Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Blog do Charles Bakalarczyk: A quadratura da Terra

Blog do Charles Bakalarczyk: A quadratura da Terra: Na Idade Média, pelas mãos da Igreja Católica, acreditava-se que a Terra era quadrada (ou plana) e, além disso, o nosso planeta era o cen...

Declaração de amor para meu amado Joel (Vida)


Queria ser uma folha de papel em branco, para que você pudesse escrever tudo o que o seu coração quer dizer. Assim você poderia expressar em mim, todos os seus sentimentos de amor.

Meu amor, minha vida, grito ao mundo o verdadeiro motivo que me faz viver feliz. Você é o motivo de tanta satisfação e realização no meu dia a dia.


Quero você ao meu lado por toda a eternidade. Estou entregue totalmente nesse relacionamento maravilhoso, e por um amor sincero de dois seres que sabem o que querem.

Querido, eu te amo hoje e sempre

por Marcos Coimbra

 

Xadrez Nacional

Existe alguma cidade, em especial, em que a eleição municipal de 2012 precisará ser acompanhada de perto por quem se interessa pela presidencial de 2014? Onde tudo que vai acontecer, no ano que vem, poderá ser relevante, desde as movimentações preliminares aos resultados finais?

Talvez seja cedo para responder, mas parece que sim. Muitas cidades passarão por eleições que poderão ter impacto na política nacional, reforçando ou enfraquecendo lideranças, aproximando partidos ou provocando rupturas entre eles. Em uma, no entanto, o significado deverá ser maior.

É em Belo Horizonte que os primeiros lances da próxima eleição presidencial serão jogados para valer. Por uma razão: o principal candidato das oposições, o senador Aécio Neves, é um ator decisivo na sucessão da capital mineira.

O que Aécio vai fazer (ou deixar de fazer) em Belo Horizonte, em outubro de 2012, tem consequência direta na montagem do tabuleiro da eleição de 2014. Esse é o motivo da escolha do próximo prefeito da cidade ser especialmente significativa.

A afirmativa pode soar estranha para quem está acostumado a achar que a eleição do prefeito de São Paulo é sempre a mais importante. Por ser a maior cidade, a capital do estado mais rico, aquela com o maior orçamento, muita gente supõe que a escolha de seu prefeito tem impacto decisivo nas eleições presidenciais.

Não precisamos ir muito longe para verificar que a hipótese não se sustenta. Ganhar ou perder em São Paulo, na eleição de prefeito, não quer dizer nada (ou quase nada) para a eleição presidencial subsequente.

Assim foi em todos os casos desde a redemocratização, seja nas vitórias tucanas ou nas petistas (os candidatos a prefeito do PSDB foram derrotados em 1992 e 1996, e Fernando Henrique venceu em 1994 e 1998; os do PT perderam em duas -2004 e 2008- das três que antecederam as vitórias de Lula e Dilma).

Quem também pode estranhar o raciocínio são os que apostam que Serra será o candidato tucano em 2014. Para essas pessoas, é perda de tempo prestar atenção naquilo que Aécio faz.

Na capital de seu estado, ele se defrontará com uma situação até certo ponto parecida com a que estava à frente de Serra em 2008: lançar candidato próprio, egresso do PSDB (ou de qualquer um dos diversos partidos a ele ligados na política estadual) ou apoiar a reeleição de Marcio Lacerda, o atual prefeito.

Serra havia começado a fazer seu jogo na eleição de 2004, quando compôs chapa com Gilberto Kassab, então um jovem quadro pefelista. Seu objetivo era tranquilizar os setores conservadores e de direita, que o viam (naquela época) como excessivamente estatista e anti-liberal. Pensava, é claro, em aliar-se a eles em alguma eleição presidencial, seja na de 2006 (da qual acabou desistindo) ou de 2010.

Quando Kassab resolveu disputar a reeleição (o que era previsível), ele o apoiou, apesar de seu partido ter candidato. Em um gesto que deixou indignada a mídia serrista, Alckmin cometeu um crime de lesa-Serra e contrariou os planos do governador. Perdeu, Kassab ganhou e Serra ficou como o grande arquiteto da vitória, consolidando suas pontes em direção à direita. Acabou com o Índio.

Na eleição de 2008 em Belo Horizonte, Aécio fez diferente. Moveu-se para a esquerda, aliando-se ao prefeito Fernando Pimentel, do PT. Juntos, apresentaram um mesmo candidato, Marcio Lacerda, filiado ao PSB (por orientação de Aécio). Seu companheiro de chapa foi indicado pelo PT.

Marcio faz uma gestão aprovada pela grande maioria da cidade e é um natural candidato à reeleição.

Qual vai ser o comportamento de Aécio? Na eleição mais visível do estado onde está sua base eleitoral, voltará a apoiar um candidato do PSB? Insistirá em uma aliança à esquerda, consolidando seus vínculos com lideranças como Eduardo Campos e Cid Gomes? Ou vai conduzir o PSDB para uma candidatura própria e buscar uma composição mais ao centro ou à direita?

Se apoiar Marcio, como será a convivência com o PT mineiro? E que consequência terá uma vitória do atual prefeito na sucessão estadual em 2014, quando Anastasia não poderá concorrer e Aécio, muito provavelmente, disputará a Presidência da República pelo PSDB?

Quem dividiria o palanque com ele, como candidato ao governo do estado?

É esperar para ver. Pelo que tudo indica, em Belo Horizonte, um capítulo importante de 2014 começará a ser escrito dois anos antes.



Drogados crônicos: internação compulsória já

Há um debate no governo sobre a atitude diante dos usuários de drogas crônicos que moram nas ruas, ou ali permanecem a maior parte do tempo. A discussão é deixá-los onde estão ou interná-los, mesmo contra a vontade.
 
Não é polêmica nova. Ela já existe nos níveis municipal e estadual. Pois a  encrenca costuma estourar mesmo é na mão de prefeitos e governadores.
 
Mas cai bem que a coisa venha para o plano federal. A droga está longe de ser problema localizado.
 
Fará certo a presidente Dilma Rousseff se resolver incluir a internação compulsória na política nacional para o tema. A droga nesse nível de consumo e degradação é doença grave e precisa de tratamento.
 
Manter na rua alguém afetado em tal grau é foco de disseminação do problema, e precisa portanto ser atacado.
 
E seria um passo vital para desglamurizar o consumo.
 
O debate sobre a droga entre nós recebe atenção e espaços crescentes. O problema avança e anda de mão dadas com a violência e a criminalidade. Já foi ao arquivo a ideia ingênua de que o crime é função principalmente da pobreza.
 
Qualquer mapa da pobreza mostra não ser assim. As áreas mais pobres não são as de maior número proporcional de crimes, ao contrário.
 
Os rankings são liderados pelas regiões de mais crescimento econômico, e portanto com dinâmicas superiores na oferta de oportunidades e renda.
 
No governo Luiz Inácio Lula da Silva as regiões urbanas do Nordeste lideraram em dois quesitos: crescimento “chinês” da economia e explosão dos índices de criminalidade.
 
Se o crime decorre principalmente da pobreza e da falta de oportunidades, como explicar que onde mais cresce a economia é também onde mais acelera o banditismo?
 
Não vale dizer que a causa está no aprofundamento da desigualdade, pois este governo reivindica ter feito o contrário, ter promovido crescimento com desconcentração de riqueza.
 
O crime é, estatisticamente, fruto do cruzamento entre a oportunidade de delinquir e uma menor probabilidade de punição. Encontra ambiente favorável onde sobe a disponibilidade de dinheiro e onde decresce o risco de ser punido pela infração.
 
E quando as duas coisas andam juntas, então...
 
O consumo cria o mercado para o tráfico de drogas, que produz em paralelo o mercado para o tráfico de armas. E não haverá como combater um elo da cadeia sem enfrentar os demais.
 
A leniência diante do consumo das drogas frequenta o noticiário e os debates intelectuais. Tem sido em tempos recentes passaporte seguro para políticos desejosos de uma recauchutagem “progressista”.
 
É tática confortável, pois não precisam nesse tema enfrentar banqueiros, latifundiários ou potências neocoloniais para desfilar como portadores de teorias supostamente avançadas.
 
Já para o país, importa mais é proteger nossos jovens da contaminação, combater a criminalidade, cuidar das fronteiras por onde passam as drogas e as armas. Coisas assim.
 
E não haverá como fazê-lo sem atacar o consumo.
 
Sobre o México, por exemplo, uma ideia errada culpa a repressão por explodir a violência na guerra contra o narcotráfico. Mas até este governo americano, o mais liberal (na acepção deles) da História, já admitiu: o gigantesco mercado ao norte do Rio Grande é quem abastece a guerra civil ao sul. 

Neoconcreto: a teoria não produz uma obra de arte

1233017610_ferreira_30.jpgpor Ferreira Gullar

Todas as pessoas, informadas nesse terreno, sabem que fui eu quem inventou o nome "neoconcreto", propus que criássemos um movimento com esse nome e escrevi o Manifesto Neoconcreto e a teoria do não objeto.

É verdade, também, como tenho dito, que nada disso teria sido possível nem teria consequências efetivas se se tratasse apenas de sacações minhas: de fato, não fiz mais do que formular o que já estava sendo criado pelos pintores, escultores e poetas que constituíam, àquela época, o grupo de concretistas do Rio de Janeiro.

E só por isso aquele movimento deu certo, marcando um momento de nossa história artística. Certamente, a tomada de consciência do processo de criação que o nosso grupo realizava foi um fator decisivo para o desdobramento que teria, pois era necessário que alguém formulasse teoricamente aquilo.

Coube a mim fazê-lo por ser eu, além de membro do grupo como poeta, também teórico e crítico de arte.

Sabemos todos, porém, que não é a teoria que produz as obras de arte, muito embora o processo criador exija a consciência crítica.

Desse equívoco estão cheios os manifestos dos diferentes movimentos de vanguarda do século 20, que, a exemplo dos manifestos políticos, prometem coisas que jamais serão realizadas.

Já o Manifesto Neoconcreto caracterizou-se por não fazer promessa nenhuma. Trata-se de um texto nascido da constatação do que estava sendo realizado: nos trabalhos de Lygia Clark, Amilcar de Castro, Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Aluisio Carvão, Lygia Pape e dos poetas do grupo, algo surgira que diferia da concepção concretista herdada de Max Bill e dos conceitos da Escola de Ulm.

O fator principal dessa diferença era, no caso dos cariocas, o predomínio da busca intuitiva, ainda que sem romper com o rigor construtivo que caracterizava a arte concreta. A teoria do não objeto, por exemplo, surgiu como consequência de um trabalho de Lygia Clark que ela não sabia como classificar. Não era escultura, não era pintura, não era relevo. Entendi que era um objeto, mas um objeto sem função: só significação. Daí chamá-lo de "não objeto".

Disse, certa vez, que o primeiro "Bicho", de Lygia Clark, se inspirara no meu livro-poema "fruta". Mas observei, nesse mesmo texto, que era uma característica do nosso grupo a troca permanente de ideias e experiências, uma vez que estávamos frequentemente juntos a mostrar uns aos outros o que realizávamos.

A experiência neoconcreta foi muito rica, porque, particularmente no terreno das artes plásticas, levou às últimas consequências uma linha de experiência estética que começou no cubismo.

Esse processo de vanguarda terminou por desintegrar a linguagem artística. Resumindo: um dos objetivos surgidos dessa busca - a criação de uma arte não figurativa - conduziu Casemir Malévitch a pintar o quadro "Branco sobre Branco", que, a meu ver, estava a um passo do fim da pintura: a tela em branco. A saída que encontrou, então, foi abandonar a tela e partir para construções no espaço tridimensional, que chamou de "Construções Suprematistas".

Pois bem, Lygia, por outros caminhos, também chegou à tela em branco e - embora ignorando o que fizera o artista russo - partiu também para as construções no espaço tridimensional, que são os "Bichos".

Mas Lygia, antes de dar esse passo, desistira de pintar e passara a agir materialmente sobre o quadro, criando o que chamaria de "Casulos". Foi então que fiz os livros-poema, também para superar um impasse com que me defrontara ao escrever o poema "verde relva".

Ao ver que o leitor, diante da repetição da palavra verde, não lia o poema palavra por palavra, como eu pretendia, decidi escrevê-lo no verso das páginas, para obrigá-lo a isso. Intitulei-o de livro-poema porque ali poema e livro eram uma coisa só. O livro-poema "fruta" já não era um livro, embora feito em papel: o leitor o abria como se abrisse uma fruta, gomo por gomo.

Ao vê-lo, Lygia percebeu nele a solução para o impasse a que chegara e criou os seus "Bichos". No livro-poema, o manuseio não era invenção, já que livro é manuseável; nos "Bichos", sim.

Por isso mesmo o defini como "um ser novo no universo da arte". Era fascinante esse diálogo da poesia com as artes plásticas.
 


Rio de Janeiro - Bonde descarrilado

Um total de 53 pessoas ficaram feridas e outras cinco morreram após o descarrilamento de um bonde, ontem, no bairro Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Dentre os feridos, oito eram cearenses. Destes, 2 ficaram feridos gravemente.

O Igor Bonfim, que é mestrando da UFC, teve que passar por uma cirurgia de traumatismo craniano,  E Daniele Soschetti também está internada.

Os estudantes participavam XXVI Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE). "Todos nós estamos muito abalados, foi um choque. Estávamos em um congresso e fomos passear em Santa Teresa", comenta a jovem.

Nacional

De acordo com a Secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro, 28 pessoas deram entrada no Hospital Souza Aguiar, no Centro. A secretaria informou que há feridos com necessidade de cirurgia, mas não há informações sobre a quantidade de casos. Ainda segundo a secretaria, duas das cinco vítimas que morreram chegaram a ser levadas para hospitais, mas não resistiram aos ferimentos.

A assessoria de imprensa do órgão, acrescentou que a maior parte dos feridos foram para o hospital Souza Aguiar, no Centro, e os demais para os hospitais Miguel Couto, na Gávea, Salgado Filho, no Meier, e Andaraí.

O secretário de Transportes, Julio Lopes, esteve em Santa Teresa à noite e lamentou o acidente, que, segundo ele, representa uma tragédia para o turismo na cidade. Lopes disse que o serviço de bondes no bairro ficará suspenso até que sejam apuradas as causas.

Lopes foi vaiado ao chegar no local do acidente, admitiu que o bonde passava por reformas, mas informou que os reparos ainda não tinham sido concluídos. Segundo ele, há informações de que o bonde estaria super lotado.

"A questão da superlotação e do uso inadequado é algo que nos preocupa muito e temos informações preliminares de que o bonde estava muito cheio. Foi uma fatalidade, uma tragédia", comentou o secretário.


--