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Representação perfeita dos ratos marinhos

Calada!


O reverso do genial 

Chico Anysio

Fragmentação fotográfica




Versões sobre vários temas

Natura e Marina foram desmascarados


A delação de Léo Pinheiro, da OAS  atingiu uma das figuras da política brasileira, tida até hoje como um arauto da ética; na negociação da delação premiada do empresário, ele se comprometeu a falar do caixa dois que irrigou a campanha de Marina Silva à Presidência em 2010; o pedido a Pinheiro teria sido feito por Guilherme Leal, um dos donos da Natura, candidato a vice-presidente de Marina naquela eleição; a informação é do jornalista Lauro Jardim; Alfredo Sirkis, que presidia o PV, sigla pela qual Marina foi candidata em 2010, acompanhava Leal quando a negociação foi fechada; na prestação de contas de Marina-Guilherme Leal, não há qualquer registro de doação da OAS

11 de Junho de 2016 às 12:10

247 - A delação de Léo Pinheiro, da OAS, pode atingir uma das principais figuras da política brasileira, tida até hoje como um arauto da ética. 

Segundo o jornalista Lauro Jardim, de O Globo, "na negociação da delação premiada de Léo Pinheiro, há uma revelação destinada a fazer muito barulho". "Atinge duas figuras que têm suas imagens ligadas umbilicalmente às questões da ética e da sustentabilidade - uma, na política; a outra, no meio empresarial".

Ele prossegue: "O ex-presidente da OAS se comprometeu com os procuradores a falar do caixa dois que, segundo ele, irrigou a campanha de Marina Silva à Presidência em 2010. O pedido a Pinheiro foi feito por Guilherme Leal, um dos donos da Natura, candidato a vice-presidente de Marina naquela eleição".

De acordo com a nota de Jardim, que deve ser publicada em "O Globo" deste domingo (11), mas que já foi distribuída a jornais regionais, que publicam a coluna do jornalista, "Alfredo Sirkis acompanhava Leal quando a negociação foi fechada". Sirkis já presidiu o PV. Ele é o fundador da sigla pela qual Marina disputou a presidência do país em 2010.

Na prestação de contas de Marina-Guilherme Leal, não há qualquer registro de doação da OAS.

STF como biombo no truque dos mágicos por Armando Rodrigues Coelho Neto

Enquanto era anunciada a improvável prisão de Eduardo Cunha, José Sarney e outros, a Câmara Federal dava sequencia ao debate sobre o PL 4567/16, cujo foco é Petrobras e Exploração do Pré-Sal. Na prática, as prisões seriam mais um possível factoide para distrair incautos. Primeiro, distrair os foram às ruas com a camisa da CBF pedir o fim da corrupção, com direito a banheiro químico, metrô liberado, foto com a truculenta polícia de São Paulo... Segundo, desarticular a tímida resistência ao golpe.

Estamos no mais vergonhoso golpe da história. O golpe de 1964 assumiu os tanques e os entreguistas assinaram embaixo. Hoje, os coautores do golpe, antes enrustidos, mostram aos poucos os rostos. Muitos através do recebimento dos jetons, cargos, reajuste salarial; outros pela mudança de foco dos noticiários. Os capitães do mato da PF já afinaram a voz diante do impostor.

Com o rei nu, surgem gravações que lembram o famoso refrão dos traficantes dos morros cariocas: "tá dominado, tá tudo dominado". Segundo as gravações, que sem provas a nada se prestam, do Poder Judiciário ao Exército, tudo está sob controle. Inclusive os tímidos sinais de reação, tudo dentro dos cálculos e com repressão violenta e desproporcional, que é pra servir de exemplo e amedrontar um segmento da sociedade que defendia a sociedade desarmada. "Podem ir pra cima. Não vai ter reação".

O golpe está gratinando. Uns disfarçam o cheiro de podre, outros o de queimado. Desse modo, vamos deixar de lado aqueles que ao lado do pato, estão pagando o pato pelo mico. Pausa para os que que gritaram "Somos todos Cunha", os que acreditavam mesmo que Lava Jato seria a redenção do País, que culparam Dilma pela queda de Plutão e o não retorno do seriado Bonanza. Falemos da tímida resistência no truque dos mágicos.

Recentemente, o controvertido político Ciro Gomes, um dos raros que está falando coisa com coisa, sabe-se lá a que título, esteve no Teatro Oficina. Disse coisas importantes, mas foi sistematicamente atropelado por pessoas, então centratadas em seus umbigos: negros, mulheres, homossexuais, artistas, etc. Claro que são questões importantíssimas, mas que no contexto do todo, da essência e da urgência só se tornam maiores se apreciadas no conjunto e não isoladamente.

Causou perplexidade o individualismo, inclusive por parte de nomes respeitáveis. A democracia pisoteada, a Faixa Presidencial sendo roubada, enquanto preciosos minutos eram perdidos, por exemplo, no debate se o machismo é culpa do homem ou da mulher. Enquanto isso, o expoente Zé Celso queria fazer dança indígena como grande ato revolucionário. Poucas foram as vozes direcionadas ao todo, onde se inclui o controvertido Ciro Gomes.

Disso vem tirando proveito os golpistas. Com o uso da mídia, lançam factoides que vão do desapreço pela cultura ao convescote de um ator pornô com o preposto da educação. Ao mesmo tempo, imagens de um medieval estupro é jogado na rede; debate-se o foi não foi, acusam o funk, enquanto um simples rolezinho num shopping é farejado com alma de vidente pela Polícia Militar, pronta para arrastar pelas ruas mais uma mulher pelo cabelo, bem ao gosto do homem da caverna.

Nesse truque de mágicos, de desvio de atenção, a direita brasileira tem sido sábia e não perde o foco. Entre o acidente (2006) de um avião da Gol com quase 200 (que em parte lembra as história paralela do acidente aéreo que matou o ex-presidente Castelo Branco) e a cobertura do "Dossiê dos Aloprados", a mídia golpista não teve dúvida. Leia-se, os golpistas não perdem o foco, enquanto os órfãos da democracia embarcam em jogos de cena.

Nesse truque de mágicos, no qual o Supremo Tribunal Federal tem servido de biombo, a presidente Dilma Rousseff está encurralada. Não pode dizer que é golpe e é obrigada a se defender para legitimar a farsa jurídica. Se não se defender, o ato será lido como confissão de culpa ou da tão sonhada renúncia. Mas, para quem optou por governar dentro das regras do jogo, inclusive as espúrias, não pode fugir ao macabro ritual de bruxaria. Nem reagir pode, para não ser acusada de insuflar a violência.

Temer, preposto de Cunha, tem o STF, o Exército, a base golpista, a mídia, a Fiesp, o Tio Sam. Só não tem o povo, que, aliás, também não está com Dilma, culpada até por terremoto num longínquo ponto do planeta.

Armando Rodrigues Coelho Neto é jornalista e advogado, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo

Lula - Fidel fez uma revolução. Temer fez um golpe

247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece em primeiro lugar nas pesquisas sobre sucessão presidencial, fez um duro discurso na noite desta sexta-feira, em São Paulo.

Aos gritos de "Volta, Lula", ele praticamente reafirmou sua intenção de reconquistar o poder. "Eu respeito a Justiça, valorizei a vida inteira o Ministério Público, a Polícia Federal, a Controladoria Geral. Mas não podemos permitir que estas instituições sejam partidarizadas e tentem criminalizar um partido", disse ele, afirmando estar de "saco cheio" das acusações contra o PT.

Lula também criticou o que considera um conluio entre imprensa e poder Judiciário. "Eu quando vejo esse conluio acho que eles não precisam da Justiça, não querem condenar com um julgamento, querem condenar com uma manchete de jornal". Em seguida, provocou.  "Quanto mais me provocarem mais eu corro risco de ser candidato a presidente".

Em relação ao presidente interino, Lula foi irônico. "Não existe maior demonstração do golpe dentro do golpe do que o que aconteceu quando a Dilma foi afastada. O Temer deu um golpe na decisão do Senado. Ele não agiu como presidente interino. Assumiu como se tivesse autonomia, autoridade. Ele chegou lá através de um golpe dos fascistas, conservadores". Lula disse ainda que Temer age como se fosse um Fidel Castro ao entrar em Havana, em 1959. "Mas enquanto o Fidel fez uma revolução, Temer fez um golpe".

Outro alvo do discurso foi o chanceler José Serra, que, segundo Lula, trouxe de volta o "complexo de vira-latas". Lula lembrou que foi o único presidente a participar das reuniões do G-8 e que, durante sua presidência, o Brasil andou de cabeça erguida. Com Serra, estaria voltando a ser subordinado às grandes potências.

Ele ainda ironizou o fato de Temer não ter apoiadores nas ruas. "Os coxinhas têm vergonha de ir para a rua defender o Temer", afirmou. Lula criticou ainda decisões que considera preconceituosas do novo governo. "Eles pegam como vítima o garçom Catalão, que foi demitido como espião do Lula e da Dilma."

Sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, disse que o Congresso Nacional hoje tem mais do que 300 picaretas. "Não é possível fazer um golpe contra a Dilma sem crime de responsabilidade."

Lula criticou as mudanças na estrutura do governo feitas por Temer -- principalmente na área social, em que ministérios dedicados a mulheres, negros e direitos humanos foram extintos -- e acusou a gestão interina de não saber governar, "só privatizar". "Se a solução fosse diminuir ministérios, era melhor tirar a Fazenda, o Planejamento e deixar os ministérios dos pobres", disse Lula.