- Alô, quem fala?
- Sou eu, fulano de tal, candidato a vereador.
- Ah sim, em que posso ajudar?
- É que gostaria de contar com teu voto e da tua família.
- Vamos pensar. Ainda não decidimos em quem votaremos.
- Olha, se precisar de alguma coisa pode contar comigo.
- Como assim?
- Qualquer coisa, dentadura, tijolo, telha, remédio...qualquer coisa que precise eu dou para que votem em mim.
- Ah...Olha, peço que refaça a proposta. É que para eu denunciar esta tentativa de comprar o meu voto e dos meus familiares você precisa concordar que eu grave este telefonema...
-Bip, bip, bip....
- Alô, alô, vereador?...
Numa decisão ímpar o ministro do supremo, Marco Aurélio Mello, decidiu que um eleitor não pode gravar uma tentativa de compra de voto - suborno eleitoral - , sem pedir a concordância do corruptor. O diálogo acima é fictício?...
Quem quiser que respeite o judiciário. Eu respeito não! Na minha opinião é o mais corrupto dos poderes.