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Folha exalta transposição do Velho Chico

Reportagem especial do jornalista Fabiano Maisonnave. hoje domingo 11/03 no jornal Folha de São Paulo, exalta os impactos positivos da obra, apenas hum ano depois da inauguração. Segundo Maisonnave, por enquanto hum milhão de nordestinos estão sendo beneficiados diretamente pelas águas da transposição. Iniciada por Lula e executada na sua grande maioria na gestão da presidenta Dilma Rousseff (PT), na reporcagem não há nenhuma referência a Lula e Dilma. 

Bem disse Veríssimo: "As vezes a única coisa verdadeira num jornal é a data".

Não demora e será publicada outra reportagem especial dando a paternidade da obra ao candidato da Globo, Alckmin, Maia, Meirelles?...

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Ói o níu júrnalism

Nunca leio o jornal “valor”. nenhuma objeção de natureza política ou ideológica. não leio como não leria a “gazeta esportiva”, ou um jornal de golfe. mas hoje dei com um exemplar desse influente diário paulistano, no qual aparece uma reportagem i-na-cre-di-tá-vel. tendo como fonte uma abstração chamada “moradores”, o repórter (candidato ao pulitzer, imagino) diz que uma antena de celulares da “Oi”, instalada nas imediações do “sítio usado por Lula”, em Atibaia, configura um privilégio.
A reportagem (que poderia ser chamada de “recortagem”, ou “reporcagem”) mereceu meia página do jornal. se o autor (ou seu editor) tivesse tido a pachorra de perguntar aos personagens, a matéria teria ido para a gaveta. Sim, porque:
1 – Lula não usa celular.
2 – Nenhum de seus familiares é usuário da “Oi”.
Assim sendo, me pergunto. onde, cazzo, está o “privilégio”?
Deve ser o tal de níu júrnalism.
do escritor Fernando Moraes no Facebook

Perseguição a Lula - o escândalo do final de semana

Um dos panfletos da oposição - aquele, detrito da maré baixa, como diz Paulo Henrique Amorim -, prefiro ser direto e chamar de merda mesmo. Veio nesse fim de semana com uma reporcagem sobre o ex-presidente ter levado 37 caixas de bebida para o sítio de amigos em Atibaia.

Muito bem, pois não é que moleques do MPF - Ministério Público Federal -, estão escandalizados, perplexos e vão investigar o caso. 

Quanto a investigar triplex dos Marinhos e o delatado Aécio Neves da Cunha, nem pensar. Não vem ao caso.

Ah, quanto as 37 caixas de bebida que foi destaque no jornal nacional, deixa eu fazer uma pequena continha...

Pronto, o que os morojás recebem como auxílio-moradia (assalto aos cofres públicos, legalmente, claro), durante oito anos eles conseguiriam comprar 1440 caixas de um bom vinho.

Falar mais o que?



Mais um assassinato da Veja?



Folheando o jornal Valor Econômico me deparei (pg. C-1, Finanças) com um anúncio pago de um certo Julio Faerman, empresário aposentado da área de petróleo, com o curioso título de “Um alerta aos homens de bem”.
No texto, bem escrito, aliás, o autor defende-se de acusações gravíssimas contra sua pessoa e empresas que dirigiu. Não menciona quem o acusa. Diz que, aos 75 anos, dificilmente terá em vida a necessária reparação.
Uma rápida busca no Google releva o óbvio: mais um assassinato de reputação de Veja, no tradicional estilo cocoxinha irônico, sem direito à defesa. O caso é o suposto escândalo da suposta propina da holandesa SBM Offshore na Petrobras. Quentíssimo, portanto.
Não sei se ele é inocente, mas, se Veja escolhe um lado, é sempre bom ficar do outro, por questões sanitárias.
Expressão de Opinião
Um alerta aos homens de bem

Fernando Moraes - Perderam a compostura

Eu já disse. No dia em que o Zé Dirceu andar sobre as águas, a Veja vai noticiar: "Mensageiro não sabe nadar".
Acha que é exagero? Então veja esta notícia, fresquinha: os casos de dengue no Brasil neste verão caíram 80% em relação ao ano passado. Os óbitos caíram 95%. Olha o título da matéria publicada há pouco no site veja.com:
Brasil tem 1.046 cidades em situação de risco ou alerta para surto de dengue
Perderam a compostura.
***
Como perder o que nunca tiveram?

Alberto Dines - Novo surto de vale tudo

Na tarde de 12 de abril de 2011, em aula da primeira edição do Curso de Pós-Graduação em Jornalismo, da ESPM-SP, Eurípedes Alcântara, diretor de Redação da Veja, na condição de professor-convidado, declarou, para espanto dos 35 alunos presentes: “Tratamos o governo Lula como um governo de exceção”. Na capa da última edição do semanário (nº 2365, de 19/3/2014), o jornalista ofereceu trepidante exemplo da sua doutrina.

Para comprovar a ilegalidade das regalias que gozaria o ex-ministro José Dirceu no Complexo da Papuda, Veja cometeu ilegalidade ainda maior. Detentos não podem ser fotografados ou constrangidos, o ato configura abuso de poder, invasão da privacidade e, principalmente, um torpe atentado ao pudor e à ética jornalística. Um bom advogado poderia até incriminar os responsáveis por formação de quadrilha ao confirmar-se que o autor da peça (o editor Rodrigo Rangel) não entrou na penitenciária e que alguém pagou uma boa grana aos funcionários pelas fotos e as, digamos, “informações”.

“Exclusivo – José Dirceu, a Vida na Cadeia” não é reportagem, é pura cascata: altas doses de rancor combinadas a igual quantidade de velhacaria em oito páginas artificialmente esticadas e marombadas. As duas únicas fotos de Dirceu (na capa e na abertura), feitas certamente com microcâmera, não comprovam regalia alguma.

Ao contrário: magro, rosto vincado, fortes olheiras, cabelo aparado, de branco como exige o regulamento carcerário, não parece um privilegiado. Se as picanhas, peixadas e hambúrgueres do McDonald’s supostamente servidos ao detento foram reais, Dirceu estaria reluzente, redondo, corado. Um preso em regime semiaberto pode frequentar a biblioteca do presídio, não há crime algum.

Agentes provocadores
A grande imprensa desta vez não deu cobertura ao semanário como era habitual. Constrangido, o Estado de S.Paulo foi na direção contrária e já no domingo (16/3) relatava, com chamada na primeira página, as providências das autoridades brasilienses para descobrir os cúmplices do vazamento (ver “Dirceu teria mais regalias na cadeia; DF nega“). Na segunda-feira, na Folha de S.Paulo, Ricardo Melo lavou a alma dos jornalistas que repudiam este jornalismo marrom-escuro (ver “O linchamento de José Dirceu”).

O objetivo da cascata não era linchar Dirceu, o que se pretendia era acirrar os ânimos, insuflar indignações contra uma suposta impunidade, alimentar a agenda dos black-blocks (ou green-blocks?).

Os agitadores e agentes provocadores estão excitadíssimos às vésperas dos 50 anos do golpe militar. O violento quebra-quebra na sexta-feira (14/3), na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) – o maior do gênero na América Latina – não foi provocado pelos caminhoneiros que passariam a pagar pelo estacionamento. Foi obra de profissionais do ramo da agitação política com a inestimável ajuda da PM, que demorou três horas para chegar ao campo de batalha.

As convocações para atos e passeatas destinadas a homenagear o golpe de 1964 não falam na derrubada de Jango, falam em derrotar o PT. Convém lembrar que a rede Ceagesp é, desde 1997, federalizada, ligada ao Ministério da Agricultura.

Num governo de exceção vale tudo. Também no jornalismo de exceção.
***
Depois de três edições e três turmas de valentes profissionais, o Curso de Pós-Graduação em Jornalismo com Ênfase em Direção Editorial, parceria da Editora Abril com a ESPM, foi suspenso. Na véspera do primeiro aniversário da morte de Roberto Civita, está desativada uma de suas mais lindas façanhas no campo da formação profissional. Não merecia.