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Haddad desafia Bolsonaro para debate online (vídeo conferência)

Fernando Haddad (PT/13) convida Bolsonaro para um debate vídeo conferência. Quero vê qual desculpa ele vai dar para não debater. Informa que a web ainda não tem cheiro.
#DebateHaddadxBolsonaronline
#Bolsonarocagão
#Bolsonarofujão

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Memes do dia

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O soldado que vai a guerra e tem medo de morrer é um covarde, Jair Bolsonaro

O candidato que vai a eleição e tem medo de debater é um covarde 
Joel Neto


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Dialógos briguilinos

Pois não é que a chegou aqui em casa uma antiPT doente e veio destilar veneno. Falou até não querer mais. Uma das muitas delicadezas que ela disse foi: 

- Esse candidato do PT deveria ser recebido era a bala, no mínimo a polícia deveria era soltar os cachorros contra todos eles (babava de odio). 

Conheço bem ela e seus familiares, a vida deles antes e depois dos governos Lula/Dilma. Para não me alongar, fui diretamente ao ponto, e perguntei: Este teu odio insano contra o PT é porque tu e nenhum dos teus irmãos e familiares da mesma idade (na faixa dos 50/55 anos) não conseguram se formar? E os governos petistas deram oportunidade para teus filhos, teus sobrinhos e jovens na mesma idade se formarem ou estarem se formando? Latiu, latiu, rosnou, rosnou...e não tendo como contestar a verdade inegável, colocou a coleira na mão e foi embora com o rabinho entre as pernas. 😂😂😂😂😂

Resultado de imagem para dialogos entre duas pessoas
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Vai para o debate fujão



#VemProDebate
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Vai para o debate Bolsofujão


Ontem quinta-feira (18), o cirurgião Antônio Luiz Macedo, chefe da equipe médica que atende Bolsonaro , foi eleito participante dos debates na televisão. "Ele decide", disse o médico à reportagem do UOL. Confira uma reportagem aqui:

Afinal porque Bolsocovardão foge?
#QueroDebate 


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Ping

Como o adversário foge do debate como o diabo foge da cruz...
Fico devendo o Pong

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Bolsonaro, vamos debater



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Rir é o melhor remédio

A imagem pode conter: texto

É melhor ficar calado. deixar as pessoas pensarem que você é um idiota
Que falar e elas terem absoluta certeza
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Dilma Invocada

Se tiver de ir a debate será num pool. Último debate apenas numa emissora? Nan nan nin nan não. Comigo não vai ter manipulação sem direito ao contraditório, entenderam ou vou ter de desenhar?

Debate na Band em SP: o resumo


No primeiro debate do segundo turno da disputa pela prefeitura de São Paulo, o candidato tucano José Serra (PSDB) tentou colar sua imagem aos pobres e mencionou diversas vezes José Dirceu, condenado no julgamento do “mensalão” no Supremo Tribunal Federal. Fernando Haddad (PT), por sua vez, reclamou da “baixaria” usada pela campanha tucana e criticou a gestão de Gilberto Kassab (PSD), aliado tucano, na prefeitura. O encontro aconteceu na rede Bandeirantes nesta sexta-feira 19.
Em sua primeira pergunta, Serra tentou mostrar que já fez obras para os mais necessitados, repetindo discurso que tem usado desde o começo do segundo turno. O candidato tem seus piores desempenhos nas regiões mais pobres da cidade e tem focado nesse eleitorado.
Serra citou alguns projetos e obras que diz ser autor, como os medicamentos genéricos e o hospital da Cidade Tiradentes. Depois de citar cada uma das obras, perguntava a Haddad: “Foi uma medida para pobre ou para rico?”
Haddad respondeu dizendo: “depende de como você leva a frente os programas”. O petista criticou a gestão de Kassab na saúde, onde ele não cumpriu sua meta de construir três hospitais após ser eleito em 2008. Após a resposta de Serra, que disse não ter sido candidato à prefeito em 2008, insistiu na ligação entre os dois.
“Você tem essa mania de descartar seus apoiadores. Em 2002 (quando Serra foi candidato à presidência) escondeu o Fernando Henrique Cardoso dizendo que não tinha nada a ver com aquilo. Agora você está fazendo isso com o Kassab.”
“Baixarias” e “obsessão com José Dirceu”
Haddad usou sua primeira pergunta para criticar a campanha que Serra vem fazendo no segundo turno. “Nós devemos à população de São Paulo um esforço genuíno para discutir propostas pela cidade, deixar as insinuações de lado. Será que não devemos isso a população, campanha de alto nível na reta final?”.
Na primeira oportunidade, Serra não respondeu a pergunta. Diante da insistência de Haddad, falou que o PT era especialista em baixarias. “O PT na televisão fica falando que a gente trabalha para rico. Eu mostrei aqui e o candidato não soube responder, que todas as coisas que eu fiz na minha vida foram para as pessoas mais necessidades. Isso é o estilo José Dirceu”.
O antigo líder petista foi citado 6 vezes por Serra em diferentes momentos do debate. A última delas foi quando o tucano lembrou de uma ação, protocolada pelo PT, que tramita no Supremo Tribunal contra as organizações sociais na saúde.
“Você tem uma obsessão com o Zé Dirceu, talvez pela amizade que você manteve com ele durante décadas. (…) Deveria aceitar minha propostas de fazer um protocolo pelo bom nível da campanha”, rebateu Haddad.
“Obsessão com Kassab”
Haddad criticou a gestão de Kassab em diversos momentos. Entre outras coisas, reclamou da falta de construção de creches, da taxa de inspeção veicular e da meta de construir 63 quilômetros de ônibus na cidade, não cumprida pelo atual prefeito.
Após Haddad citar a lentidão na construção das linhas de metrô pelo governo do estado e a falta de cooperação da prefeitura, Serra defendeu seu aliado. “Eu acho que o PT tem algum problema com o metrô. A Marta (Suplicy), quando foi prefeita, não colocou um real. Kassab colocou um milhão. (…) Você tem obsessão com Kassab. E você aqui só fala de Kassab, só sabe falar do Kassab”, disse Serra.
Mais tarde, Haddad justificou sua insistência em falar do prefeito. “Pode parecer um argumento difícil de compreender, mas ele é o prefeito da cidade. Você quer que eu fale de quem?”
Perguntado ao final do bloco, Kassab disse que achava “normal” que o seu nome fosse tão usado, já que a disputa é pela prefeitura.
Piero Locatelli

O porque de Serra não ir ao debate da Record

O motivo real da desistência do candidato à prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB), não participar do debate na Record é: ele fugiu do possível encontro com o jornalista Amaury Junior, autor do livro Privataria Tucana. 

Colaboradores do tucano chegaram a conclusão que no momento é melhor evitar mais desgastes. 

Depois da divulgação da última pesquisa do Ibope, que mostrou o petista Fernando Haddad em 2º lugar, os tucanos acharam por bem evitar mais uma saia justa de José Serra.

Dilma para cima. Serra para baixo

Arko Advice
Com a confirmação do segundo turno, o PT ficou prostrado (nas palavras do presidente do partido, José Eduardo Dutra) e o PSDB bastante motivado.
Logo após divulgação das primeiras pesquisas realizadas após o primeiro turno, sentimentos antagônicos tomaram conta das duas candidaturas. Os petistas ficaram surpresos e apreensivos e os tucanos crentes na possibilidade de virada.
Ao final da segunda semana de campanha em outubro e início da terceira, os três principais institutos (Vox Populi, Ibope e Datafolha) mostraram que Dilma havia ampliado sua vantagem sobre Serra para algo entre 11 e 12 pontos percentuais. Apenas o Sensus mostrou uma vantagem bem mais estreita (5,6 pontos).
Esse novo quadro contribuiu para inverter os sentimentos das duas campanhas. O PSDB ficou nitidamente abalado com os resultados trazidos pelas pesquisas e o PT passou a respirar mais aliviado.
O aumento da vantagem de Dilma pode ser creditado a um conjunto de fatores. 1. Redução das críticas do presidente à imprensa; 2. Maior participação de Lula na propaganda eleitoral de Dilma. 3. Participação de Lula ao lado de Dilma em comícios nos Estados; 4. Carta direcionada a religiosos, onde Dilma se manifestou contra o aborto; 5. Crescimento entre os eleitores de Marina Silva.
Para Serra, a segunda semana de campanha foi ruim. Primeiro o Jornal Nacional cobriu as denúncias que envolvem Paulo Preto e o desvio de recursos para a campanha tucana. Depois houve a denúncia - publicada na Folha de São Paulo de que a mulher de Serra teria feito um aborto; em seguida a produção de panfletos em São Paulo por pessoas ligadas ao PSDB abordando temas religiosos contra Dilma.
Nem mesmo o maior envolvimento de Aécio Neves em Minas e de Geraldo Alckmin em São Paulo resultou no aumento da intenção de votos para Serra no Sudeste.
Dilma entra na última semana de campanha eleitoral com tendência de alta nas pesquisas. Serra, pelo seu lado, entra numa curva descendente.
Como sempre acontece em eleições presidenciais no Brasil quem ganha do primeiro turno tende a ganhar no segundo. Quem lidera no início da campanha tende a vencer a disputa. Tudo indica que tais tendências devem prevalecer mais uma vez.
Assim, Dilma preserva sua condição de favorita. Para o jogo virar a favor da oposição, é preciso haver uma combinação de fatores negativos para a candidata do PT como, por exemplo, surgimento de fato novo grave envolvendo o governo, abstenção elevada no Norte e no Nordeste, e/ou um desempenho muito ruim no último debate da TV Globo marcado para o dia 29/10.

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Debate na Record hoje

O debate entre os candidatos à Presidência da República que a TV Record vai promover hoje [25], às 23h, e que será transmitido ao vivo pelo R7, será decisivo para o resultado do segundo turno das eleições deste ano, marcado para o dia 31 de outubro. É o que dizem os principais coordenadores das campanhas de Dilma Rousseff (PT) e de José Serra (PSDB).

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, que coordena a campanha petista, afirma que o encontro na última semana de campanha será importante para os candidatos reafirmarem suas propostas. Ao R7, Dutra disse esperar que os ânimos estejam acirrados por conta da reta final, mas afirmou acreditar em um debate de alto nível.
- É claro que em um debate entre dois candidatos há um acirramento natural, o que não acontece no primeiro turno, quando há mais candidatos. Mas vamos debater projetos e esperamos que o candidato da oposição vá por essa linha.

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Que pergunta você faria a José Serra?

1 - Celiodivo Dias 
O Sr. abandonou o mandato de prefeito antes do fim e abandonou o mandato de governador antes do fim. Se o Sr. for eleito e abandonar o mandato antes do fim, por qualquer motivo, poderemos confiar no seu vice na presidência?
2 - Leda Casadei Iorio 
Serra, por que a UNE está com Dilma?
3 -  Geraldo Villar Sampaio Maia 
Que critérios o Sr. utilizou para a escolha do candidato à vice-presidência em sua chapa? Por acaso, o tipo de "política social" preconizada pelo Sr. Índio da Costa, autor de projeto-de-lei que prevê multa para quem dê esmola?
4 - Eliceu Vicente de Lima 
Serra, gostaria de você explicasse porque durante sua passagem pelo governo de São Paulo todas as CPI´s para invstigação de corrupção na Assembleia Legislativa foram arquivados?
5 - Eduardo
Cadê o teu diploma hem?!
6 - Fabiana diz
Guarulhos é a segunda maior cidade do Estado de São Paulo [é uma obsessão para os Tucanos!] Por quê o metrô ainda não chegou aqui ?
7 - Márcio Penante
Por que o seu partido nos 8 anos do ex-presidente FHC não construiu uma única Escolas Técnica?
8 - Debora Wanderkey
Por que o candidato Serra atribui aos migrantes a má qualidade da educação de São Paulo? O Brasil por acaso não é um País só? Ou ele não sabe que o que é problema no Norte e Nordeste afeta o Brasil todo? 
9 - Dirceu Alves
O Sr. alega que nada irá privatizar e é contra as privatizações. 
Porém no seu recente governo de Sao Paulo realizou licitação para avaliar e vender várias empresas estatais paulistas:
"Cesp, Sabesp, Nossa Caixa, Metrô, CDHU, CPTM, Dersa, EMAE, Cosesp, CPP, Cetesb, Prodesp, Imesp, EMTU, CPOS, IPT, Codasp e Emplasa".
Conseguiu vender a tempo apenas a Nossa Caixa, que daria maior retorno, não tendo tido tempo suficiente para vender as outras. A CESP foi impedida pelo governo federal a venda, devido ao aumento de preços de tarifas que o SR. pretenderia impor à população. Alias o aumento de tarifas foi uma constante em todas as privatizações de serviços que o Sr. realizou no governo FHC. O que o Sr. tem a dizer sobre suas declarações de que não é a favor das privatizações?
10 - Messias Franca de Macedo
“O SAMU implantado em nosso governo oferece um serviço excepcional à população brasileira! Considerando o caráter republicano das nossas ações, a manutenção do Serviço é cotizada da seguinte forma: 50%, recursos federais e o restante 50% a ser dividido pelo estado e município! Este acordo somente não é respeitado no maior e mais rico estado da Federação sob o governo tucano do qual o senhor fez parte ate há poucos dias! Por que o senhor enquanto governador do Estado de São Paulo não deu a contrapartida, sobrecarregado o município de São Paulo, e descumprindo um acordo hegemônico em todo o país?!”
11 - Marcelo Machado Alves
porque o Sr. FHC nunca está nas manifestações públicas ao lado dele, ao contrário dela que tem orgulho de ter o Presidente Lula ao seu lado sempre. Será que é vergonha? 
12 - Hag
Perguntaria sobre o acordo com o FMI no governo FHC, quando o FMI proibiu QUALQUER INVESTIMENTO em Saneamento básico, classificando-o como MERA DESPESA, a ser evitada, claro para privatizar depois. COMO ALGUÉM QUE ENTENDE QUE SANEAMENTO é "MERA DESPESA" pode querer discutir o próprio saneamento e suas consequências, como a Saúde Pública?
13 - Atiecher
O Senhor se diz economista: Explique essa sua formação e responda: O que achas da atual situação fiscal (contas públicas) do Brasil?
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Dilma - Governo paulista prefere estrangeiros à Petrobras

 Dilma cobrou do adversário José Serra, a tentativa do governo de São Paulo de barrar a compra, pela Petrobras, da Gas Brasiliano, fornecedora de gás natural no interior do estado.
No debate entre os presidenciáveis promovido hoje pela Rede TV e o jornal Folha de São Paulo, Dilma lamentou que o governo de São Paulo tenha feito oposição à compra, embora a Petrobras tenha oferecido o melhor preço na disputa.
Segundo ela, o governo paulista recorreu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a operação, o que poderia beneficiar uma empresa japonesa. Serra não respondeu à pergunta.
“Não entendo. O preço oferecido pela Petrobras era maior. E a Petrobras é uma empresa que todos os estados gostariam de receber seus investimentos. Preferem uma empresa estrangeira a Petrobras. E falam que gostam muito da Petrobras”, disse Dilma.
Ela lembrou a tentativa do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de mudar o nome da empresa para Petrobrax. “Queriam tirar o brás, que é a coisa mais brasileira, para agradar o mercado internacional.”
O candidato José Serra também não respondeu se manteria as estatais Eletrobras, Chesf, Furnas, Eletrosul e Eletronorte fora do processo de privatização. Como ministro do Planejamento do governo do PSDB, ele assinou o decreto que previa a venda dessas empresas. Segundo Dilma, o racionamento de energia vivido pelo Brasil nos anos 90 decorreu da falta de investimentos pela Eletrobras, que estava na fila da desestatização.
“Quando as empresas entravam no processo de desestatização, ficaram paralisadas. Como seriam vendidas, não podiam investir”, explicou Dilma.
Acompanhe aqui a cobertura diária da campanha de Dilma pelo Twitter.


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Bem antes da ultima curva

Ainda há muitas variáveis a considerar...


Vem aí mais um debate entre os candidatos a presidente. Em seguida comparecerá a pergunta inevitável: 
“Quem ganhou o debate?”.

Sites farão pesquisas online [com a obrigatória advertência de que os resultados não valem nada]. Spin doctors de ambas as campanhas inundarão os ouvidos dos jornalistas com impressões maravilhosas colhidas nos grupos qualitativos. Institutos de pesquisas quantitativas divulgarão resultados sobre o embate.

O problema é que “ganhar os debates” e “ganhar a eleição” podem, no fim das contas, revelar-se coisas bastante diferentes.

A corrida leva jeito de vir a ser definida por um contingente de no máximo dez milhões de eleitores, talvez metade disso. Se o candidato for superbem no debate para os demais 125 milhões mas muito mal no grupo em disputa, estará frito.

Claro que é só uma hipótese matemática, bastante improvável. Mas serve para ilustrar.

O grande desafio neste momento da corrida é identificar o eleitor flutuante e encontrar uma maneira de dialogar com ele.

Para o PT a linha parece desenhada. Na busca do punhado de votos que faltaram a Dilma Rousseff no primeiro turno, mais fácil seria recolhê-los entre quem é de esquerda, não votou na candidata de Luiz Inácio Lula da Silva, mas quer votar contra o PSDB. Daí a ênfase nas privatizações.

Para o PSDB, trata-se, desde o começo da corrida, de trazer para José Serra um monte de gente que gosta de Lula e do governo mas sente mais segurança na capacidade realizadora do candidato tucano. Ou não gosta do PT.

A missão da marquetagem tucana é bem menos trivial, e ela conseguiu atravessar os primeiros dois corredores poloneses: levou o candidato ao segundo turno e, pelo menos até agora, evitou que esta nova fase, decisiva, abrisse com o alargamento da vantagem de Dilma.

Agora é cabeça a cabeça, freio nos dentes, rumo ao disco final. Mas ainda não estamos na reta de chegada, nem ao menos na última curva. Há ainda algumas variáveis a observar.

Como funcionarão os acordos políticos nos estados, especialmente nos grandes estoques de voto do Sudeste?

No Rio de Janeiro as forças serristas estão bem debilitadas pela séria derrota no primeiro turno, e será preciso ver para onde irão os eleitores de Marina Silva. Mas o enigma maior encontra-se em São Paulo e Minas Gerais.

Nos dois estados será preciso verificar o efeito prático dos novos cenários políticos. Se no Rio a eleição de Sérgio Cabral no primeiro turno era óbvia, em SP e MG Lula investiu tudo para quebrar a hegemonia tucana. Não conseguiu.

Os polos políticos dos Bandeirantes e da Liberdade saíram reforçados da batalha inicial, e agora operam as naturais forças centrípetas. Vai funcionar?

Se funcionar, Serra terá a oportunidade não apenas de atrair votos dados a Marina Silva, mas de sangrar a caixa d’água da candidata do PT. Se não, a reta final estará aberta para o PT.

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Dilma 54,5% Serra 45,5% dos votos válidos aponta Vox populi

 Dilma, mantém a dianteira na preferência do eleitorado neste segundo turno, aponta nova pesquisa Vox Populi/iG divulgada nesta quarta-feira. 
O levantamento, primeiro realizado pelo instituto na segunda etapa da eleição presidencial, dá a Dilma 48% das intenções de voto, contra 40% registrados pelo adversário tucano José Serra.
Brancos e nulos totalizaram 6%, mesmo índice de indecisos. Se forem considerados somente os votos válidos, Dilma tem 54,5%, enquanto Serra ficaria com 45,4%. O número exclui da conta tanto os votos em branco ou nulos, quanto os indecisos. Esta última fatia do eleitorado, entretanto, ainda pode migrar para um ou outro candidato até a data da eleição.
A pesquisa Vox Populi/iG contou com 3.000 entrevistas, realizadas entre os dias 10 e 11 deste mês, em 214 municípios. A margem de erro da pesquisa é de 1,8.
A pouco menos de três semanas da eleição em segundo turno, a avaliação positiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva somou 78%. Na amostra, 17% consideraram o desempenho de Lula regular e 4% o avaliaram negativamente. Não souberam ou não responderam 1% dos entrevistados.
Debate
O levantamento mediu também o impacto do último debate entre presidenciáveis, realizado no último domingo pela Band. Entre os entrevistados, 22% disseram ter assistido ao debate, enquanto 77% disseram não ter visto o programa. Entre os que não assistiram, 39% disseram ter ouvido falar do debate e 60% não ouviram falar.
Entre os que assistiram ou tomaram conhecimento do debate, 37% disseram acreditar que Dilma saiu vitoriosa do confronto. Outros 32% deram a Serra a vitória no debate, enquanto 31% não souberam ou não responderam.
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Ameaçado, José Serra vira amigo de Paulo Preto

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Não é que Serra tenha voltado a se comportar como "biruta de aeroporto" no caso Paulo Preto [4 milhões de caixa 2]. 


É que Paulo Preto arrecadou dinheiro para a campanha do PSDB e conhece o caminho da pedras. Segundo denúncia de uma ala tucana, teria fugido com R$ 4 milhões, conforme reportagens publicadas pela revista IstoÉ veja matéria, pela Folha de S.Paulo e por onlines.

O engenheiro é ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A - DERSA (estatal responsável por obras viárias no Estado) e coordenou a execução de grandes obras do governo José Serra, entre as quais o Rodoanel. Paulo Preto, conforme registrou a IstoÉ, é investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de que teria recebido propina da Construtora Camargo Corrêa. Ele integrou, também, como assessor, o governo Fernando Henrique Cardoso/José Serra.

O candidato tucano ao Planalto inicialmente tentou fugir do assunto ignorando pergunta da candidata Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) no debate na Rede BAND. Na ocasião não disse uma palavra a respeito. Aliás, o mesmo comportamento adotado em relação ao lembrete da petista sobre a frase da professora Mônica Serra (mulher do candidato tucano), de que Dilma "defende matar criancinhas". José Serra não defendeu nem a própria esposa.

José Serra se diz amigo de Paulo Preto. Este nega
No caso Paulo Preto, no debate e nos dias seguintes, José Serra primeiro fingiu ignorar o assunto. Depois obrigado a falar despistou passando que nem conhecia o engenheiro, simulando até que nunca ouvira falar sobre ele. Caiu do cavalo. A partir de ontem, ameaçado por Paulo Preto em uma entrevista à Folha de S.Paulo, o presidenciável tucano refrescou a memória: não só admitiu conhecê-lo, como passou a elogiá-lo. José Serra agora tenta enquadrar a questão como Caixa Dois (doação de empresas). Quase reconhece que houve isso.

"Ele (José Serra) me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao país, ele tem que responder (...a meu respeito). Acho um absurdo não ter resposta, porque quem cala consente", aconselhou Paulo Preto em entrevista à Folha publicada ontem (veja), completada com um recado-ameaça, mais claro impossível: "Não se larga um líder ferido na estrada. Não cometam esse erro".

Além de José Serra, também tem que responder a respeito o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira Filho (PSDB-SP), apontado em todas as matérias como patrono da estada de Paulo Preto nos governos tucanos paulistas. Os dois, fora o fato de serem amigos, têm estreitos laços políticos de longa data, inclusive uma filha do engenheiro emprestou R$ 300 mil para Aloysio comprar um apartamento no bairro paulistano de Higienópolis.

Aloysio, maior amigo do pivô do escândalo, sumiu
Aloysio não se manifestou antes e inexplicavelmente sumiu de vez no momento em que o assunto voltou. O novo senador foi acompanhar o debate José Serra x Dilma na BAND, mas logo no início, no momento em que a petista mencionou o nome do engenheiro, Aloysio levantou-se, foi embora e não mais foi visto. Desde então, nas vezes em que foi contatado, Aloysio informa que não vai se manifestar.

Obrigado a voltar ao caso em função das ameaças de Paulo Preto, José Serra deu uma guinada de 180º: agora diz que não só conhece o engenheiro, mas que é seu amigo e que ele é correto e inocente, conforme afirmou em coletiva ontem, após assistir a missa na Basílica Nacional de Aparecida do Norte (SP) no dia da padroeira do Brasil.

"Não somos amigos", esclarece o engenheiro à Folha. Além das explicações devidas pelo fato de ir de um extremo a outro no caso - não conhecia o engenheiro e agora é seu amigo desde criancinha - José Serra acumula agora um alto passivo de esclarecimentos sobre Paulo Preto e as relações entre ambos, bem como sobre os vínculos entre o engenheiro e o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira Filho.

José Serra, no caso, deve explicações: sobre o sumiço - ou a denúncia da ala tucana - de R$ 4 milhões e o fato disso ser imputado a Paulo Preto; sobre os vínculos do engenheiro com Aloysio na época em que este era chefe da Casa Civil de seu governo; sobre a denúncia da Istoé, de que o acusado teria arrecadado R$ 4 milhões para a pré-campanha e desaparecido com o dinheiro; sobre a prisão de Paulo Preto, em junho passado, pela polícia tucana paulista, em uma loja da Gucci, sob a acusação de receptação de um bracelete de brilhantes furtado da grife italiana; e sobre as implicações do engenheiro na Operação Castelo de Areia.

E o tucano sabia com quem lidava
O candidato tucano nem poderá dizer que enfrenta esta saia justa por falta de aviso. Seu sucessor no governo paulista, Alberto Goldman (PSDB), segundo a Folha de S.Paulo de hoje, já o havia alertado em novembro passado de que Paulo Preto era incontrolável "vaidoso" e "arrogante".

Em e-mail enviado ao então governador José Serra (e também ao secretário estadual de Transportes, Mauro Arce) e publicado hoje pelo Folhão, Goldman já avisava: "(Paulo Preto) fala mais do que deve, sempre".

Goldman tratava de entrevistas concedidas por Paulo Preto (na véspera do envio do e-mail) relativas à queda de vigas no trecho Sul do Rodoanel paulistano e constatava: "É impossível uma entrevista com o Paulo sair bem". Conforme o publicado pela Folha, em seguida, Goldman justifica-se: "Não (...) tenho qualquer poder de barrar ações. Mas tenho o direito e a obrigação de opinar e tentar evitar desgastes desnecessários".

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Por que a guinada de Dilma no debate da Band era indispensável para a busca da vitória

Dilma desenhou um novo cenário para o segundo turno.

Como Serra-2010 reproduz, no Brasil, a irracionalidade e a mobilização de ressentimentos que caracteriza o Tea Party, nos EUA. Quais as perspectivas para as eleições, agora
por Antonio Martins, no Outras Palavras / Imagem: Paul Klee, Paisagem Pedregosa
I.
O momento da guinada
Surpreendente, a candidata que lidera as intenções de voto abriu sua participação escancarando a “campanha de calúnias e mentiras” lançada contra si mesma. Tomou a iniciativa de introduzir o tema do aborto – principal peça usada pelos adversários para fustigá-la. Ousou referir-se à esposa de seu oponente, apontando-a como parte dos ataques (e não foi contestada…). Depois, partiu para o território mais desejado: as privatizações, ausentes da campanha até agora, foram tema de três perguntas em sequência, e certamente polarizarão as discussões, daqui para a frente.

Pouco traquejada em debates televisivos, Dilma Roussef teve momentos de nervosismo e lapsos, na noite do último domingo (10/10), primeiro confronto com José Serra após o primeiro turno. Mas ao final, havia alcançado dois objetivos. O mais visível foi retomar a iniciativa e voltar a pautar a disputa presidencial, depois de quase um mês apenas “segurando o resultado” e da frustração por não liquidar a disputa em 3 de outubro. Menos evidente, porém ainda mais importante, foi ter exposto a face pouco convencional – e por isso surpreendente e perigosa – da “nova” direita que a candidatura de José Serra articula. A frase que sintetiza esta descoberta ficará marcada. “Vocês estão introduzindo ódio na vida brasileira”.

A reação de Dilma respondeu a uma emergência. Estacionado por meses no patamar de 25% dos votos, incapaz de despertar entusiasmo ou simpatia durante toda a campanha, José Serra mostrou que não estava morto a partir de meados de setembro. Os ataques subterrâneos que lançou contra a candidata petista foram incapazes de lhe transferir votos. Mas provocaram o segundo turno, porque um grande contingente de eleitores atingidos refugiou-se em Marina (leia também nossa análise análise sobre 3/10).

Embora tenha conquistado menos de 1/3 das preferências dos eleitores, o candidato do PSDB viu-se, de um momento para outro, em condições reais de se tornar presidente. Tal possibilidade foi demonstrada pela primeira pesquisa de intenção de votos para o segundo turno, do Datafolha. Em 7 e 8 de outubro, menos de uma semana após a primeira disputa, Serra avançara pouco: tinha 41% das intenções de voto, contra 40% na sondagem anterior. Mas Dilma caíra de 52% para 48%. A diferença estreitara-se cincos pontos – reduzindo-se a apenas sete. Para entender como tal reviravolta foi possível, é preciso examinar a fundo, a à luz dos novos fatos, as características da campanha de Serra.
II.
Uma estratégia de despolitização radical
Subestimada durante meses, por fugir inteiramente à lógica das disputas políticas clássicas (e do que se esperaria de alguém com o passado do candidato), a trajetória do candidato tucano começa agora a fazer sentido. Inspira-se no Tea Party, a ultra-direita norte-americana que reemergiu com enorme força, em resposta à eleição de Barack Obama – e que tem como ícone Sarah Palin… Seu perfil não se confunde nem com o da direita clássica (que defendia com sinceridade as ideias conservadoras), nem com o do neoliberalismo (que postulava como valor máximo a supremacia dos mercados).

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