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José Trajano - as redes sociais estão intragáveis

Podem vir com pedras, que eu levarei laranjas

[...] Eu fechei minha conta do Facebook para não perder amizades, assustado que estava com o pensamento proto-fascista de seguidores de Reinaldo Azevedo, Olavo de Carvalho, Augusto Antunes e outros semelhantes (ênfase nos semelhantes, pois o discurso é tão homogêneo que é quase impossível distingui-los).

As páginas da Veja estão recheadas de insultos voltados a petistas ou esquerdista: canalha, ignorante, cretino, idiota, apedeuta, safado, cafajeste... e na falta de mais termos agressivos, inventam-se neologismos, como petralha, para atacar quem está no polo ideológico oposto.
O padrão Veja de discussão política tomou conta de parte da sociedade brasileira. 

Roda Viva com Augusto Nunes, uma ótima piada

Daqui 2 semanas, Augusto Nunes será o novo apresentador do Roda Viva. O presidente da Fundação Padre Anchieta, que administra a TV Cultura, resolveu apostar na serenidade, na sensibilidade e no senso de justiça jesuítico do blogueiro da VEJA.
Para quem não o conhece, Gutinho é muito famoso pela finesse com que costuma tratar seus leitores e adversários políticos.
A seguir, apresento um pot-pourri com os melhores momentos do jornalista, demonstrando que a emissora não poderia ter feito escolha melhor.
O cuidado na escolha dos adjetivos para qualificar Lula:

Paulo Nogueira: O ataque de Augusto Nunes a Lula é pedagógico

Um texto de Augusto Nunes na Veja ilustra a necessidade torrencial de discutir os limites da mídia no Brasil.
Todo país socialmente avançado tem regras e limites em nome do interesse público.
Para recordar, a Inglaterra, berço da liberdade de imprensa, recentemente promoveu esta mesma discussão depois que um jornal de Rupert Murdoch foi pilhado invadindo a caixa postal do celular de uma garota de 13 anos sequestrada e morta.
Um juiz – o discreto, sereno e brilhante Brian Leveson, que ao contrário dos nossos guarda uma distância intransponível da mídia e dos políticos – comandou os debates, travados sob o seguinte consenso: a mídia existe para servir a sociedade e não o oposto. E não está acima da lei e nem de regras.
texto de Augusto Nunes me chegou por duas fontes, o que mostra o quanto ele incomodou quem não é fanático de direita.
Numa tentativa bisonha de humor, ele compila títulos de um livro com o qual Lula se candidataria à ABL. Os nomes são sugestões de leitores, e ali você pode ver o nível mental de quem lê Nunes.
Lula é chamado de bêbado, ladrão, molusco, burro, afanador, cachaceiro, larápio e cachaceiro, entre outras coisas.
É um texto que jamais seria publicado na Inglaterra por duas razões. A primeira é cultural: há décadas já não se aceita entre os ingleses este tipo de jornalismo insultuoso e boçal. A segunda é jurídica: a Justiça condenaria rapidamente o autor e imporia uma multa exemplar não só a ele, autor, mas ao veículo que publicou a infâmia.
Não se trata, como cinicamente se poderia argumentar, de censura. Mas de proteção à sociedade contra excessos da mídia.
Em outra circunstância, se alguém quisesse escrever o que quisesse do próprio Augusto Nunes, ele também estaria protegido. Esta a beleza da proteção.
Liberdade de expressão não significa licença para publicar tudo. Um juiz americano mostrou isso de uma forma didática ao falar na hipótese de alguém que chegasse a um auditório lotado e gritasse “fogo”.
Pessoas poderiam morrer no caos resultante do pânico. A liberdade de expressão não poderia ser invocada por quem falasse em fogo.
Murdoch foi obrigado a se submeter a duas sabatinas em que o juiz Leveson questionou o tipo de jornalismo feito em seus jornais
Murdoch foi obrigado a se submeter a duas sabatinas em que o juiz Leveson questionou o tipo de jornalismo feito em seus jornais
A desproteção à sociedade no Brasil é tamanha que, num caso clássico, diretores da Petrobras tiveram que processar Paulo Francis pela justiça americana depois de repetidas vezes serem chamados de corruptos.
Para sorte dos diretores da Petrobras, as acusações de Francis foram feitas em solo americano, no Manhatan Connection. A ação seguiu seu curso – sem que ninguém conseguisse interferir, o que fatalmente teria ocorrido sob a justiça brasileira. (Serra e FHC se mobilizaram a favor de Francis.)
Tudo que a justiça americana pediu a Francis foram provas. Ele não tinha. Diante da possibilidade de uma multa que o quebraria, ele se aterrorizou e morreu do coração.
No Brasil, Ayres Britto – autor de um absurdo prefácio num livro de Merval – acabou com a Lei da Imprensa quando era do STF, e deixou a sociedade sem sequer direito de resposta e exposta a arbitrariedades e a agressões de quem tem muito poder e pouco escrúpulo em usá-lo.
Para as empresas de mídia, foi mais uma vantagem entre tantas outras. Para a sociedade, foi um recuo pavoroso: ela foi posta em situação subalterna perante a imprensa.
O bom jornalista Flávio Gomes, no Twitter, afirmou que Lula deveria processar Nunes.
Isso se ele pudesse processar nos Estados Unidos, e não no Brasil. Aqui seria simplesmente inútil: o processo seria usado freneticamente como prova de intolerância de Lula à “imprensa livre”, aspas e gargalhada.
E não daria em nada.
Melhor respirar fundo e seguir em frente, para Lula ou para quem enfrente tanta infâmia.
Mas isso não elimina o fato de que o texto é uma prova do primitivismo da mídia brasileira e da legislação que deveria colocar limites claros e intransponíveis.
Não fazer nada em relação a isso – debater limites como a Inglaterra —  é um caso de lesa pátria.

Veja e Augusto Nunes provam quanto a sociedade está indefesa diante de agressões

Exatamente 11.206 leitores participaram da enquete que elegeu o título do livro que Lula deveria escrever para conseguir uma vaga na Academia Brasileira de Letras e, sempre na esteira de Fernando Henrique Cardoso, virar imortal de fardão. Com 6.078 votos (54% do total), o vencedor foi Rose e Eu: Casais inteligentes enriquecem juntos. Seguiram-se Beber, falar e tapear (2.806 votos), Cinquenta contos do vigário (1.362), A verdadeira história do Mensalão (834) e O assalto ao trem-bala (135). Paralelamente, o timaço de comentaristas esbanjou criatividade em mais de 200 sugestões publicadas no post que apresentou a enquete. Confira a lista de 55 títulos selecionados pela coluna e escolha o seu preferido. Ou sugira outros.
50 tonéis de pinga
A mão que balança o copo
A Megera Cor de Rose
A mudinha e o falastrão
A Terra é quadrada
A Volta ao Mundo em Oito Anos
ABC do Mensalão
Ali Babá e os 40 ministros
Ali Babão e os 40 mensaleiros
Ali Mollusco e seus 40.000 ladrões
Amor nos tempos do Collor
As Viagens de Lúliver
Assalto ao Banco Central
Cem Anos Só de Ladrão
Como parar de trabalhar aos 29 anos e ficar milionário
Crime sem castigo
Curçu di aufabetisassão di adultus – Si eu aprendi, vosseis pódi tamém
Dom Casburro
Dom Corlulone
Ensaio sobre a roubalheira
Ensaio sobre a Segueira
Éramos 6 – 6mil creches, 6 mil casas, 6 mil médicos cubanos
Eu não sabia
Eu sei o que você bebeu no verão passado
Guia politicamente incorreto da honestidade
Lulice no País das Falcatruas
Meu filho é um fenômeno
Meu filho, meu tesouro
Mil e uma noites com Rose
Minhas MÉmórias
O afanador nos campos de centeio
O Amante de Lady Roseville
O Bebum de Rosemary
O bleph
O Cachaceiro Viajante
O Discurso que Errei
O Grande Golpe
O homem que não sabia de nada
O homem que sabia de menos
O incrível exército de Lula Mensaleone
O menino do MEP
O nome da Rose
O planeta dos larápios
O santo poder da bala Juquinha
O triste fim de Lulacarpo Silvaresma
O velho e o bar
O vendedor de ilusões
Pai Milionário, filho biliardário
PT Rico. País Pobre
Sarney e Eu
Sem corrupção não há solução
Só sei que nada sei
Trair e roubar é só começar
Vim, vi e sumi
Vim, vi, venci e sumi