmente.
No mês passado, nós participamos do lançamento ao mar do primeiro navio concluído: o João Cândido, construído pelo Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, com 274 metros de comprimento, duas vezes e meia a distância de uma trave à outra do campo do Maracanã.
Na última quinta-feira, o segundo navio, o Celso Furtado, foi lançado ao mar no Estaleiro Mauá, em Niterói, no Rio de Janeiro. Nós estamos resgatando uma tradição cara ao nosso país, uma vez que este estaleiro foi fundado em 1846 pelo Barão de Mauá, pioneiro da indústria naval e do desenvolvimento industrial do nosso país.
A grande maioria dos trabalhadores do Atlântico Sul ganhava a vida como pescador, cortador de cana ou doméstica. Todos eles receberam formação em três fases, até a qualificação final para as atividades de soldador, caldeireiro, mecânico, montador e pintor.
Não há nada que pague ver a expressão de felicidade estampada no rosto dos trabalhadores, pessoas que jamais imaginaram que um dia seriam capazes de construir um verdadeiro monumento, como é o navio João Cândido.
A retomada da indústria naval é irreversível.
Além das encomendas atuais, não é difícil imaginar quantas encomendas serão geradas com o início da exploração do pré-sal.
Além da revitalização dos antigos estaleiros e da construção, por exemplo, do Atlântico Sul, o Estaleiro Aliança, de Niterói, vai construir uma nova unidade em São Gonçalo (RJ); o Estaleiro Rio Grande, em Rio Grande (RS), construirá oito cascos de navios-plataforma para a Petrobras, e o grupo Wilson Sons anunciou, na semana passada, a construção de outro estaleiro na mesma cidade.
Outros quatro serão instalados no país, para atender à demanda crescente: Paraguaçu, na Bahia, Eisa, em Alagoas, Promar, no Ceará ou Pernambuco, e Corema, em Manaus.
Os reflexos desta verdadeira explosão da indústria naval estão se espraiando por toda a economia e beneficiando, direta ou indiretamente, todos os brasileiros.
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Transpetro lança mais um navio ao mar hoje
Hoje a Transpetro fará o lançamento do navio "Celso Furtado". É o primeiro construído no Rio de Janeiro com recursos do PROMEF - programa de modernização e expansão da frota.
O ministro Paulo Sérgio Passos - transportes - representará o presidente Lula.
Também estarão presentes a solenidade o governador do estado Sérgio Cabral e o secretário dos portos Pedro Brito.
O ministro Paulo Sérgio Passos - transportes - representará o presidente Lula.
Também estarão presentes a solenidade o governador do estado Sérgio Cabral e o secretário dos portos Pedro Brito.
Semana decisiva para o estaleiro Promar Ceará
A Prefeitura de Fortaleza promete anunciar de hoje até a próxima sexta-feira, uma posição oficial sobre a instalação, ou não, do empreendimento na Capital cearense. Orçado em R$ 200 milhões, o projeto traz "na proa", a perspectiva de geração de 1.200 empregos diretos e 5.000 indiretos, a partir da construção de oito navios gaseiros à Transpetro, e a possibilidade do Estado entrar com força, no seleto grupo da indústria Naval, que agora retoma à superfície, içada pelo Programa Federal de Modernização e Expansão da Frota Nacional (Promef).
Atualmente, como antecipou com exclusividade o Diário do Nordeste, a Prefeitura já detém, estudos de custos e dos impactos ambientais, paisagísticos e urbanísticos da implantação do equipamento em mais três áreas do litoral de Fortaleza, além do Titanzinho. São elas a Praia do Portão, também no Mucuripe, o Pirambu e o Poço da Draga, estas últimas localizadas no Centro da cidade.
Lançado pelo governador Cid Gomes, o estaleiro vem, há cerca de dez meses, navegando em águas não muito tranquilas. Bombardeado, inicialmente, pela própria prefeita Luizianne Lins e agora pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-CE), a instalação do equipamento naval já conquistou o apoio ambiental e jurídico da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), mas segue dividindo opiniões e atraindo atenções.
Enquanto parte da população do Serviluz, principalmente surfistas e pescadores, já se manifestaram contrários à implantação do empreendimento naquela área, moradores do Pirambu são favoráveis, desde que, pelo menos, 90% dos 1.200 postos de trabalho prometidos pela PJMR, empresa sócia do Promar Ceará, sejam garantidos para moradores do bairro.
Para o empresário Paulo Haddad, presidente do Promar Ceará, a localização do estaleiro em uma das três áreas em estudo pela Prefeitura é indiferente, desde que o Estado banque os custos com a infraestrutura.
O comunicado oficial da prefeita Luizianne Lins vem sendo aguardado com grande ansiedade pelos investidores da PJMR, que, se tiver a área aprovada na costa de Fortaleza, terá somente até o próximo dia 30 de junho, para assegurar a posse da área na Secretaria do Patrimônio da União (SPU), e a licença ambiental prévia, no Ibama.
Atualmente, como antecipou com exclusividade o Diário do Nordeste, a Prefeitura já detém, estudos de custos e dos impactos ambientais, paisagísticos e urbanísticos da implantação do equipamento em mais três áreas do litoral de Fortaleza, além do Titanzinho. São elas a Praia do Portão, também no Mucuripe, o Pirambu e o Poço da Draga, estas últimas localizadas no Centro da cidade.
Lançado pelo governador Cid Gomes, o estaleiro vem, há cerca de dez meses, navegando em águas não muito tranquilas. Bombardeado, inicialmente, pela própria prefeita Luizianne Lins e agora pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-CE), a instalação do equipamento naval já conquistou o apoio ambiental e jurídico da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), mas segue dividindo opiniões e atraindo atenções.
Enquanto parte da população do Serviluz, principalmente surfistas e pescadores, já se manifestaram contrários à implantação do empreendimento naquela área, moradores do Pirambu são favoráveis, desde que, pelo menos, 90% dos 1.200 postos de trabalho prometidos pela PJMR, empresa sócia do Promar Ceará, sejam garantidos para moradores do bairro.
Para o empresário Paulo Haddad, presidente do Promar Ceará, a localização do estaleiro em uma das três áreas em estudo pela Prefeitura é indiferente, desde que o Estado banque os custos com a infraestrutura.
O comunicado oficial da prefeita Luizianne Lins vem sendo aguardado com grande ansiedade pelos investidores da PJMR, que, se tiver a área aprovada na costa de Fortaleza, terá somente até o próximo dia 30 de junho, para assegurar a posse da área na Secretaria do Patrimônio da União (SPU), e a licença ambiental prévia, no Ibama.
CARLOS EUGÊNIO
REPÓRTER
Petrobras compra 28 navios-sonda por R$ 50 bi
Nove empresas e consórcios apresentaram proposta para participar da maior licitação da Petrobras em curso: a contratação de navios-sonda para atender à demanda de produção do petróleo no pré-sal, projeto que demandará entre US$ 22 bilhões e US$ 28 bilhões.
Convertidos pelo dólar de ontem, os navios-sonda poderão custar mais de R$ 50 bilhões, mais de metade de todo o orçamento da Petrobras para este ano.
Entregaram os documentos exigidos pela licitação Andrade Gutierrez, Engevix, Jurong, Eisa, Keppel Fells, Atlântico Sul (sociedade entre Camargo Corrêa e Queiroz Galvão), a coreana STX e mais dois consórcios: o primeiro formado pela Alusa e Galvão Engenharia e o outro composto por Odebrecht, OAS e UTC Engenharia.
A licitação foi dividida em quatro lotes com sete navios cada um, totalizando 28 sondas. Cada uma poderá custar entre US$ 800 milhões e US$ 1 bilhão. A Petrobras não se manifestou sobre o assunto.
O processo teve início em outubro do ano passado, quando a Petrobras enviou cartas-convite às empresas fornecedoras, decidindo não fazer o projeto por meio de concorrência pública. A primeira sonda deverá ser entregue 48 meses depois da assinatura do contrato.
O edital obriga os candidatos a construir no Brasil.
Na primeira fase, a companhia quer construir 18 sondas de perfuração e exploração de petróleo e gás, necessárias para confirmar as descobertas do pré-sal e realizar a produção em fase de testes. Essas etapas são indispensáveis para avaliar a viabilidade comercial dos campos.
A meta mínima é chegar a 60% de produção de equipamentos e contratação de serviços no Brasil -percentual considerado ambicioso pela industria naval, que nunca construiu sondas no país.
Isso provocou atraso no processo de licitação, pois os próprios estaleiros solicitaram mais prazo para cotar e ajustar as especificações, já que muitas peças e equipamentos utilizados nos navios-sonda são importados.
Desde 2008, a Petrobras trabalha nessa licitação. A ideia da estatal é usar inicialmente três grandes estaleiros que já contam com estrutura para montar as sondas: Atlântico Sul (PE), Rio Grande (RS) e o antigo Ishibrás, no Rio, que será reativado e arrendado pela Petrobras.
De olho nessa encomenda bilionária, o grupo Engevix negocia a compra do Rio Grande -estaleiro hoje operado pela WTorre, mas cujo arrendamento foi feito pela Petrobras, que repassou a área à empreiteira.
Outros grupos se articulam também para criar novos estaleiros: o coreano STX no Ceará, em parceria com sócios brasileiros, e o Eisa (do empresário German Efromovich, dono da companhia aérea Avianca), em Alagoas.
No ano passado, a Petrobras contratou arrendamento de 12 sondas no exterior, que serão operadas no país por empresas brasileiras.
Convertidos pelo dólar de ontem, os navios-sonda poderão custar mais de R$ 50 bilhões, mais de metade de todo o orçamento da Petrobras para este ano.
Entregaram os documentos exigidos pela licitação Andrade Gutierrez, Engevix, Jurong, Eisa, Keppel Fells, Atlântico Sul (sociedade entre Camargo Corrêa e Queiroz Galvão), a coreana STX e mais dois consórcios: o primeiro formado pela Alusa e Galvão Engenharia e o outro composto por Odebrecht, OAS e UTC Engenharia.
A licitação foi dividida em quatro lotes com sete navios cada um, totalizando 28 sondas. Cada uma poderá custar entre US$ 800 milhões e US$ 1 bilhão. A Petrobras não se manifestou sobre o assunto.
O processo teve início em outubro do ano passado, quando a Petrobras enviou cartas-convite às empresas fornecedoras, decidindo não fazer o projeto por meio de concorrência pública. A primeira sonda deverá ser entregue 48 meses depois da assinatura do contrato.
O edital obriga os candidatos a construir no Brasil.
Na primeira fase, a companhia quer construir 18 sondas de perfuração e exploração de petróleo e gás, necessárias para confirmar as descobertas do pré-sal e realizar a produção em fase de testes. Essas etapas são indispensáveis para avaliar a viabilidade comercial dos campos.
A meta mínima é chegar a 60% de produção de equipamentos e contratação de serviços no Brasil -percentual considerado ambicioso pela industria naval, que nunca construiu sondas no país.
Isso provocou atraso no processo de licitação, pois os próprios estaleiros solicitaram mais prazo para cotar e ajustar as especificações, já que muitas peças e equipamentos utilizados nos navios-sonda são importados.
Desde 2008, a Petrobras trabalha nessa licitação. A ideia da estatal é usar inicialmente três grandes estaleiros que já contam com estrutura para montar as sondas: Atlântico Sul (PE), Rio Grande (RS) e o antigo Ishibrás, no Rio, que será reativado e arrendado pela Petrobras.
De olho nessa encomenda bilionária, o grupo Engevix negocia a compra do Rio Grande -estaleiro hoje operado pela WTorre, mas cujo arrendamento foi feito pela Petrobras, que repassou a área à empreiteira.
Outros grupos se articulam também para criar novos estaleiros: o coreano STX no Ceará, em parceria com sócios brasileiros, e o Eisa (do empresário German Efromovich, dono da companhia aérea Avianca), em Alagoas.
No ano passado, a Petrobras contratou arrendamento de 12 sondas no exterior, que serão operadas no país por empresas brasileiras.
Rio Grande recebe R$ 13 bilhões em investimentos na indústria de navios e plataformas marítimas e mais R$ 1 bilhão, em outros negócios
Elder Ogliari, PORTO ALEGRE
Os investimentos bilionários em diques, estaleiros, cascos de navios e plataformas marítimas são a parte mais vistosa, mas não a única, do polo naval em Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul. Estão em andamento obras de ampliação das vias de acesso e do calado do porto, ao custo de quase R$ 700 milhões. Juntos, eles atraem dezenas de outros projetos privados, que somam cerca de R$ 1 bilhão.
A onda de crescimento começou com a Petrobrás. A estatal encomendou as plataformas P-53, já concluída, P-55, em construção, e P-63, a ser iniciada em breve, a consórcios privados, e a construção de oito cascos de navio FPSO ao grupo Engevix, a ser feita no Estaleiro Rio Grande 1, que o grupo W Torre construiu.
Agora, segundo a Secretaria Estadual do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai), 30 empresas já estão instaladas na área; sete estão construindo plantas; e outras 22 apresentaram projetos para se instalar. São empresas de fertilizantes, logística, alimentos, madeira, química e, agora, metalúrgicas.
“Semanalmente recebemos novas consultas”, diz o secretário estadual do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, José de Souza Barbosa.
O secretário para Assuntos Extraordinários da prefeitura de Rio Grande, Gilberto Machado de Pinho, conta que passa boa parte do tempo com novos investidores. Nas conversas, ele destaca que, ao contrário de diversos portos cercados de montanhas, o de Rio Grande está diante de uma extensa planície, o que torna mais fáceis as expansões.
O sonho da cidade, para o futuro, é atrair usinas de geração eólica, plantas de regaseificação, fábricas de celulose. Se tudo isso ocorrer até 2020, a população poderá dar um salto, dos atuais 205 mil para 450 mil habitantes. O orçamento municipal subirá de R$ 200 milhões para R$ 800 milhões por ano.
A prefeitura acredita que os investimentos no polo naval vão criar 15 mil empregos diretos e 35 mil indiretos no período entre 2005 e 2015. Somente em 2010 devem ser oferecidas 5 mil novas vagas, inclusive para áreas de hotelaria, alimentação, lazer, transporte e indústria do vestuário.
Enquanto a área industrial demanda soldadores, caldeireiros, encanadores, montadores, ajustadores, eletricistas, pedreiros e carpinteiros, outros segmentos também procuram trabalhadores.
“Até para encontrar alguém que lave pratos é difícil”, constata o empresário Claudio Silva, dono do restaurante Plaza Grill.
Apesar disso, o desemprego, ao redor de 12% da região metropolitana de Porto Alegre, não vai acabar. Motivo: falta de qualificação da mão de obra.
Nos últimos três anos, a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) criou seis novos cursos de engenharia, enquanto o Ministério do Trabalho, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social e a prefeitura passaram a oferecer cursos de qualificação técnica básica.
A metalúrgica Metasa, que está se instalando na região, pediu que a prefeitura formasse 400 trabalhadores e promete complementar o treinamento dentro da própria empresa.
A obra para a construção da nova fábrica começa em um mês. Pronta, em meados de 2011, terá capacidade para processar 60 mil toneladas de aço por ano para fornecer componentes de plataformas marítimas e navios.
A metalúrgica Profab foi das primeiras a se instalar na região. Inaugurada em fevereiro de 2007, a empresa fazia correias e elevadores de caçamba. Hoje, produz também peças de caldeiraria pesada, tubulações e estruturas metálicas e está investindo em novas fábricas, e uma delas será no Rio de Janeiro.
Estimulada pela demanda naval, a empresa passou de seis funcionários, nos primeiros dias, para 180. O faturamento multiplicou-se por oito em três anos.
Emprego no setor metalúrgico cresce 60% no Governo Lula
Pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e publicada pela Rede Brasil Atual informa que o setor metalúrgico está perto de retomar os níveis de emprego do fim dos anos 80, quando ocupava 2,4 milhões de trabalhadores. Segundo o Dieese, as empresas do setor abriram 900.000 vagas ao longo da última década.
O levantamento revela que a metalurgia ocupa hoje 2,1 milhões de pessoas. E que, de 2002 a abril de 2010, a expansão do emprego foi de 60%. A manter-se o ritmo atual, prevê o Dieese, o recorde registrado no biênio de 1987-1988 será batido ao longo do próximo ano.
A situação só não é melhor por causa da crise econômica internacional que afetou o Brasil a partir de setembro de 2008 e até o fim do primeiro semestre do ano passado. Durante o Governo Lula, o mercado de trabalho no setor vinha se expandindo mensalmente, mas, entre outubro de 2008 e julho de 2009, se retraiu fortemente.
O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Carlos Grana, acusa os empresários de aproveitarem a crise para demitir trabalhadores mais antigos, aumentando a rotatividade e recontratando a valores mais baixos.
“Houve um exagero. E seria um caos se tivéssemos entrado na onda de alguns empresários que, em janeiro de 2009, queriam reduzir jornada e salário”.
Os cortes não foram maiores, na avaliação de Grana, porque o Governo Lula reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e criou ou dinamizou linhas de crédito do BNDES.
INDÚSTRIA NAVAL
Ao analisar o mercado de trabalho na metalurgia por áreas de atuação, o Dieese concluiu que a única que manteve fôlego, mesmo durante a crise, foi a indústria naval. O estudo prevê que o quadro vai melhorar ainda mais nesse segmento, com expectativa de que os investimentos cresçam 58% entre 2010 e 2013, na comparação com 2005-2008.
O Dieese lamenta que a década de 1990 tenha tido efeitos terríveis sobre o mercado de trabalho na indústria naval. O Brasil perdeu a posição de vice-líder mundial, quando gerava 40.000 empregos. Para a entidade, a recuperação em curso é fundamental pelo enorme potencial empregatício da atividade, que gera quatro vagas indiretas para cada uma direta, com efeitos em toda uma rede de suprimentos.
A retomada da indústria naval ao longo dos últimos anos é explicada pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota, que em sua primeira fase registra a encomenda de 26 navios e a liberação de R$ 6,2 bilhões em financiamentos para construção e modernização de embarcações.
SALÁRIOS
O cenário positivo para a metalurgia tem resultado em ganhos para os trabalhadores. O aumento salarial real acumulado entre 2004 e 2009 é de 14,21%.
A disparidade regional, ainda que grande, vem diminuindo. O salário médio no Norte, que em 2005 correspondia a 60,3% da média do Sudeste, agora representa 64,9%, ou R$ 1.571,74. Oscilação parecida foi registrada no Sul e houve um aumento maior no Nordeste, que ainda tem o salário médio mais baixo entre os metalúrgicos, de R$ 1.241,05.
Para os sindicatos, essa redução nas desigualdades é fruto de campanhas por acordos coletivos e pela fixação de pisos salariais em regiões de menor remuneração.
Agora, a categoria espera pressionar o Congresso pelas aprovações da redução da jornada de 44 horas para 40 horas semanais e da convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que tenta colocar freio às demissões injustificadas. O Dieese elenca como desafio a redução da rotatividade, que ainda gira em torno de 30% na média do setor metalúrgico.
fonte Brasília Confidencial
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