Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Judiciário o mais corrupto dos poderes

É por decisões como a de anular a Operação Satiagraha que a afirmação acima é verdade pura. Faz tempo que sei disto e afirmo e reafirmo...


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou hoje (7) a Operação Satiagraha da Polícia Federal e seus desdobramentos, atendendo a um habeas corpus do banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity.
Os ministros da Quinta Turma entenderam, por maioria de 3 votos a 2, que a operação foi comprometida devido à participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na operação. O episódio resultou na condenação de Dantas a 10 anos de prisão por corrupção.
O julgamento começou em março, com o voto do relator, Adilson Macabu, pela anulação da Satiagraha. Ele defendeu que “as provas estão maculadas desde o início” pela participação da Abin e foi acompanhado pelo ministro Napoleão Nunes. O julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Gilson Dipp, e voltou a plenário no dia 5 de maio, com voto divergente de Dipp, que entendeu que a operação não deveria ser invalidada.
Mais uma vez, o julgamento foi interrompido por um pedido de vista da ministra Laurita Vaz, que trouxe seu voto hoje e acompanhou Dipp. Coube ao ministro Jorge Mussi dar o voto de desempate. Ele lembrou que a própria Polícia Federal afirmou que Abin atuou "oculta" na operação e lembrou que o Ministério Público Federal deu parecer favorável à concessão do habeas corpus a Daniel Dantas.

Ghost Writer Copidesque Revisão

A clareza editorial no seu texto que todo editor deseja ver quando recebe um original

Podemos escrever o texto todo para você ou ao apenas melhorar o que você já tem escrito.

Atuando como ghost writer, copidesque e revisores, faremos de tudo para aperfeiçoar suas ideias e também seus textos.

Não sabe muito bem do que se trata? Então leia abaixo.

Se o tempo, o trabalho, não o deixam desenvolver um texto que esteja à altura de sua ideia. Ou se ainda percebe que o texto elaborado por você parece imaturo ou com detalhes que podem comprometer a sua aceitação em uma editora, entramos para mudar isso. Ou mesmo para publicação independente, é melhor ter um texto coeso e com elementos que façam o leitor ver em você um escritor em potencial.  E é nisso que trabalhamos.

Como não perder um texto escrito, mas que demonstra deficiência? Como não desperdiçar um enredo. E uma trama? Nesse momento entra o trabalho de copidesque. O texto  muitas vezes precisa ser reestruturado. Em frases mais coesas, em escolha de palavras.  Como também a análise da premissa, elementos de suspense/ suspensão. Fazer o leitor querer ir para outra página depende de ritmo, e ritmo é estrutura, síntese, sintaxe em harmonia com o que se conta.

O preço da revisão 1,70 a página de 1200 caracteres. Mas visite a página www.revisaoestilo.blogspot.com e veja um pouco mais.

 Adolfo Wilde

Henrique Almer


Twitter em português

Usuários brasileiros do Twitter, oremos. O microblog liberou uma atualização que está dando o que falar. Agora, a língua portuguesa está disponível para os usuários, transformando termos já clássicos como “Unfollow” em “Deixar de seguir”.

Quer testar o Twitter em português? Moleza:
1) Vá em Settings (clique na sua foto, no canto alto da tela do Twitter)
2) Selecione o idioma.
3) Clique em ‘Save’, no final da página. Ele vai pedir a confirmação da senha. Basta digitá-la.
Pronto!

Algumas das traduções do Twitter:
Tweet ->  Tweetar
Follow -> Seguir
Unfollow -> Deixar de seguir
Trending Topics -> Tópicos da tendência
Retweet -> Retweetar
E aí? O que você achou da tradução do Twitter para nossa língua?

Direito de greve

[...] dos bombeiros do Rio de Janeiro e a liberdade nossa de cada dia

Por Dida Figueiredo, pesquisadora do Ibase, no Brasil de Fato

Em vez de serem apenas livres, esforcem-se/Para criar um estado de coisas que liberte a todos/E também o amor à liberdade/Torne supérfluo! (Bertolt Brecht)

Ser livre é uma condição de existência que nenhum entre nós aceitaria abrir mão. A liberdade, em seus múltiplos significados, é um valor exaltado como singular e essencial, especialmente, em sociedades que se pretendem democráticas.

A liberdade é também um direito. Um direito fundamental! O artigo 5º de nossa Constituição assegura serem todos e todas iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza e dentre os direitos fundamentais exaltados em seu caput (início) está a liberdade.
Esse mesmo artigo determina que ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei. Sim, a Constituição trata cidadãos civis e militares de forma diferente. Resquícios de um estado no qual vicejava uma ditadura militar ou necessidade de defesa? Há divergências. O que nos importa questionar neste momento é: até onde vai essa diferença?  Podem 439 cidadãos serem presos pelo exercício de outro direito fundamental?

A mesma Constituição assegura, em seu artigo 9º, no qual também se enumeram, de modo não-exaustivo, direitos fundamentais: o direito de greve. Diz a norma, é “assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”. Na falta de uma legislação específica por quase 20 anos vicejou a polêmica sobre o direito de greve dos servidores públicos. Até que, em 2007, o Supremo Tribunal Federal, através dos Mandados de Injunção 670 e 708, definiu que na falta de lei específica o Congresso Nacional deveria criar a lei em 60 dias e se não o fizesse seriam aplicados aos servidores públicos as mesmas regras dos empregados privados (lei 7.783/89).

A lei 7.783/89 trata especificamente do direito de greve e, dentre outras determinações, reconhece que se considera “legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador”, bem como que é válido “o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve”.

Os bombeiros do Rio de Janeiro estão lutando pelas melhorias de suas condições de trabalho. Suas reivindicações se referem ao direito à saúde (protetor solar) e direito ao trabalho (vale transporte e aumento do piso salarial que hoje é de R$ 950,00). As manifestações tomaram contornos dramáticos neste final de semana.

Há vários meses os bombeiros fluminenses tentam negociar melhores condições de trabalho sem sucesso. Há mais de dez dias, promovem manifestações pacíficas nas quais solicitam serem ouvidos pelo governador Sergio Cabral.  Em protesto por não verem seus pleitos serem negociados, ocuparam o quartel central do Corpo de Bombeiros na sexta-feira. Diante da intransigência do governo do Estado, que exigia a saída deles do local sem assegurar qualquer diálogo, resolveram permanecer. O protesto era pacífico, nenhum bombeiro havia cometido qualquer ato de violência. Alguns estavam na companhia de suas esposas e filhos. No sábado pela manhã, a Polícia Militar invadiu o Quartel, lançando bomba de efeito moral e gás lacrimogêneo nos manifestantes. Duas crianças foram socorridas por terem se intoxicado. O clima se tornou tenso e houve danos ao patrimônio do quartel. Quem provocou tais danos? Os bombeiros que reagiram quando atacados de forma inesperada, ou o próprio efetivo do Bope ao praticar a invasão?

Ao todo, 439 bombeiros permanecem detidos e sem comunicação com seus advogados. O Presidente da OAB/RJ, Wadih Damous , criticou publicamente a dificuldade de acesso dos advogados aos bombeiros. Alega-se que podem chegar a serem punidos com 12 anos de prisão. Talvez mais. São acusados de motim, danos ao bem público e impedimento de socorro. De acordo com o Código Penal Militar, o motim  deve ser punido com reclusão de 4 a 8 anos, o dano de bem público  com detenção de 6 meses a 3 anos, e o impedimento de socorro  com reclusão de 3 a 6 anos.

Pela janela

Dois homens seriamente doentes estavam na enfermaria de um grande hospital. O cômodo era bem pequeno e nele havia uma janela que dava para o mundo. Um dos homens tinha, como parte do seu tratamento, permissão para sentar-se na cama por uma hora durante as tardes (algo que tinha a ver com a drenagem de fluido de seus pulmões). Sua cama ficava perto da janela.
O outro, contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de barriga para cima. Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava perto da janela era colocado em posição sentada, passava o tempo descrevendo o que via lá fora.
A janela dava para um parque onde havia um lago. Havia patos e cisnes no lago, e as crianças iam atirar-lhes pão e colocar na água barcos de brinquedo. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas entre as árvores, e havia flores, gramados e jogos de bola. E ao fundo, por trás da fileira de árvores, avistava-se o belo contorno dos prédios da cidade.
O homem deitado ouvia o sentado descrever tudo isso, apreciando todos os minutos. Ouviu sobre como uma criança quase caiu no lago e sobre como as garotas estavam bonitas em seus vestidos de verão. As descrições do seu amigo eventualmente o fizeram sentir que quase podia ver o que estava acontecendo lá fora...
Então, em uma bela tarde, ocorreu-lhe um pensamento: Por que o homem que ficava perto da janela deveria ter todo o prazer de ver o que estava acontecendo? Por que ele não podia ter essa chance? Sentiu-se envergonhado, mas quanto mais tentava não pensar assim, mais queria uma mudança. Faria qualquer coisa!
Numa noite, enquanto olhava para o teto, o outro homem subitamente acordou tossindo e sufocando, suas mãos procurando o botão que faria a enfermeira vir correndo. Mas ele o observou sem se mover... mesmo quando o som de respiração parou. De manha, a enfermeira encontrou o outro homem morto e, silenciosamente, levou embora o seu corpo.
Logo que pareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ser colocado na cama perto da janela. Então colocaram-no lá, aconchegaram-no sob as cobertas e fizeram com que se sentisse bastante confortável. No minuto em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo, com dificuldade e sentindo muita dor, e olhou para fora da janela.
Viu apenas um muro...
fisgado do Blogando na madrugada

Energia para usar e vender


Image
Capa do Plano Decenal de Energia
O Plano Decenal de Energia para o período 2011-2020 - que contempla investimentos de mais de R$ 1 tri ao longo da década - traz a melhor notícia dos últimos tempos. Ele prevê que a produção de petróleo no País deverá quase triplicar até 2020, saltando dos atuais 2,3 milhões de barris/dia para 6,1 milhões de barris/dia. Da produção total, 2,9 milhões de barris deverão atender à demanda interna de petróleo. Já, o restante, ou 3,2 milhões de barris/dia, deverá ser destinado à exportação. As projeções foram feitas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no Ministério de Minas e Energia. Continua>>>

Fortaleza: Greve dos Professores

A Câmara Municipal de Fortaleza promete votar, hoje, o aumento dos professores, com algumas alterações propostas por um grupo de vereadores. A liderança dos professores diz que eles só voltam a dar aulas se forem atendidas todas as suas reivindicações, principalmente a que trata do piso nacional. A Câmara Municipal não pode aumentar despesas em matérias da competência exclusiva do Executivo como é o caso da remuneração dos professores.


Na semana passada, segundo anúncio feito pelo presidente da Câmara, Acrísio Sena (PT), deveria ter sido votado o aumento dos professores, apesar dos fatos registrados na semana anterior, ou mais precisamente no dia 25 de maio, quando os professores invadiram o plenário do Legislativo municipal e a Câmara ficou sem atividades plenárias pelo restante da semana.

Ontem, o presidente apresentou, durante entrevista coletiva, um conjunto de propostas ao projeto de lei que trata do reajuste dos professores da rede Municipal de ensino.

No entanto, a maioria dos pontos tratados na emenda substitutiva, a ser apresentada hoje, não atende às reclamações da categoria. De acordo com Acrísio, a emenda que foi subscrita por 24 vereadores contempla todos os assuntos abordados pelas outras 23 emendas já apresentadas ao projeto.

Impasse

"Nós levamos em consideração todas as preposições das negociações entre Governo e categoria. Nem a mensagem do jeito que veio e nem o que querem o movimento de greve. Agora o que estamos interessados é em resolver este impasse, pois quem está sofrendo são os mais de 230 mil alunos que estão sem aula", salientou Acrísio Sena.

As principais propostas apresentadas na emenda são: 
  • redução da carga horária semanal para 40 horas; 
  • reajuste do piso salarial para R$ 1.187 para professores do nível médio e R$ 1.439 para os graduados; 
  • 1/5 de jornada de trabalho para planejamentos a ter início no segundo semestre de 2012; 
  • indicação ao Executivo para que a escolha dos diretores escolares seja feita através de eleição, entre pais, alunos e professores das respectivas escolas.

De acordo com a proposta, o salário inicial dos professores da rede Municipal de ensino deve ficar em R$ 1.187 para o nível médio, conforme tabela do Ministério da Educação (MEC), e em R$ 1.439 para os educadores graduados. A categoria, no entanto, reclama um piso salarial maior.

Questionado se a emenda substitutiva poderia ser inconstitucional, uma vez que trata de prerrogativa do Executivo, o presidente da Câmara relatou que a isso cabe apenas à comissão conjunta responder. No entanto, o petista frisou que o Governo concordou com todos os pontos apresentados, visto que o secretário de Administração, Vaumik Ribeiro, e o líder da prefeita, vereador Ronivaldo Maia (PT), estiveram presentes as reuniões.

De acordo com a diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), Gardênia Baima, os professores só voltarão às salas de aula quando a mensagem estiver em consonância com a lei do piso nacional. A proposta dos grevistas inclui, além dos R$ 1.450 para o salário inicial dos graduados; 1/3 de horas para o planejamento; e máximo de 40 horas semanais de trabalho. Para Gardênia, caso a emenda esteja fora do contexto da lei, a Câmara estará se posicionando contra a Constituição.
do DN

Agiotagem

A voracidade do setor financeiro brasileiro é inacreditável.

Ganhar muito é sempre pouco para ele.

Hoje, o IBGE divulgou o índice de inflação que é usado como referência para as metas, o IPCA.

Ele caiu, como você vê no gráfico, a 0,47%.

Outro índice muito utilizado para atualizar valores, o IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas, também foi anunciado hoje. E baixou de 0,5% para apenas 0,01%.

Confirma-se, portanto, o que só o terrorismo de mercado sustentava há pouco tempo atrás: que haveria uma inflação estrutural como componente inevitável de uma politica econômica desenvolvimentista.

Nada disso, poré, refreia o apetite destes mercados por uma nova alta de juros, e são imensas as pressões para que o Copom aumente, amanhã, a taxa Selic em mais 0,25%.

Com uma trajetória de queda da inflação, a taxa real de ganhos na especulação financeira no Brasil, que já é a maior do mundo, aumentará. E, com ela, o gasto do Tesouro com o pagamento de juros.

Logo, para garantir o sagrado – os juros – a pressão é toda para que se corte o que acham “supérfluo”: os investimentos públicos.

E, para resistir a essa pressão, não basta que a economia esteja sólida. É preciso que o Governo brasileiro esteja politicamente forte, para que possa transformar em atitudes a sua vontade de dizer “não, chega!” a esta turma.

Tijolaço

Colesterol alto

[...] equilibre as taxas deste vilão da saúde do coração

Sedentarismo, álcool e fumo estão entre os principais vilões da saúde do nosso coração. 

Esses maus hábitos podem aumentar ou desequilibrar nossos níveis de LDL e HDL que são os níveis de colesterol ruim e bom, respectivamente. 

Além de evitar os hábitos citados acima, adotar uma alimentação saudável também é de extrema importância quando o assunto é diminuir o colesterol e ter mais saúde. 

O problema da altas taxas de LDL em nosso organismo é que elas representam uma grande quantidade de gordura circulando por nosso sangue, que podem formar plaquetas e entupir artérias, nos expondo a complicações cardiovasculares.

Você sabia que, fazendo algumas substituições simples, sua dieta pode deixar seu corpo blindado contra o colesterol? É que mesmo pessoas que já apresentam colesterol alto podem diminuir os níveis de LDL e aumentar os de HDL com a dieta adequada?

Veja Aqui as dicas de especialistas do que entra e o que sai no cardápio amigo do coração! 

Exposição

O ouro dos Incas

Entra em cartaz hoje, no Espaço Cultural Unifor, a exposição Tesouros e Simbolismos da Colômbia Pré-Hispânica, que presenteia seus visitantes com o detalhamento de raras peças em ouro produzidas até há 2500 anos
A partir de hoje, quem for ao Espaço Cultural Unifor, com o intuito de ver valiosas peças de ouro, sairá de lá com a vitalidade de ter estado em contato com algo de valor imensurável, de fato. Mas não pelo vil metal dourado, mas sim pela riqueza do que tão pequenos objetos representaram para toda uma cultura. Colombiana e brasileira até, se ampliado o modo de se interpretar o acervo. Composta de 213 objetos, a coleção possui pingentes, palitos, peitorais, máscaras, tudo em ouro ou em "tumbaga", mistura de ouro e cobre. Há ainda vasos, estátuas e até instrumentos musicais feitos de barro. Em todos, surpreende o detalhamento com que foram produzidos.

Para além da sofisticação, lógico, está o ineditismo. Segundo o arqueólogo Eduardo Londoño, chefe de divulgação do Museu del Oro, do Banco da República de Bogotá, na Colômbia, as peças eram fundidas em uma única forma que, diferente das que utilizamos para a produção de estátuas em gesso, por exemplo, não possuíam abertura. "Para retirá-las da forma, depois de prontas, só havia um meio: quebrando o molde. Ou seja, essas peças são únicas", conclui o professor.

OrigensFoi por volta dos anos de 1930 que se fundou o Museu del Oro, de onde vieram as coleções para esta exposição. De acordo com Eduardo Londoño, após a independência do país, a Colômbia passa por um processo relativamente comum aos povos sul-americanos. Depois da partida de seus colonizadores, ficaram as dúvidas: o que somos? O que nos une? Qual a nossa herança? Assim, surge o interesse nas peças ancestrais, elaboradas por um povo anterior aos europeus.

O Museu, financiado pelo Banco da República de Bogotá, passou a adquirir e preservar peças em ouro, cobre e cerâmica, encontradas em geral por camponeses. "Em nosso museu não há peças conseguidas em escavações, porque esse tipo de prática é proibida por lei em nosso país. Os objetos são portanto encontrados por agricultores durante a colheita ou a preparação dos solos para plantio", explica Londoño.

A datação das peças varia de 500 a.C. a 1500 d.C. Durante o período pré-Hispânico, nenhum povo produziu tanto em ouro como os que habitavam a Colômbia. Suas peças, no entanto, não tinham apenas a intenção de adorno ou de exaltação da riqueza daquelas terras, mas de representar o sagrado. Depois do ano 1000, os elementos se tornaram mais sensíveis e houve um aumento na produção a partir da tumbaga. Em 1500, com as invasões espanholas, as comunidades indígenas não tiveram mais contato com o ouro e deixaram de produzir.

Xamanismo"Apesar do local atrair os visitantes pelo nome ´Museu Del Oro´, nossa riqueza está no simbolismo das peças", relata o arqueólogo. De fato, para os índios que produziram as peças do acervo, o ouro não tinha valor monetário, mas sim religioso, já que era uma representação do Deus Sol. Os artefatos vieram de comunidades comandadas por caciques, chamadas localmente de "cacicazgos". Diferente das sociedades de grandes civilizações pré-colombianas, como astecas, incas e maias, que possuíam, além de um lider, uma espécie de "polícia", uma força de controle social, os "cacicazgos" obedeciam apenas pelo poder xamânico que o cacique detinha, porque ele era o verdadeiro representante dos deuses.

Os xamãs eram responsáveis por manter o equilíbrio do mundo e por garantir que o mundo permaneceria, que aquela comunidade ficaria como herança para filhos e netos. Daí a força da representação do sol e o uso do ouro, por consequência. O sol era o astro que garantia a vida na terra, a chegada de novos dias. Outro preceito dos xamãs era a ideia de que minerais, vegetais e animais, todos eram seres humanos. Por isso as representações zoomórficas, de homens com bicos de aves ou com caldas de jaguar e asas de morcego.

Sobre o tema, o xamanismo pregava ainda a igualdade entre homens e mulheres. A mistura de cobre e de ouro, aliás, significava esse equilíbrio, tornando-se um símbolo de fertilidade. Para os incas, por exemplo, o Sol representava o homem e a Lua, com artigo feminino, a mulher. Nas comunidades pré-hispânicas da Colômbia, o cobre era a representação da mulher, por causa de sua cor avermelhada e de seu cheiro, que lembravam a menstruação das mulheres. Assim, peças em ouro e cobre simbolizavam a junção do homem e da mulher, a garantia da fertilidade e da consequente continuidade do povo.

"O xamanismo é uma prática religiosa de transformação e, apesar das diferenças entre as comunidades indígenas, ele se manteve entre elas, inclusive em tribos brasileiras", releva Eduardo Londoño. Por isso também a importância de tais artefatos para a compreensão da cultura indígena de algumas comunidades brasileiras e para se pensar ainda sobre as releituras do corpo.

Finalmente, surpreende na exposição o fato de que o que se sabe sobre as peças do Museu do Ouro são suposições elaboradas a partir padrões adotados por tribos indígenas da Colômbia ainda existentes. Ou seja: a verdadeira explicação para os simbolismos resguardados em peças tão pequenas ainda está na profundeza das tumbas seculares dos caciques, onde permaneceram por muito tempo, algumas dessas peças, prontas para acompanhá-lo na outra vida que viria, acreditavam, depois da morte terrena. 

Elementos em prataA presença Inca no sul da Colômbia também deixou seu legado. Para eles, a prata era mais importante do que o ouro e, por isso, apenas em Tumaco-Tolita, sítio arqueológico habitado pelos incas, se pode presenciar peças em prata. Curiosos é que, após a invasão espanhola, quando os índios já não tiveram contato com os metais para a produção de seus artefatos, algumas comunidades produziam seus peitorais e adornos com o metal extraído de moedas colombianas, como nesta imagem, feita já por volta de 1980.

MAYARA DE ARAÚJOREPÓRTER

MAIS INFORMAÇÕES
Exposição - "Tesouros e Simbolismos da Colômbia Pré-Hispânica". Abertura hoje às 19 horas, no Espaço Cultural Unifor (Av. Washington Soares, 1321). Em cartaz de 8 de junho a 18 de setembro. Aberta ao público, de terça-feira a sexta-feira, das 8 horas às 22 horas; sábado e domingo, das 10 horas às 18 horas. Contato: (85) 3477.3319

Tvs 3D

[...] O que você precisa saber sobre a tecnologia


É verdade, a gente já ouviu e falou bastante de TVs 3D por aqui. Testamos e, no começo do ano, chegamos até a consultar nossa “bola de cristal” para saber se a novidade ia decolar ou não. O sucesso da tecnologia ainda é uma grande dúvida, mas alguns novos recursos estão chegando ao mercado para tentar dar impulso à nova onda.

Antes de entrar em detalhes, vamos entender um pouco mais o 3D. Na verdade, a terceira dimensão não passa de uma ilusão da nossa mente. E isso só existe graças a um fenômeno chamado estereoscopia. Trata-se da projeção de duas imagens da mesma cena, mas com diferentes pontos de vista. Com a ajuda de óculos especiais, nosso cérebro transforma as duas imagens em uma só e, a partir daí, temos a sensação de profundidade, distância e tamanho dos objetos: é a mágica do 3D!  

A tecnologia é bem legal, mas, hoje, uma das maiores barreiras para as TVs 3D é a falta de conteúdo. A tecnologia desembarcou no Brasil há pouco mais de um ano e, até agora, apenas uma emissora de TV aberta transmite em 3D. E nem tudo é gravado em três dimensões, não; muita coisa é convertida com a ajuda de softwares.   

"Tem um ganho de qualidade quando você grava em 3D. Mas a transformação em 3D também atende a qualidade. É como o que se vê no cinema", explica Kalled Adib, superintendente de operações da RedeTV!.  

Nesta mesma direção, as novas TVs 3D vêm com um conversor integrado, ou seja, com o clique de um botão, é possível assistir qualquer programação normal em 3D. Ok, mas outro grande problema para alavancar a venda de TVs 3D no Brasil é o preço! Custa caro; em média, um aparelho não sai por menos de cinco mil reais. Como em toda tecnologia nova, os fabricantes prometem que a queda de preços é mera questão de tempo. Continua>>> 

Agricultura Familiar

Joaquina Pedrosa de Souza, 42 anos, agricultora familiar de Cascavel (PR) - Sou agricultora familiar do interior do Paraná e gostaria de saber como o governo pode me ajudar para poder incrementar minhas plantações.

Presidente Dilma - Joaquina, nós temos boas notícias para você. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) está disponibilizando R$ 16 bilhões para o financiamento da safra 2011-2012, a partir de julho, com custo menor que o da safra passada. As taxas de juros variam de 0,5% a 4,5% anuais. Os financiamentos podem ser para despesas correntes da atividade, para investimentos em máquinas, equipamentos ou infraestrutura. O Pronaf tem o objetivo de financiar projetos individuais ou coletivos que gerem renda para os agricultores familiares e para assentados da reforma agrária. Para conseguir o financiamento, procure o sindicato rural ou a Emater e peça informações sobre os próximos passos. Quem é beneficiário da reforma agrária ou do crédito fundiário, deve procurar o Incra ou a Unidade Técnica Estadual (UTE) do crédito fundiário. Há outras iniciativas de estímulo à produção, como os seguros, que já estão incluídos no Pronaf. Em caso de perdas decorrentes de clima ou queda de preços no momento da comercialização, o seguro é acionado, garantindo tranquilidade ao produtor. Hoje, nós temos a satisfação de constatar que 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros provêm da agricultura familiar.

Minha casa em construção: Filho reclama visibilidade...

Minha casa em construção: Filho reclama visibilidade...: "Ontem meu filho reclamou que não tem aparecido no blog da casinha. Então, filhote, aqui está você!"

O que o PSDB pensa do beneficiário do Bolsa Família

Veja abaixo exemplo de uma tucanalhice tipica da tucademopiganalhada


Lembram no ano passado durante a campanha eleitoral, quando outro tucademo [Tasso Jeressati] apresentou projeto para ampliar o programa e pagar o décimo terceiro?...

Coisas da corja tucademopigolpistas.

A vitória de Lula também no Peru

A eleição peruana que deu a vitória a Ollanta Humala é, em vários sentidos, paradigmática. Primeiro porque demonstra como a direita latino-americana é uma espécie de movimento que sempre volta ao mesmo lugar.

Contra uma candidatura que julgam desfavorável aos “mercados” e disposta a questionar um modelo econômico marcado por crescimento com concentração de renda e desigualdade, a velha tríade empresários/igreja/setores hegemônicos da mídia se dispôs a sustentar qualquer um.

No caso peruano, “qualquer um” era Keiko Fujimori, a representante orgânica de uma das épocas mais sombrias da história recente da América Latina. Filha de um ex-presidente preso por violações brutais contra os direitos humanos, golpe de estado e ações como a esterilização forçada de cerca de 250 mil mulheres indígenas pobres.

Essa mesma tríade nunca teve problemas em apoiar ditadores, caudilhos, desde que sentisse que as peças do poder estavam mudando de lugar. Isto a ponto de um dos raros verdadeiros liberais do continente, o escritor Mario Vargas Llosa, escandalizar-se com a ausência de cerimônia no apoio de outros ditos liberais a um projeto político que significava o coroamento da mistura entre autoritarismo político e ações econômicas liberais impostas com a força de choques elétricos. Mistura tipicamente latino-americana, já louvada por Milton Friedman em carta de elogio a Pinochet.

Por outro lado, a vitória de Humala demonstra a força de exportação do lulismo e os limites do chavismo como referência para a esquerda latino-americana. Enquanto vestiu o figurino chavista, Humala perdeu.

Quando usou a receituário do lulismo, ganhou.
De fato, Lula consolidou a imagem de uma certa “esquerda bipolar” que visa usar o Estado para dar conta dos interesses do setor financeiro e do empresariado, enquanto cria amplos sistemas de assistência social capazes de minorar a pobreza.

Uma esquerda que se esmera em jogar em dois tabuleiros na esperança de diminuir os conflitos políticos, ao contrário do que ocorreu na Venezuela, no Equador e na Bolívia. Foi esta a via que escolheram Mauricio Funes (El Salvador), Fernando Lugo (Paraguai) e José Mujica (Uruguai): figuras de um tipo de Internacional Lulista em formação.

Tal lógica bipolar tem limites, já que a modificação dos processos estruturais de produção da desigualdade econômica (como baixos impostos para ricos, ausência de mecanismo de limitação do consumo conspícuo e de investimento estatal em saúde e educação) são evitados por coalizões governamentais heterodoxas. Mas parece que ela mudou completamente o cenário político latino-americano.
VLADIMIR SAFATLE

Curiosidades sobre o Firefox


Segundo navegador mais usado do mundo, o Firefox percorreu umas trajetória cheia de reviravoltas e humor.  Os desenvolvedores do browser não são criativos apenas na hora de criar recursos e caçar bugs. Há brincadeiras e histórias engraçadas em tudo que envolve o programa. Reuni dez delas aqui. Dá uma olhada! 
1 - O navegador Mozilla era a versão de código aberto do Netscape, disso você sabe. Mas sabia que a sede da empresa que criou o browser pioneiro ficava em Mountain View, na California, mesma cidade do atual do quartel-general do Google?
2 – Ao instalar o primeiro Mozilla, lançado em 2002, o usuário não ganhava só um navegador. O pacote vinha também com cliente de e-mail, um leitor de notícias e um editor simples de HTML. Quem tem saudades dessa suíte, ainda pode usá-la, graças ao projeto SeaMonkey
3- O primeiro nome do Firefox foi Phoenix, mas uma empresa chamada Phoenix Technologies já havia registrado a marca comercialmente e impediu que a Fundação Mozilla continuasse a usar o nome.
4 – O segundo nome do Firefox foi Firebird, ainda seguindo a ideia representar uma versão renascida do Netscape. O nome, porém, logo foi abortado graças à pressão da comunidade do software livre. Motivo: já havia um projeto aberto de gerenciador banco de dados com o mesmo nome.
5 – Após tantas indas e vindas, a escolha do nome Firefox foi definida pela ausência de empresas de tecnologia que usassem a marca… mas… a pesquisa inicial foi feita apenas nos Estados Unidos. No Reino Unido, a Charlton Company software, já usava a marca Firefox. Desta vez, porém, foi feito um acordo e a Mozilla finalmente conseguiu batizar seu browser de forma definitiva.
6 – Dos tempos do Netscape até hoje, os programadores da Fundação Mozilla mantêm a tradição de incluir frases secretas dentro dos navegadores. No Firefox 2.0, por exemplo, quem digitasse about:mozilla na barra de endereço veria uma página com o provérbio:  “E assim, finalmente a besta caiu e os incrédulos regozijaram-se. Mas nem tudo estava perdido, pois das cinzas subiu um grande pássaro. O pássaro olhou para os incrédulos e lançou fogo  e trovões sobre eles. A besta renasceu com a sua força renovada, e os seguidores de Mamon encolheram, horrorizados”.
7 – A navegação por abas, primeiro e maior diferencial do Firefox frente à concorrência, estreou apenas na versão 2.0 do navegador, lançada em 24 de outubro de 2006, ou seja, quase dois anos após a estreia oficial.
8 – Desde os tempos do Phoenix, os programadores da Fundação Mozilla esbanjam criatividade na hora de escolher os codinomes das versões beta do navegador, já usaram: Pescadero, Santa Cruz, Lucia, Oceano, Naples, Glendale, Indio, Royal Oak, One Tree Hill, Deer Park, Bon Echo, Gran Paradiso, Shiretoko, Namoroka, Lorentz e Tumucumaque.
9 – No início, o Firefox usava um tipo próprio de licença,  a Mozilla Public License (MPL). Por pressão da Free Software Foundation, a Fundação Mozilla passou a usar também a GPL (GNU General Public License), mais aberta e sem limitações de uso do código.
10 – Vale sempre lembrar que o nome Firefox é uma referência a uma espécie de urso e não de raposa. Em português, ele é chamado de Panda Vermelho. Melhor que escrever é mostrar a simpática figura:
fisgado do Info

Coluna Ecônomica

CPqD, do monopólio ao mercado


Criado no período da Telebrás estatal, o CPqD (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento) foi inaugurado com um feito notável. Convocou equipes da PUC-Rio, Unicamp e USP para compor seus quadros.

O Centro foi criado no papel em 31 de agosto de 1976.

Os técnicos da Poli (USP) chegaram com uma proposta de construção de uma central digital programada – tive a honra de ser o primeiro jornalista a noticiar esse feito, no longínquo ano de 1976.

A mera construção do equipamento – que viria a se chamar Trópico – derrubou os preços dos terminais telefônicos de US$ 1.000 para US$ 200, rompendo com o cartel formado pela Siemens, Ericsson e NEC.

***

Com a privatização, a ideia era a de que o CPQD se tornasse o fornecedor preferencial de tecnologia para as novas operadoras.

A morte de Sérgio Motta e sua substituição pelo indecifrável Pimenta da Veiga abortou os planos. Mas não apenas isso

***

Até então, a política industrial brasileira era fundamentalmente de substituição de importações, conta Walter Graciosa, atual presidente do CPqD.

Já no final dos anos 80 o país passava a trilhar o modelo da chamada "integração competitiva", de abertura para o mercado internacional, visando ganhar competitividade.

A CPqD acabou se fixando em algumas áreas em que conservou alguma proteção de mercado, como centrais de comutação e comunicações óticas, parando com outras, como sistemas de rádios.

***

Em paralelo, passou a investir forte no casamento das telecomunicações com informática, desenvolvendo sistemas para suportar operações de telefonia.

Aí entrou o governo FHC, já com as sementes da privatização da telefonia.

***

Teve início, então, um árduo trabalho para preparar a equipe da Telebrás para os novos tempos, não mais como empresa estatal mas como uma fundação privada, que deveria se virar por conta própria.

A missão da empresa passou a ser o foco na inovação e Pesquisa e Desenvolvimento visando o mercado, abandonando a tradição acadêmica da mera produção de "papers."

***

A empresa passou a focar em quatro grandes temas: banda larga, cidades digitais (governo eletrônico), banco do futuro, e smartgrid (a chamada rede elétrica inteligente).

Por ser uma entidade sem fins lucrativos, os lucros devem ser reinvestidos. Assim, a fundação passou a investir em outras empresas, a quem transferiu sua tecnologia.

Hoje controla pequenas empresas em Israel, Estados Unidos e Angola.

Sua receita total anual é de R$ 230 milhões,, dos quais 23% proveniente de fundos de P&D e o restante de projetos com grandes empresas.

Tem 700 ensaios creditados no INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia), é o segundo maior gerador de patentes em centros de pesquisa não acadêmico, superado apenas pela Embapa.

Na época da privatização, o CPQDS tinha 800 pessoas, com idade média de 41 anos.

Hoje em dia, o CPQD tem 1300 pessoas trabalhando, 450 com pós-graduação, 500 com graduação e o restante com nível médio, e idade média de 37 anos.

Blog: www.luisnassif.com.br

E-mail: luisnassif@advivo.com.br




por Pedro Porfírio

O pior corrupto é o corrupto "de esquerda"

Falo com a autoridade de quem nunca tolerou a corrupção, quando no exercício de cargos públicos

 A propósito da minha coluna sobre Palocci, estou republicando coluna de 31 de maio de 2009.  Vale a pena reacender em sua memória o que tenho dito ao longo da minha vida: é uma grande balela essa de que repudiar o desvio de conduta dos políticos - sejam de onde forem - é prestar serviço aos que apostam no esvaziamento do poder público.
Veja o que escrevi há exatos dois anos:
 
"A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios". Montesquieu, filósofo iluminista francês ( 1689-1755)

 "Nasci para combater o crime, não para governá-lo. Ainda não chegou o tempo em que os homens honestos podem servir impunemente à pátria: os defensores da liberdade serão proscritos enquanto dominar a horda dos bandidos".
Maximilien François Marie Isidore de Robespierre, líder da Revolução Francesa, ao ser levado para a guilhotina, em 1794, aos 36 anos de idade.

 Sempre soube que o poder, seja ele qual for, tem encantos que o próprio encanto desconhece. Mas também por muitos anos acreditei que ideologia e safadezas eram antônimas. Acertei na primeira e equivoquei-me redondamente na segunda. O poder exerce tal fascínio que engendra seus próprios valores.

Ou simplesmente os dispensa, num passe de mágica. E quanto maior a distância percorrida, mais vulnerável é aquele que se torna senhor dos anéis. O que se vê hoje no Brasil é a ausência de todo e qualquer recato.

A corrupção grassa como elemento difuso de efeitos multiplicadores. O assalto ao alheio não conhece limites, nem se tangencia em determinados espaços e momentos. Não é exclusivo da vida pública, até porque decorre de negociatas com interesses privados. Reina a bel prazer, na imensidão desse país continental, como fatalidade corriqueira.

 Dir-se-ia sem pestanejar que seu caráter amplo, geral e irrestrito a to dos seduz. Tal é seu magnetismo que, a rigor, não encontra óbices: não se é contra a corrupção, mas, sim, contra a corrupção dos outros.

Sedução inebriante

Andei concluindo com a maior amargura: entre os tipos de corruptos, há os que desfilam de crachás, os que permanecem nos armários (e ainda não deram bandeira) e os que esperam ansiosamente que a fila ande. As práticas inerentes à corrupção movimentam muito mais dinheiro nos subterrâneos de que toda a atividade econômica visível a olho nu.

Não há elementos de cálculo, mas é possível dimensioná-la como acachapante e avassaladora. Porque ela se origina em toda e qualquer movimentação que envolva dinheiro. Sua manifestação mais exuberante é a propina, irmã siamesa do superfaturamento.

A corrupção é como jogo do bicho: todo mundo sabe que é ilegal, mas todo mundo vê, não diz nada e, se der, ainda faz uma fezinha. Ainda na minha ad olescência, quando, meus olhos alcançaram o horizonte perdido, tive a atenção voltada para esse delito, praticado em larga escala na administração pública.

Tinha 11 anos de idade quando Armando Falcão, candidato a governador do Ceará, em 1954, fez do slogan "contra o roubo e a corrupção" a bandeira de sua campanha. Aquela "proposta de governo" chamou minha atenção até porque, ao fim, ele acabou derrotado numa eleição muito apertada.

Desde então vim aprendendo muitas lições. Nessa, a de que nem sempre os que acusam os outros como corruptos têm autoridade moral para tal. E muitas vezes pode ocorrer até de papagaio comer o milho e o periquito levar a fama. Mas em todas as circunstâncias considerava que a ideologia da transformação social incluía entre seus pertences o combate implacável ao vício de meter a mão no dinheiro alheio.

 Revolucionários contra a corrupção

 Quando, aos 17 anos, fui a Cuba pela primeira vez, em 1960, uma das novidades que mais me impressionaram foi a existência do Ministério de Recuperação dos Bens Malversados pela ditadura. Confiado ao comandante Faustino Perez Hernández, um dos 12 primeiros guerrilheiros que subiram a Sierra Maestra, esse inusitado ministério funcionava na esquina das ruas 21 e D, no Vedado, não muito longe do Hotel Havana Livre, onde participei do I Congresso Latino-americano de Juventudes.

Desde sua primeira operação, no primeiro mês do regime revolucionário, quando descobriu 6 milhões de dólares escondidos pelo ditador Fulgêncio Batista num cofre do Bank Trust Company de Cuba, o austero ministério se tornou o terror dos corruptos e seu titular foi apontado por Fidel Castro como o símbolo do revolucionário, por sua exemplar honestidade e transparência.

Naqueles idos, pelo que me constava, ser contra a roubalheira era ingrediente indispensável na ideologia de esquerda. Tinha certeza dessa premissa até pela obsessão de Maximilien Robespierre, o líder da Revolução Francesa, cognominado "o incorruptível".

Por aqui, a conversa é outra Já quando estive em cargos importantes na Prefeitura do Rio de Janeiro, comecei a perceber que a banda não tocava como eu imaginava, apesar da promessa de Brizola de lavar a sujeira com água e sabão.

Quando, em 1984, como coordenador das regiões administrativas da Zona Norte, prendi em flagrante um fiscal corrupto que extorquia um pequeno empresário na Penha senti os primeiros olhares de censura aos meus "excessos". Depois, prendi uma equipe da Secretaria de Obras que, mediante propina, desviava asfalto de uma "rua reconhecida" para a favela do Jacarezinho.

Foi um Deus nos acuda. Tive que recuar, porque ia sobrar exclusivamente para os operários. Levado ao primeiro escalão, como secretário de Desenvolvimento Social, apreendi e acautelei numa delegacia manilhas co muns, entregues enganosamente como "armadas". Declarei a firma fornecedora inidônea e, como ela era apenas uma das várias pertencentes ao mesmo empresário, de nada adiantou.

Determinei sindicância para apurar uma mutreta com 500 metros de areia, que nunca chegaram ao depósito da Secretaria. Mas o engenheiro que assinou o recebimento era bem articulado dentro do PDT: o processo sumiu e isso me causou muita dor de cabeça. O mesmo aconteceu quando demiti o encarregado do depósito de Campo Grande, pilhado em delito semelhante, com carregamento de pedras.

Poderia contar outras dificuldades que enfrentei para reforçar com todas as letras a convicção de que a corrupção, a robalheira e os desvios de conduta moral são tão lesivos ao país e ao povo como as políticas econômicas perversas, o entreguismo e a selvagem exploração do homem pelo homem.

A cara de pau do corrupto de "e squerda"

Poderia, mas hoje só queria dizer uma coisa, doa a quem doer: o pior corrupto é o que se jacta de esquerda. É essa súcia desonesta que morre de medo de uma investigação e, para proteger-se, chega ao cúmulo de convencer os mais ingênuos de que a apuração de maracutaias em empresas públicas, como a Petrobras, é apenas uma manobra privatizante.

O corrupto de "esquerda" é cínico e arrogante. Pela facilidade de meter a mão no dinheiro público sob proteção do manto escarlate e pelo deslumbramento com os podres poderes é capaz de delitos muitos mais danosos porque, ao contrário dos corruptos tradicionais, age em bandos, interagindo em verdadeiras teias em que faz o meio de campo com lideranças corporativas, doma a mídia e banha de um invólucro "social" e até "patriótico" suas pernadas no erário.

Esse corrupto, diferente do tradicional, serve à sua patota, mas cria expectativas para que terceiros se beneficiem no futu ro de outros butins. Tem um discurso bem articulado e sabe como imobilizar, pela cooptação, com algumas prebendas e favorecimentos a granel, aqueles que poderiam atrapalhar seus passos. Esse corrupto, por coincidência, é aquele que, estando do outro lado do balcão, amanhecia o dia pensando em quem ia apresentar como ladrão à distinta platéia.

É o corrupto que faz as mesmas armações, crente de que ganhará o a anuência da opinião pública, devidamente convencida de que pior do que sua turma é a "direita privatizante". Esse corrupto de "esquerda" é um típico cara de pau, que se socorre de parceiros manjados, tipos Collor, Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros, como se a cocaína farta no país tivesse explodido nossa memória.

Tão cara de pau que está entregando o pré-sal a trustes estrangeiros através dos leilões das jazidas, perdoou dívidas de empresas privatizadas, como as da norte-americana AES (da Eletropaulo) está trabalhando a privatização dos aeroportos, num a jogada da pesada, e fala mal da privataria passada, sem nada ter feito para desfazê-la, sabe Deus porque.
 
CLIQUE AQUI, LEIA MATÉRIA NO BLOG E PUBLIQUE SUA OPINIÃO.