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Em artigo na Time Lula elogia Luíza Trajano

Em um mundo de negócios ainda dominado por homens, a brasileira Luiza Trajano conseguiu transformar o Magazine Luiza, que começou como uma loja única em 1957, em um gigante do varejo com dezenas de bilhões de dólares. É uma grande conquista - uma entre muitas.

Quando a COVID-19 chegou ao Brasil, matando mais de 580 mil brasileiros e causando uma recessão, o Magazine Luiza ajudou as pequenas empresas a se adaptarem ao comércio digital, fornecendo uma plataforma para vender e entregar seus produtos. Em um momento em que o governo federal brasileiro minimizava o risco que a pandemia representava, Luiza corajosamente falou sobre a urgência da vacinação. Ela também foi uma defensora vocal da igualdade, criando o Mulheres do Brasil, um grupo apartidário de mais de 95.000 mulheres que trabalham para construir uma sociedade melhor e apoiar as vítimas de violência doméstica. E, no final de 2020, em um esforço para promover a inclusão dentro do Magazine Luiza, ela lançou um programa de trainees que oferece oportunidades para os afro-brasileiros.

Em um mundo onde bilionários queimam fortunas em aventuras espaciais e iates, Luiza se dedica a um tipo diferente de odisséia. Ela assumiu o desafio de construir um gigante comercial e ao mesmo tempo construir um Brasil melhor.

Lula

Filho de Luiza Helena Trajano assume como CEO do Magazine Luiza

por Isabela Barbosa
Divulgação



Uma das maiores varejistas de eletrônicos e móveis do país terá novo direcionamento a partir de janeiro de 2016. O Magazine Luiza anunciou na noite da última segunda-feira (16) que Frederico Trajano será o sucessor de Marcelo Silva no cargo de CEO. O principal foco da marca para o ano que vem é o digital.
Atual diretor executivo de operações de Luiza Helena Trajano, Frederico conta ter planos radicais para a empresa. “Apesar da situação macroeconômica desafiadora, a intenção é não deixar de implementar uma nova estratégia digital e seguir a tendência global sem abrir mão de nossos valores.”
Com 780 lojas em 16 Estados brasileiros, a Magazine Luiza há algum tempo investe na digitalização de suas operações. Atualmente, as vendas on-line equivalem a 22% do faturamento total da companhia. Trajano foi o principal idealizador do programa MagazineVocê, primeira plataforma social de venda direta no varejo brasileiro. Implementado no ano de 2011, o programa já conta com aproximadamente 200.000 associados e, segundo o novo CEO, é o principal incentivo para as inovações no ano de 2016.
“A implementação do MagazineVocê provou e nos possibilitou enxergar que uma empresa com mais de 55 anos de vida é capaz de promover inovações digitais”, afirma Trajano. Até o final de 2015, funcionários de 180 lojas físicas serão equipados com smartphones e terão acesso à rede Wi-Fi da respectiva unidade para que a demonstração de produtos seja possível de forma mais ágil, assim como o processo de venda. Em 2016, todas as lojas operarão nesse sistema.
Assim como a mãe, o futuro CEO não está preocupado com o atual cenário da economia nacional. “Não é a maior crise, nem a mais complexa. A equipe que tenho como herança está motivada e em equilíbrio”, explica. “O objetivo é, disciplinadamente, crescer e segurar o caixa.”
na Forbes Brasil



Xô vira-latas de passarelas

Nos primeiros anos de internet no Brasil, Luiza Trajano criou um conceito de loja virtual popular e agora comemora a ousadia com grande sucesso. Hoje, preside o Magazine Luiza e é vice-presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo. Na sua atuação como administradora, sempre tem confirmado como é possível obter bons resultados se se souber olhar o mesmo cenário que todos olham, mas enxergar nele aspectos diferentes.
A empresária consegue reunir sustentabilidade, valorização da mulher no mercado de trabalho, inclusão de pessoas com deficiência e lucro. Luiza mostra que quem anda de cabeça erguida percebe o copo meio cheio. Aliás, na fala dela, o copo está bem cheio.
Em entrevista ao jornal Zero Hora, Luiza respondeu sobre por que fez tanto sucesso entre os jovens quando corrigiu Diogo Mainardi, no programa Manhattan Connection, sobre inadimplência no varejo: "Eles [os jovens] vivem uma fase sem esperança, e de repente alguém mostra o copo cheio, o que o país tem de bom".
Sempre sem meias palavras, @luizatrajano costuma se manifestar no twitter, com bom astral e vendo o lado positivo da vida. Ela descobre no dia a dia as oportunidades de crescimento. Na rede social, reforça seu mantra #JuntosSomosMaisBrasil e, ao mesmo tempo que atende diretamente a seus consumidores, mostra sua filosofia de vida:
Nosso cérebro tem o lado da solução e o lado do problema. É preciso saber usar mais o da solução, pensar em como agir pra melhorar!

(@luizatrajano) 13 março 2014 Para crescer é preciso saber valorizar o nosso país e enxergar as oportunidades! #JuntosSomosMaisBrasil 


(@luizatrajano) 26 fevereiro 2014 Nosso país melhora quando todos contribuem juntos com ideias, sugestões e, principalmente, experiências de sucesso.


(@luizatrajano) 2 abril 2014 É preciso ter paixão pelo Brasil e atitude pra melhorá-lo! Falei sobre isso nessa entrevista pra @cartacapital: http://t.co/kimFeyQ4TL 


(@luizatrajano) 25 março 2014 É possível crescer sem perder os valores. Fico orgulhosa de ver que fizemos isso em MG, como mostra esse texto: http://t.co/mzxWbdGGEK


(@luizatrajano) 17 março 2014 Sou otimista e acredito nos resultados de 2014! É preciso saber aproveitar as oportunidades! #CopadoMundo (link is external) http://t.co/1GNt2BwwSk


(@luizatrajano) 25 fevereiro 2014 O jeitinho brasileiro que precisa servir de exemplo é o da garra, da perseverança, da luta diária por um país melhor.


(@luizatrajano) 19 fevereiro 2014 Luiza vai justamente no sentido contrário de outras marcas que tentam impor o pessimismo, como a Ellus, que lançou uma camiseta com a frase: "Abaixo este Brasil atrasado". Para a empresária: "Está tão ruim? Então, vende o negócio e muda de país!", quando perguntada na entrevista do Zero Hora se há motivos para as queixas dos empresários.


Vale observar que a Ellus faz parte da rede varejista Inbrand, que em 2012 faturou mais de um milhão de reais no Brasil. Talvez por isso não tenham vendido o negócio e mudado de país.

Mas a marca já tem recebido a resposta de quem vê as coisas boas do Brasil, como Luiza. Há alguns dias, um consumidor estava passeando em um shopping no Rio de Janeiro, viu a tal camiseta do Brasil atrasado na vitrine e não resistiu: entrou na loja e passou um sermão no gerente. No mundo virtual, surgiram campanhas com o mote Abaixo os vira-latas das passarelas.

Ou seja, enquanto tem gente tentando incutir o sentimento de vira-lata no brasileiro, temos pessoas com visão positiva dos avanços que vivemos, como a Luiza Trajano e temos um governo que não abaixa a cabeça. No último dia 24, na abertura do 17° Congresso da União da Juventude Socialista, do PCdoB, a presidenta Dilma Rousseff afirmou, em tom enfático: "não fui eleita para colocar o país de novo de joelhos".

Na entrevista ao Zero Hora, Luiza diz não temer ser vista como garota-propaganda do Planalto, por sua afinidade ideológica: "Sou garota-propaganda daquilo que dá certo. Qualquer coisa que for. Não tenho partido político. Faço propaganda do Brasil que dá certo."

É isso aí: brasileiro de cabeça erguida não tem complexo de vira lata.

Luiza Trajano, garota propaganda do Planalto?

O negócio tá ruim, tão ruim assim? Então vende e vai embora para o país que tu tanto adora!

Empresária mantém o viés otimista pelo Brasil, conta como a empresa precisou se reorganizar depois de quase dobrar de tamanho e diz ser garota-propaganda daquilo que dá certo

Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, presidente do conselho de administração da rede de lojas Magazine Luiza, é diferente da maioria dos empresários brasileiros. Não só pelo fato de ser mulher — é uma das poucas na posição —, mas pelo viés otimista que enxerga o Brasil. Enquanto boa parte da iniciativa privada adota tom mais ácido ao falar das ações do atual governo, essa paulista de Franca afirma que prefere ver o copo “meio cheio” em vez de “meio vazio”e diz não temer ser vista como garota-propaganda do Planalto.

De tão identificada com a rede que comanda, Luiza é associada à marca. Na realidade, o nome vem da tia, Luiza Trajano Donato, que comprou uma pequena loja de presentes em 1957, A Cristaleira, com o marido Pelegrino José Donato.

Depois de quase dobrar de tamanho entre 2007 e 2010, a empresa sentiu as dores do crescimento. Em 2012, amargou prejuízo de R$ 6,7 milhões, resultado que empurrou o preço das ações para baixo e obrigou a empresa a diminuir o ritmo de expansão. Novas aquisições estão fora dos planos este ano, diz Luiza.

A meta em 2014 é crescer de forma sustentada. Para isso, conta com o bom desempenho das vendas no Rio Grande do Sul, que costuma visitar com bastante frequência. O hino rio-grandense ela já sabe de cor. Falta só aprender a tomar chimarrão.
Enquanto outras redes destacam a qualidade do produto ou o preço mais barato, o slogan da Magazine Luiza faz um convite: vem ser feliz!. Luiza Trajano é uma mulher feliz?


Eu sou muito feliz (risos). Felicidade é muito você aceitar as coisas da maneira como vêm. Há quatro anos, perdi meu marido subitamente e foi muito triste. Mas acredito que as coisas sempre vêm para que as pessoas possam desenvolver, melhorar. Lógico, sofremos, temos problemas. Mas felicidade é muito simples. É preciso querer ser feliz. Agradecer o que acontece de bom. Detesto a frase “era feliz e não sabia”. Quando meu marido morreu, a única coisa que me consolava era isso. Eu era feliz e tinha sabido aproveitar isso.


O que a faz rir à toa?
Meus netos e boas vendas. Fico muito alegre vendo as pessoas crescendo e conseguindo vencer os obstáculos. Pessoas com garra e determinação, que não reclamam muito das coisas. Gente que faz acontecer, de princípios, que luta por uma causa.

Uma de suas marcas é o otimismo sobre o Brasil. É avaliação de cenário ou é nato?

Não é que eu seja otimista e ache que tudo está certo. Apenas costumo ressaltar também as coisas positivas. Vivemos uma onda de pessimismo. O Brasil incluiu 5 milhões de pessoas no mercado de trabalho e parece que não foi nada. Uma década atrás, quando tínhamos uma loja com 50 vagas ficavam 2 mil pessoas na fila por um emprego.

E agora, mudou?
Agora abrimos uma outra filial na mesma cidade no interior de São Paulo, Rio Preto, tinha só 100 pessoas. E metade já tinha emprego. Sou daquelas que gosta de ver o copo do lado cheio. O lado vazio tem muita gente para mostrar. O Brasil precisa de líderes que também saibam ver o lado positivo.

Há motivos para as queixas dos empresários?
Eu costumo dizer para os colegas empresários que pensam muito negativo: “Está tão ruim? Então, vende o negócio e muda de país”. Trabalha aqui, ganha dinheiro aqui e acha que está tudo ruim? O Brasil é nosso. Não adianta eu reclamar de mim mesma. À medida que eu estou reclamando do país eu estou reclamando de mim. O que eu posso fazer para ajudar? Não é um otimismo sem participação. É se sentir responsável por construir um país melhor. Quem se sente responsável não aponta dedo.

Há um certo ranço do mercado em relação ao governo?
A campanha eleitoral começou muito cedo este ano e isso traz muita coisa à tona. Temos muitos problemas para vencer. A infraestrutura está sendo enfrentada. Mesmo assim, temos conquistas. O país passou por uma crise global (2008) quase ileso. Afetou todo mundo e nós não sentimos. Dia desses recebi um empresário espanhol que me contou que os jovens na Espanha não têm emprego. E nossos jovens têm. Há coisas para melhorar, mas só nós conseguiremos isso. A renda triplicou em 10 anos.

A senhora fez sucesso nas redes sociais quando corrigiu Diogo Mainardi, no programa Manhattan Connection, sobre inadimplência no varejo. Mandou mesmo o e-mail a ele?


Nunca mandei um e-mail ou carta de retorno para ele. Tudo que andam dizendo na internet é mentira. A única coisa que fiz foi agradecer as milhares de mensagens de apoio que recebi. Tenho um respeito muito grande por toda a equipe do Manhattan. O que aconteceu é que eu sou uma pessoa preocupada com a inadimplência. Toda segunda-feira, recebo dados atualizados, tanto da minha empresa quanto dados gerais. Inadimplência é igual a cupim, corrói o negócio por dentro. Nem sou tão ligada em números, mas esse tema é algo que acompanho muito de perto. Mesmo tendo certeza do contrário, quando o Diogo Mainardi disse que a inadimplência havia aumentado eu não retruquei. Apenas disse que ia encaminhar o e-mail. Mas nunca enviei. O que tem é muita gente aí escrevendo mensagens falsas no meu nome.

Por que a resposta da senhora fez sucesso entre os jovens?
Eu me assusto com o pessimismo dos jovens. Eles vivem uma fase sem esperança, e de repente alguém mostra o copo cheio, o que o país tem de bom. E também porque o número que eu dei estava certo. E na semana seguinte foram divulgados dados mostrando que o país estava com os índices mais baixos de inadimplência.

O estilo da resposta contribuiu para a repercussão?
A forma como conduzi, firme, sem ser agressiva, também ajudou. Não sou analista de comunicação, mas acho que foi isso. Era uma coisa que tinha de ser. Não me preparei. Tinha chegado aquele dia mesmo dos Estados Unidos. Nunca mais vou ser tão inocente (pausa). Apesar de que, no programa do João Dória, fui do mesmo jeito (risos).

A inadimplência preocupa? Os índices voltaram a subir no início deste ano…
Continua em queda. A prova disso é que os bancos têm aprovado mais crédito. Teve um pouquinho de alta sim, o que é comum para o período.

Ainda há espaço para expandir o consumo no Brasil?
Falar em opção por consumo ou por infraestrutura é um erro. Infraestrutura é necessária, mas para garantir não é preciso abrir mão do consumo. Sem consumo não tem emprego. No Brasil só 54% da população tem máquina de lavar, só 10% tem televisão de tela plana e só 1% tem ar-condicionado. E ainda precisamos construir 23 milhões de casas para ter um nível satisfatório de igualdade social para um país em desenvolvimento. Nenhuma indústria vive sem consumo. Nos Estados Unidos, as pessoas já estão na oitava geração de TVs de tela plana. A gente ainda precisa de uns 20 anos de progresso.

(…)

Magazine Luiza compre Baú da Felicidade

O Magazine Luiza anunciou nesta segunda-feira acordo para a aquisição das lojas do Baú da Felicidade, do Grupo Sílvio Santos, por R$ 83 milhões, "considerando que as lojas não terão nenhuma dívida ou caixa a serem pagos integralmente na data de fechamento da transação (31 de julho de 2011)", afirma a companhia em comunicado.
O acordo envolve a compra de 121 lojas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, segundo o documento.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Magazine Luiza informa que foi assinado na noite de 10 de junho um memorando de entendimentos com BF Utilidades Domésticas, BF PAR Utilidades Domésticas e Silvio Santos Participações, em que ficam estabelecidas as condições para aquisição do Baú da Felicidade.
A compra reforça a presença da Magazine Luiza no Paraná e na região metropolitana de São Paulo, em pontos comerciais com foco na classe C, destaca o comunicado.
Parte das lojas compradas, principalmente as localizadas no Paraná, devem ser convertidas em lojas virtuais.
Embora menos rentáveis na média do que as lojas da Magazine Luiza, a empresa de Luiza Trajano destacou no fato relevante o "alto potencial de geração de valor para os acionistas" com a aquisição. Isso porque o preço de compra (R$ 83 milhões) representou cerca de 20% do faturamento bruto das lojas do Baú em 2010. A Magazine Luiza aumenta, assim, sua área física de vendas em mais 46 mil metros quadrados.
Em 2010, as 121 lojas do Baú da Felicidade tiveram receita bruta total (dados não-auditados) de R$ 415 milhões, equivalente a R$ 9,0 mil por metro quadrado, segundo a Magazine Luiza. No mesmo periodo, as lojas fisicas do Magazine Luiza faturaram R$ 14,2 mil por metro quadrado.
O Baú da Felicidade está presente há 50 anos no mercado varejista. Ficou famoso pelo "Carnê do Baú", uma forma de poupança e compra programada. Em 2006, o Baú da Felicidade transformou suas lojas e passou a atuar no varejo de móveis e eletrodomésticos. Em 2009, o Baú da Felicidade comprou ativos das redes Dismar e Markoeletro (marca Dudony).
do O Globo