Mensagem da noite


Quando você olhar a sua volta e achar que o mundo se perde em confusão, que os homens se agridem e se destroem em angústias, olhe para dentro de você;

Lembre-se que sua vida não está lá fora, não depende do que você ouve, mas do que está na sua consciência.

O mundo dos outros não é o seu mundo, a menos que você contribua para a degradação e confusão externas e comuns a muitos setores.

Quando olhar à sua volta e só enxergar problemas, busque sua verdade interior, trabalhe os valores que já construiu e a sua sintonia com Deus.

Expresse o melhor de você, pois o mundo é o resultado do que irradiamos e manifestamos, do nosso esforço ou nossa preguiça nossa nobreza ou nosso desajuste.

Quando a descrença povoar seu coração e você vacilar, sofrer e chorar, é porque sua hora de renascer internamente chegou e pressiona você para não mais adiar sua busca de Deus.

Pare então de olhar só para fora e de se impressionar com a propaganda, com que os outros dizem sobre atualização, libertação ou modismos. Olhe demoradamente sua consciência, sua harmonia interna; indague-se, faça
silêncio para que a verdade brote natural.

Há um ponto de luz em seu interior que pode desfazer todas as sombras e dúvidas.

Busque o fluir da luz. Que importa se muitos se enquadraram num sistema egoísta e amargo?

Comece você a iluminar, a modificar, a permitir que a paz flua através de você.

Deixe que a fonte divina jorre sobre tudo. Comece agora.

O esforço próprio é a mola do verdadeiro crescimento humano, é nele que está o germe da vitória. Não creia nunca no sucesso fácil, na vitória sem luta.

Cada um se constrói ou se denstrói, se arma, se fortalece e se conquista, ou deixa passar sua hora de crescer e de aperfeiçoar-se.

A mente nos oferece mil opções, escolha o esforço correto para as conquistas definitivas, ninguém pode fazer por nós o caminho.

Trabalho, desinteresse pelo supérfluo e concentração no definitivo eterno são as armas e as portas da libertação.

A cada hora você é chamado, é desafiado para se definir, para aprender nova lição, para expandir a consciência da conquista da paz e do amor a DEUS e ao próximo.

O alvo era a presidente Dilma

da revista Época
por Andrei Meireles e Murilo Ramos

Como qualquer empresa, as organizações criminosas têm seus planos de sobrevivência e expansão. O grupo do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, inovou em muita coisa, mas não nesse aspecto. Cachoeira tinha negócios escusos e planos de novos empreendimentos em Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Tocantins, onde contava com a ajuda de políticos e agentes públicos, de acordo com as investigações da Polícia Federal. Mas Cachoeira queria mais. Conversas telefônicas entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM, agora sem partido), gravadas com autorização judicial e obtidas com exclusividade por ÉPOCA (ouça os áudios ao fim desta reportagem), mostram que os dois planejavam se aproximar de alguma forma do Palácio do Planalto. Numa das ligações captadas, Cachoeira orienta Demóstenes a aproveitar um convite para trocar o DEM pelo PMDB, com o propósito de se juntar à base de apoio do governo e se aproximar da presidente, Dilma Rousseff. “E fica bom demais se você for pro PMDB... Ela quer falar com você? A Dilma? A Dilma quer falar com você, não?”, pergunta Cachoeira. Demóstenes responde: “Por debaixo, mas se eu decidir ela fala. Ela quer sentar comigo se eu for mesmo. Não é pra enrolar”. Cachoeira se empolga: “Ah, então vai, uai, fala que vai, ela te chama lá”. Como se fosse um bom subordinado, Demóstenes acata a recomendação.
Quando esse diálogo ocorreu, no final de abril de 2011, Demóstenes estava em plena negociação com caciques do PMDB, como os senadores Renan Calheiros e José Sarney, para mudar de legenda. Um dos maiores opositores do governo – e carrasco de petistas acusados de corrupção – tencionava aderir ao governo do PT. Segundo dirigentes do PMDB, àquela altura a mudança de partido já tinha o aval do Palácio do Planalto. Tudo nos bastidores, porque em público Demóstenes continuava oposicionista. As gravações mostram agora que um dos objetivos da radical troca de lado era estar mais bem situado para ajudar o esquema de Cachoeira.
Cachoeira, preso pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, em 29 de fevereiro, está trancado no presídio federal de Mossoró, Rio Grande do Norte. No ano passado, quando ainda em liberdade, ele tinha outro projeto concreto, além da aproximação de Dilma. Sua intenção era conseguir apoio do PMDB para que Demóstenes chegasse um dia a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Seria um ativo inestimável para suas atividades.O plano de Cachoeira de se aproximar do governo deu errado. Demóstenes, ao que tudo indica, ficou com receio de acabar alijado do Congresso. Ele estava convencido de que a cúpula do DEM pediria à Justiça a cassação de seu mandato por infidelidade partidária. A assessoria do Palácio do Planalto afirma que a presidente, Dilma Rousseff, não falou com Demóstenes desde que assumiu a Presidência.
De acordo com as gravações, o STF já era alvo de ações de Cachoeira. Na mesma conversa em que fala sobre Dilma, ele pede a Demóstenes para tentar influenciar uma decisão do ministro Luiz Fux, do STF. Estava na mesa de Fux um recurso do ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda, impedido de assumir uma vaga para a qual fora eleito no Senado, por ter sido condenado por “abuso de poder político” na eleição de 2006. “Ele (Miranda) é um cara nosso”, afirma Cachoeira a Demóstenes. Miranda recorreu ao STF, e Demóstenes prometeu atender ao pedido de Cachoeira e ajudar. O ministro Fux afirma não ter sido procurado por Demóstenes. “O senador não falou comigo sobre isso”, disse Fux a ÉPOCA. “Se ele tivesse me procurado, eu o teria recebido, sem nenhum problema.” Em uma primeira decisão, Fux deu ganho de causa a Miranda. Dez dias depois, mudou sua decisão e cassou o registro da candidatura. “Depois que fui informado de que ele havia sido cassado na Justiça Eleitoral por abuso de poder político, e não pela Lei da Ficha Limpa, eu modifiquei a decisão”, afirmou Fux.
NEGÓCIOS O governador  de Goiás, Marconi Perillo (ao lado), o iate Casino Princesa  e a transcrição da conversa captada pela PF. Cachoeira tinha interesses na área de obras do governo Perillo.  Em Miami, comprou um cassino iate por uma pechincha (Foto: Monique Renne/CB/D.A Press e reprodução)
Outra gravação revela que, entre uma e outra decisão de Fux, houve tempo para a turma de Cachoeira comemorar a vitória parcial. A conversa ocorreu entre Cachoeira e Cláudio Abreu, diretor agora afastado da Delta Construções, apontado pela polícia como sócio de Cachoeira numa empresa. Num papo cheio de intimidades, um empolgado Abreu chama Cachoeira carinhosamente de “viado” e “desgramado”. Ele o avisa da decisão sobre Miranda. “Chefia, o Marcelo Miranda é senador”, diz Cláudio. “O bom é que eu sei que ele vai ser procurador seu e meu, né?” 
Na mesma conversa, Abreu e Cachoeira emendam outro assunto de estratégia político-empresarial no Tocantins. Abreu defende que a parceria com Miranda não represente uma ruptura com o adversário dele, o ex-senador Eduardo Siqueira Campos. Eduardo é secretário de Relações Institucionais no governo chefiado por seu pai, José Wilson Siqueira Campos, conhecido como Siqueirão. Cachoeira questiona se vale a pena continuar apostando em Eduardo Siqueira. “Eduardo também é bom, Carlinhos. Não pode falar mal dele não, cara”, diz Abreu. “Ele mandou dar o negócio pra nós lá: a inspeção veicular do Tocantins.”
Eduardo Siqueira Campos nega ter destinado um contrato para beneficiar empresa ligada a Cachoeira e Abreu. “Não há ainda definição sobre quem executará o serviço de inspeção ambiental em Tocantins”, afirma. Miranda nega ter pedido ajuda a Cachoeira, a Cláudio Abreu ou a Demóstenes para ter sucesso no STF. “Estou surpreso de ver meu nome citado por essas pessoas”, diz ele. “Cachoeira, por exemplo, eu mal conheço, só o cumprimentei uma vez.”
O Palácio do Planalto tem procurado se manter distante do assunto Cachoeira. Assessores da presidente Dilma avaliam que as denúncias podem paralisar o Congresso, com investigações sobre envolvimentos de parlamentares. Até agora, além de Demóstenes, cinco deputados aparecem nas investigações. O Planalto sabe que o governo de Goiás e o do DF serão os mais afetados pelo que ainda pode vir à tona. Governado pelo petista Agnelo Queiroz, o DF é uma preocupação do PT.
Em outra conversa captada pela polícia, Cachoeira e Abreu discutem a possibilidade de a Delta Construções obter um contrato na agência do governo de Brasília responsável pelo transporte público, a DF Trans. Cachoeira queria que a Delta fosse agraciada com um contrato de R$ 60 milhões para atuar no sistema automatizado de cobrança de passagem nos ônibus. Segundo ele, seria possível aumentar o valor do contrato em 30%. Cachoeira pede a Abreu que fale em nome da Delta porque “aí pesa mais”. A Delta afirmou que desconhece qualquer assunto relativo ao DF Trans e afirma não ter contratos com a estatal.
OUSADIA Cachoeira, Demóstenes e a transcrição do diálogo. Cachoeira queria que Demóstenes mudasse para o PMDB para se aproximar do Planalto e falar com a presidente, Dilma Rousseff. Não deu certo (Foto: Celso Junior/AE  e Sergio Lima/Folhapress)
Cachoeira também foi recebido por Jayme Rincón, presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), uma espécie de secretaria responsável pelas obras em Goiás. Rincón foi um dos principais arrecadadores de dinheiro para a campanha eleitoral do governador Marconi Perillo (PSDB) em 2010. Ele é citado no inquérito da PF como alguém que conversou sobre a venda de uma casa com o ex-vereador tucano Wladmir Garcez. Segundo a Polícia Federal, Garcez é um dos principais assessores de Cachoeira.De acordo com Rincón, Cachoeira foi à Agetop acompanhado de Garcez e de um empresário do Tocantins. Segundo a PF, Garcez servia de intermediário nas conversas entre Cachoeira e Perillo e ajudou o governador a vender uma casa num condomínio nobre de Goiânia. Cachoeira morava nessa casa quando foi preso pela PF. Rincón disse a ÉPOCA que conhece Garcez, mas que jamais tratou sobre negociação de qualquer casa com ele.
Diante das crescentes denúncias envolvendo personagens da política de Goiás, Cachoeira começou a provocar baixas no governo goiano. Na terça-feira, Eliane Pinheiro, chefe de gabinete do governador Perillo, pediu para ser exonerada. Dias antes, ÉPOCA revelou que Eliane fora flagrada pela polícia em conversas com Cachoeira. Ela soube por Cachoeira que a PF iria à casa do prefeito de Águas Lindas, Geraldo Messias (PP), e o avisou. Diante do alerta, Messias fugiu.
O senador Demóstenes Torres tem preferido o silêncio. Seu advogado, Antônio Carlos Almeida Castro, o Kakay, disse que pedirá ao STF a anulação das provas em mãos da PF, especialmente as escutas telefônicas. Segundo Kakay, o STF deveria ter sido comunicado da investigação imediatamente após a descoberta do envolvimento de Demóstenes. Como senador, ele só pode ser investigado com autorização do Supremo. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirma que os procedimentos da polícia e as escutas são legais.
Demóstenes foi levado, pela cúpula do DEM, a deixar o partido, na terça-feira. Por muitos anos, ele foi uma importante fonte de credibilidade e votos para a legenda. Agora, Demóstenes tenta retardar seu processo no Conselho de Ética do Senado. Conversou com o presidente da Casa, José Sarney, e com o líder do PMDB, Renan Calheiros. A presidência do conselho está vaga, e ninguém quer a posição. Os três conselheiros do PMDB – Renan Calheiros, Edison Lobão Filho e Romero Jucá – já foram protagonistas de escândalos. “Me deixa fora dessa!”, diz Lobão Filho. “Me botaram lá no conselho contra a minha vontade.”
A partir da investigação da PF é possível inferir que Cachoeira tinha uma estratégia ambiciosa. A crise financeira de 2008 abriu oportunidades nos Estados Unidos – e Cachoeira não as desperdiçou. Amigos afirmam que Cachoeira comprou um cassino instalado num iate de luxo, de 200 pés, o Casino Princesa. De acordo com a PF, Cachoeira e o empresário Mauro Sebben negociavam a compra de outro barco cassino, o Big Easy. No auge da crise, ofereceram uma ninharia. Os antigos donos haviam investido cerca de US$ 40 milhões no barco, mas não conseguiram pagar as contas. Numa conversa gravada pela PF em novembro de 2008, Sebben diz que o “velho”, sócio dele e de Cachoeira nos EUA, propôs que fizessem uma oferta de US$ 2 milhões. “É excelente. Mas não podemos pagar mais do que dois”, afirma Cachoeira. Na mesma época, numa conversa, Cachoeira e Sebben avaliam a compra de um contrato da empresa Multimedia Games com a loteria de Nova York. Sebben calcula que o faturamento anual seria de US$ 10 milhões. Os planos de Cachoeira não tinham limites – financeiros, geográficos ou políticos.
Escuta de 27 de abril de 2011
Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres 

Carlinhos Cachoeira pede a Demóstenes para ajudar o ex-governador de Tocantins Marcelo Miranda (PMDB) no Supremo Tribunal Federal, para que ele pudesse tomar posse como senador (nas eleições de 2010, Miranda foi o segundo mais votado do Estado, mas não pôde tomar posse por causa da Lei da Ficha Limpa).
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Demóstenes consulta Cachoeira sobre uma possível mudança de partido. O senador diz que pensava em deixar o DEM.
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Cachoeira estimula o senador a trocar o DEM pelo PMDB para se aproximar da presidente Dilma Rousseff.
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Escuta de 4 de maio de 2011
Carlinhos Cachoeira e Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta Construções 

Cachoeira e Cláudio Abreu falam sobre o ex-governador de Tocantins Marcelo Miranda (PMDB-TO) – segundo mais votado para o Senado em 2010 – e a respeito do secretário de Relações Institucionais de Tocantins e ex-senador, Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO).
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Escuta de 18 de novembro de 2008
Carlinhos Cachoeira e Mauro Sebben, empresário 

Os dois conversam sobre negócios relacionados a uma loteria em Nova York.
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Cachoeira e Mauro Sebben falam da eleição de Maguito Vilela (PMDB-GO) para a prefeitura de Aparecida de Goiânia (GO) e a influência de Maguito no Banco do Brasil.
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Mauro Sebben fala a Cachoeira sobre a oferta de um barco de US$ 40 milhões. A ideia é comprá-lo para ser usado como cassino no Brasil.

Cafezinho impertinente

O Barão de Itararé foi preso e levado a presença de um juiz, que indagou?
- Sr. Aparício, você atribui sua prisão a que?
- Pensei muito e só posso atribui-la ao cafezinho.
- Cafezinho?...
- Eu estava no Café Belas Artes tomando meu oitavo cafezinho e pensando na minha mãezinha, que sempre me advertiu para não beber café demais. Aí a polícia chegou e me levou preso. Só pode ser castigo por eu abusar do cafezinho... 

Clube dos solteiros


A Dilma Teflon

por José Roberto Toledo

A popularidade da presidente Dilma Rousseff está no mesmo nível a que chegou a de Luiz Inácio Lula da Silva aos 15 meses do seu segundo mandato. Foi nesse estágio, em março de 2008, que a aprovação do ex-presidente começou a decolar e a se descolar dos patamares históricos das avaliações presidenciais, elevando-o ao status de mito - merecido ou não.
Não há como afirmar - nem negar - que a história vá se repetir. A aprovação de Lula estava acelerando mais rapidamente em 2008, por exemplo, mas há indícios de que Dilma esteja desenvolvendo poderes "Teflon", como seu antecessor. Na pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem, fica claro que a percepção sobre o noticiário é cada vez mais positiva para a presidente. Não que haja menos notícias de "malfeitos" envolvendo o governo, apenas elas não estão colando na imagem presidencial.
O dobro de brasileiros vê um noticiário mais favorável (28%) do que desfavorável ao governo (14%). A taxa de percepção de notícias negativas já foi de 25% em julho do ano passado, quando começou a crise ministerial. Mas a troca de ministros virou "faxina" e, hoje, a agenda de Dilma, aos olhos da população, tem mais boas notícias do que problemas: "programas sociais para as mulheres", "viagens da presidente", "Dilma recebe prêmio". Mesmo as notícias potencialmente negativas, como prisões e demissões, são lidas como sinais de limpeza e não de sujeira.
Isso ajuda a explicar por que Dilma chegou a este patamar com "um mandato" de antecedência em comparação a Lula, mas não explica as razões desse "efeito Teflon". As causas fundamentais estão ligadas à situação econômica do País e, mais especificamente, à capacidade de consumo do eleitor.
A taxa líquida de popularidade da presidente ("ótimo"+"bom" subtraído o porcentual de "ruim"+"péssimo") medida pela pesquisa CNI/Ibope está colada à situação financeira do brasileiro, aferida pela mesma sondagem. A superposição das duas curvas ocorre praticamente desde o começo do governo Dilma. Para onde uma vai, a outra vai atrás. Estatisticamente, seu coeficiente de correlação é muito alto: 0,88 num máximo de 1,00.
Basicamente, quando cresce o número de brasileiros que avaliam que seu bolso está mais cheio agora do que estava três meses antes e, ao mesmo tempo, preveem que ele vai continuar estufando nos próximos meses, cresce também a quantidade de brasileiros que dizem que o governo Dilma é "bom" ou "ótimo". Por essa correlação, a popularidade presidencial é uma função direta do poder de compra e da capacidade de consumo do eleitor.
Essa percepção não depende apenas da renda, mas de outros fatores indiretos, como facilidade de o brasileiro obter crédito, de sua estabilidade no emprego ou facilidade de conseguir uma ocupação remunerada e, em menor grau, do medo de descontrole inflacionário.
Em outras palavras, enquanto a economia continuar se expandindo, o emprego seguir em alta e os consumidores continuarem comprando e se endividando, Dilma deverá permanecer com uma avaliação positiva de seu governo. E se essas tendências se intensificarem, a boa vontade da população com sua gestão pode crescer ainda mais.
Essa correlação entre consumo e popularidade não é um fenômeno jabuticaba, que ocorre só no Brasil. Ela acontece nos EUA também. Barack Obama tem se beneficiado dela. O presidente norte-americano só voltou a melhorar sua posição nas pesquisas de intenção de voto depois que o índice de confiança do consumidor cresceu, refletindo o aquecimento do mercado de trabalho e a retomada do consumo.
Não é por acaso que, tanto nos EUA quanto no Brasil, os presidentes dedicam muito mais atenção à economia do que às rusgas com o Congresso. Quanto melhor o emprego e o consumo, mais populares eles ficam e mais poder eles têm para negociar o que lhes convém, tanto com sua base de apoio quanto com a oposição. Lá como cá, a avaliação do trabalho dos parlamentares é muito pior do que a do Executivo federal. E quando o presidente se populariza, a balança de força entre os Poderes se desequilibra, sempre em detrimento do Legislativo.
Se aparece um escândalo envolvendo um dos principais porta-vozes da oposição, menor ainda o poder de barganha dos parlamentares. Aos olhos da população, quando um crítico do governo é pego praticando o que condenava, reforça-se a ideia de que "político é tudo igual". E se a percepção de que a conduta ética é a mesma para todos, melhor salvar pelo menos o bolso.
Presidentes que perderam sua base de apoio e a chamada "governabilidade" perderam antes o controle da economia. Foram os casos de José Sarney e Fernando Collor. O primeiro acabou tutelado pelo PMDB de Ulysses Guimarães e o segundo sofreu o impeachment. Desde Fernando Henrique Cardoso, o bom desempenho econômico tem precedido a estabilidade política. Foi assim com Lula, é assim com Dilma.

Vídeo que mostra Carlinhos Cachoeira e Waldomiro Diniz negociando propina é de 2002 e não de 2004, como afirma atualmente parte da imprensa. Outra gravação explica motivação política para divulgação da fita.

Tenho acompanhado o noticiário sobre a operação Monte Carlo, da Polícia Federal, apenas pelos jornais e é preciso corrigir uma série de inverdades que jornalistas e colunistas estão tomando como verdade. Afirmam que a primeira gravação envolvendo Carlinhos Cachoeira é de 2004 com Waldomiro Diniz, então assessor da Casa Civil. Isso é mentira. O vídeo, na verdade, fora gravado em 2002, quando Waldomiro ainda trabalhava na Loterj, no Rio de Janeiro. Portanto, como provou a Justiça, não há qualquer relação com as atividades do governo a partir de 2003.

Havia sim (como ainda há hoje) uma preocupação em me atingir e também ao governo do presidente Lula. Isso ficou claro a partir de uma gravação que mostra o ex-subprocurador-geral da República, José Roberto Santoro, tomando depoimento extraoficialmente de Carlinhos Cachoeira em plena madrugada, em Brasília. Santoro tenta convencer Cachoeira a entregar oficialmente a fita com a gravação feita em 2002 e admite o foco em atingir o governo. Ele também se diz preocupado com a reação de seu chefe, o então procurador-geral da República Cláudio Fontelles, caso flagrasse a negociação com Cachoeira.

O depoimento durou mais de quatro horas. Por volta das 3 da manhã, Santoro narra como seria a reação de Fontelles: “você é subprocurador-geral. Não tem que ficar na Procuradoria, de madrugada tomando depoimento dos outros. Tudo tem um limite”. Mais adiante, Santoro insiste no mesmo ponto: “ele vai chegar aqui e vai dizer ‘o sacana do Santoro resolveu acabar com o governo do PT e para isso arrumou um jornalista, juntaram-se com um bicheiro e resolveram na calada da noite tomar depoimento. Não foi nem durante o dia. Foi às três horas da manhã”. Em outro trecho, diz: “ele vai vir aqui e vai ver tomando depoimento para, desculpe a expressão, ferrar o chefe da Casa Civil da Presidência da República, o homem mais poderoso do governo, ou seja, para derrubar o governo Lula”. 

A gravação do depoimento extra-oficial de Cachoeira a Santoro foi levada ao ar pelo Jornal Nacional no dia 30 de março de 2004. Segundo a TV Globo, áudio foi periciado e teve sua autenticidade confirmada. (Confira o vídeo)

Busca ativa alcançou 550 mil famílias


A busca ativa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) já conseguiu alcançar 550 mil famílias do total de 16,2 milhões de brasileiros que vivem em situação de extrema pobreza. O esforço faz parte do Plano Brasil Sem Miséria, que pretende erradicar o problema.
“Essa é uma tarefa importante porque essa população que continua na extrema pobreza, mesmo com o país crescendo e com a quantidade de empregos que tem sido gerados, é uma população muito frágil. Muitos nem sabem que têm direito ao Bolsa Família, então a ideia é que a gente possa se deslocar, ir atrás dessa famílias”, disse a ministra Tereza Campello durante o programa Bom Dia Ministro, realizado pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
As famílias identificadas pela busca ativa são incluídas no Cadastro Único que permite o acesso ao Bolsa Família e a outros benefícios oferecidos pelo governo como a tarifa social de energia elétrica. Tereza explicou que a maior parte das famílias em extrema pobreza não está no Norte e no Nordeste do país, como imaginam as pessoas, mas no Sul e no Sudeste.
“A gente sempre tem essa ideia que a população extremamente pobre é a população de rua porque ela é mais visível, mas o grande problema é chegar naquelas que não aparecem. São pessoas que estão às vezes isoladas em bolsões de pobreza, como favelas, em grandes centros urbanos. Há uma dificuldade que é de chegar na população rural, mas as regiões que temos maior necessidade de busca ativa, por incrível que pareça, continua sendo o Sudeste e o Sul do Brasil”, explicou.
A ministra também falou, durante o programa Bom Dia, Ministro, dos cursos de qualificação profissional que estão sendo oferecidos à população de baixa renda, especialmente os beneficiários do Bolsa Família. Atualmente há 141 mil vagas abertas em todos os estados por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
“A ideia do Pronatec para o Brasil sem Miséria não é para formação de nível médio, mas para quem tem baixa escolaridade, para quem não tem ensino fundamental completo. Nós estamos levando as pessoas para sala de aula dando reforço escolar e ao mesmo tempo curso com média de 200 horas garantindo que as pessoas consigam acessar as vagas que estão abertas no mercado”, disse.
por Joaquim Aragão

Classificado automotivo

Vendo um Opala 75 com ar-condicionado

O pig, o jornalismo brasileiro e o caso cachoeira

por Luis Nassiff

Aparentemente rompeu-se o longo pacto político de 2005, dos grandes grupos de mídia.

Conforme adiantei na série "O caso de Veja", a revista escondeu-se no macartismo mais primário para montar suas jogadas. Cada loucura da revista, por mais inverossímil que fosse, era repercutida pelos demais jornais e pelo Jornal Nacional, porque havia um objetivo maior, de derrubar o governo. Esse pacto espúrio acabou conferindo à Veja um poder quase ilimitado.
E aí se entra no papel de personagens públicos. Na era do espetáculo, há personagens midiáticos, fabricados e que ganham visibilidade à custa de doses maciças de divulgação.
No período mais escabroso do jornalismo brasileiro, o pacto midiático tentou transformar figuras menores do jornalismo da Veja em personalidades com enorme visibilidade, exclusivamente para conferir-lhes maior poder de fogo no fuzilamento de reputações dos que ousassem denunciar os métodos criminosos da revista. Depois de usados, voltaram ao esgoto.
E como foi fácil esse aliciamento da mídia, valendo-se da transição no comando dos três principais grupos jornalísticos! De nada adiantaram alertas sobre a fria em que estavam entrando. O despreparo os fazia acreditar que se estava ingressando em uma nova fase do jornalismo, em que se aboliam totalmente as divisórias entre o fato e a ficção, ignorava-se a lei, os poderes constituídos, envolvia-se o Supremo nas suas manipulações, tentava se desacreditar a Polícia Federal, como se pairassem acima das instituições..
Agora, a ficha começa a cair. Apesar das enormes pressões sofridas, o Correio Braziliense rompeu o pacto de silêncio em torno de Demóstenes. O Globo, finalmente, começa a dar espaço para seus jornalistas entrarem no tema.
Vai ser uma oportunidade única de desvencilhar a imagem da mídia brasileira do esquema que foi montado por Roberto Civita, em parceria com o crime organizado.


Punição e impunidade

O senador Demóstenes Torres renuncie ao mandato ou seja cassado de certa forma será punido.

O Bicheiro Carlinhos Cachoeira bem ou mal também será punido.

O empresário Carlos Augusto Ramos sairá impune deste esquema de corrupção revelado pela PF?...

O histórico infelizmente nos leva a dizer que sim.

No Brasil uma das coisa mais difíceis que existe é o judiciário punir "empresários". Punir ladrão de galinhas é especialidade dos nossos juízes. No papel a lei é igual para todos, na realidade é mais desigual que nossa distribuição de renda.

Para contribuir com um pouco de luz sobre os negócios "legais" do "empresário" e seus sócios. Conheçam algumas empresas de propriedade dele:


  • Aprigio Construtora
  • Instituto de Ciência Farmacêutica de Estudos e Pesquisas.
  • Fundação Nelson Castilho Maquinaria Publicidade e Propaganda
  • Eletro Chance
  • BET-Capital
  • WCR Produção e Comunicação
  • Souza Ramos Advogados
Se o dinheiro do sujeito vei do jogo ilegal, como as empresas podem ser legalizadas?




Gravação no Hotel Naoum pode ser obra de Cachoeira

Se esses rumores se confirmarem vou poder dizer que cantei essa pedra duas vezes:
A primeira na época do episódio que escrevi no blog que as imagens da Veja não vinham do circuito interno do hotel: Veja passou recibo do crime. Você reproduziu o texto aqui no blog só que comm um título bem mais cuidadoso, com toda a razão: As suspeitas sobre as gravações da Veja.
A segunda foi agora dia 1º aqui no blog, quando sugeri que você incluísse esse caso na sua lista de matérias plantadas por Cachoeira na Veja http://www.advivo.com.br/comentario/re-as-materias-que-cachoeira-plantou... o foca não entende de arapongagem, ou recebeu consultoria ou eram os próprios arapongas do Cachoeira
Filme do Hotel Naoum pode ser obra de CachoeiraFilme do Hotel Naoum pode ser obra de CachoeiraFoto: DivulgaçãoHÁ INDÍCIOS DE QUE A GRAVAÇÃO DE AUTORIDADES DO GOVERNO NUM HOTEL FREQUENTADO PELO EX-MINISTRO JOSÉ DIRCEU, EM BRASÍLIA, TERIA SIDO PRODUZIDA PELA GANGUE DO BICHEIRO CARLINHOS CACHOEIRA; REVELAÇÃO FOI FEITA PELO JORNAL CORREIO BRAZILIENSE
04 de Abril de 2012 às 23:39
247 – As relações perigosas entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e alguns órgãos de imprensa, especialmente a revista Veja, ainda prometem dar muito pano pra manga. Já se sabia que Cachoeira produziu diversos grampos e vídeos clandestinos utilizados pela revista nos últimos anos, como a fita em que Maurício Marinho, ex-funcionário dos Correios, aparecia recebendo uma propina de R$ 5 mil – denúncia que desencadeou o processo do Mensalão. Agora, segundo o jornalista Luiz Carlos Azedo, principal colunista político do Correio Braziliense, surgem indícios de que Cachoeira também esteve por trás da gravação de imagens no hotel Naoum, no fim do ano passado, que captaram encontros do ex-ministro José Dirceu com autoridades do governo federal, como o ministro Fernando Pimentel e o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
À época, um repórter da revista Veja, Gustavo Ribeiro, foi acusado de tentar invadir o apartamento do ex-ministro para demonstrar que ele estaria atuando como lobista no governo federal. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil do Distrito Federal, mas o jornalista não foi indiciado porque a invasão, impedida pela camareira do hotel, não se consumou. Veja, no entanto, publicou imagens do corredor do hotel, que não foram captadas pelo circuito interno de imagens do Naoum. Segundo Azedo, do Correio Braziliense, o vídeo pode ter sido produzido pela gangue de Carlinhos Cachoeira, que foi fonte contumaz da revista nos últimos anos. A reportagem de Veja, que terminou nas páginas policiais, também contribuiu para a queda do ex-redator-chefe da publicação, Mario Sabino.
Caso a informação se confirme, será mais um problema para a Editora Abril, que ainda não se explicou de forma convincente sobre a parceria editorial com um dos maiores contraventores do País. Leia, abaixo, a nota que Azedo publicou no Correio Braziliense:
Há rumores de que Cachoeira estaria na iminência de se tornar réu colaborador, passando às autoridades mais informações do que as obtidas nas investigações, o que fecharia o cerco a políticos e empresas envolvidas em ilícitos. Até magistrados estariam enrolados nos seus grampos, alguns dos quais serviram de base para denúncias da imprensa, como as imagens (sem áudio) dos encontros do ex-ministro José Dirceu num hotel de Brasília.
por Len