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Armamento Já. Amplo, geral e irestrito!

Uma professora tentando proteger seus alunos

Uma professora realmente defendendo seus alunos

Fico imaginando esse exemplo aí acima aplicado na sociedade em geral: 
  • Um padre, um rabino, um pastor protegendo suas ovelhas...
Melhor liberar geral e que cada um cuide de si. 

Acaba com o Exército, Marinha, Aeronáutica, Policia Militar e Polícia Civil, taoquei?

Imagina o bem que faria a economia.

Armamento 2019


(...) e o público alvo deste modelo
é o cidadão de baixa renda
que votou em Bolsonaro.
É melhor jair se acostumando!

Vida que segue...
Não temos assinaturas, não recebemos doações, somos rentabilizados exclusivamente por Clique na propaganda

Armamento ano que vem

O presidente eleito quer acelerar o projeto que permite armamento da população em 2019
- Petista que sou (filiado), não quero apenas direito de comprar armas, apresentarei PL para portar-la. E que os bolsanorianos que se cuidem. Está no velho testamento e também hoje: Defender-se é um direito que nos assiste. Os imbecis Bolsarianos que imaginam nos eliminar tranquilamente, não sabem da bíblia a vírgula!

Vida que segue, voltas que a vida dá. Mas de repente, não mais que de repente as coisas mudam de lugar e quem perdeu volta a ganhar...

Desarmamento

[...] O debate necessário

Revólveres, pistolas e fuzis: as verdadeiras armas de destruição em massa


Hoje, 94 brasileiros morrerão depois de receber um disparo de arma de fogo. É como se a tragédia ocorrida há uma semana na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, se repetisse oito vezes por dia. Todos os dias.


Por não compor um enredo comovente, esta hecatombe a granel passa para os registros sorrateiramente – não há cartas de psicopatas suicidas, nem há vídeos no Youtube mostrando parentes gritando na rua e estudantes fugindo. Não é notícia. E, por isso, os 60 milhões de brasileiros que foram contra a proibição do comércio de armas no Brasil, no referendo de 2005, não se sentem responsáveis por nada disso.


Agora, uma nova iniciativa parlamentar pretende convocar mais um referendo sobre o tema, provavelmente, para o dia 2 de outubro. A proposta, apresentada pelo senador José Sarney depois da tragédia de Realengo, já está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve ir a plenário na sequência. Com sorte, os brasileiros terão uma segunda chance de decidir sobre um assunto vital e negligenciado.


Em todo o mundo, a produção, o comércio e o tráfico de pequenas armas de fogo e munição constituem um dos aspectos mais obscuros, menos regulados e mais cinicamente ignorados pela opinião pública.


O Brasil é um grande produtor de armas. Três empresas privadas continuam produzindo a cluster bomb, um tipo de munição altamente letal e imprecisa, proibida pela Convenção sobre Munições em Cacho, da qual o Estado brasileiro não é signatário.


O país é também um grande produtor de revólveres e pistolas. Por dia, são produzidas aqui 2.800 armas de cano curto, das quais 320 ficam no País e o restante é exportado. De cada dez armas apreendidas pela polícia no Brasil, oito são de fabricação nacional. E 70% das mortes por armas de fogo registradas aqui em 2010 foram provocadas pelo uso de armas que entraram legalmente no mercado, ou seja, entraram nas ruas pelas mãos de “pessoas de bem”.


Os assassinos, aliás, também são, na maioria dos casos, “pessoas de bem”. Pesquisadores norte-americanos e australianos realizaram uma pesquisa sobre o perfil dos crimes com armas de fogo em seus países e chegaram à conclusão de que em apenas 15% dos casos as vítimas não conheciam os assassinos. Na maioria das cidades brasileiras, os homicídios também ocorrem entre pessoas que se conheciam, em finais de semana, em brigas de bar ou de família e por motivos fúteis.


Um dos entraves para frear esse massacre é o lobby das empresas produtoras de armas. No referendo brasileiro de 2005, a Taurus doou 2,8 milhões de reais para a campanha do “não” e a CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) doou outros 2,7 milhões de reais. A soma corresponde quase à totalidade do custo da vitoriosa campanha do “não”.


No plano internacional, não é diferente. Grandes empresas e governos poderosos lucram com o comércio de armas – principalmente de fuzis baratos e outras armas menores. O documento que deveria regular o setor, o ATT (Arms Trade Treaty) usa termos como “deveria, quando apropriado e levar em consideração” para referir-se às obrigações dos Estados de não vender armas para beligerantes de contextos onde sabidamente cometem-se crimes de guerra. As exigência de respeitar a lei são cênicas, frouxas e escassas. O comércio e o tráfico proliferam nas brechas.


Frequentemente, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprova resoluções impondo embargo de armas a ditadores e autorizando o uso da força para proteger a população civil, mas não pode fazer nada por essas vítimas cotidianas de baixo perfil. Os EUA movem sua máquina militar contra o Iraque, alegando combater a ameaça de “armas de destruição em massa”, mas nenhum arsenal tem provocado mais mortes do que estas pequenas armas espalhadas pelo mundo. Neste caso, nem o Exército mais poderoso de todos tem o poder que um voto pode ter num novo referendo.
por João Paulo Charleaux

Desarmamento

[...] José Sarney apresenta proposta de plebiscito

O presidente do Senado, anunciou há pouco que apresentará, hoje, um projeto de decreto legislativo para a realização de um plebiscito nacional sobre o desarmamento.
O plebiscito terá a seguinte questão: 
“O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?".
O anúncio de Sarney foi feito após reunião de líderes no Senado.
“O plebiscito é para consultar se nós podemos ou não modificar a lei que já existe. Esse plebiscito vai consultar os eleitores sobre a comercialização das armas de fogo e munição no território nacional. A partir daí podemos modificar a lei”, explicou.
Se aprovado pelo Senado e pela Câmara, o plebiscito será realizado este ano na 1ª semana de outubro.

Questões sobre a matança na escola em Realengo

Antes de tirar conclusões precipitadas sobre as razões da tragédia na escola de Realengo (RJ), muitas questões precisam ser respondidas. Talvez algumas delas já tenham sido quando você ler este questionário:
1) Quais as armas usadas pelo atirador? Dois revólveres calibre 38? Quais suas marcas?
Isso é importante para saber se são importadas ou, como a maioria das em uso no Brasil, fabricadas no próprio País. Se forem da Taurus ou da Rossi, podem jogar no lixo a culpabilidade pela falta de fiscalização das fronteiras. Se forem importadas, a questão é saber se entraram legalmente ou ilegalmente.
2) Onde o atirador comprou suas armas? Tinha porte de arma?
No debate sobre desarmamento que este caso vai despertar, é fundamental saber se as armas eram legais ou não.
3) Se tiverem sido adquiridas legalmente, inclusive o municiador rápido que ele parecia usar, como ele conseguiu autorização para comprá-las? Quão fácil é comprar esses equipamentos em uma loja ou nas ruas?
4) Quantos tiros o assassino disparou dentro da escola?
Pela quantidade de vítimas e pelo número de tiros que os feridos receberam, o atirador parece ter disparado mais de 25 vezes. Se cada revólver tinha capacidade para seis balas, significa que recarregou as armas mais de uma vez cada uma. Alguém tentou desarmá-lo antes da chegada dos policiais?
5) Quanto tempo demorou entre o início da matança e chegada do sargento que o conteve?
6) A chegada da polícia foi casual, com o sargento sendo alertado por um dos feridos que conseguiu chegar à rua, ou a direção da escola também chamou a polícia?
7) Há alguma conduta de segurança pré-estabelecida nas escolas do Rio e do Brasil para casos de invasão? Há algum procedimento que deve ser seguido? Em caso positivo, foi?
8 ) É uma hora propícia para vendedores de equipamentos de segurança venderem seu peixe. Por isso, quão eficiente e custoso seria instalar detectores de metal na entrada de todas as escolas públicas do País?
9) Há estudos que provam ter diminuído as ocorrências criminais nas escolas dos EUA onde foram instalados detectores de metais?
10) A polícia já encontrou e começou a periciar o computador pessoal do atirador? Encontrou algo de revelador nele? Se ele não tinha computador, sabe-se se frequentava alguma lan-house?
11) Ele participava de alguma rede social? Quem eram seus “amigos” e “seguidores”?
12) É correto tachar o atirador de islâmico ou muçulmano?
É fundamental reconhecer que ele era antes de mais nada uma pessoa confusa, para dizer o mínimo, e que na sua carta-testamento ele escreve literalmente: “(…) que jesus me desperte do sono da morte para a vida”. Muçulmanos não citam Jesus, mas Alá.
13) Obviamente o assassinato em massa foi planejado com muita antecedência: ele comprou as armas, os carregadores rápidos, escreveu a(s) carta(s) testamento. Em alguma fase dessa preparação teria sido possível que alguém desconfiasse de suas intenções? O crime poderia, assim, ter sido evitado? Ou, por ser recluso, não deu pistas a ninguém?
14) Retomar a campanha de desarmamento, que fez cair drasticamente os assassinatos no Brasil entre 2003 e 2005, pode ajudar a evitar que casos como esse se repitam?
15) Nos EUA, onde se tornaram comuns, casos assim costumam estimular outros potenciais atiradores a “sair do armário” e copiar o assassino de Realengo?

José Roberto de Toledo