A colunista Suzanne Moore, do jornal britânico The Guardian, se envolveu em uma polêmica neste início de ano após publicar um artigo no site da New Statesman sobre a atual situação das mulheres no mundo.
Ao descrever a “raiva” feminina por enfrentar uma série de desafios em suas vidas (impactadas mais de que a dos homens pela crise global), Moore disse que as mulheres “têm raiva de si mesmas por não serem mais felizes, por não serem amadas de forma apropriada e por não terem o corpo ideal – o de uma transexual brasileira”.
O texto foi publicado no dia 8 deste mês, e gerou uma onda de protestos nas redes sociais, com reclamações de que a colunista havia sido preconceituosa.
No dia seguinte, Moore publicou um novo texto, dessa vez no Guardian, em que tentava se explicar e alegava não ter preconceito. “Não me importo se você nasceu uma mulher ou se tornou uma”, dizia no título, sem mencionar a escolha do Brasil como referência para o texto original.
O caso não se encerrou ali, e Moore precisou pedir desculpas de forma mais direta, o que foi noticiado por um portal de notícias europeu voltado à comunidade gay, o Pink News. Segundo o texto, um dos motivos para protestos é que a comunidade transexual do Brasil é frequentemente vítima de atos de violência, e o texto original era visto como ofensivo ao grupo.
Por +Daniel Buarque