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Francisco e a Igreja Católica


"O Papa Francisco é para a Igreja Católica a melhor notícia dos últimos séculos. Este homem, sozinho, foi capaz de reaproximar as pessoas dos ensinamentos de Jesus Cristo. Os não católicos, como eu, ficam de pé para aplaudir a humildade de cada gesto dele, porque a humildade de Francisco é um milagre da humanidade nesta era de vaidade", Elton John

Recebido por e-mail

Vida que segue...

Brasil 247 - Papa Francisco vai reparar injustiça contra Leonardo Boff

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O Papa Francisco vai convocar Leonardo Boff ao Vaticano para promover o que ele considera uma “reparação” à perseguição sofrida pelo teólogo brasileiro; o teólogo foi interrogado pela igreja para dar esclarecimentos sobre a Teologia da Libertação, da qual ele é um dos ideólogos, e forçado a largar a batina em 1991.
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Jesus Cristo foi o primeiro a twittar

O presidente do Pontifício Conselho para Cultura do Vaticano, cardeal Gianfranco Ravasi, falando para leigos e religiosos sobre a importância da comunicação da Igreja Católica, disse:

"Jesus foi o primeiro a twittar. É só lermos o primeiro sermão, a partir da tradução do grego. Jesus se vale de 45 caracteres, bem menos que o limite máximo de 140 do twitter".

O que Jesus Cristo disse, segundo as Escrituras foi:

"O reino de Deus está próximo. Arrependei-vos!"

Vaticana: e Padre seria bom marido?

por Claudio Bernaducci

A questão do celibato eclesiástico é antiga e controvertida. Tema de debate entre teólogos, bem como fofoca de gente comum. Entre o Vaticano clerical e a Itália, sua anfitriã e femininamente “corruptora”, o fenômeno dos padres com amante, por evidentes razões, teve sempre uma intensidade especial. A escabrosa “ligação” foi tratada em livros e até no cinema, como quando o diretor Dino Risi, em 1971, dirigiu Marcello Mastroianni e Sofia Loren, deliciosos nos papéis do padre de carreira e sua aspirante a esposa (La Moglie del Prete, A Mulher do Padre).

Até agora a problemática do celibato dos sacerdotes católicos foi enfrentada sobretudo do ponto de vista masculino, mas o pontificado de Francisco, com sua abertura para o diálogo, está criando espaços que são ocupados por iniciativas de signo diferente.

“Querido Papa Francisco, somos um grupo de mulheres de todas as partes da Itália (e não só) que lhe escreve para quebrar o muro de silêncio e indiferença com que nos deparamos todos os dias. Cada uma de nós está vivendo, viveu ou gostaria de viver uma relação amorosa com um padre por quem está apaixonada.” Assim começa a carta assinada (com apenas o nome e a inicial do sobrenome, cidade de origem e número de telefone) por 26 mulheres que afirmam viver relações sentimentais com sacerdotes. As signatárias se definem como uma “pequena amostra”, mas afirmam falar em nome de tantas outras que “vivem no silêncio”. A missiva, publicada tempos atrás pelo site Vatican Insider, espalhou-se em poucas horas pela imprensa internacional, suscitando vivíssimo interesse. Não teve confirmação oficial nem foi desmentida, mas algumas fontes indicam que foi divulgada por ambientes muito próximos ao papa – sinal de atenção às corajosas mulheres que apelaram a Bergoglio para pedir-lhe, em última instância, a revisão do celibato.

Vale lembrar que o celibato obrigatório não é um dogma, mas uma lei da Igreja, estabelecida em meados do século XVI pelo Concílio de Trento. O papa que o convocou foi Paulo III (foto abaixo), aliás, Alessandro Farnese, pai de quatro filhos. Além das contradições terrenas de muitos papas do passado, é fato que durante o primeiro milênio da Igreja Católica o celibato não era obrigatório e, como o próprio cardeal Bergoglio escreveu, “até 1100, havia quem o escolhesse e quem não”.

A recente carta das 26 mulheres não é novidade absoluta: foi precedida por iniciativa similar de dez “concubinas” que escreveram a Bento XVI em 2010. Essas manifestações revelam a existência de uma rede internacional de pessoas que dialogam sobre a questão, compartilham as próprias experiências e coordenam suas ações, como na associação Vocatio (Vocação) ou no site Il Dialogo. Aspecto ainda mais importante, essas cartas demonstram que o universo feminino sai do silêncio e reivindica sua dignidade.

Partindo dessa tomada de consciência, novas testemunhas têm vindo à tona, como é o caso recente de uma das 26, que, entrevistada pela agência católica Adista, pretende manter o anonimato, mas oferece uma interpretação derradeira da carta escrita em termos mais diplomáticos com suas colegas: “Os tempos estão maduros para enfrentar finalmente a questão escabrosa do celibato obrigatório. E se nós, mulheres, não tivermos a coragem de tentar, não haverá mudança. Acreditamos que Francisco, apresentando-se como o papa da escuta e da misericórdia, não pode fingir que esse problema não existe. No íntimo do seu coração, ele deve saber que é possível ser sacerdote mesmo sendo casado”.

Dados oficiais do Vaticano indicam em 46 mil o número de renúncias ao estado clerical por parte de padres, durante os anos 1970-1995, mas a avaliação de vários estudiosos e da entrevistada anônima é bem diferente: “O fenômeno é muito mais extenso do que se possa perceber do lado de fora. Só o contato com outras mulheres na mesma condição, quebrando as barreiras da clandestinidade, pode revelar a amplitude e a profundeza dessa realidade, com todos os seus limites e fragilidades”.

Em suas palavras finais, cai qualquer sentido de culpa e se define a reivindicação: “Quando um padre ama realmente e é amado por uma mulher, os dois vivem um amor concreto. Experimentam toda a beleza de uma relação, feita de afetividade e sexualidade. Só o pavor de uma mudança autêntica pode empurrar setores da Igreja para uma atitude conservadora. Diante de nosso sofrimento, a Igreja deve recolocar seus filhos no centro da atenção. Nesse sentido, esperamos uma resposta clara do papa Francisco”.

Sem medo de se expor, Stefania Salomone, uma das dez signatárias da carta de 2010 e colaboradora do site Il Dialogo, declara com particular firmeza: “Com base em minha experiência, uma porcentagem muito alta do clero teve ou tem relações amorosas com homens e mulheres. Ou, pelo menos, atravessou o momento da paixão, que foi sufocada ou sublimada, como se costuma dizer. Trata-se de mais de um terço dos sacerdotes, estimativa oficiosa que circula em ambientes vaticanos”.

Mulheres cansadas de hipocrisia e vida dupla reclamam respeito e direitos. Merecem respostas da Igreja (e não somente).



Papa critica ganância e riqueza dos outros

[...] mas, não abre mão dos tesouros e mordomias do Vaticano.

O papa Francisco criticou nesta quinta-feira os mega salários e grandes bônus, dizendo na primeira mensagem de paz de seu pontificado que são sintomas de uma economia baseada na ganância e desigualdade.
Em mensagem para o Dia Mundial da Paz da Igreja Católica, celebrado pela Igreja em todo o mundo em 1º de janeiro, o papa também pediu uma maior divisão de riquezas entre as pessoas e as nações para reduzir as diferenças entre ricos e pobres.
"As graves crises financeiras e econômicas da atualidade... levaram o homem a buscar a satisfação, felicidade e segurança no consumo e nos ganhos fora de qualquer proporção com os princípios de uma economia sólida", disse o pontífice.
"A sucessão de crises econômicas deve levar também a repensarmos os nossos modelos de desenvolvimento econômico e a uma mudança no estilo de vida", acrescentou.
Francisco, que foi nomeado na quarta-feira pela revista Time a Personalidade do Ano, pediu à própria Igreja que seja mais justa, frugal e menos pomposa, e que esteja mais perto dos pobres e sofredores.
A mensagem será enviada aos líderes dos países, organizações internacionais, como a ONU, e ONGs.
Intitulada "Fraternidade, a Fundação e Caminho para a Paz", a mensagem também atacou a injustiça, o tráfico de seres humanos, o crime organizado e o tráfico de armas, todos apontados como obstáculos para a paz.
O estilo do novo papa é caracterizado pela humildade. Ele abriu mão do espaço apartamento papal no Palácio Apostólico do Vaticano a decidiu viver em uma pequena suíte em uma casa de hóspedes do Vaticano. Francisco também prefere andar num Ford Focus em vez da tradicional Mercedes utilizada pelos papas.
Um defensor dos oprimidos, ele visitou a ilha de Lampedusa, no sul da Itália, em julho, para prestar homenagem a centenas de imigrantes que morreram cruzando o mar do norte da África para a Europa.

(Reportagem de Philip Pullella)

João XXIII e João Paulo serão canonizados

O Vaticano anuncia para 27 de Abril de 2014 a canonização dos papas João 23 e João Paulo 2º.
A data de canonização foi escolhida por Francisco durante o consistório de cardeais - reunião para dar assistência ao papa em suas decisões -, realizado no Vaticano. A cerimônia deverá atrair milhares de peregrinos a Roma, já que o papa polonês e o antecessor italiano são duas das mais influentes personalidades do mundo católico atual.

O Vaticano se mexe

Os apelos do papa Francisco
Ele parece estar redesenhando algumas diretrizes da Igreja, mas o faz à sua maneira, em aparência desenvolta, mas, sem dúvida, muito refletida. Um dia ele faz uma confidência leve. Noutro, dirige-se ao mundo inteiro com veemência a favor da paz na Síria. Ou ainda, um de seus ministros solta uma ideia e essa ideia é uma "bomba" (o questionamento do celibato dos padres). Em outras ocasiões, ele permanece em silêncio enquanto se aguarda a sua palavra. Em suma, o papa Francisco é um comunicador excepcional.

Papa Francisco pede que missionários ocupem a periferia

Em discurso para bispos da América Latina, o Papa Francisco defendeu ontem uma grande reforma na Igreja capaz de ampliar o diálogo com as novas gerações e, assim, renovar uma base de fiéis que encolhe em todo o continente. 

O Pontífice convocou os religiosos a amar a pobreza e a austeridade, e disse que a Igreja deve sair do centro e caminhar para as periferias. Condenou a postura reativa dos padres e pediu que eles abandonem a "psicologia de príncipes" saindo das sacristias para a rua. 

O Papa pediu uma Igreja menos ideológica, que evite "desde o liberalismo de mercado até a categorização marxista" Na manhã de ontem, durante a Missa de Envio, que reuniu em Copacabana três milhões de pessoas — um evento que concentrou o maior público em toda a História da cidade —, o Papa Francisco convocou os jovens a espalhar as palavras do Evangelho pelo mundo. Cracóvia, na Polônia, é a cidade que receberá a próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2016. 

Ao se despedir do Brasil, agradeceu a hospitalidade dos cariocas, disse já começar a sentir saudades e afirmou: "Rezem por mim e até breve"
O Globo

A reconciliação da Igreja Católica com o Brasil, através dos jovens, passa necessariamente pela necessidade do Vaticano fazer as pazes com D. Helder Câmara


Joaquim Falcão
O silêncio é gritante.
D. Helder, que com certeza teria sido Prêmio Nobel da Paz se não tivesse sido vítima da aliança do regime militar com João Paulo II e Dom Dedé, o arcebispo quase anônimo que lhe substituiu na prestigiosa até então Arquidiocese de Olinda e Recife, talvez hoje estivesse se não entre os papáveis, pelo menos entre os santificáveis da Igreja.
Para que o Vaticano se reconcilie com os pobres brasileiros, é prudente pedir perdão aos próprios brasileiros pela censura eclesiástica que impôs a D. Helder e à Teologia da Libertação, ao ostracismo que D. Helder aceitou na sua desilusão calada e sofrida.
Enquanto isso João Paulo II fazia ostensivamente política ocidental capitalista em sua terra natal para derrubar o regime comunista polonês, amordaçava os padres e fiéis brasileiros, muitos torturados, que também queriam implantar a democracia no Brasil. E conseguiram, sem auxílio do Vaticano.


Hoje, o Papa Francisco corre atrás do prejuízo. Vamos saudá-lo e ajudá-lo. O elitismo político religioso de João Paulo II abriu as largas avenidas da fé e da esperança, não para o catolicismo, mas para as demais religiões, não tradicionais ao Brasil, como a dos evangélicos. Estes ocuparam o vácuo do desprezo e do medo das massas experimentado pelos cardeais e papas de Roma. Agora a Igreja Católica amarga uma perda de mais de 30% de seus fiéis para os evangélicos.
O Vaticano europeizado em sua distância, aprisionado pelos esquemas mentais da guerra fria – ou comunismo ou capitalismo – não foi capaz de ver D. Helder com a singularidade da esperança. Estigmatizou-o. Não percebeu que a Igreja Católica tinha sido, em nossa história, “o cimento de nossa nacionalidade”, como disse certa feita Gilberto Freyre.
Não me espantaria se um separatismo religioso se instaurasse progressivamente no Brasil com a expansão dos evangélicos. O que é um direito deles, sem dúvida.
Será possível que o Papa Francisco, que prega como pregava D. Helder, com simplicidade, a favor da pobreza, contra os ouros dos altares e os veludos carmim, vá silenciar, nesta longa viagem, sobre D. Helder? Não vá lhe estender a mão?
O quarto de D. Helder, em sua pequena casa no Recife, e não no palácio do Arcebispado a que tinha direito, era mais despojado do que este quarto, difundido no mundo todo, que o Papa Francisco tanto recomenda como simbolismo de expiação dos pecados da elite religiosa diante dos pobres. Já é algo em comum.

Papa Francisco: fofo e paciente

por Zuenir Ventura
O Papa Francisco, que por um engano de trajeto acabou nos braços do povo, vai encontrar um país onde há descrença na política e uma igreja às voltas com um preocupante declínio. Segundo pesquisa do Datafolha, os católicos ainda são maioria, mas já foram bem mais do que os 57% registrados agora. Em 2007, eram 64%, e há 20 anos, 75%, enquanto cresce o número dos evangélicos, uma concorrência difícil de enfrentar, já que eles praticam uma religião-espetáculo mais midiática, que oferece a preços variados recompensas imediatas aqui na Terra, não só no céu.
Em relação aos políticos, o seu choque cultural vai ocorrer quanto aos costumes. Habituado à simplicidade e à moderação, o Jorge Bergoglio, que como cardeal andava de ônibus, e o Francisco, que, como Pontífice, trocou os trajes alegóricos pela batina branca, o sapato vermelho pelo preto, a pompa pelo despojamento, vão estranhar que no Brasil parlamentares e governantes prefiram a mordomia de pegar carona em avião e helicóptero oficiais.

A propósito, dificilmente um político brasileiro passaria pelo teste de popularidade a que foi submetido o Papa logo depois de chegar. Aconteceu quando o carro que o conduzia tomou uma pista errada no Centro da cidade e acabou preso no trânsito, ficando imobilizado por alguns minutos. Imediatamente cercado por uma multidão comovida e excitada, tentando tocá-lo de qualquer maneira, a cena deixou os seguranças tensos com o que poderia acontecer.

Assistiu-se, então, a um impressionante e inesperado espetáculo, nunca visto nas ruas do Rio. Sereno e sorridente, sem levantar o vidro que manteve o tempo todo aberto, Francisco parecia achar tudo natural, até mesmo quando, além de mãos e braços, enfiaram pela janela um bebê para que ele beijasse e benzesse.

A tolerância do Papa seria mais uma vez posta à prova no Palácio Guanabara, quando resistiu sem cochilar ao interminável discurso da presidente Dilma, que, em vez de dar rápidas boas-vindas a um viajante exausto, fez um relatório do tipo “olha, Santidade, como estamos trabalhando”.

A fala do nosso visitante foi mais curta e mais interessante, com tiradas dignas do grande comunicador que é. Foi muito aplaudido quando disse: “A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo.” “Cristo bota fé nos jovens.” Por tudo isso, acho que a melhor definição dele foi dada por uma dessas garotas peregrinas que enfeitaram a cidade nestes dias: “O Papa é muito fofo.” E paciente.

Pela disposição à solidariedade e o gosto pela vida, a francesa Claude Amaral Peixoto foi uma das mais autênticas cariocas que conheci. O Rio do encontro e da celebração vai sentir muito a sua falta.

Papa Francisco é um Pastor Feliciano com mais poder

Os evangélicos estão sendo injustiçados. O tsunami de críticas que atingiu Marco Feliciano, Silas Malafaia e demais líderes evangélicos fundamentalistas se aplica ao papa Francisco e à Igreja Católica. Explico: as mesmas bandeiras conservadoras levantadas pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos do Congresso estão no centro da atuação da igreja católica há séculos. E o argentino Mario Bergoglio, agora chamado de Francisco, comunga destes ideais e não se mostra disposto a alterá-los. Pelo contrário.
Vamos por partes:
Primeiro, a homofobia
Muito se reclamou da atuação de Feliciano contra os direitos fundamentais dos homossexuais. A coleção de frases e a atuação do pastor não deixam dúvidas quanto à sua posição. Como é sabido, a igreja católica igualmente condena a homossexualidade, e considera pecado o amor da população LGBT.
O próprio Francisco, pessoalmente, demonstra preocupação com o que chama de “lobby gay” no Vaticano. Conforme revelou o site católico Reflexión y Liberación, o pontífice afirmou o seguinte em uma audiência recente com a diretoria da Confederação Latino-Americana e Caribenha de Religiosos: “Na Cúria há gente santa de verdade. Mas também há uma corrente de corrupção, é verdade. Fala-se de lobby gay, e é verdade, ele está aí... temos que ver o que podemos fazer”.
Em entrevista para o livro “Religiões e política”, o deputado do PSC-SP afirmou o seguinte: “Quando você estimula uma mulher a ter os mesmos direitos do homem, ela querendo trabalhar, a sua parcela como mãe começa a ficar anulada, e, para que ela não seja mãe, só há uma maneira que se conhece: ou ela não se casa, ou mantém um casamento, um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo; [assim] você destrói a família, cria-se uma sociedade só com homossexuais, e essa sociedade tende a desaparecer, porque ela não gera filhos”.

Católicos exigem redução do dízimo em 20 centavos

Papa Francisco aprovou uma PEC para alterar a Bíblia 
LIMBO - Milhares de católicos partiram em romaria para a cidade de Aparecida com o intuito de pedir melhorias nos serviços celestiais. "Oramos e pagamos nosso dízimo e ainda temos que passar pelo Purgatório? Queremos passe livre para o Paraíso", disse um coroinha. Ao seu lado, um político erguia um cartaz: "Pelo fim do Inferno". "Da Copa, da Copa eu abro mão, eu quero é ir pro céu sem pedir nenhum perdão", cantava.

Indignado, um grupo de católicos da USP tentou ampliar o debate: "Não é só pelos 20 centavos. É pelo direito de usar camisinha, casar com pessoas do mesmo sexo e fumar a erva que eu quiser", reivindicavam.

No final da manifestação, uma pequena minoria de radicais da Opus Dei atirou hóstias em policiais, borrifou sprays de água benta em filisteus e lançou salmos na direção de ateus desprevenidos.

A Igreja e o pecado da usura

O papa Francisco participou, dia 10, da primeira reunião do comitê que investiga negócios obscuros do Instituto para as Obras da Religião (IOR), o Banco do Vaticano. Os problemas multiplicaram-se desde que o papa criou o comitê, em 26 de junho último.



No dia 28, um clérigo ligado à instituição foi preso por ajudar a contrabandear para a Itália 20 milhões de euros (26 milhões de dólares) vindos da Suíça. Alguns dias depois, dois dos principais gerentes do banco renunciaram em meio a uma investigação de lavagem de dinheiro.

A entidade é conhecida por negócios escusos há décadas, o mais notório ocorrido há 31 anos, quando esteve envolvido na falência do Banco Ambrosiano, então o maior banco privado da Itália. Roberto Calvi, presidente do Ambrosiano, foi enforcado na ponte Blackfriars (freis negros) de Londres em junho de 1982. Ninguém foi condenado pelo crime, que inspirou uma das passagens do filme O Poderoso Chefão III, de Francis Ford Coppola (1990). Há insinuações de que o breve papado de João Paulo I (morto apenas 33 dias após assumir o cargo) e a eleição de seu sucessor, Karol Wojtyla – que está para ser nomeado santo pelo papa Francisco –, foram consequência da disputa pelo controle do banco. 

O IOR dispõe de 5 bilhões de euros divididos em 34 mil contas de cerca de 25 mil entidades diferentes. Cerca de 77% de seus clientes estão na Europa e 7% no Vaticano. Tem somente 112 empregados, todos católicos praticantes confessos, embora o cardeal brasileiro Odilo Pedro Scherer diga que "anjos nem sempre trabalham nessas instituições. A tentação às vezes os leva a cometer delitos". Bem, se até Deus caiu em tentação e supliciou o fiel Jó (veja o Livro de Jó, no Antigo Testamento), o que não dizer de bancários católicos praticantes confessos...

Segundo arqueólogos, foram os fenícios os primeiros a realizar operações bancárias. O nome banco foi adotado pelos romanos: a palavra significava a mesa em que as moedas eram trocadas (câmbio) e os cambistas aceitavam depósitos e faziam empréstimos. Quando o empreendimento não prosperava, a mesa era quebrada, de onde a expressão "bancarrota".
A relação das várias crenças com o dinheiro é contraditória. Em passado distante, na Babilônia, o dinheiro tinha certo caráter sagrado e era confiado aos sacerdotes nos templos. Naqueles entonces já existiam pessoas que emprestavam, tomavam emprestado e guardavam dinheiro de outros.

Jacques Attali, em Os Judeus, o Mundo e o Dinheiro, escreve que para os judeus, é desejável ser rico, a riqueza é um meio para melhor servir Deus. Qualquer pessoa pode gozar do dinheiro bem ganho. Morrer rico é uma bênção, desde que o dinheiro tenha sido adquirido moralmente e que se tenha cumprido com todos os deveres para com os pobres da comunidade – note-se que esta argumentação é de certa maneira adotada pela chamada “teologia da prosperidade” dos cristãos evangélicos. 

Já a Igreja Católica, na Idade Média, quando era dominante na Europa, condenava o empréstimo de dinheiro a juros como pecado. Isso fez com que os judeus, na Idade das Trevas, fossem os únicos a, abertamente, emprestar o dinheiro, assunto tratado por Shakespeare no Mercador de Veneza (nesta cidade surgiu o primeiro banco de depósitos, na Itália, no século XII).

Os cristãos medievais se baseavam em algumas passagens do Novo Testamento. Em Mateus 19,22-24, Jesus diz a um jovem rico: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!” Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens. Jesus disse então aos seus discípulos: “Em verdade vos declaro: é difícil para um rico entrar no Reino dos céus! Eu vos repito: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”.

Em Lucas 16, 13, Jesus diz “Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.

Mas o tempo passa, o tempo voa e, durante a II Guerra Mundial, em 1942, o papa Pio XII fundou o Banco do Vaticano, e o resultado tem sido essa sucessão de escândalos, alguns dos quais despontam agora. Como escreveu Bertolt Brecht na ópera dos três vinténs:

“O que é roubar um banco comparado com fundá-lo?” 
Carlos Pompe

Hipocrisia pura

A imagem abaixo desnuda todos os discursos hipócritas do Papa Francisco

  • "evitem a lógica do poder humano"
  • "o perigo de pensar de uma forma mundana"
  • "uma Igreja pobre para pobres"
Alguém pensa que esses dourados da foto é tinta, folheados a ouro?...
Alguém pensa que o cordão, os anéis e pulseiras que o Papa usa são bijuterias?...

São não meus amigos. É tudo ouro puro, maciço.
Diamantes, pérolas e todo tipo de joias que você possa imaginar, no Vaticano tem.

Portanto, quer sustentar o luxo da Igreja? Sustente. Mas, que não venha tentar me convencer a pagar dízimo em nome dos pobres.

Quando eu tiver de fazer caridade, faço diretamente. Sem intermediários.

Passar bem. 

Esta postagem dedico a um arrecadador de fundos para obras de caridade que tentou conseguir algum trocado meu.


Sobre o novo Papa


Apesar de não ser um especialista no mundo católico, arrisquei essas mal-traçadas sobre o novo papa, sua trajetória e o papel que está chamado a cumprir. Meu ponto de vista é simples: tal como ocorreu em 1978, com a entronização de Karol Wojtyla, novamente o conservadorismo católico tem que se reinventar para sustar a sangria de sua influência nos assuntos mundanos e da fé. 

Para quem quiser ler e compartilhar, abaixo segue o link:

Como se elege um Papa



1. A escolha de um Papa é feita pelos membros do Colégio de Cardeais. Têm direito a voto todos os cardeais com menos de 80 anos de idade.
2. O processo de votação, chamado Conclave, é secreto e feito a portas fechadas. Tornou-se secreto somente no início do século 20. 

3. Atualmente, há 115 cardeais habilitados a votar. 

4. Entre os cardeais que podem eleger o próximo chefe da Igreja Católica, 60 são europeus - dos quais 28 italianos -, 14 norte-americanos, 19 latino-americanos, 11 africanos, 10 asiáticos e um da Oceania.

5. O novo Papa somente estará escolhido depois que um nome, entre os cardeais, obtiver no mínimo dois terços dos votos dos participantes do Conclave.
6. A cada rodada de votação, feita a contagem, os votos são queimados. Se nenhum cardeal obtiver os dois terços de votos, uma fumaça cinza será expelida pela chaminé que fica dentro da Capela Sistina.
7. A fumaça da chaminé será branca para anunciar ao mundo que Habemus Papam. 

8. A tradição canônica alterna um pontificado curto e um longo. Se ela for respeitada, deverá ser eleito um cardeal menos idoso. O alemão Joseph Ratizinger foi eleito papa com 78 anos de idade em 2005. Seu pontificado durou menos de oito anos.

O Papa Ratzinger fracassou ou contra-atacou quando renunciou?


Não dá para ficar de fora, nem apenas   nos instalarmos  na periferia da questão que eletriza o planeta, mesmo abandonando por um dia a praia da política brasileira.  Falamos  das causas reais da renúncia do Papa Bento XVI, começando a ser expostas por Sua Santidade, em pessoa, e desdobradas cada dia mais na imprensa mundial. O singular chefe da cristandade denunciou profunda divisão  na Igreja, falou da hipocrisia de muitos de  seus responsáveis e deixou clara a cisão que em outros tempos se  transformaria num  cisma.
                                                        
No fundo, apesar das sutilezas tão comuns a essa milenar instituição,  estava  Joseph Ratzinger aferrado ao conservadorismo confundido com dogmas do passado. Insurgia-se contra defesa da saúde, contra  a camisinha. E também contra  o aborto, até em  situações de risco de vida.  Rejeitava a quebra do anti-natural celibato, ou seja, o casamento de padres, assim como a união entre homossexuais, a ordenação de mulheres e outras barreiras que a Humanidade hoje majoritariamente rejeita. Mas do alto de sua experiência, via  crescer  a tendência de  boa parte do clero, inclusive cardeais, pela revisão desses postulados que a vida moderna repudia. Claro que em meio a essa divergência principal situavam-se   motivações  inerentes ao ser humano, como  a  luta pelo poder,  a necessidade de abrir espaços, a vaidade, o açodamento, o apego a tradições e o culto ao sobrenatural.
                                                        
Se foi pela impossibilidade de conter a maré reformista  ou, no reverso da medalha,  para fazê-la refluir através de um gesto espetaculoso, tanto faz. A verdade é que Bento XVI renunciou, certamente esperando que seu sucessor obtenha a vitória onde ele fracassou. Também por motivos naturais, do alto de seus 85 anos e da fragilidade de sua saúde física e mental.

Futuro ex-papa deu seu recado quarta-feira de cinzas e deixou seus cardeais com as barbas de molho


"O mundo moderno se apresenta aos nossos olhos não como uma casa a construir, mas como um organismo a ser curado. Ora, se um edifício pode ser reparado do exterior, um organismo só pode ser curado a partir de dentro".
Padre Louis-Joseph Lebret (1897 -1966), autor do livro Suicídio ou Sobrevivência do Ocidente,
            que teve grande participação no Concílio Vaticano II.adre Louis-Joseph Lebret (1897 -1966), autor do l ivro Suicídio ou Sobrevivência do Ocidente,            que teve grande participação no Concílio Vaticano II.
 
Alusão a "hipocrisias religiosas" foi mais uma surpresa de Bento XVI
 
Renunciou para fazer o sucessor. Nada mais despropositado, porém nada mais verdadeiro. Nada mais sintonizado com a personalidade de Joseph Alois Ratzinger, adestrado na Juventude Hitlerista em sua fogosa juventude.
 
Foi o que restou ao irascível papa germânico, ao se sentir totalmente isolado desde que entrou em choque com sua principal aliada e "monitora", a obscurantista Opus Deicomo consequência do afastamento do representante do Banco Santander em Roma desde 1992, Ettore Gotti Tedeschi, da direção do Instituto para Obras de Religião - o Banco do Vaticano, em meio a uma saraivada de denúncias protagonizadas pelo cardeal Carlo Maria Viganò, ex-secretário geral do Vaticano, aos mil documentos contrabandeados pelo mordomo Paolo Gabriele e um fogo cruzado incontrolável de mexericos.
 
Tedeschi é um "supernumerário" da poderosa organização de 90 mil seguidores fanáticos,  cognominada como "o Exército do Papa", numa reportagem de novembro e 2008 da revista Superinteressante. Fundada em 1928 e reconhecida em 1982 como uma "Prelazia Pessoal" (a única na estrutura da igreja romana) pelo confessor do ditador Francisco Franco, o espanhol Josemaría Escrivá Balaguer, que morreu em 1975 e foi declarado santo em 2002 pelo Papa João Paulo II, num rito sumário,  a Opus Dei foi a principal articuladora das escolhas dos dois últimos papas, como demonstrou o jornalista espanhol Juan Bedoya, no El País, de Madri e como sabe muito bem qualquer repórter setorista do Vaticano.
 
Numa "vingança perfeita", nas palavras de um diplomata credenciado na "Sana Sé",segundo relato de Paolo Ordaz, outro jornalista doEl País, o ex-futuro Papa pegou pesado na missa da quarta-feira de cinzas ao apontar a "hipocrisia religiosa"  e a luta interna pelo poder, como causas da crise que o levou a um gesto dramático, que desautoriza o dogma da infalibilidade de um sumo pontífice.
....
Qualquer clérigo ou seminarista sabe que a intriga é o caminho das pedras no reino de São Pedro. E sabe mais ainda que tantoKarol Józef Wojtyła como Joseph Alois Ratzinger só se tornaram papas no estuário dos conflitos dentro da Corte (cúria em latim) vaticana, devidamente manipulados por influentes cardais "numerários" ou aliados da Opus Dei.
......
 
Como demonstração de gratidão pelo apoio recebido na sua eleição, após 8 votações, João Paulo XXII concedeu a esse grupo, em 1982, o status de "Prelazia Pessoal", que a subordina diretamente ao Papa e fez do seu fundador santo, num dos processos mais sumários de canonização, só superado pelo de madre Tereza de Calcutá.
Estátua de 5 metos do fundador do Opus Dei na
Basílica de São Pedro, com a benção de Bento XVI
Bento XVI não fez por menos: em 2005 mandou instalar uma estátua de 5 metros do agoraSão Josémaria Esquivá na fachada exterior da Basílica de São Pedro, que benzeu pessoalmente numa festiva solenidade religiosa em 14 de setembro daquele ano.
Além disso, chamou dois influentes cardeais do Opus Dei para seu primeiro escalão: Julián Herranz, presidente emérito do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, e o secretário da Pontifícia Congregação para os Bispos, arcebispo Francesco Monterisi. Há quem garanta que o cardeal Tarcísio Bertone, principal homem na cúpula vaticana e pivô da crise que levou à inesperada renúncia, também tenha o respaldo da organização, razão pela qual Bento XVI não conseguiu livrar-se de sua incômoda companhia.  

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Zé Dirceu: o que querem os católicos?


Como nunca deixo de debater os assuntos mais palpitantes do momento, faço-me algumas perguntas que divido também com vocês: o que se passa com a Igreja Católica Apostólica Romana? Querem os católicos as mudanças que os tempos exigem? Querem uma nova reforma antes que outra cisão na Igreja a faça? Estas são perguntas que os católicos, inclusive os do ainda maior país católico do mundo, os do Brasil, precisam responder.

Mas como decidir se a Igreja é uma monarquia absolutista com uma corte decadente e envolvida em escândalos, intrigas e luta pelo poder que, tudo indica, levaram à renúncia do atual papa? Não há democracia na Igreja, nem controle, fiscalização e transparência dos atos de seus chefes. Pelo contrário, ela já é vista como uma das maiores redes de intrigas do mundo, que se desenvolvem nos subterrâneos da Cúria Romana, que tenta mantê-las no mais absoluto sigilo. Mesmo os sínodos e os concílios perderam poder.

A vida se impõe e o mundo caminha para novos tempos, sem que a Igreja acompanhe as radicais mudanças na sociedade civil e no poder Estatal. Enquanto isso as contradições da Igreja se acumulam: pedofilia, negócios ilegais, espionagem, luta pelo poder no Vaticano e na Cúria Romana.

A grande maioria dos católicos quer mudanças? Não me parece

Avança a pressão para o fim do celibato, do preconceito contra a mulher e do seu papel na Igreja. Mas a Igreja continua com a rejeição à camisinha e, pasmem, a já envelhecida politica de condenação dos homossexuais, já que cada dia mais – e felizmente – os países aprovam o casamento e as relações homoafetivas (Inglaterra, Estados Unidos e França acabam de tomar decisões a respeito).