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Aonde estava e o que fez para combater a ditadura este ínfimo mininistro Bostinha?

Durante a ditadura militar - o mal necessário defendido pelo ínfimo Marco Aurélio de Mello -, José Dirceu veio clandestinamente morar no Brasil, para lutar contra os ditadores. Agora vem um bostinha destes muitos que se revelam quando detém algum poder e exige que Dirceu entregue passaporte, para prevenir um possível fuga. 

Bernardo Kuscinski: macartismo à brasileira

Estamos assistindo ao surgimento de um macartismo à brasileira.
 A  Ação Penal 470  transformou-se em um julgamento político contra o PT.  O que se acusa como crime são as mesmas práticas reputadas apenas como ilícito eleitoral quando se trata do PSDB, que desfruta de todos os atenuantes  daí decorrentes. É indecoroso. São absolutamente idênticas. Só as distingue  o tratamento político diferenciado  do STF, que alimenta assim a espiral macartista. O mesmo viés se insinua com relação  à mídia progressista. A publicidade federal quando dirigida a ela é catalogada pelo macartismo  brasileiro como suspeita e ilegítima.Dá-se a isso ares de grave denúncia. Quando é destinada à mídia conservadora , trata-se como norma.  O governo erra ao se render a esse ardil.  Deveria, ao contrário, definir políticas explícitas de apoio e incentivo aos veículos que ampliam a pluralidade  de visões da sociedade  brasileira sobre ela mesma.  Sufocar economicamente e segregar politicamente a imprensa alternativa é abrir espaço ao macartismo à brasileira”.

A decisão do verdugo Barbosa é de uma demagogia tão grande que fica difícil até de comentar...


Em primeiro lugar, o julgamento não terminará após a dosimetria e a publicação do acórdão. Depois disso, ainda caberão embargos declaratórios ou infringentes. Até o julgamento definitivo desses embargos, nenhum réu pode ser preso pois não há o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. 
Em segundo lugar, e francamente não sei se é para rir ou para chorar, agora o verdugo Barbosa resolve interditar o passaporte dos réus!!! Essa é a medida mais estúpida que já vi em toda a minha vida! O Brasil faz parte do Mercosul junto com a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e a Venezuela. Quem precisa de passaporte para entrar nestes países??? Basta levar a carteira de identidade e qualquer cidadão brasileiro tem trânsito livre nos países do Mercosul... Ou seja, essa cassação dos passaportes não passa de um populismo barato sem eficácia alguma.

Viva o Brasil!


por Paulo Chacon
O Brasil vai inaugurar presos políticos em plena democracia. Coisas do PIG, Globo e STF.
Quer dizer que o mensalão do psdb é caixa dois?
Coisas do poder judiciário; o poder mais corrupto do país.
Viva o Brasil!

O "Almeidinha" está em toda parte

Almeidinha era o sujeito inventado pelos amigos de faculdade para personalizar tudo o que não queríamos nos transformar ao longo dos anos. 

A projeção era a de um cidadão médio: resmungão em casa, satisfeito com o emprego na “firma” e à espera da aposentadoria para poder tomar banho, colocar pijama às quatro da tarde, assistir ao Datena e reclamar da janta preparada pela esposa. 

O Almeidinha é aquele sujeito capaz de rir de qualquer piada de português, negro, gay e loira. Que guarda revistas pornográficas no armário, baba nas pernas da vizinha desquitada (é assim que ele fala) mas implica quando a filha coloca um vestido mais curto. Que não perde a chance de dizer o quanto a esposa (ele chama de “patroa”) engordou desde o casamento. Leia mais>>>

Esopo, atualizado

Debaixo da toga e do cargo de ministro do STF, o covarde Joaquim Barbosa viu a oportunidade de punir um homem corajoso. E pôs-se a desrespeita-lo, insulta-lo a a escarnecer-lhe.

O homem de coragem então disse:

O desrespeito, o insulto, o escárnio não vem de ti, mas sim da posição que hora ocupa. Aonde estavas tu e tua "coragem", quando eu lutava contra a ditadura?...

Mensagem da noite

Piora função renal de Oscar Niemeyer

Segundo o médico Fernando Gjorup, que cuida do arquiteto, seu estado clínico inspira cuidados.

 O boletim informa que Niemeyer está lúcido e respira sem a ajuda de aparelhos.
Não há previsão de alta. Ele foi levado ao hospital na última sexta-feira, 02, depois de apresentar dificuldades para se alimentar e ingerir líquido, e os médicos constatarem a necessidade de colocação da sonda.
Niemeyer recebeu alta no dia 27 de outubro, depois de passar quase 15 dias internado com um quadro de desidratação. Esta é a terceira internação dele em 2012.

Prá desopilar


O mineirinho vai a São Paulo visitar seu amigo paulistano e é convidado a jantar na casa do amigo. Quando estão jantando ele vai até a cozinha beber um copo de água quando aparece a esposa de seu amigo e na maior cara de pau levanta a saia e mostra que está sem calcinha. Ela pergunta:

- Você gostou?
- Gostei muito. 
- Pode ser sua por 500 reais!  

O mineirinho pergunta se pode ser no dia seguinte depois do almoço e ela diz que sim. No outro dia lá pelas duas horas da tarde o mineirinho passa na casa de seu amigo paulistano e a patroa dele esta toda cheirosa esperando-o. Eles se divertem muito e o mineirinho dá a ela 500 reais e vai embora feliz para Minas Gerais. À noite quando o paulistano chega em casa vai logo perguntando para a esposa:

- Amor, o mineirinho teve aqui hoje depois do almoço? Assustada ela responde:

- Sim.
- Ele te deu 500 reais?

Já tremendo, a esposa confirma e o marido:

- Gente boa aquele mineirinho! Ele passou no escritório antes do almoço e me pediu 500 reais emprestado,  disse que pagaria depois do almoço e deixaria o dinheiro com você, êta gente boa esses mineiros!!!!!
Enviada por Marco Leite

Vergonha nacional, Joaquim Barbosa tenta intimidar réus

A decisão do relator Joaquim Barbosa de apreender os passaportes dos réus da Ação Penal 470 é puro populismo jurídico e uma séria violação aos direitos dos réus ainda não condenados, uma vez que o julgamento não acabou e a sentença não transitou em julgado. Cabem recursos mesmo após a publicação do acórdão. Mostra-se também exagerada porque todos os réus estão presentes por meio de seus advogados legalmente constituídos e em nenhum momento obstruíram ou deixaram de atender as exigências legais.


Mas o mais grave são os argumentos para tal decisão, alegando que os réus adotaram comportamento incompatível e desrespeitoso com o Supremo. O ministro sustenta o pedido de recolhimento dos passaportes porque dois réus - antes de serem condenados - viajaram para o exterior e voltaram normalmente. Afirmou ainda em seu despacho que alguns réus “deram a impressão de serem pessoas fora do alcance da lei” com atitudes que afrontariam o Supremo Tribunal Federal. Ou seja, os argumentos cerceiam a liberdade de expressão e são uma tentativa de constranger e censurar, como se os réus não pudessem se defender e, mesmo condenados, continuarem a luta pela revisão de suas sentenças. 


Nada vai me impedir de me defender em todos os foros jurídicos e instituições políticas. Mesmo condenado e apenado, não abro mão de meus direitos e garantias individuais - do direito de me expressar e contraditar o julgamento e minha condenação.

Nenhum ministro encarna o Poder Judiciário - não estamos no absolutismo real. Nenhum ministro encarna a nação ou o povo - não estamos numa ditadura. Mesmo acatando a decisão, tenho o direito de me expressar diante de uma tentativa de intimidar os réus, cercear o direito de defesa e expor os demais ministros ao clamor popular instigado, via holofotes de certa mídia, nestes quase quatro meses de julgamento.


 José Dirceu Oliveira e Silva



Segue nota do meu advogado de defesa:



Decisões judiciais devem ser respeitadas e cumpridas, mas isso não quer dizer que não podem ser contestadas, quer pelo acusado, quer pela defesa técnica. Criticar uma decisão, não significa desrespeitar o Poder Judiciário. Vivemos em um país livre, numa democracia, onde a liberdade de expressão é a regra e faz parte do Estado Democrático de Direito. O passaporte do meu cliente será entregue hoje.

José Luis Oliveira Lima 

Paulo Nogueira: A Folha contra Cristina Kirchner


No Diario do Centro do Mundo
Vejo, na Folha, um ataque a Cristina Kirchner, presidenta da Argentina. Ela estaria, mais uma vez, ameaçando a “mídia independente”.
Bem, vamos deixar claro. Ninguém é a favor de ameaças à “mídia independente”, assim como ninguém é a favor da miséria e do câncer.
Mas de que independência a Folha está falando? Do governo? Certo: é importante. Vital. E, a rigor, a mais fácil: em democracias como a brasileira, você pode demonstrar coragem, aspas, facilmente com violentas críticas aos governantes.
E a outra independência, a que o leitor não vê? Reportagens da Folha que tenham algum tipo de delicadeza financeira – que envolvam, por exemplo, um credor da empresa – estão longe de serem independentes.
Dentro da Folha, elas são chamadas de “Operação Portugal”. Quem me contou foi o jornalista Nelson Blecher, que editou o caderno de Negócios da Folha. Quando havia reportagens complicadas, Nelson era um dos convocados para fazer as sempre bem-comportadas Operações Portugal. Nelas, o rabo da Folha estava devidamente preso, mas fora da vista do leitor.
Há anos aprendi que a verdadeira independência editorial de uma publicação em regimes democráticos, a real prova de bravura e destemor, está não nas páginas de política – mas nos cadernos de economia.
Repare a diferença no tom. Os artigos políticos são quase sempre contundentes. Rugem. As colunas de negócios são invariavelmente cor de rosa. Miam. Todas pertencem à mesma categoria da Operação Portugal.
O que motivou a ira da Folha foi uma cláusula que o governo argentino pretende colocar numa nova lei para regular a mídia.
Só para registrar: na Inglaterra está em curso uma nova legislação para a mídia. O escândalo do tabloide News of the World, de Rupert Murdoch, precipitou um debate sobre quais são os limites da mídia. O NoW invadia caixas postais de milhares de pessoas para obter furos e, com isso, vender mais.
Pode? Não. O que se viu na Inglaterra é que a auto-regulação da mídia simplesmente não funcionou. Interesses econômicos – vender mais, ter relevância a qualquer preço – podem se sobrepor aos interesses públicos. Empresas jornalísticas são negócios com fins lucrativos, e não instituições filantrópicas.
Ninguém, na Inglaterra, ousou dizer que o que estava em curso era uma tentativa de “calar a mídia independente”. A mídia está subordinada à sociedade, e não acima dela. Não poucos notaram, na Inglaterra, o baixo nível de muitas publicações – que deseducam em vez de educar, com uma massa sinistra de fofocas de celebridades e fotos de beldades seminuas.
No Brasil, a mídia não paga imposto no papel em que publica revistas de fofocas como Caras, Contigo e Quem, que fazem seus leitores crer que o importante é saber que ator de novela está saindo com que atriz.
É o chamado “papel imune”, isento de imposto pelo caráter supostamente educativo da publicação. Faz sentido? Talvez para jornais e revistas sérios. Mas para tudo?
O objeto específico do ataque da Folha a Cristina Kirchner é um trecho da nova legislação em que é afirmada a “questão de consciência”. É mais ou menos o seguinte: imagine que um jornalista receba uma ordem para escrever uma coisa que lhe cause repugnância. Ele poderia se recusar.
Em situações normais, a “questão de consciência” seria supérflua. Os jornalistas poderiam trabalhar em jornais e revistas com os quais se sintam identificados. Na Inglaterra, um jornalista de esquerda vai trabalhar no Guardian. Um conservador, no Times de Murdoch.
Mas e quando você tem uma brutal concentração de mídia como na Argentina? O grupo Clarín, fora o jornal do qual extraiu o nome, é dono de 240 emissoras de tv a cabo, 10 estações de rádio e quatro canais de televisão.
Tenho uma história pessoal a contar, neste campo. Por coincidência, ela ocorreu na própria Folha.
Em meados dos anos 1960, meu pai era editorialista da Folha. O Brasil vivia uma ditadura militar. Presos políticos iniciaram uma greve de fome em São Paulo.
O dono da Folha, Octavio Frias de Oliveira, mandou que meu pai escrevesse um editorial no qual fosse dito que não havia presos políticos. Todos eram presos comuns. Meu pai recusou. O editorial saiu, escrito por um grande jornalista que a cada dia passava por meu pai e dizia, aflito: “Emir, já são x dias. Minha mulher tem muitos amigos entre os grevistas.” Meu pai foi colocado na geladeira imediatamente por Frias.
Jornalista, para servir ao interesse público, tem que ser mais que uma máquina de escrever o que o dono pensa. Não é o que julgava o jornalista Evandro Carlos de Andrade, que ganhou de Roberto Marinho o posto de editor do Globo com uma infame declaração de que era “papista”, um servo do Papa Roberto Marinho, mas é o que motiva qualquer profissional que veja mais que cifrões pela frente.
Definitivamente, o ponto levantado por Cristina Kircher, o da “questão de consciência”, é mais complexo do que a Folha gostaria que fosse.

Juízes querem reajuste, plano de carreira e aposentadoria integral


Rachel Duarte
A fim de pressionar o governo e o legislativo brasileiro sobre a questão de seus reajustes salariais, a categoria que recebe alguns dos mais altos salários do funcionalismo cruzou os braços na quarta-feira (7). Segundo a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), quase a totalidade dos juízes federais e trabalhistas do país paralisaram as audiências e a publicação de sentenças e despachos. Em diversos estados ocorreram mobilizações em frente aos tribunais e os atos voltarão a acontecer nesta quinta-feira (8). Além da paralisação, 90% dos juízes também optaram por boicotar a Semana Nacional da Conciliação, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 7 a 14 de novembro.
Na sétima edição, a campanha envolve todos os tribunais brasileiros, os quais selecionam os processos que tenham possibilidade de acordo, solicitando às partes envolvidas que conversem a fim de solucionarem conflitos. A medida faz parte da meta de reduzir o grande estoque de processos na justiça brasileira. Neste ano, a Semana Nacional de Conciliação promove ações no sábado (10) e no domingo (11). Em 2011, o mutirão fez 349 mil audiências e cerca de 168 mil acordos de mais de R$ 1,07 milhão.
O coordenador do Movimento Gestor da Conciliação do CNJ, conselheiro Neves Amorim, não concorda com o boicote como forma de pressionar pelo reajuste reivindicado pelos juízes. “Não podemos avaliar o impacto que terá na campanha, mas utilizá-la para reivindicar reajuste só prejudica a população. Esta pressão interna feita em cima do CNJ, que é um órgão de gestão e de auxílio dos tribunais e não tem ingerência na atuação política junto ao STF (Supremo Tribunal Federal), é ineficiente”, considerou.
Os juízes reivindicam recomposição salarial de 28,86%. “Estamos no nosso limite. Já perdemos quase um terço do nosso poder aquisitivo. Não podemos mais conviver com esta indefinição da nossa política salarial”, afirma o presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Renato Henry Sant’Ana.
O governo federal ofereceu reajuste de 15,8% até 2015, o mesmo percentual acordado com demais servidores federais em agosto deste ano. Os juízes federais e trabalhistas não aceitaram e propuseram uma readequação para cobrir as perdas dos anos anteriores. Com o protesto, os magistrados esperam sensibilizar os parlamentares sobre a decisão da taxa de reajuste e formas de atualizar salários por tempo de serviço. “Existem três projetos enviados pelo STF, que totalizam os 28% de ajuste, no Legislativo. Não há posição do parlamento, porém, sobre colocá-los em votação”, cobra o presidente da Anamatra.
Juízes defendem que não são os mais altos salários do país

Juízes fazem panfletaço em frente a Justiça do Trabalho no RS./Foto: Carlos Henrique/AmatraIV
Segundo Henry, desde 2005 a categoria não recebe um reajuste. O salário inicial de um juiz do trabalho é R$ 21.776,15, mas Henry defende-se das críticas que acusam os servidores responsáveis pela greve de receberem alguns dos mais altos salários no país. “A divulgação dos salários na internet ajudou a acabar com o mito de que os juízes recebem os maiores salários do funcionalismo. Existem outros servidores, como parlamentares e advogados da União, que no acumulado de gratificações e benefícios ganham muito mais do que o que aparece no bruto da folha”, afirma.
Um juiz substituto recebe um salário bruto de R$ 21.776,15. Quando é titularizado, o valor aumenta em 5%. A cobrança dos magistrados é devido a não haver outros ganhos relativos a tempo de serviço ou progressão de carreira, como outras categorias. “A divulgação dos salários do funcionalismo na internet ajudou a acabar com o mito de que os juízes ganham os maiores salários. Fiscais de tributos e mesmo ministros de estado ganham muito mais do isso, o que significa uma total inversão de valores: os salários dos juízes, que deveriam ser teto, acabaram virando piso dos altos cargos do funcionalismo”, compara.
Ele reconhece que a paralisação de dois dias acarretará prejuízos para os trabalhadores, que são os principais beneficiários da Justiça do Trabalho, mas acredita que a sociedade saberá entender a importância do movimento. “Quando um trabalhador que vive de salário deixa de se preocupar com seus ganhos, é porque arrumou outra forma de conseguir dinheiro. E não é isso que a sociedade espera dos juízes. Além disso, acredito que nossos vencimentos são compatíveis com o grau de responsabilidade do cargo”, acrescentou.
A Ordem dos Advogados do Brasil não se posicionou oficialmente sobre o tema. Já as seccionais tiveram posicionamentos individuais, como a OAB-SP, que criticou o movimento e o classificou como “corporativista”. A OAB-RS não tem opinião formada a respeito, informou o presidente Cláudio Lamachia. “Ainda não tive tempo de discutir com o colegiado”, disse.
No RS 90% aderem a paralisação

Magistrados defendem que bom serviço da justiça à sociedade necessita de valorização salarial para o judiciário./Foto: Carlos Henrique/AmatraIV
A magistratura do Trabalho do Rio Grande do Sul mostrou-se fortemente unida e aderiu de forma significativa ao movimento de paralisação de atividades nesta quarta-feira. De acordo com a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da IV Região mais de 90% das Varas do Trabalho gaúchas (são 126 no Estado) estão com as atividades suspensas, num procedimento que deve continuar até amanhã, de acordo com o calendário nacional de protesto contra a desvalorização da carreira e pela recomposição dos subsídios.
Os juízes gaúchos distribuíram mil folhetos explicando outras razões para a adesão ao movimento nacional. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região emitiu nota apoiando a paralisação e ao boicote à Semana Nacional de Conciliação, alegando confiança na razão da mobilização. “A Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul, honrando as suas mais elevadas tradições democráticas, sempre respeitou a preponderância da vontade coletiva e a liberdade de expressão”, disse o texto, assinado pela presidenta Maria Helena Mallmann.
Para o juiz do Trabalho do TRT 4, Roberto Siegmann, é necessária a paralisação para a defesa da autonomia do poder judiciário. “A estrutura democrática do país estabelece a separação dos poderes e a autonomia do judiciário. Não podemos ser colocados como o governo federal faz, no mesmo cálculo de recomposições do restante do funcionalismo”, alega. Segundo ele “é constitucional a recomposição anual sobre os vencimentos dos magistrados”, o que não ocorre há seis anos e gerou os quase 30% reivindicados pela categoria.
Os juízes recebiam antigamente os adicionais por tempo de serviço que compunham a remuneração, mas perderam com o ajuste sobre a recomposição ser com base no cálculo sobre o teto dos ministros do Supremo Tribunal Federal. “Queremos a integralidade do que é previsto na lei”, cobra Siegmann. “Como o legislativo e o executivo não tiveram iniciativa, o judiciário protesta porque não pode ficar na mão destes poderes. Se eles quiserem poderão levar à míngua nossos salários”, complementa.
A Semana de Conciliação

Campanha Nacional de Conciliação é boicotada por juízes federais para pressionar por reajuste salarial./Foto: Divulgação
Como a mobilização nacional é voltada para os juízes federais, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) não aderiu o boicote a Semana Nacional de Conciliação. As negociações sobre reajustes em âmbito estadual são feitas direto com o parlamento e governo estaduais, por isso, nesta quarta-feira foi iniciada a conciliação dos 18 mil processos que devem ser mediados durante o período da campanha.
No caso dos juízes federais e do trabalho, o presidente da Amatra IV, Daniel Nonohay, afirma que a paralisação não trará prejuízo à sociedade, pois as audiências que deveriam ocorrer nestes respectivos dias de campanha do CNJ foram adiantadas ou agendadas para datas próximas. “Os juízes comparecem às unidades, despacham. Só não publicam os despachos e sessões ordinárias. Também não realizamos qualquer audiência. Vamos homologar tudo após o dia 15. Não haverá perda para a população”, garante.
Ele qualifica a Campanha Nacional de Conciliação promovida pelo CNJ um evento oportunista e cobra posicionamento da entidade sobre os pleitos dos juízes. “A natureza do nosso trabalho é a conciliação. Já fazemos isso todos os dias do ano. Essa campanha é para promover os membros do CNJ ou acumular dados estatísticos para apresentar à imprensa depois”, critica. E complementa: “Queremos que ele (CNJ) exerça o seu papel. Se não tem poder de deliberar politicamente, que apoie a recomposição para pressionar o Congresso”.
De acordo com a Amatra IV, há outras motivações no rol de reivindicações dos juízes gaúchos para a adesão da paralisação. Ele apresentou uma pauta com a necessidade de um plano de segurança para os juízes que atuam nos conflitos agrários, casos de trabalho escravo ou crime organizado; recomposição inflacionária anual e garantia de aposentadoria compatível com o salário do servidor em atividade. “Temos que ter o padrão compatível com o que ganhamos agora quando nos aposentamos. Nós não podemos exercer atividades comerciais no exercício da nossa profissão. Se justifica a manutenção da previdência integral com o salário recebido”, defende o presidente.
Para o juiz Roberto Siegmann, as reivindicações são importantes, mas o principal é a questão do subsidio. “Todos admiram o trabalho do STF agora (diante do julgamento do Mensalão), mas a justiça trabalha muito. Somos reconhecidos pelo Banco Mundial como uma das justiças que mais trabalha no mundo. Não podemos ter outra atividade remunerada, como declarada ou indeclaradamente parlamentares têm”, justifica.

Artigo semanal de Delúbio Soares


A DERROTA DOS JUROS ALTOS 
O juro alto é o principal inimigo do desenvolvimento. Ele é tão nocivo quanto a inflação, que mina a estrutura sócio-econômica e desagrega as nações. O dinheiro caro, a falta do crédito compensatório que estimule o empreendedorismo, a atividade parasitária de um sistema financeiro sem qualquer compromisso com o progresso, deixou marcas profundas em nossa história.

Há casos impressionantes de pequenos e médios empresários, comerciantes com tradição, industriais arrojados e produtores agrícolas da melhor qualidade que fecharam as portas de seus negócios sufocados pelos estratosféricos juros praticados pela banca nacional. E, pior: no rastro dos que quebraram, o desemprego de milhões de brasileiros foi mais dramática das consequências. Cada fábrica que desmobilizava suas linhas de produção, cada pequeno comércio que fechava suas portas, cada agricultor que perdia seu trator, simbolizava a falência de um modelo que se exauriu faz tempo, enriquecendo muito poucos e levando milhares de empresários brasileiros às varas de falência e milhões de trabalhadores à miséria.

A partir da eleição do presidente Lula em 2002, quando a história começou a mudar para o povo brasileiro em praticamente todos os setores de sua vida, as iniciativas dos empreendedores, os trabalhos de nossa agroindústria, os esforços dos exportadores, o empresariado nacional como um todo, passou a receber redobrada atenção do governo federal e de seus agentes. O BNDES, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, notadamente, passaram a envidar seus melhores esforços no apoio à produção, solidários aos que tocam a impressionante engrenagem de nossa pujante economia.

Depois do verdadeiro paraíso na terra em que se constituiu o governo anterior - o de Fernando Henrique Cardoso e dos tucanos - para os banqueiros nacionais e internacionais, torrando bilhões de recursos públicos no Proer e cacifando a atuação de um sistema financeiro absolutamente divorciado dos interesses nacionais, sem qualquer compromisso com os que lutam e forjam no comércio, na indústria e na agricultura a riqueza do Brasil, o governo Lula priorizou a produção lastreada no crédito farto e o desenvolvimento baseado numa sociedade menos desigual, espelho de um país que passava a ser respeitado pelo resto do mundo.

Perdemos a década dos 90, especialmente pelo apoio absoluto dos governantes de então ao sistema financeiro, na medida inversa do apoio nenhum aos que produziam e produzem.  Lula não só recuperou o que se perdeu como provocou uma autêntica revolução pacífica em nossa sociedade, tirando da miséria e da pobreza 40 milhões de brasileiros, logo incorporados ao mercado consumidor, formando uma nova e poderosa classe média.

O Brasil do juro alto e do imenso poderio dos banqueiros passou a ser o Brasil do crédito a serviço do desenvolvimento. Uma classe média com mais 40 milhões de consumidores agregadores em menos de uma década dos governos de Lula e Dilma, passou a comprar automóveis, eletrodomésticos, materiais de construção, vestuário, alimentação de melhor qualidade, passou a consumir itens antes destinados apenas aos ricos, lotando os aviões e os centros comerciais. A massa de consumo também levou seus filhos às escolas, passou a viajar nas férias, a ler, a frequentar restaurantes e livrarias, a exercer plenamente uma cidadania esquecida e desprezada nos anos infames do tucanato.

Com o juro alto nada disso seria possível. E foi a determinação dos governos do PT e da base aliada, especialmente no primeiro semestre do ano de 2012, que possibilitou ao Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal - com a impressionante força econômico-financeira que detém, além de uma capilaridade sem igual em nosso território vastíssimo e no seio de nossa sociedade civil – passarem a trabalhar com taxas muito mais baixas do que aquelas praticadas pela banca privada. Enquanto os bancos particulares chegam a cobrar mais de 10% ao mês em simples operações de crédito rotativo (o cheque especial, por exemplo), o BB e a CEF passaram a praticar taxas em torno dos 3% a 4%, muito mais justas e aceitáveis.

Essa política de juros baixos, socialmente mais responsável e economicamente mais produtiva, desnudou a estúpida agiotagem praticada pelos bancos privados, que vem sufocando as atividades produtores e as forças vivas de nossa economia. Ainda assim, o Brasil ocupa um lamentável lugar no ranking dos países que se tornaram prisioneiros da cupidez do capital improdutivo: dividimos com a Turquia o lastimável título de país com os juros mais altos do mundo. Nações desenvolvidas como os Estados Unidos, Canadá, França e Japão, e mesmo o Chile, praticam uma política de juros reais, que servem de parâmetro para aquilatarmos o quanto os banqueiros sugaram nas décadas mais recentes em nosso país. O juro cobrado mensalmente de um cliente que tenha usado todo o seu limite de cheque especial, ou que faça um pequeno empréstimo num banco privado brasileiro, é quase o dobro do juro cobrado anualmente de um norte-americano que se sirva das mesmíssimas operações bancárias. Pagamos aqui em apenas num mês o mesmo que um cliente canadense pagaria durante todo um ano! Ou seja: um abuso inominável contra a economia popular.

As filas extensas de milhões de novos clientes nas agências do BB e da CEF, assim como os contínuos anúncios de baixa nos juros por bancos privados como o Bradesco e o HSBC, são indicadores insofismáveis de que foi acertada a decisão corajosa do governo petista de Dilma Rousseff, enfrentando a agiotagem institucionalizada na banca privada e financiando o desenvolvimento nacional com crédito farto e barato em nossas duas maiores instituições financeiras (o secular Banco do Brasil e a popularíssima Caixa Econômica Federal).

O Brasil decretou guerra ao capital improdutivo, ao sistema financeiro parasitário, aos que não tem compromisso com nosso desenvolvimento e progresso. E a vitória é de todos nós.

Criada a Secretaria de Micro e Pequena Empresa


A Câmara dos Deputados aprovou hoje quarta-feira (7) o Projeto de Lei do Executivo que cria a Secretaria da Micro e Pequena Empresa (PL 865/11), vinculada à Presidência da República. 
Para o Sebrae, a criação da Secretaria significa um grande avanço para as micro e pequenas empresas, que terão um interlocutor no governo federal voltado exclusivamente para políticas destinadas aos pequenos negócios. 
O segmento, que inclui os Microempreendedores Individuais (MEI), reúne 7 milhões de empresas que faturam até R$ 3,6 milhões ao ano. Representa 25% do Produto Interno Bruto brasileiro, 99% das empresas e mais de 15 milhões de empregos formais. 
“Há 40 anos, o Sebrae trabalha pelo desenvolvimento dos pequenos negócios. Por isso, vemos como positiva a criação de um ministério que tratará das demandas para que essas empresas possam crescer e fortalecer ainda mais a economia brasileira”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barreto.

O tempo certo

De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas. Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto. Mas a natureza humana não é muito paciente. Temos pressa em tudo! Aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer: 

 - Mas qual é esse tempo certo? Bom, basta observar os sinais. Geralmente quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, Pequenas manifestações do cotidiano, enviarão sinais indicando o caminho certo. Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer. Mas com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa! 

Basta você acreditar que nada acontece por acaso! E talvez seja por isso que você esteja agora lendo essas linhas. Tente observar melhor o que está a sua volta. Com certeza alguns desses sinais já estão por perto, e você nem os notou ainda. Lembre-se que o universo, sempre conspira a seu favor, quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.

As cartas de Shofia e Obama


Presidente dos EUA responde carta de menina que sofre bullying por ser filha de casal gay 

Uma troca de cartas entre o presidente norte-americano reeleito, Barack Obama, e Sophia Bailey Klugh, uma menina de dez anos, está causando comoção na internet.

Sophia é filha de um casal gay e é incomodada por colegas na escola por essa razão.

Na carta que escreveu a Obama, ela disse que o democrata é seu herói e que ficou muito feliz por saber que ele concorda que dois homens podem se amar.

Além disso, Sophia perguntou ao presidente o que ele faria se estivesse em seu lugar.

O presidente respondeu que os Estados Unidos celebram a diversidade e que ela tem muita sorte de ter pais que a amam tanto.

Ele também aconselhou a menina a lembrar aos colegas que é preciso "tratar os outros da mesma forma que desejamos ser tratados".

Confira a tradução das correspondências:
 
Carta de Sophia:

“Querido Barack Obama,

Aqui é Sophia Bailey Klugh, sua amiga que te convidou pra jantar. Se você não se lembra, tudo bem. Eu só queria te dizer que estou muito feliz por você concordar que dois homens podem se amar, porque eu tenho dois pais e eles se amam. Mas na escola as crianças acham que isso é nojento e esquisito, e isso realmente machuca meu coração e meus sentimentos. Então venho até você, porque você é meu herói. Se você fosse eu e tivesse dois pais que se amam, e garotos na escola falassem mal de você por causa disso, o que você faria?

Por favor, responda!

Só queria dizer que você realmente me inspira, e espero que você ganhe e continue sendo presidente. Você faria deste mundo um lugar melhor.

Sua amiga Sophia.

P.S.: Diga oi pras suas filhas por mim!”
 
Carta de Obama:

“Querida Sophia,

Obrigado por me escrever uma carta tão reflexiva sobre a sua família. Lê-la me deixou orgulhoso de ser seu presidente e mais esperançoso ainda sobre o futuro da nossa nação.

 Na América, nenhuma família é igual. Nós celebramos essa diversidade. E reconhecemos que ter dois pais ou uma mãe não importa, o que importa é o amor que manifestamos um pelo outro. Você tem muita sorte em ter dois pais que te amam tanto. Eles têm sorte em ter um filha tão incrível como você.

Nossas diferenças nos unem. Você e eu somos abençoados por viver num país em que nascemos iguais, sem distinção pela nossa aparência externa, onde crescemos, ou quem nossos pais são. Uma regra boa é tratar os outros da mesma forma que desejamos ser tratados. Lembre seus amigos da escola desta regra se eles disserem algo que te machuque.

 Mais uma vez, obrigado por abrir mão de seu tempo para me escrever. Sinto-me honrado por ter seu apoio, e inspirado pela sua compaixão. Desculpe por não poder ter ido jantar com você, mas eu certamente direi a Sasha e Malia que você disse oi.
Atenciosamente, Barack Obama.”
Fonte: R7

Artigo semanal de Zuenir Ventura


Violência desvairada

O problema da violência urbana que o Rio, se não resolveu, pelo menos equacionou está se apresentando na pauliceia como uma onda desvairada de crimes.

Enquanto a PM fluminense registrou nos primeiros nove meses de 2012 a maior queda no número de vítimas de homicídios no estado em 21 anos, a polícia de SP contabilizou em setembro, na capital, um aumento de 96% em relação ao mesmo período do ano passado.
Foram 135 casos ou quatro por dia. Para isso, contribuíram as ocorrências de PMs executados e mortes suspeitas de civis. Até o último fim de semana, mais de 90 policiais tinham sido assassinados desde janeiro. Apenas na madrugada de ontem, sete pessoas foram mortas, e três ônibus, incendiados.
Estranho que só agora as autoridades resolveram aceitar a ajuda oferecida pelo governo federal. Antes, a Secretaria de Segurança atribuía ao “exagero” da imprensa e à “coincidência” essa sucessão de mortes com características semelhantes: homens armados em carros ou motos disparando e fugindo em seguida.
Negava a escalada até quando, em três noites seguidas em fins de outubro, na Grande SP, houve uma série de ataques, boatos de toque de recolher, viaturas da polícia alvejadas e 38 mortes.
Ao mesmo tempo em que a população indefesa assistia a essa guerra entre policiais e bandidos, com os primeiros sendo perseguidos, em vez de perseguir, uma outra de palavras, um bate-boca, acontecia entre o governo estadual e Brasília.
O desentendimento se deu quando o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, propôs um plano de ação integrada que consistia na criação de uma força-tarefa e na desmobilização do PCC, transferindo seus chefes para distantes presídios federais. O primeiro a ser transferido seria Piauí, membro da facção na favela de Paraisópolis, já ocupada.
O secretário de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, recusou a ajuda, alegando, irritado, que o Estado não precisava dos presídios nem de tropas federais. “A proposta é risível. É oportunismo barato.”
Ainda bem que o governador Geraldo Alckmin, depois de conversar por telefone com a presidente Dilma, contrariou seu arrogante secretário afirmando: “Aceitamos de bom grado a ajuda.”
E ontem, ao lado do ministro e do secretário, anunciou medidas conjuntas de combate ao crime organizado.
Só não pôde fazer nada contra vozes insensatas como a do ex-governador Alberto Goldman, que reagiu assim: “As UPPs que eles querem trazer para SP são as Unidades de Política Petista.” Uma opinião, esta sim, “risível”.

Cinema livre e aberto



Floresta Vermelha é um curta metragem com qualidade de cinema digital (2k), totalmente produzido utilizando tecnologias de software livre e hardware aberto. O curta, através da história do jovem Nikolai, quando volta à sua terra natal, questiona o que significa ser aceito de novo, em um lugar onde a floresta brilha vermelha no escuro.
Floresta VermelhaLeia mais>>>

Crônica semanal de Luis Fernando Verissimo



Os founding fathers, fundadores da república americana, tinham que escolher: presidente eleito pelo Congresso ou por um colégio eleitoral inspirado (mais ou menos) no modelo alemão de príncipes eleitores. O que decididamente não queriam era o voto popular, um cidadão um voto, para impedir que a nova república se submetesse ao que um deles chamou de “tirania da massa”. Queriam, portanto, democracia, mas não demais.

Fato curioso, tornado irônico pela História: uma das razões para escolher o colégio eleitoral — cada estado com um número de “príncipes eleitores” proporcional à sua população — foi a preocupação com os estados do Sul da federação, onde grande parte da população era de escravos negros, obviamente sem direito a voto.
Com o colégio eleitoral, os negros contavam como população, garantindo uma representação justa da região no processo eleitoral, mas não como votantes.
Outra curiosidade histórica, que só descobri agora num livro sobre De Gaulle. Este exigia que as forças francesas que tinham se mantido leais a ele durante a ocupação alemã fossem as primeiras a desfilar na Paris liberada.
Negociou com o comando aliado, que concordou com sua reivindicação com uma única condição, imposta pelos americanos: que nenhum soldado negro marchasse com De Gaulle pelo Champs-Élysées. As forças americanas mantiveram-se segregadas durante toda a Segunda Guerra Mundial e frequentes brigas entre soldados brancos e negros, os chamados race riots, quase não entraram nas histórias oficiais do conflito.
A eleição de Barack Obama e sua possível reeleição (estou escrevendo sem saber nem como foram as pesquisas pós-pleito) teriam acontecido numa América pós-racial, mas tantos anos de preconceito e discriminação não se diluem numa geração.
Nenhum dos ataques e contra-ataques entre os candidatos, numa das campanhas eleitorais mais violentas da história americana, tocou no assunto raça, a não ser em alusões veladas, mas só o contraste entre a brancura iogurte do Romney e a cor do Baraca já é uma declaração política.
Contam que o Stevie Wonder, depois de ouvir elogios a ele e a Ray Charles, que teriam vencido na vida apesar de cegos, teria dito: “E o Ray Charles, além de tudo, é negro.” Tudo que a direita vitriólica americana chamou o Baraca nestes últimos quatro anos — muçulmano dissimulado, maldito socialista etc. — poderia terminar com a frase implícita: e, além de tudo, é negro.
Não preciso dizer que ontem passei o dia torcendo por mais quatro anos para o Barack Obama.

Impasse sobre royalties deve ser decidido no judiciário


Nada é mais importante nos próximos 10 anos do que a educação e a inovação. Daí a importância de o governo lutar para vincular os recursos do pré-sal à área e nada mais indicado que a discussão - e quem sabe, a solução - da questão durante a tramitação do Plano Nacional de Educação no Congresso. 
É apropriado, inclusive, porque o PNE já estabeleceu 10% do PIB como piso para o gasto da União com a educação, e porque o Parlamento não pode aprovar gastos sem as receitas correspondentes para cobri-los. 
Nada mais justo e legal, portanto, agora, do que o próprio PNE vincular à educação os recursos que a União, Estados e municípios receberão dos royalties do petróleo. Do contrário,  a questão ir para o Judiciário, é mais um péssimo precedente que fortalece a tendência de transferência de atribuições próprias do Legislativo para outro poder. Leia mais>>>

E-commerce: programa de afiliados o jogo do ganha-ganha


A Amazon.com foi pioneira na adaptação para o ambiente virtual de um conceito que já vinha sendo praticado no varejo tradicional. Assim, criou uma estratégia de web-marketing bem
 orquestrada para incentivar seus clientes a atrair novos compradores para os produtos que disponibilizava em seu site, remunerando-os quando as vendas eram efetivadas. O tão conhecido Google AdSense também iniciou suas atividades baseando-se nessa ideia. Como na internet tudo fica mais fácil de operacionalizar e o alcance, em termos de público, também é muito maior, em pouco tempo, várias outras empresas com operações on-line seguiram esse exemplo e desenvolveram seus próprios modelos para oferecer os chamados programas de afiliados, prática que hoje é responsável por gerar boa parcela dos milhões de dólares que diariamente são transacionados no e-commerce no mundo todo.

Nos Estados Unidos, esses programas estão bem consolidados e muitos deles rendem excelentes quantias para os participantes. Um bom exemplo é o da OneKingsLane.com, uma loja de artigos para o lar, decoração e arte, que funciona no modelo de clube de compras e que diariamente envia para cada cliente cadastrado um email mostrando os produtos em promoção (com 70% de desconto), que devem ser adquiridos em até 72 horas, lembrando-os que ganharão US$ 15 quando um novo consumidor indicado por eles fizer a sua primeira compra, além das porcentagens sobre as vendas efetivadas pelos consumidores que vierem por seu intermédio.
No mundo, grande parte das empresas do e-commerce já aderiram a essa estratégia de marketing, incluindo-se nesse rol também as companhias do chamado consumo do luxo, como a requintada Hermès de Paris, Richards, e tantas outras. No Brasil, apesar de várias lojas virtuais já oferecem programas de afiliados, como Dell, Saraiva, Mercado Livre,Buscapé, Submarino, só para citar alguns exemplos, essa prática ainda é considerada novidade para o público em geral.
Mas trata-se de um bom negócio tanto para as empresas, que ampliam suas bases de clientes sem grandes investimentos nesse sentido, como para o consumidor, que ganha apenas indicando para sua rede de amigos e conhecidos o link daquela loja, seja por meio de um blog ou site próprio, rede social ou mesmo por e-mail. O comerciante precisa apenas implantar um software que faz o rastreamento dos afiliados, calcula as comissões devidas, gera relatórios e permite o controle sobre as vendas. Com isso, consegue maior exposição para sua marca, chega a nichos de mercado que provavelmente não seriam atingidos por sua estratégia de marketing convencional, e estreita o contato com seu cliente.
O consumidor, de sua parte, apenas precisa se cadastrar como afiliado e promover os produtos e serviços de uma ou mais empresas que disponibilizam esse tipo de parceria. As comissões variam bastante de loja para loja, partindo de algo próximo a 5% a até 30% do valor do produto adquirido. Os cookies, que são instalados na máquina do afiliado pelo sistema do lojista, garantem o monitoramento das vendas e o pagamento das porcentagens devidas. Definitivamente pode ser uma excelente oportunidade de ganhar dinheiro na internet sem muito esfoço.
Nesse jogo não há perdedores. Ganha o lojista, que amplia sua base de clientes potenciais sem gastar para isso; ganha o afiliado, que apenas precisa indicar produtos e serviços para seus conhecidos; e também ganha quem recebeu a dica daquela loja, produto ou serviço, que chegou por meio de uma pessoa da sua confiança.
Sandra Turchi

Pigocracia e Pijugracia significa a mesma coisa

Depois de difundir a expressão PiG (*), de autoria do destemido deputado Fernando Ferro, do PT/PE, o ansioso blogueiro sujo - Paulo Henrique Amorim - passou a se referir à sub-Democracia brasileira como uma PiGocracia.

Cujo verbete acaba de ser impecavelmente redigido pelo Francisco (Houaiss):

PiGocracia -  regime político que não rejeita a ditadura (é “um mal necessário”), é exercido pela opinião pública (familiares dos empresários do PiG) e seu orgão deliberativo não eleito, de natureza judiciária, legislativa e executiva, o P-STF.

A PIGocracia é muito encontradiça na América Latina, particularmente no seu litoral leste. Atualmente, vem sendo dizimado a golpes de Lei, republicanismo e democracia , no sul da região (Argentina).


***Este blogueiro ainda mais sujo e ansioso que o PHA, resolve modificar o verbete - PiGocracia -. 

A partir deste instante está criado o PijuGracia. 

Que significa exatamente a mesma coisa que PiGocracia. 

A diferença consiste na grafia ainda mais explicita.


Os efeitos da redução da conta de luz


A Medida Provisória 579, de setembro, reduzirá em até 28% o custo da energia no país. É medida visando melhorar a competitividade interna.
Apesar da redução e de parte relevante a geração ser de usinas hidrelétricas já amortizadas, recente estudo da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) mostrou o Brasil no 25o lugar em custo de energia, dentre 28 analisados.
Em 2011, o empresário brasileiro pagava cerca de R$ 329 por MWh (megawatt-hora), contra R$ 142,4 da China e R$ 107 do Canadá.
***
O programa Brasilianas.org, da TV Brasil, que foi ao ar na última segunda-feira juntou especialistas para analisar o pacote e a transição para o novo modelo. A redução da tarifa se dará a partir de janeiro de 2013.
Presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tomalsquim explicou que foram alterados dois fatores. O primeiro, encargos e tributos que incidem sobre a conta de luz. Parte dessa conta será bancada diretamente pelo Tesouro Nacional, desonerando o consumidor.
O segundo fator é a mudança no conceito de depreciação das usinas. 
E aí ocorreu uma mudança radical no modelo de tarifação. Leia mais>>>

Denise Rothenburg: o cinturão de Lula


Terminadas as eleições com a vitória do petista Fernando Haddad em São Paulo, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em todas as rodas. Até mesmo nos depoimentos do publicitário Marcos Valério que vieram à tona agora. O PPS correu para pedir que Lula fosse investigado. PSDB e DEM não chegaram a tanto. Dentro do PT, há quem diga que Lula deva ser candidato em 2014 para rebater toda e qualquer acusação contra ele. Os demais partidos da base defendem o ex-presidente. Afinal, o mensalão está por aí há quase oito anos e até então Lula não tinha sido investigado. O próprio Roberto Jefferson há alguns anos pedia que José Dirceu deixasse o cargo para não atingir um homem inocente.
Quer a oposição ao governo Dilma goste ou não, é fato que Lula foi o presidente mais popular dos últimos tempos. Deixou o governo com uma aprovação recorde e tem diálogo direto com o povo, o que faz dele um eleitor de peso para qualquer candidato que se apresente ao seu lado. Se o apadrinhado vai vingar ou não, é outra história. No caso de São Paulo, vingou. E talvez pelo erro do PSDB de ter insistido em lançar José Serra, candidato que perdeu um tempo danado tentando explicar que, se eleito, não deixaria o cargo.
A chance, entretanto, de Lula ser candidato em 2014 é tendente a zero, como bem comentam os amigos dele. O governador da Bahia, Jaques Wagner, um interlocutor privilegiado junto ao ex-presidente e sua sucessora, é claro em todas as conversas que tem com Lula sobre o tema. Há alguns meses, quando começaram os balões de ensaio de alguns petistas sobre uma possível candidatura de Lula, Wagner disse ao ex-presidente a seguinte frase: “Você saiu (da Presidência) com o cinturão de ouro. Vai colocar em disputa por que?”. 
A essa frase é preciso acrescentar alguns outros ingredientes. Lula é de seguir a “naturalidade” na política. Não quis saber de terceiro mandato — embora tivesse no alto dos mais de 80% de aprovação popular e uma base aliada expressiva. Ficou no natural: buscar um nome novo que pudesse dar ao seu partido o ar de renovação. Assim, escolheu Dilma. Deu certo.

Jânio de Freitas: o improviso como juiz


Outra vez, o STF mostrou que a lei mais imperativa, nas suas circunstâncias, é a do improviso
Foi a mais comum das perguntas em um tribunal colegiado. Dirigida, no caso, à ministra Rosa Weber: "Como vota Vossa Excelência?" O Supremo retomava a condenação do sócio de Marcos Valério, Ramon Hollerbach, para estabelecer a pena, depois de uma diatribe mais de promotor que de juiz por parte do ministro Joaquim Barbosa.
Ao pedir para ser tão coerente quanto em seus votos anteriores, esclarecimento sobre que critério, afinal de contas, vigoraria para os agravantes de pena, a ministra Rosa Weber escancarou sem querer: o tribunal não tem critério para coisa alguma no julgamento penal. Em vez de uma resposta pronta e segura, que nem deveria ser necessária, o desentendimento das precariedades ocupou o tribunal e o tempo.
Outra vez o Supremo demonstrou que a lei mais imperativa, nas suas circunstâncias, é a do improviso. Para a fixação dos acréscimos às penas-base, por força de fatores agravantes na conduta do réu, foi adotada uma combinação entre os pares: qualquer que seja sua convicção sobre a pena merecida -o que seria então a pena considerada justa-, depois de apresentá-la o ministro abre mão dela. E a substitui pela mais próxima, entre as do relator Joaquim Barbosa e do revisor Ricardo Lewandowski. É o improviso pelo jeitinho brasileiro.
Durante a viagem do ministro Joaquim Barbosa ao exterior, mas não por isso, os demais ministros fizeram o esforço que deveria ocorrer antes de iniciar-se o julgamento. A ideia era dar um chão menos movediço ao seu trânsito entre fatos, hipóteses de fatos, acusações, defesas e penas. Além de reconhecimento à própria perplexidade, foi também uma concessão ao espanto provocado pela balbúrdia da fase precedente do julgamento. E, com isso, um reconhecimento às angustiadas e quase isoladas críticas ao desempenho aquém da estatura de um tribunal supremo.
Com o jeitinho para a conturbada fixação das penas, o plano de arrumação buscou também apressar o julgamento, para concluí-lo antes da aposentadoria do presidente Ayres Britto no dia 18. A chave identificada para melhor ritmo foi a sintetização dos votos de Joaquim Barbosa, excluindo-lhes as longas e repetitivas exposições sobre a participação de cada réu. Era uma ideia atrevida, e assim se provou.
Joaquim Barbosa iniciou sua volta com a leitura de longo texto fora do programa, como fora de propósito. Útil, talvez, para esquentar o motor pessoal com que, já na exposição do seu voto para a pena de Ramon Hollerbach, retomou suas afrontas a ministros dele discordantes. Foi o começo de renovada sessão de balbúrdia. E confrontações até em nível pessoal.
O que quer que esteja sob o nome de mensalão não ameaçou a democracia nem o regime, como Joaquim Barbosa voltou a enfatizar. Mas é um retrato grave das complexidades deformantes que compõem o sistema e a prática da política brasileira. No seu todo adulterado e não só na particularidade de um caso tornado escândalo, contrária ao aprimoramento do regime e ao desenvolvimento da democracia. Daí que o mal denominado julgamento do mensalão merecesse um Supremo Tribunal à altura do seu significado presente e futuro. E não o que está recebendo.

Ínfimos cínicos estão avacalhando o judiciário


Eu concordo, tem alguma coisa aí que não tá batendo. O saber notável está esbarrando em conceitos primários, na base do próprio Direito. Até as crianças conhecem determinadas regras que, ao que parece, nossos magistrados, nunca ouviram falar. 
Ao receber essa denúncia já demonstraram um grau de desconhecimento considerável. Imaginamos, que a teriam recebido para fazer politicagem; até aqui, tudo bem; faremos então um julgamento político. Ok, mas não se prepararam, ao longo de sete anos, para os questionamentos óbvios que viriam ( inversão do ônus da prova; juiz natural, duplo grau de jurisdição, ausência de provas... )? Como assim? Mesmo que não entendam nada de Penal, deveriam ter providenciado qualquer coisa que poupasse a sociedade e os réus do constrangimento de ouvir barbaridades, em plenário. 
Finalmente, hoje, consegui entender de onde saia a enormidade de crimes atribuídas aos réus. Ao explicar os 53 crimes de R.R., o relator explicou que o crime de evasão de divisas, na verdade eram 53, pois cada transferência era um crime e, portanto, deveria ser penalizada. Mais ou menos o seguinte, o sujeito mata o outro com 18 facadas e aí responde por 1 homicídio e 17 tentativas!!!??????? Daí, o julgador soma as penas das 17 tentativas a de homicídio... Só pode tá de sacanagem. E pagar um mico desses diante dos maiores criminalistas do Brasil, só pode ser para que o julgamento acabe dando em nada mesmo. Ou seja, os ministros estão avacalhando com o julgamento, de propósito, para não dar em nada. Não tem outra explicação para isso. 
Hoje o bagulho foi doido, achei até que o MAM ia partir pra cima do Barbosão e que o Lewandowski ia passar mal. Joaquim Barbosa é MALUCO DE CARTEIRINHA e o presidente é um covarde que posa de preocupado com a reputação da Corte mas deixa o Relator atacar todo mundo e quando os outros vão se defender, ele entra para evitar o confronto. Ora, porra, pq não corta o Barbosa qdo ele começa a agredir? Ele quer que o Barbosa dê o show e não seja contrariado.
O decano, se continuar articulado do jeito que tá, vai atrasar esse julgamento em 10 anos; o tempo do voto dele é a soma do tempo dos outros 9. Embromação pura, não tem nada que se extraia daquele bando de palavras ligadas num ritmo meio estranho, ora oxítono, ora paroxítono, ora proparoxítono mas sempre na rotação 33 e sem significar, absolutamente, NADA.
Fux, dispensa comentários porque, como li no twitter acompanha o relator até quando esse vai ao banheiro. Um tédio total mas, gasta um tempinho tentando explicar o voto do relator.
Gilmar, não sei onde está. Mas tem um cara lá, vestindo o corpo dele. 
As meninas, vou deixar passar porque no meio daquele barraco elas nem aparecem direito.
Toffoli, já está aprendendo a dar fora, então está ficando melhorzinho. Hoje, mandou muito bem quando disse que podiam somar os votos e dividir por dez. Já pegou o espírito da coisa. ( custou um pouquinho ).
MAM, não sei se devido ao barraco com o Barbosão, logo no início da sessão, ficou meio perdidão, fundamentava uma coisa e votava outra. Penso que ele não é calmo como o Lewandowski e, como não pode mandar uma bifa no Joca, a raiva subiu e o entendimento ficou comprometido. A coisa ficou meio nublada pra ele, hoje. Nem se lembrou de bater no PT; parece grave.
Agora, o Ministro Lewandowski, tá cumprindo carma. Não é possível! Eu tô vendo a hora em que o pessoal que está assistindo o julgamento vai puxar um binóculo e gritar, é namoro ou amizade? O Barbosão tá obcecado com o cara, ninguém merece. Ele tem que receber adicional periculosidade ou insalubridade. Numa dessas ou ele passa mal ou atravessa o salão e acerta o Joca lá do outro lado. Ninguém tem sangue de barata, não. O sujeito já tá todo encarangado com aquela coluna e ainda quer folgar com os outros? Na hora da mão mesmo, ele vai chamar quem? O Ayres Britto? O Fux? Duvido que ele arrisque o penteado numa briga. Vou dar um conselho ao Ministro Lewandowski, baixe bastante música no celular e quando o Barbosão começar a falar, coloque o fone nos ouvidos; caso ele faça alguma pergunta, o Toffoli cutuca o sr e sr, diz, ah é, tá certo, excia.
por Cristiana Castro