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Coisas de casal V

Marido pergunta pra mulher: 
- Vamos tentar uma posição diferente essa noite? 
A mulher responde: 
- Boa idéia, você fica aqui em pé na pia lavando a louça e eu sento no sofá!!!!! 

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Coisas de casal IV

Um casal vinha por uma estrada do interior, sem dizer uma palavra. Haviam brigado e nenhum dos dois queria dar o braço a torcer. Ao passarem por uma fazenda em que havia mulas e porcos, o marido perguntou, sarcástico: 
 - Parentes seus? 
 - Sim! Cunhados e sogra... 

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Preciso Dizer que te Amo

Pra você meu amado (Vida)

Coisas de casal III

Na cama [em plena lua-de-mel], o marido se vira para a jovem esposa e pergunta: 
- Querida, me diga que sou o primeiro homem da sua vida. 
Ela olha para ele e responde: 
- Sua cara não me é estranha... 

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Coisas de casal II

O marido pergunta para a esposa: 
- Querida, quando eu morrer, você vai chorar muito? 
- Claro querido. Você sabe que eu choro por qualquer besteira... 

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Coisas de casal I

- Querida, vamos ter que começar a economizar. 

- Tudo bem...Mas, o que devo fazer?  
- Aprenda a cozinhar e mande a empregada embora.  
- Tá legal... Então aprenda a fazer amor e pode dispensar o motorista. 



Aposta nos sonhos

Em 2008, as irmãs alagoanas Rosilene e Eliete da Conceição chegaram à pequena Glória do Goitá “com uma mão na frente e outra atrás”, como elas mesmas dizem. A cidade de 28 mil habitantes a 80 quilômetros do Recife foi o destino escolhido para fugir da miséria. Rosilene e Eliete tinham estudado apenas o suficiente para juntar as letras de seus nomes numa assinatura trêmula. Hoje, são empreendedoras.
A virada aconteceu quando as irmãs conseguiram um empréstimo com o Projeto Acreditar, uma organização de microcrédito rural voltada para jovens. Assim como na maioria dos municípios da Zona da Mata pernambucana, ter emprego com carteira assinada é um luxo em Glória do Goitá. Ali, o único trabalho oferecido em abundância é cortar cana-de-açúcar. A remuneração? Três reais por tonelada de cana cortada. Isso mesmo: R$ 3 por tonelada. Em lugares com esse padrão de renda, quantias muito pequenas de dinheiro podem transformar vidas. É isso que o Acreditar tem feito.
Criado em 2001, o programa funciona quase como um banco, mas com algumas diferenças. A iniciativa foi da Serta, uma organização não governamental dedicada a criar condições de trabalho e renda para os jovens da região. Reunindo um grupo de 120 jovens de Glória do Goitá, a ONG montou um programa que os ajudasse a realizar seus sonhos. O capital inicial era de R$ 10 mil, boa parte conseguida por meio da venda de comida e bebida numa festa. O dinheiro deu origem a um fundo rotativo, que empresta recursos a quem quer montar um negócio.

Quando Rosilene e Eliete procuraram o fundo, ele já contava com o apoio do Sebrae, do BNDES, do Itaú e de outras instituições, como a rede Ashoka. A carteira total ultrapassava R$ 200 mil e havia mais de 600 empreendedores se beneficiando do programa. As irmãs precisaram de apenas R$ 1.500 para montar uma fábrica de massa de mandioca caseira. Hoje, toda a família trabalha na fabriqueta, que tem três funcionários contratados e fornece seu produto para um supermercado no Recife. As microempresárias pagaram o empréstimo inicial em apenas seis meses – e já tomaram um novo, de R$ 1.940. “Nós vamos crescer muito ainda”, afirma Rosilene.
Para conseguir empréstimo não é preciso dar nada em garantia. Basta a palavra. Cada novo empreendimento inscrito no programa passa por um processo chamado de crédito assistido, que inclui uma orientação técnica no processo de amadurecimento da ideia, o levantamento socioeconômico dos futuros empreendedores, a avaliação do Comitê de Crédito do Acreditar e, por fim, a liberação do valor e o acompanhamento de como ele será gasto. As linhas de financiamento variam de R$ 200 a R$ 2 mil. A média é R$ 500.
Cobrando juros de apenas 3% ao mês sobre o saldo devedor, o Acreditar apoia cerca de 400 empreendedores e uma carteira de créditos de R$ 250 mil. Já beneficiou mais de 7 mil pessoas. Mesmo cobrando apenas 3% de juros sobre o saldo devedor, o programa dá lucro, revertido em novos empréstimos. Uma das razões para esse sucesso é a baixíssima taxa de inadimplência: apenas 1,6%, ou um quinto da média dos empréstimos a pessoas físicas do sistema bancário convencional.
“A gente não apoia empreendimentos que usem agrotóxicos, trabalho infantil, jogos, bebidas alcoólicas e outros itens degradantes ao ambiente e às pessoas”, diz a coordenadora do projeto, Lilian Prado, de 25 anos, que, antes de se tornar “microbanqueira”, ajudava os pais na roça. Ela ainda tem as mãos calejadas no cabo da enxada. Sua equipe é formada por jovens empreendedores que mantêm seus próprios negócios paralelamente ao trabalho no Acreditar. O projeto acabou se tornando também porta de saída para as aspirações da juventude local. “Aqui na cidade só tem ensino médio e magistério”, diz Lilian. “Os jovens não têm uma formação profissionalizante que estimule o empreendedorismo.” Como as escolas não oferecem essa ferramenta, o Acreditar faz sua parte. Almir Barbosa dos Santos, de 29 anos, cresceu trabalhando na casa de farinha da família. Nas horas vagas, encantava-se com o teatro de mamulengos do mestre José Lopes e apaixonou-se pela arte. Hoje, Almir tem sua própria companhia de entretenimento. “Antes do Acreditar, procurei outro banco para montar uma oficina, mas eles não acreditaram na viabilidade do negócio”, afirma Almir. Há nove anos ele se divide entre as atividades de artesão, educador e apresentador de teatro de mamulengo. Tudo isso com o crédito que recebeu. “O Acreditar fez valer minhas ideias”, diz Almir. Com a agenda de teatro cheia até o Carnaval do ano que vem, atarefado com a venda de bonecos e oficinas de criação, ele sonha em ampliar a empresa. “Penso em abrir meu próprio ateliê depois do Carnaval. É o que está faltando.”
As irmãs Rosilene e Eliete e o artesão Almir são dois exemplos de como o Acreditar transforma sonhos em oportunidades. Eles não pensam mais em ir para a cidade grande. Querem ficar em Glória do Goitá, onde um passeio de poucos minutos parece um catálogo das ações do Acreditar. Há desde quem tenha aberto uma pequena loja de roupas usando o dinheiro do programa até quem tenha pedido empréstimo para comprar milho, assar e vender na feira. 
"O Acreditar nunca foi um simples projeto, e sim um sonho. Meu medo era que ele se tornasse mais um banco. Mas a lógica é diferente. O projeto contempla a história de vida de cada empreendedor. Emprestar dinheiro, no final, é apenas um detalhe", diz Lilian.


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Noivaterapia: 11 dicas para não surtar até o casamento

“Bridezilla”, um trocadilho com “Bride” (noiva) e Godzilla (o monstro japonês que destrói cidades), é o nome de um popular reality show da TV norte-americana. O programa é focado em noivas que, em meio aos preparativos de seus casamentos, enfrentam problemas dos mais corriqueiros: atraso de fornecedores, deslizes no orçamento, imprevisibilidade do clima. Coisas pelas quais a maioria das noivas passa. Mas, no caso delas, um monstro domina a cena a partir do menos imprevisto – e faz os telespectadores lamentarem pelo pobre que está prestes a dizer o “sim” para a moça.
No Brasil, o programa é exibido pelo canal por assinatura Discovery Home & Health sob o título de “Noivas Neuróticas”. Se você não quer ser uma delas, atenção. Para evitar que você tenha um ataque de nervos às vésperas do seu casamento, reunimos dicas de três psicólogas: Claudia Puntel, especialista em coaching de noivas, e Karen Bomilcar e Renata Lang Stapani, que, além de atenderem noivas em seus consultórios, já foram madrinhas de casamento mais de dez vezes cada.
1. Delegue tarefas. “Você não vai dar conta de tudo sozinha”, esclarece Renata. Como fazer isso? Pedindo e aceitando ajuda, a começar pelo noivo e passando por familiares, madrinhas e amigos, formando, assim, uma rede de apoio.
2. Entenda que você não vai conseguir agradar a todos, seja com a lista de convidados, o cardápio da festa ou a decoração, não importa o quanto se esforce. Tire este peso das costas e faça suas escolhas pensando no gosto do casal.
3. Converse com seu noivo sobre seus trajes e o que um não gostaria que o outro usasse, com cuidado para não magoar um ao outro.
4. Escolha fornecedores de confiança, baseada em indicações de outras pessoas, e leia atentamente os contratos antes de assinar. “Isso a ajudará a separar as preocupações legítimas, como aquelas relacionadas à qualidade do serviço, de desconfianças neuróticas”, diz Claudia.
5. Conversem com seus pais, se preciso com a ajuda de uma terceira pessoa, para reforçar o fato de que o casamento de vocês não é um campo de batalha entre parentes. As famílias, ávidas participar, acabam sendo um grande foco de brigas.
6. Eleja uma boa conselheira, que possa te apoiar e te trazer à realidade em momentos de tensão.
7. Busque um equilíbrio saudável para suas expectativas e prioridades e não exija mais do que o necessário de você mesma e das pessoas que te cercam.

Enquete

O que mais tira uma noiva do sério?





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8. Envolva seu noivo. Apesar de a maior parte da organização ficar por sua conta, ele pode ajudar muito em negociações e momentos de decisões, por exemplo. “Este é um ótimo momento para o casal treinar o trabalho em equipe, que será tão importante na vida de casados”, diz Claudia.
9. Faça atividades físicas. Se você não gosta de academia, vale caminhar na hora do almoço ou andar de bicicleta no parque aos domingos. Renata explica: “exercícios ajudam a liberar a tensão e descansar a mente”.
10. “Tire a mente do universo do casamento periodicamente”, ensina Karen. Vá ao cinema, jante com amigos. Além de espairecer, isso ajuda a evitar que você se torne uma noiva chata, que só fala de si e do seu dia.
11. Namore! Não deixe que o estresse e a correria que permeiam o período não sufoquem os sentimentos.

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Cotidiano

O povo entende. Quem não entende são os tucademospigolpistas de plantão. E insistem com estes factóides idiotas.

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Fortaleza, Rio, Paris

Nunca pensei em morar no exterior. Aquele sonho que para tantos amigos e colegas parece algo de incrível nunca ocupou minha mente. Também não viajei muito, ao contrário da Clélia, que é uma estradeira e que conhece Oropa, França e Bahia. Tão animada que toda hora percorre de ônibus o sertão brabo do Ceará, em várias direções, à frente de um grupo de alunos. Durante os quatro anos em que viveu na Europa, Clélia também visitou todos os lugares possíveis: foi à China, ao Marrocos, à Grécia, levando a reboque e por vezes, a contragosto, o seu Valmir.



Eu, não. Eu vim para o Rio em 1977 e aqui fiquei. A viagem que faço sempre que posso é a Fortaleza. Na semana passada, quando ia de taxi do aeroporto para a casa da mamãe olhando pela janela a paisagem tão conhecida, lembrei daquela frase bonita que abre um dos livros do Lustosa: "Fortaleza, voltei, meu lugar é aqui. Além de Messejana estou no exílio".



Mas essa frase não serve para mim. Fui embora aos 21 e hoje, passados 33 anos, o Rio é que é a minha cidade. Se em Fortaleza ainda estão meus maiores afetos, mãe, filho, irmãos, alguns poucos amigos e as melhores lembranças, o Rio foi a cidade que eu plantei para mim, como naquela música. Aqui, amarguei solidão, angústia e medo; desilusões amorosas, decepções pessoais e ambientes de trabalho hostis. Mas foi aqui também que vivi as maiores aventuras da minha vida, as maiores paixões e fiz minhas maiores conquistas profissionais. Foi aqui que nasceram meu filho, Chico Bento, e meu marido, Mario Bag. Meu filho, Chico Bento, apesar de nascido e criado no Rio de Janeiro, escolheu ser cearense e hoje vive muito feliz em Fortaleza, entre amigos que meus amigos seriam se eu tivesse a sua idade. Já em Mario Bag, que é também meu melhor amigo, talento, inteligência e senso de humor são a mais perfeita encarnação do Rio de Janeiro no que tem de melhor.



Lembro que quando fui embora de Fortaleza a música que para mim mais simbolizava essa partida era "Além do Cansaço". Com letra do Brandão e música do Petrúcio Maia, essa linda e amargurada canção dizia: 



Engraçado pensar que aos 20 anos a gente se sentisse assim. Creio que são os exageros naturais da juventude, a vontade de dramatizar tudo. Isto ou aquilo, o fato é que, aos 21, eu acreditava que "uma cidade sozinha" não comportava a procura da vida e vim. Foi uma experiência dura e creio que, por causa dela, nunca pensei em fazer um segundo movimento em direção a outra cidade. É verdade também que o Rio é a capital cultural do País e continua a ser uma cidade maravilhosa, talvez por isso não me tente a ideia de trocá-la por outra. Os estudos que venho realizando ao longo de minha carreira se centram basicamente em histórias que se passaram no Rio ou que tiveram o Rio como referencia. Mais um motivo para me prender aqui.



No entanto, agora, resolvi arriscar uma temporada mais longa em Paris. Afinal, não se vive duas vezes. E depois da virada do meio século a gente começa a avaliar essas coisas. Ainda é cedo para encostar as chuteiras, mas daqui a pouco vai ser tarde para empreender aventuras mais ousadas. Uma coisa que foi básica para tomar essa decisão foi a estabilidade emocional. Uma zona de conforto que uma relação estável e um filho bem criado proporcionam. Mas também um momento bom na vida profissional, que fez com que ao invés de ir como aluna fosse como professora.



Isto tudo posto, lá vou eu passar quatro meses dando aulas em francês na Cidade Luz. De lá, dou notícias. Torçam por mim.

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Empresário "da propina" desmente a Veja

Empresário "da propina" desmente a Veja

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Caros Amigos: O lulismo tem esquerda e direita

Caros Amigos: o lulismo tem esquerda e direita
A revista “Caros Amigos” acaba de mandar às bancas uma edição especial sobre as eleições. Entre os destaques, a ótima entrevista de Tatiana Merlino com o cientista político André Singer.

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Velhice é um conceito velho

Os outros
Aprendi com Pedro Nava que você está envelhecendo quando começar a achar os contemporâneos decadentes: "Vê como o Fulano está acabadinho". Quem está acabada é toda a nossa geração, a minha, a dele, a nossa. De fato, não se passa um dia em que um de nós não inteire 70 anos. No passado, 70 anos equivaliam a um século. Hoje, não. Somos septuagenários e ninguém se deu conta disso.

Vei
Quando alguém se queixa de que está envelhecendo, costumo lembrar-lhe que quem não quer viver tal fase da vida, morra antes. É o que dizia mais civilizadamente Maurice Chevalier, para quem a alternativa era fatal.

Velhotes acesos
No passado, o sujeito, nessa idade, se aposentava e ia para o fundo da rede, esperar a indesejada. Quando muito ouvia as novelas de rádio, antes de dormir cedo, porque naquele tempo ainda não havia televisão. Hoje, os velhotes estão acesos e, depois do Viagra, fazendo fila à porta dos motéis. Tenho contemporâneo, dois ou três anos nascido antes de mim, que só agora lembra, e lembra com tanto fervor, a vizinha, filha de crupiê de cassino do Ideal que, quando raspava os pelos das coxas, lhe pedia para conferir se o serviço fora bem- feito, se a pele estava lisinha, digna de ser acariciada. E ele, na inocência dos seus 14 anos, se encarregava de tal avaliação que não consegue esquecer.

Conceito
O conceito de idoso mudou muito. Lembram os leitores de como as mulheres dantanho esqueciam o ano do próprio nascimento e, quando dele se lembravam, era com desconto de dez, 20 anos que as faziam quase da idade das netas? Hoje, não. Elas agradecem a Deus a idade, a vida e vão vivendo. As colunas sociais estão cheias de "moçoilas" anunciando estar completando 60 anos, em plena forma. E às festas comparecem as nonagenárias que não se cansam de dançar com os netos ou com estes profissionais de festas que tanta alegria lhes causam.

Vexames
Antes de chegar aos 72, fui muito mais moço. Nem por isso escapei de vexames. Sempre conto que tinha 40 e poucos anos e voltava no velho Fusca que meu pai me emprestava da Praia do Futuro, quando me detive à esquina do Náutico. Logo duas suburbanas, esplendidamente despidas, me abordaram. Uma delas botou a cabeça para dentro da janela do carrinho e caiu na besteira de indagar: "Tio, o senhor deixa a gente no Centro?" Claro que tio não dá carona a ninguém. No máximo até o motel. Danado da vida, respondi-lhes com um sonoro não.

Velho
Lembro que, por esta época, ia saindo do estacionamento da Câmara dos Deputados quando cumprimentei Ary Ribeiro, colega de "O Estado de S. Paulo", que também encerrara suas tarefas. Meu filho Carlos Eduardo teve o desplante de indagar: "Quem é este velho?" Que diabo! O outro era de minha idade, dois ou três anos mais velho, se tanto. Um contemporâneo que meu filho alistara na legião dos anciãos, como eu.

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Preparativos de uma morte anunciada

parodiando a *Elisa Palatinik 
Serra, acabei de pegar teu exame. O médico disse que você vai morrer [politicamente]no dia 03 de Outubro.
— Hein?! O quê?!
— Você morre dia 03 de Outubro. Dia da votação.
— Mas... que coisa horrível!
— Horrível por quê? Melhor que morrer, sei lá, no dia do Índio. No dia da Secretária. No dia do Ginecologista.
— Meu Deus! Vou morrer em vinte e poucos dias e você me conta assim, na bucha, sem me preparar?
— Deixa de ser infantil, Serra. Você não é prato de bacalhau pra eu te preparar.
— Em poucos dias... Eu estou chocado! Se bem que...
— O quê?
— Quer saber? De certa forma foi bom saber logo. Assim aproveito o tempo que resta. Vou viajar, beber, comer e dizer que eu tenho direito.
— Aí é que está, Serra. Você vai ter que fazer dieta.
— Dieta?!
— Pra emagrecer. O caixão que a gente tem não é seu número. Com essa barriga, você não entra naquele ataúde de jeito nenhum. Só entra de lado. Você quer ser enterrado de lado, Serra?
— Claro que não! Mas... não dá pra trocar de caixão?
— É doado pelo FHC teu amigo, conhecido mão-de-vaca. Fui do comitê eleitoral direto pra lá, e foi o que ele me deu. Ele só trabalha com modelagem única e a gente não tem dinheiro pra comprar outro.
— Mas não é justo! Tenho que fazer regime na última eleição da minha vida?
— E ginástica. E cooper. Talvez até balé — que só regime não vai dar conta dos 15 quilos que você precisa perder. Já te matriculei numa academia.
— Mas...
— Outra coisa. Não esquece de começar a convidar as pessoas pro velório.
— Eu?!
— É, ué. Não é você que vai morrer? Era só o que me faltava... você é que vai morrer e eu é que tenho o trabalho... Aliás, por falar em trabalho, arranja doação extra essa semana pra conseguir dinheiro — pra pagar a dívida da campanha.
— Peraí... regime, ginástica, e agora... trabalho extra? Eu estou doente, estou cansado!
— Deixa de frescura, Serra. Daqui a uma semana você vai ter tempo de sobra pra descansar. E se eu não pagar essa dívida, o seu Dantas disse que me mata.
— Ele disse isso?
— Disse. E pode me matar em menos de uma semana. E aí eu vou ser enterrada no seu caixão. E você fica sem dinheiro pra comprar outro caixão. E aí você não vai ser enterrado. Vai ficar por aí, pelas ruas, em processo de decomposição.
— Meu Deus!
— Mais uma coisa. Você vai ter que visitar a tia Augusta.
— Ah, não! Visitar a tia Augusta não! Estou brigado com ela, você sabe disso.
— Vai na quinta feira. Já marquei.
— Assim não dá! Eu, pensando que ia passar uma semana boa, tranqüila, esperando pra morrer... mas nada. Já vi que vai ser um inferno. E se eu não for na casa da tia Augusta?
— Ela vai se sentir culpada por não ter feito as pazes antes de você morrer. E vai acabar morrendo de desgosto.
— E eu com isso? Não quero saber.
— Não quer saber? Acontece que está provado que uma pessoa leva, em média, uns seis meses pra morrer de desgosto.
— E daí?
— Daí que daqui a seis meses é o casamento da tua filha. E se a tua tia morrer, a gente vai ter que adiar o casamento. E se a gente adiar é capaz do noivo desistir de casar. Se ele desistir, tua filha vai ficar arrasada e pode sair por aí namorando o primeiro que aparecer na frente. E o primeiro que aparecer na frente pode ser um drogado. E tua filha pode virar uma drogada. E daí para o crime e para a prostituição é um passo. E daí ela pod...
— Chega! Eu vou visitar a tia Augusta!
— Ótimo.
— Que mais? O que mais você quer que eu faça nessa semana? Já tá perdida mesmo...
— Mais nada. Só cavar sua cova — pra economizar no coveiro, que coveiro está saindo pela hora da morte.
— Deixa eu anotar, senão esqueço... com tanta coisa... Cavar a cova.
— E não esquece de, no dia da tua morte, ir pro lugar do velório cedo. Pra morrer lá mesmo... pra gente também economizar no transporte do corpo. Vai de ônibus.
— Mas...
— De preferência atrás, agarrado no pára-choque, pra não pagar.
— É uma boa... No pára-choque. Só uma coisa. Uma dúvida.
— Fala.
— E se, por um acaso... eu não morrer?
— Tá maluco, Serra? Depois desse trabalhão todo? Nem pensa nisso! Esquece essa possibilidade!
— É que de repente...
— De repente uma pinóia! Vê lá, hein, Serra? Não vai me fazer a gracinha de aparecer no teu velório... vivo!


*Elisa Palatnik, carioca nascida em 1962, desponta com uma das melhores escritoras de humor da nova geração. Começou sua carreira em 1988, como uma das redatoras do Chico Anísio Show. Hoje faz parte da equipe de redação final do programa Sai de Baixo.




O texto acima foi extraído do jornal "O Globo", onde a autora mantinha uma coluna. Como disse Nani no primeiro livro da autora, "A Paranóica e Mestre Pierre", Editora Record/1997, "Elisa, ciente de que o humor é o menor caminho entre duas pessoas, escancara frente a nossos olhos esse mundo absurdo à nossa volta. A surpresa de descobrirmos isso é o que nos leva a rir. Humor é a surpresa". Marcelo Madureira, do grupo "Casseta e Planeta" afirma: "No trivial variado dos seus contos pode-se provar o tempero do seu fino humor além de uma certa angústia judaico-carioca que fazem de Elisa a Woody Allen das Laranjeiras".

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Twittada do dia

@thiagobeleza RT @norma_sv: RT @nildoforte VEJA: Não compre. Se comprar, não abra. Se abrir, não leia. Se ler, não acredite. Se acreditar, relinche...
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Companheir@s blogueir@s, Boa tarde! Tudo bom?

Amanhã, domingo (12), é dia de debate televisivo com Dilma, pela Rede TV!. Vamos fazer aquela tradicional divulgação e cobertura colaborativa?

A equipe da #dilmanarede estará em Osasco, na sede da emissora, e trará todas as informações de bastidores. Acompanhe pelo site e pelo Twitter @dilmanarede. Também vamos transmiti-lo em tempo real no mesmo canal de sempre (canal #dilmanarede) e por meio do código de incorporação. Fiquem a vontade para transmitir também!

O debate da Rede TV! começa a partir das 21h, e é realizado em parceria com a Folha de S.Paulo. Também participarão os candidatos José Serra, Marina Silva e Plínio de Arruda. Será dividido em cinco blocos, sendo três com perguntas entre os candidatos e outros dois com questionamentos de jornalistas.

Comício
Na segunda-feira (13), nossa candidata e Lula participarão de um grande comício em Joinville (SC). O ato será às 19h30, na Praça Dário Salles - Centro. Desta vez, a transmissão será pelo canal de eventos - canal ao vivo. Fiquem a vontade para transmitir este também!

Contamos com vocês! Falem o que pensam, mostrem seu apoio e desejo por um País melhor...Contribuam para uma cobertura democrática! ;)

Carta Capital
Vocês viram a matéria de capa da Carta Capital desta semana? 
Do Boca no Trombone: 
Um abraço,
Paulo.

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