(...) "Em sua amplas investigações interna [Grupo Globo], apurou que jamais realizou pagamentos [propinas] que não os previstos nos contratos"...trecho de uma das notas da Rede Globo.
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Merval ainda não pediu a prisão dos irmãos Marinho

No dia 13 de maio deste ano, um ano após o golpe de 2016, o jornalista Merval Pereira, colunista do Globo, pediu a prisão da presidente deposta Dilma Rousseff, a partir de uma delação sem provas de Mônica Moura, mulher do publicitário João Santana; à época, Dilma reagiu duramente e demonstrou como a Globo tenta passar por cima do Poder Judiciário para promover linchamentos de adversários; "A cobertura das Organizações Globo, defendendo o justiçamento de adversários políticos, quer substituir o Judiciário – e todas as demais instâncias operadoras do Direito – pelo escândalo midiático. Julgam e condenam", disse ela; agora, com a Globo delatada no escândalo das propinas do futebol, Merval se mantém calado.
Corrupção e cumplicidade a gente vê por aqui
Xadrez da CBF, Fifa e a Globo faz a diferença na Justiça, por Luis Nassif
Peça número 1: As relações históricas com o Ministério Público Federal
Antes da Lava Jato e das jornadas de junho de 2013, já havia um acordo tácito entre a imprensa - Globo à frente - e procuradores.
Matérias penais sempre renderam leitura e audiência. A mídia ia atrás dos escândalos investigados, selecionava alguns e lhes dava visibilidade. Sua participação era duplamente vantajosa para o procurador contemplado. Dando visibilidade ao processo, reduzia as resistências dos juízes. E elevava o procurador, ainda que provisoriamente, ao status de celebridade.
Cunhou-se uma expressão no MPF: só vai para frente processos que a mídia bate bumbo.
Nas décadas 1990 e 2.000 a parceria produziu vários episódios de repercussão e algumas injustiças flagrantes, como o episódio do hoje desembargador Ali Mazloum.
No início do Twitter, era notável a quantidade de procuradores que colocava no perfil uma foto com um microfone da Globonews, como sinal de status, confirmando o extraordinário poder de persuasão dos holofotes da mídia.
Com o tempo, essa parceria foi institucionalizada. Os procuradores passaram a receber aulas de midia training - mais focadas em ensinar como poderiam impressionar o repórter e arrancar uma manchete, do que em discorrer sobre a missão do Ministério Público.
Gradativamente, o uso do cachimbo passou a entortar a boca do MPF. Ao se preocupar em atender às demandas da mídia, o treinamento ia amoldando sua forma de atuação àquilo que fosse mais atraente para os jornais. Um número cada vez maior de procuradores passou a buscar o endosso da mídia para seus processos.
Essa aproximação se ampliou com o endosso da Globo a prêmios como o Innovare – por si, uma iniciativa relevante – e “Faz a Diferença” - uma tentativa canhestra, provinciana (e eficiente) de cooptar pessoas através da lisonja.
No "mensalão" a parceria se consolidou.
O MPF descobre que, dando foco na aliança com a mídia, poderia passar do estágio das cooperações pontuais para uma parceria capaz de torna-lo um poder de fato, fugindo das limitações nem sempre legítimas impostas pelo Judiciário e Executivo.
Mundialmente, já estava em andamento a crise das instituições, atropeladas pela nova ordem midiática, com a velha mídia ou através das redes sociais.
A manipulação não veio de jovens procuradores deslumbrados, mas do cerne da organização.
As figuras referenciais do MPF, aliás, nos devem explicações sobre essa primeira incursão no ativismo político, que se baseou em falsificação de provas - o tal desvio da Visanet que nunca houve - para tentar derrubar o governo.
Essa falsificação passou por dois PGRs – Antônio Fernando de Souza e Roberto Gurgel -, um ex-procurador – Joaquim Barbosa – e um grupo de procuradores de ponta atuando nos grupos de trabalho.
Barbosa escandalizou-se com os abusos do impeachment. Mas cabe a ele o duvidoso mérito de ter inaugurado a manipulação dos processos para fins políticos e de autopromoção.
A trajetória do Procurador Geral Antônio Fernando de Souza, aposentando-se e ganhando um megacontrato da Brasil Telecom de Daniel Dantas - a quem ele poupou na denúncia -, sem nenhuma reação da corporação, já era um indício veemente de que alguma coisa estranha ocorria no âmbito do MPF. Tudo pelo poder passou a ser a bandeira.
O clima de catarse, proporcionado pela aliança com a mídia, contra um alvo fixo - o governo do PT - abriu um leque de possibilidades inéditas para a corporação. Gradativamente trocou a velha senhora, a Constituição, pelo deslumbramento com o novo mundo que se abria, ofertado pelo Mefistófeles do Jardim Botânico.
Quando eclodiram os movimentos de rua de junho de 2013, a parceria foi formalizada. A Globo montou uma campanha contra a PEC 37 - que ninguém sabia direito o que era, mas sabia que era de interesse do MPF. Quando veio a Lava Jato, assumiu as redes da corporação.
Peça número 2: O novo padrão de parceria
Com a Lava Jato consolida-se definitivamente o novo padrão de parceria. E o MPF se torna um instrumento da Globo, conduzido pela cenoura e o chicote. Bastava dar foco nas investigações de seu interesse, e jogar no limbo as investigações que não interessavam, para tornar o MPF um instrumento dócil de seus objetivos políticos.
O caso Rodrigo De Grandis é exemplar. Há indícios veementes de que o atraso na liberação de provas para o MP suíço visou blindar políticos paulistas envolvidos com os escândalos da Alstom.
Cobrado pelos suíços, o Ministério da Justiça solicitou diversas vezes os documentos, o que afasta definitivamente a hipótese de que a não entrega foi fruto de um esquecimento pontual da parte dele. Bastou a mídia tirar foco das investigações para o procurador ser inocentado.
A parceria consolidou-se com um padrão cômodo de acolhimento de denúncias por parte do MPF. Só é aceito como denúncia o que parte dos seus aliados da mídia. Denúncias de outras fontes, ainda que bem fundamentadas, são ignoradas.
Esse mesmo padrão viciado – embora menos óbvio – ocorreu com grupos jornalísticos de outros países. A ponto de os grandes escândalos recentes – do assédio sexual em Hollywood aos escândalos dos grupos de mídia com a FIFA – serem levantados por sites alternativos, como o BuzzFeedd e Intercept, bancado por bilionários do setor de tecnologia visando quebrar os tabus na cobertura da mídia tradicional.
No Brasil, essa estratégia, de só aceitar denúncias vindas da velha mídia, gerou o estilo viciado de investigações, com todo o sistema de investigação subordinado ao que é acordado pela Globo com o MPF e, subsidiariamente, com a Polícia Federal.
A maior prova dessa parceria foi a mudança da linha de cobertura do Jornal Nacional.
Dia após dia, passou a ser dominada pela cobertura policial-jurídica, de difícil compreensão pelo público mais amplo, mas essencial para o controle e direcionamento das ações do MPF.
Sacrificou-se a audiência em favor de um protagonismo político explícito, investindo na parceria com o MPF.
Peça 3 - as interferências diretas
O episódio da delação da JBS foi o corolário dessa atuação. Ocorreu dias depois do Ministério Público espanhol denunciar Ricardo Teixeira por corrupção na venda dos direitos de transmissão da Copa Brasil - da qual a única compradora foi a Globo.
Ou seja, um escândalo brasileiro, com personagens brasileiros, ocorrido em território brasileiro, e desvendado pelo Ministério Público espanhol. Outra parte do escândalo levantado pelo FBI. Uma terceira parte pelo Ministério Público suíço. E nada pelo Ministério Público Federal do Brasil.
Poucos dias antes, vazou a informação de que o Ministério Público espanhol tinha levantado a prova decisiva da corrupção da Globo: a compra dos direitos de transmissão da Copa Brasil, sem o uso de “laranjas”. Três pessoas sabiam disso na Globo: João Roberto Marinho, Ali Kamel e o vice-presidente de Relações Institucionais.
A saída foi o pacto de sangue com o Procurador Geral da República, dando endosso total à delação da JBS, levando a Globo a romper com a organização criminosa que ela levou ao poder.
No mesmo dia da conversa, o material foi encaminhado para o colunista Lauro Jardim. E à noite recebeu cobertura intensa e desorganizada, porque improvisada, do Jornal Nacional.
Quando teve início a campanha para a eleição da lista tríplice, dos candidatos a PGR, a Globo atuou como cabo eleitoral explícito de Rodrigo Janot, sendo cúmplice em várias armações contra Raquel Dodge. Como na reunião do Conselho Superior do Ministério Público, na qual Janot se baseou em interpretações falsas para acusar Dodge de pretender prejudicar a Lava Jato. E a manipulação foi endossada nas publicações da Globo.
Peça 4 - a organização criminosa
Têm-se, portanto, um poder de Estado sendo conduzido por uma organização privada, a Globo. Aí se entra em um terreno pantanoso: como se comporta essa organização na sua atividade corporativa?
É importante a diferença entre as palavras e os atos.
O gráfico abaixo foi produzido pelo relatório alternativo da CPI do Futebol, uma das muitas CPIs que apontavam explicitamente o envolvimento da Globo na corrupção esportiva. E que não deram em nada.
Ele se refere à quinta forma de corrupção na FIFA e na CBF, onde o ponto central, de onde fluíam os recursos para toda a cadeira criminosa, eram os patrocínios adquiridos pelas emissoras de TV.
Têm-se aí todos os ingredientes de uma associação criminosa. Conforme descrito pela CPI:
O núcleo diretivo da CBF está conformado nos seus principais dirigentes (presidente, vice-presidentes e diretores) que, com unidade de desígnios, executam planos criminosos, objetivando o enriquecimento ilícito.
O núcleo empresarial está assentado nas empresas contratualmente ajustadas com a entidade nos acordos comerciais, com combinação de preços para pagamento de vantagens indevidas.
O núcleo financeiro comporta determinadas empresas responsáveis pela transferência dos ativos ilícitos aos dirigentes e funcionários da CBF, além daquelas interpostas nos acordos comerciais celebrados entre a CBF e as contratadas (núcleo empresarial), cabendo as postadas de permeio o repasse de parte das comissões ao núcleo diretivo, como forma de propinas.
O esquema montado pela organização criminosa extremamente sofisticado e de difícil elucidação. Por isso, a atuação do FBI na prisão do ex-presidente JOSÉ MARIA MARIN, na Suíça, por crimes relacionados ao FIFA CASE, mesmo caso em que RICARDO TERRA TEIXEIRA, MARCO POLO DEL NERO e outros brasileiros foram denunciados pelo Departamento de Justiça Americano.
O papel da Globo não foi apenas o de provedora inicial dos recursos distribuídos pelas diversas peças da engrenagem criminosa. Foi fundamental também para a blindagem política de Ricardo Teixeira.
Na CPI da Nike, em 2001, o Senado Federal levantou 13 imputações de crime a Teixeira. Nada resultou no âmbito do Ministério Público Federal. Houve outras CPIs, outras descobertas retumbantes, enterradas sob o silêncio do MPF e da mídia.
Houve apenas um início de investigação, que parou em uma juíza da 1a instância.
Peça 5 – a hora da verdade
Dia desses saiu a notícia, sem muito alarde, de que o ex-procurador Marcelo Miller vibrou quando a Lava Jato chegou em Aécio Neves. Miller não era um petista, longe disso; nem um anti-aecista. Mas estava nítido, para parte relevante da corporação, que a blindagem de Aécio tornava o MPF uma instituição de segunda categoria, porque restrita a um espaço delimitado.
Pelas redes sociais foi visível o alívio de procuradores, tirando de si (na opinião deles) a carga de terem espaço para agir apenas contra o PT.
Agora, se chegou à hora da verdade em relação à Globo.
As evidências de crime são enormes, e não apenas na confissão do lobista Alejandro Burzaco, à corte de Nova York. Há os inquéritos na Espanha, batendo direto na Copa Brasil. Há as investigações na Suíça.
E há uma nova Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, no maior desafio que um PGR enfrentou, provavelmente desde a Constituição: provar que o MPF é um poder de Estado de fato, e que não existem intocáveis na República.
São tão abundantes as informações que jorram do exterior, que não será possível esconder o fato debaixo do tapete, como foi feito em outros tempos com tantos inquéritos.
Do desafio de investigar a Globo se saberá se o MPF se assumirá como poder de Estado, ou se continuará atrelado a uma organização criminosa.***
Caso Fifa/Globo
Esperando o Ministério Público Federal, A Polícia Federal e o Judiciário criar uma "Lava jato" para investigar a Globo/Fifa/CBF.
***
Luis Nassif - a globo sobre pressão
Pela primeira vez, desde a redemocratização, a Globo encontra um poder à sua altura, isto é, sem nenhum prurido, disposto a se valer de todas as armas à mão para encará-la. Uma coisa foi aliar-se ao Ministério Público Federal (MPF) para conspirar contra Lula e Dilma e sua incapacidade crônica de se valer dos instrumentos de poder. Outra coisa, é enfrentar pesos-pesados, pessoas do calibre e da falta de escrúpulos de um Eliseu Padilha, Aécio Neves.
Temer e sua quadrilha tem a força da presidência. E quem os colocou lá foram justamente a Globo, a Lava Jato e a PGR. Agora, a mão e as verbas do Planalto estão por trás dos ataques da TV Record à Globo. Ou julgaram que o pior grupo político da história aceitaria ir para o patíbulo sem se defender?
Não apenas isso.
Ontem, a Justiça espanhola emitiu uma ordem de prisão e captura contra Ricardo Teixeira, ex-presidente de CBF, por corrupção praticada no Brasil. E, no centro da corrupção, a compra dos direitos de transmissão da Copa Brasil pela Globo, com pagamento de propina.
O carnaval feito pela Globo, com a delação da JBS, visou justamente abafar a divulgação de seu envolvimento com o escândalo, levantado pelo Ministério Público Espanhol e pelo FBI.
No “Xadrez de como a Globo caiu nas mãos do FBI” detalhamos esse caso, mostrando como, no início da Lava Jato, já havia indícios de que o FBI já tinha a Globo nas mãos, a partir da delação de J.Hawila, o parceiro da emissora na criação do know-how de corrupção de compra de direitos de transmissão, posteriormente levado por João Havelange para a FIFA.
Xadrez de como a Globo caiu nas mãos do FBI
por Luis Nassif
Peça 1 – a corrupção histórica da FIFA
No dia 23 de maio passado, a edição em inglês do El Pais noticiava a prisão de Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona de 2010 a 2014, ex-executivo da Nike (https://goo.gl/R9W6yx).
Era uma notícia curiosa. O Ministério Público da Espanha prendeu Rosell e desvendou uma organização criminosa cujo epicentro estava no Brasil.
Preso na Espanha, Sandro Rosell foi quem trouxe a Nike para a Seleção brasileira.. Quando foi preso, El Pais, ABC e Publico manchetaram que “esquema brasileiro cai na França”.
As investigações mostraram que Rosell atuava em parceria com o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira através da empresa Alianto.
Em um boxe destacado, a reportagem informava que “os negócios da Rosell no Brasil há muito tempo estão no radar das autoridades”. Mas quem estava investigando era exclusivamente o Ministério Público da Espanha, em cooperação com o FBI e com a colaboração do Ministério Público da Suíça. E o nosso bravo MPF?
Desde 2008 pairavam suspeitas sobre a dupla, devido a um amistoso entre a Seleção Brasileira e a de Portugal.
Em outubro de 2010, a BBC divulgou um documento da ISL, empresa de marketing esportivo que faliu, sobre supostos subornos a três membros do Comitê Executivo da FIFA: Nicolas Leoz, presidente da Conmebol, Ricardo Teixeira, presidente da CBF e Issa Hayatou. O foco da corrupção eram esquemas de revenda de ingressos em várias edições da Copa do Mundo.
Em maio de 2011, David Triesman, ex-presidente da Federação Inglesa de Futebol, em depoimento na Câmara dos Comuns, denunciou Jack Warner, Nicolás Leoz e Ricardo Teixeira de tentarem suborna-lo em troca de votar na Inglaterra para sede da Copa de 2018.
Em julho de 2012, a FIFA divulgou que a ISL pagou suborno a João Havelange, ex-presidente da FIFA, da CBD, e para seu genro Ricardo Teixeira entre 1992 e 1997. Aí já se entrava na seara dos direitos de transmissão dos eventos.
Em 27 de maio de 2015, o FBI cercou um hotel em Zurique, e levou presos para ao Estados Unidos 7 dirigentes da FIFA, sob a acusação de organização mafiosa, fraude maciça e lavagem de dinheiro. Entre eles, o presidente da CBF, José Maria Marin. Ou seja, cidadão brasileiro, preso na Suíça e julgado nos Estados Unidos, meramente devido ao fato de parte do dinheiro da propina ter transitado por bancos norte-americanos. O poder do império nunca foi tão ostensivo.
Em 25 de fevereiro de 2016, as investigações sobre a FIFA abriram uma nova linha de escândalos, agora diretamente ligado ao Brasil (https://goo.gl/x9cUwv): o desvio de dinheiro de patrocínios de jogos da Seleção Brasileira, envolvendo Rosell, Teixeira e Havelange.
Estimava-se que de cada US$ 1 milhão de cachês recebidos pela Seleção, US$ 450 mil íam direto para o bolso de Teixeira. E Rosell ainda recebia uma comissão de intermediação.
Nesse período todo, o MPF iniciou uma investigação no Brasil, atendendo a pedido de cooperação do FBI. Foi impedido de remeter os dados para o Departamento de Justiça dos EUA por uma liminar concedida por uma juíza de 1ª instância. Uma corporação que ajudou a derrubar uma presidente da República foi incapaz de derrubar a liminar.
Pior que isso, não continuou a investigar as denúncias no Brasil, apesar dos suspeitos serem brasileiros e do crime ter sido cometido no Brasil, com empresas e confederação brasileiras.
O que explicaria essa atitude?
Peça 2 – como o MP (da Espanha) descobriu uma organização criminosa (no Brasil)
CPI da CBF
Alguns titulares:
by @luizfara
- Álvaro Dias
- Zezé Perrela
- Romero Jucá
- Eunício Oliveira
by @luizfara
Não existem ratos fenomenais. Só existem, ratos e ratazanas
Lê a pérola abaixo (decorada) plimplim por plimplim...
- Eu tenho certeza que vai chegar em algum momento na cúpula da CBF, mas eu não posso afirmar, não tenho nenhum conhecimento (do andamento das investigações), mas eu adoraria que ele renunciasse também, porque ele não tem dado um grande exemplo. É muito evidente a relação que ele tem com o antigo presidente . Portanto, seria um bom momento para ele renunciar. Mas é bom aguardar todas as investigações para não fazermos pré-julgamentos – afirmou Ronaldo Nazário - também um fenomeno de oportunismo -.
Na lata
Hoje soube que um dos paladinos da moral e ética brasileira, Joaquim Barbosa, em 2005 suspeito para julgar Ricardo CBF Teixeira, sem explicar as razões e depois de segurar o processo por mais de sete meses.
Faz mais de hum ano que Gilmar Dantas Mendes está olhando a ADIN que proíbe financiamento de campanha eleitoral por empresas.
Vou resumir e dar os nome aos bois:
Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes são cumplíces das roubalheiras na CBF/Globo e das empresas que financiam campanha eleitoral.
E, usando as palavras do outro Fuxlero do STF:
Que os acusados por mim, que provem a inocência.
Certeza de impunidade
Gilmar Dantas e Rede Globo são faces da impunidade que impera para os "Poderosos" do Brasil.
O primeiro faz e acontece no STF, insulta quem quer, quando quer, e fica por isso mesmo.
Um pistoleiro togado.
A Globo, essa é que zomba mesmo da nação.
FIFA e CBF na mais imunda lama e a vênus platinada posando de cisne branco. Como se não fosse ela que tem exclusividade pra transmissão dos principais campeonatos de futebol que foram obtidos a custa de propina. O FBI é quem acusa e tem provas, de réu confesso sócio da emissora.
Cara de paus, não. Cara de diamante, o mineral mais duro que existe.
Paulo Nogueira: como fica a Globo se Ricardo Teixeira delatar?
Sem Blatter, que enfim se rendeu à realidade e renunciou, a Fifa pode enfim passar por um processo de desintoxicação.
E a CBF?
O equivalente a Blatter, no futebol brasileiro, é a Globo.
Enquanto a Globo estiver metida no futebol brasileiro, nada vai acontecer.
O espírito da Globo é o que todos conhecemos: predador. Na relação entre a Globo e o futebol brasileiro, a Globo ganhou extraordinariamente e o futebol brasileiro se reduziu à miséria.
Alguma coisa, obviamente, não funcionou na sociedade. Quer dizer, funcionou apenas para a Globo.
A Globo tem que sair do futebol brasileiro, como Blatter saiu da Fifa.
Mas vai sair?
É difícil, dado o poder na Globo. Mas também era difícil imaginar Blatter fora da Fifa, mesmo depois da eclosão do escândalo.
Há um caminho que pode levar a uma faxina real na CBF, e ele passa por Ricardo Teixeira.
Se a PF e a justiça realmente apertarem Teixeira, os desdobramentos podem ser interessantes.
Imagine que seja oferecida a ele a delação premiada.
Que histórias ele não tem a contar dos anos, muitos anos, de parceria entre a CBF, a Globo – e a Fifa.
A Globo, nos anos de influência de Teixeira (e do antigo sogro Havelange) na Fifa, sistematicamente ganhou os direitos de transmitir a Copa para o Brasil.
Bizarrices ocorreram.
A Globo levou as Copas de 2010 e 2014 por 220 milhões de dólares, pagos à Fifa, 100 milhões pela primeira e 120 pela segunda. A Record foi preterida com uma oferta de 360 milhões de dólares.
Para a Copa de 2014, a Globo colocou no mercado oito cotas de patrocínio, cada uma delas por 180 milhões de reais.
Como o dólar estava em dois reais, isso significava 90 milhões de dólares por cota.
Isso dá um total de 720 milhões de dólares. A Globo não é de dar descontos, e então o faturamento deve ter sido aquele mesmo.
Qual o gasto para cobrir? O maior mesmo é a compra dos direitos. Sequer imagens a Globo teve que gerar, pelo contrato.
Suponhamos, com boa vontade, que a Globo tenha gastado 50 milhões de dólares para armar a cobertura da Copa.
Você gasta 120 mais 50. O total é 170. E fatura 720.
Existe negócio melhor?
É assim que os Marinhos se tornaram a família mais rica do Brasil.
Ricardo Teixeira e João Havelange tinham força, no passado, para influenciar nas decisões da Fifa.
O que a Globo não teria feito para manter a Copa em casa?
Fora o dinheiro, há um ganho imenso de audiência e de prestígio na transmissão de uma Copa, coisas que se transformam em mais negócios lucrativos.
O difícil, no Brasil como conhecemos, é acreditar que Ricardo Teixeira vai ser cobrado pela polícia e pela justiça como Marin será nos Estados Unidos.
Mas se for, e se ele falar numa delação premiada, a CBF vai ser desinfetada, como a Fifa pós-Blatter.
Sugestão de pauta para o Jornal Nacional
Nesses tempos de escândalo de corrupção na Fifa e na Cbf, que tal Ali Kamel convidar os responsáveis pela venda do direito de transmissão dos principais campeonatos de futebol que a emissora teve (tem) exclusividade a muito tempo, para uma entrevista?
Mas, se eles não aceitarem o convite, não tem problema.
- J. Hawilla
- Campos Pinto
- Paulo Dautd Marinho (neto de Roberto Marinho)
- E os irmãos João, José e Roberto Filho (pai do Daudt)
Irão com certeza!
De crime organizado a pf, o mpf e o judiciário são cumplíces. Vide Psdb, bancos, mídia e cbf
"Os bons resultados da 2ª Vara Federal Criminal da capital paranaense mostraram que o desempenho positivo do Judiciário é fruto também de um trabalho harmonioso entre policiais, procuradores e juízes", dizia descrição do evento
Jornal GGN - Em reportagem publicada na última sexta-feira (29), a Folha de S. Paulo indicou ligação de delegados da Polícia Federal com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e seu ex-presidente Ricardo Teixeira. Na matéria, são apontados 13 inquéritos contra a entidade que, em 15 anos, não foram concluídos e que, neste período, a ainda teria patrocinado congressos, viagens e cedido campo para torneio de futebol de delegados.
A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) esclareceu, em nota, que o arquivamento de investigações não cabe, exclusivamente, à polícia, mas também ao Ministério Público Federal e à Justiça Federal, que todos os patrocínios e eventos realizados pela ADPF estão dentro da "transparência e legalidade" e que nenhum dos delegados citados na reportagem faz parte da atual gestão da Associação. A ADPF frisou que sempre se pautou "nos princípios da independência, ética, moralidade e transparência".
Entre os casos apontados pelo jornal, está a liberação de R$ 300 mil da CBF para o 4º Congresso Nacional da Associação, em Fortaleza (CE), em 2009. Na ocasião, além do patrocínio, Ricardo Teixeira foi um dos palestrantes, onde falou sobre a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Curiosamente, outro painelista do mesmo evento foi o juiz federal Sergio Moro, para falar sobre Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.
Na sua apresentação, Moro tinha como tema "a investigação de crimes do colarinho branco e a sensação de impunidade no Brasil". Na descrição da programação, o juiz federal representaria "a eficiência das Varas Federais especializadas no combate a crimes contra o sistema financeiro a administração pública e à lavagem de dinheiro".
"Os bons resultados da 2ª Vara Federal Criminal da capital paranaense mostraram que o desempenho positivo do Judiciário é fruto também de um trabalho harmonioso entre policiais, procuradores e juízes", diz a descrição do evento, lembrando o caso do Banestado, então julgado por Sergio Moro.
A apresentação de Sérgio Moro no IV Congresso Nacional de Delegados de Polícia Federal estava disponível no Youtube. Por algum motivo, o vídeo foi retirado. Mas é possível acompanhar o painél de Ricardo Teixeira, no mesmo evento, a seguir:
"Os eventos organizados pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal são focados na discussão de temas de interesse do país, da sociedade e da própria Polícia Federal. A ADPF custeia, com recursos próprios, a maior parte das despesas relativas à execução desses encontros. Em alguns congressos ou seminários, quando há pertinência temática, a ADPF busca apoio, sob a forma de patrocínio, de algumas instituições. A maioria dos participantes é formada por delegados de Polícia Federal de todo o país. Frequentemente, são convidados representantes de outras carreiras jurídicas para participar", publicou, em nota, a Associação.
Ricardo Melo, indignado (eu também)
Eduardo Blatter Cunha tabela com Gilmar Del Nero Mendes
na Folha
na Folha
Já a máfia do futebol é tão velha quanto a roda. Que a Fifa, CBF, Uefa, Concacaf e demais siglas sempre ficam com o pão enquanto oferecem o circo é sabido de todos. Vamos falar sério: um presidente da CBF, José Maria Marin, rouba medalhas ao vivo e é homenageado pela elite brasileira. Assina contratos milionários com larápios destacados da mídia doméstica e fica tudo por isso mesmo. Alguma hora um novo escândalo tinha que estourar. Quando um bandido quer ganhar mais do que outro, é impossível abafar o barulho.
Vivemos uma ofensiva conservadora. Internacional, e em todos os campos, de futebol e fora deles. Veja-se o que ocorre no Congresso brasileiro. Sem a menor cerimônia, Eduardo Blatter Cunha tabela com Gilmar Del Nero Mendes e trapaceia o regimento, a Constituição, para garantir o controle do grande capital sobre os destinos do país.
A dita situação, ou oposição, ajuda. Deixou para discursos reservados a plataforma de uma Constituinte sobre a reforma política. Que diabo é esse de financiamento público de campanhas? Partido que é partido sério é sustentado pelos que acreditam nas suas ideias, no seu programa. Ou então se contenta em parasitar a “democracia estatal” ou viver da grana do tubaronato. Até onde é possível enxergar, o que está ruim promete piorar.
Briguilina do dia
A Globo tem exclusividade na transmissão dos principais campeonatos da Fifa/CBF, é sócio do réu confesso. Não demora o MPF-PR e o Moro condena Vaccari por receber propina da Traffic.
Irmãos Marinho (Rede Globo) não tem coragem de demitir executivo
O executivo respondeu:
"Não peço demissão. A Globo que me demita. Mas, que não pensem que vou servir de bode expiatório para livrar a pele ou escama de peixe, crustáceos ou fruto do mar, fui claro?", pediu licença e saiu da reunião sem mais nem um Oi.
Até esse instante, mais de 24 horas da reunião, ele ainda não foi demitido?
Por que será?
Operação anti-Rússia
por Celio Mendes
A cada dia que passa se torna mais claro que os objetivos do país em que se joga futebol com as mãos e uma bola bicuda tem mais a ver com seu cerco contra a Rússia de Putin do que com seu zelo pela honestidade e justiça. Se os corruptores principais que foram as redes de televisão que sustentaram os esquema para manter exclusividade nas transmissões escaparem incólumes como está se desenhando ficará provada a farsa. Prender Marin e outros cucarachas latinos é facinho, facinho, já com os irmãos Marinho bilionarios da Forbes e aliados incondicionais do império o buraco é mais embaixo.
Globo, CBF, FIfa e corrupção...uma parceria de resultados
Assiste o Jornal Nacional hoje, e quer saber?..não me surpreende a cara de pau do Bonner, Ali Kamel e os irmãos Marinho.
Sem um minímo de pudor noticiaram a corrupção na Fifa, CBF e, apenas esqueceram um detalhezinho, qual?...
Que os acusados de pagarem propina para obter o direito de transmissão de campeonatos no Brasil e nas Américas, são os patrocinadores e emissoras de tvs.
E, quem tem exclusividade sobre muitos desses campeonatos há 24 anos?...
Pois é, a Rede Globo.
Cara de pau é isso, o mais é bico de tucano.
Oraite?
Ah, mais um lembrete:
FHC, Aécio, Serra e Alckmin, são muy amigos dos envolvidos nessa roubalheira.
Será que eles não sabiam de nada?
Acredito que não.
Tambem acredito em saci-pererê.
Pig: Nós não sabemos de nada
Desde dois e cinco o pig - partido da imprensa golpista - por meio do gafe (Globo, Abril, Folha, Estadão) espalha o mantra:
Lula diz que "Eu não sabia de nada" e por aí vai o deboche.
Pois muito bem, será que os irmãos Marinho a 24 anos compram os direitos de transmissão dos principais campeonatos de futebol do Brasil e das Américas, e os colegas da Abril, da Folha e do Estadão não sabiam de nada sobre a corrupção na CBF e na Fifa?
Também acredito que Fhc não comprou a reeleição e no Psdb só tem gente honesta, você tem alguma dúvida?
Eu tenho não.
As vísceras da corrupção na Fifa
A secretária de Justiça dos Estados Unidos, Loreta Lynch, foi didática, até desenhou o caminho da corrupção na entidade; entre os personagens que pagaram propina para adquirir direitos de transmissão da Copa do Mundo, Libertadores, Copa América ou Copa do Brasil, estão os grupos de mídia que transmitem os eventos; segundo Lynch, a corrupção é "sistêmica, desenfreada" e funciona há pelo menos 24 anos; se a Globo é dona dos direitos de todos os campeonatos investigados e mantém relações empresariais com o pivô do escândalo, o brasileiro José Hawilla, dono da maior afiliada da emissora, a TV TEM, e réu confesso de crimes de extorsão e lavagem de dinheiro, fica difícil acreditar no editorial da edição de quarta-feira do "Jornal da Globo" de que "não pesam suspeitas sobre as empresas de mídia que compraram desses intermediários os direitos de transmissão"
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