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Gospel

Diz que o padre estava dando confissão. Já cansado da mesma ladainha de sempre, este tinha pregado dentro do confessionário um papel, uma lista, com todos os pecados possíveis e correspondentes penitências. Então, quando chegava o fiel e dizia:

- Padre, traí minha mulher. 


O padre nem titubeava, olhava a lista, procurava adultério e vendo ao lado a devida penitência, respondia: 


- Quatro Pai-nossos e dez Ave-marias! 


Um dia, no meio dessa lengalenga, deu uma vontade imensa de cagar. Não tinha solução. Tinha que sair dali de qualquer maneira. Como a fila de fiéis para confissão estava imensa, ele fez o seguinte: abriu a porta do confessionário, chamou o faxineiro da igreja - que estava por ali... - e pediu que este último ficasse no seu lugar. Era simples, disse o padre: 


- Basta você escutar o pecado, procurar a penitência, dize-la ao fiel e pronto! O faxineiro ficou ali escutando. Vinha um e dizia: 


- Padre, roubei dinheiro na minha empresa! 


O faxineiro pensava, vamos ver quanto o padre dá pra roubo. Procurava na lista e respondia: 


- Meu filho, reze seis pai-nossos e cinco ave-marias. Vá em paz. 


Outro entrava e dizia: 


- Padre, dei porrada na minha mulher. 


O faxineiro, vamos ver quanto o padre dá pra porrada na mulher. Procurava na lista e respondia: 


- Meu filho, reze oito pai-nossos e dez ave-marias. Vá em paz. 


Até que chegou um que disse: 


- Padre, padre, fiz sexo oral com minha mulher!!! 


O faxineiro procurou na lista e não achou nada sobre sexo oral. Não sabendo o que fazer, abre a porta do confessionário e pergunta pro coroinha que está por perto: 


- Ei, Paulinho, você sabe quanto o padre dá pra sexo oral??? 


Ao que o menino responde: 


- Uma Coca-cola e dois biscoitos!

Casamento Civil entre homossexuais

STF garante direitos iguais ao dos heteros

Os ministros do Supremo Tribunal Federal do Brasil aprovaram nesta quinta-feira (5) uma histórica decisão que dá direitos civis iguais a casais homoafetivos e heterossexuais. A decisão favorável à união estável garante, a partir de agora, 111 direitos aos casais de mesmo sexo que, até então, lhes eram negados. Entre eles, estão a possibilidade de adotar crianças e de receber a herança do parceiro. O único dos 112 direitos que continua restrito aos heterossexuais é o direito ao casamento civil


A votação teve 10 votos favoráveis, nenhum contrário à união civil e a abstenção de José Antônio Dias Toffoli. Participaram os ministros Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso, bem como as ministras Cármen Lúcia Antunes Rocha e Ellen Gracie. Todos acompanharam o entendimento do ministro Ayres Britto para excluir qualquer significado do artigo 1.723, do Código Civil, que impeça o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar.

“Esse momento é um momento de uma travessia. Uma travessia que o legislador talvez não queria fazer, mas que esta suprema corte acenou, através do belíssimo voto do (ministro) Ayres Britto, que está disposta a fazer. É hora de fazer a travessia, e se nós não ousarmos fazê-la, teremos ficado para a eternidade à margem de nós mesmos”, afirmou, em seu discurso, o ministro Luiz Fux. 

A seção havia sido iniciada na quarta, mas foi interrompida por causa do longo e elogiado discurso do ministro Ayres Britto, relator das duas ações que consideraram inconstitucional o não direito à união estável entre casais homoafetivos. “Nada incomoda mais as pessoas do que a preferência sexual alheia, quando tal preferência já não corresponde ao padrão social da heterossexualidade”, afirmou Britto, o primeiro a votar a favor da medida. 

A ministra Cármen Lúcia usou Guimarães Rosa para construir sua arguição, e afirmou que “todas as formas de preconceito merecem repúdio”. “A vida é do outro e a forma escolhida para se viver não esbarra nos limites do direito. O direito existe para a vida; não é a vida que existe para o direito”, afirmou. 

Dois votos foram feitos com ressalvas, os dos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ambos aprovaram a união estável entre homossexuais, mas atentaram para consequências sociais que, segundo eles, a medida pode trazer. “Reconhecida a união homoafetiva como unidade familiar, aplica-se a ela as regras da união heterossexual”, afirmou Lewandowski. 

Já o ministro Joaquim Barbosa disse que “o reconhecimento dos direitos das relações homoafetivas está entre os direitos fundamentais”, e afirmou também que o Brasil vive um descompasso entre a realidade do mundo moderno e o pensamento conservador de uma parcela da sociedade. Para ele, deve ser sempre lembrado “o principio de igualdade humana” para se julgar casos como o da união homoafetiva.

Curso

[...] de laudo pericial

Objetivos
O Curso de Laudo Pericial visa Transmitir ao profissional, uma maior segurança no momento de elaborar seus primeiros Laudos Periciais ou Pareceres Técnicos.


Público Alvo
Este curso é direcionado a profissionais de diversas áreas do conhecimento, ex alunos e associados... todos os profissionais de qualquer área do conhecimento que estão em busca de novos desafios, e desejam obter maior aprendizado sobre conceitos teórico e práticos da confecção de laudos periciais.


Conteúdo programático
» Introdução.
» Conceito.
» Fases da Perícia Judicial.
           » Fase Preliminar;
           » Fase Operacional;
           » Fase Final.

» Apresentação do Laudo Pericial.
» Elaboração do Laudo Pericial.
» Conhecendo o objeto da Perícia.
           » Identificar os fatos objetos da Perícia;
           » Analisando os Quesitos;

» Elementos da Perícia.
           »Termo de diligências;

           »Retorno de informação da parte;
           »Obtendo elementos com terceiros;
           »Pedido de prazo e elementos com  juiz; 
»Estrutura do Laudo Pericial.
           »Elaboração do laudo;
           »Encaminhamento;
           »Abertura;
           »Considerações preliminares;
           »Diligências realizadas;
           »Procedimentos Técnicos;
           »Quesitos e respostas;
           »Considerações Finais;
           »Encerramento;
           »Assinatura do Perito;
           »Anexos e Documentos;
»Estética do Laudo Pericial.
           »Forma Gráfica;
           »Fácil leitura;
»Requisitos do Laudo Pericial.
           »Objetividade;
           »Rigor Tecnológico;
           »Consição;
           »Argumentação;
           »Exatidão;
           »Clareza;
»Limites do Perito.
»Modelos de Laudo Pericial.
Data: 31/05 e 01/06 
Horário: 19:30 às 22:00

Ana Torres 
Atendimento de cursos

Conselho Nacional dos Peritos Judiciais da República Federativa do Brasil
Rua Engenheiro Adel,80 - Tijuca
Rio de Janeiro- RJ.
Tel.:             (21) 2234-2401      
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Terrorismo

O povo americano comemorou, com festas nas ruas, o assassinato, a sangue frio, por 40 homens fortemente armados, de um adversário político, abrigado em território estrangeiro invadido pelas tropas ianques, trucidado, desarmado, na presença da filha de 12 anos. Seu esconderijo foi conseguido, segundo fontes oficiais, graças à tortura de prisioneiros políticos em prisões americanas, situadas fora de seu território.

Cadáver
Ninguém acredita no governo dos Estados Unidos desde que seu presidente (o anterior) mentiu, acusando Saddam Hussein de deter armas de destruição em massa. Hoje não se crê, sequer, que Bin Laden haja morrido.

Crime sem corpo
Por que os americanos não têm coragem de mostrar fotos do cadáver de Bin Laden? Porque ele foi espezinhado pelas tropas de 40 militares altamente treinados, que o mataram, quando podiam, tranquilamente, tê-lo prendido e submetido a julgamento?

Mentira
Todos vimos que a morte de Bin Laden foi vista pelo presidente Obama, ao vivo, em seu gabinete, ao lado do ministério. Agora, outra mentira. Dizem que ele não viu o trucidamento, a sangue frio, do adversário desarmado. Só se fechou os olhos na hora da execução.

Temor
Os americanos deixaram de festejar o assassinato depois que se aperceberam de que vinganças terríveis poderão advir para seu território e seus compatriotas da parte dos órfãos, viúvas e vítimas do Exército americano. Não só os filhos de Bin Laden. Também os que estão sendo massacrados no Iraque, na Líbia e no Afeganistão. Viram que outras torres poderão cair, por conta do ódio que suscitam no mundo, por sua brutalidade, seu desrespeito aos direitos humanos, sua insubordinação às leis internacionais.

Terrorismo

Depois do ato terrorista patrocinado pelos EUA no Paquistão contra o terrorista Osama Bin Laden, é bom que os responsáveis pela entrega do Nobel da Paz a Barak Obama, pensem seriamente em conceder nobre honraria in memoriam ao sr. Adolfo Hitler...

Agente funerário

[...] Seu Maciel quando era perguntado o porquê de gostar tanto de pegar na alça do caixão e levar o defunto até a cova, era categórico:
- Desde rapazinho que peguei o gosto de acompanhar tudo que é defunto!
 Um menino entrou na bodega onde estava o seu Maciel e falou aos berros:
- Socorro, acuda, o seu Pacheco tá passando mal!
- O que é que ele tá sentindo? Fala, menino!
- Eu num sei direito! Mas a mulher dele disse que ele tava todo entortando!
- Então o caso é grave! Eu vou logo providenciar o meu paletó!
- Mas seu Maciel, o homem ainda num morreu!
- Num morreu, mas vai morrer! Essa doença antigamente era chamada de trombose!  Agora é AVC!
- E como o senhor sabe se num tá lá?
- Meu colega, eu tenho mais de 60 anos de experiência! Mas dá licença que eu vou ter que falar com a Valdenora pra deixar minha roupa toda nos trinques!
Algumas horas depois, o Pacheco veio a falecer. O pessoal que estava na bodega comentava:
- Até o nome da doença ele acertou!
- Gente, se eu adoecer num vá dizer nada pra ele não! É um agourento de primeira!
- Já até me disseram que ele se veste de acordo com o que defunto foi na vida!
 Em casa, o seu Maciel  indagava à mulher:
- Valdenora, qual é o que fica melhor pra pegar na alça do caixão do Pacheco! Ele era capitão da Polícia!
 - Eu acho que essa gravata verde oliva vai bem demais! A calça também tem que ser da mesma cor! E o paletó para ficar tom sobre tom!
  O caixão saiu pelas ruas do bairro, já que o cemitério era próximo.
O homem já estava impaciente. Já avistava o cemitério  mas nada de pegar na alça do caixão.
Sempre que insistia levava um não:
- Obrigado, não é preciso!
  O homem foi se irritando. E quando tentou pela última vez e recebeu mais um não, se invocou.
 Parou e falou bem alto:
- Podem enterrar esse defunto fedorento! Eu já enterrei foram as maiores autoridades aqui do bairro, tão ouvindo, magote de safado?
 Foi detido por policiais, mas logo liberado.
 Familiares o levaram para um hospital psiquiátrico
 onde está internado com um diagnóstico inusitado: “Morbidez aguda”.

Pós- Graduação

[...] em tecnologia da usinagem

MBA

[...] gestão de negócios imobiliários e construção civil 
Email MKT MBA Construcao Civil_SJRP.jpg

Supermercados

[...] Startup lança site para comparar preços

Brasileiros adoram uma pechincha e geralmente utilizam sites como o Buscapé para comparar e encontrar os menores preços de livros, DVDs e eletrônicos na internet. Mas, o que se faz quanto o assunto é compras em supermercado online?De acordo com o André Nazareth, um dos fundadores da startup MeuCarrinho, a idéia surgiu da própria necessidade que tinha em sua época de faculdade em economizar...Continua>>>

Artigo semanal de Delúbio Soares

Buriti Alegre

                                        Já rodei o mundo, visitei os cinco continentes, percorri dezenas de países, admirei povos e civilizações, estudei suas culturas e hábitos, deslumbrei-me com as belezas e surpreendi-me com as particularidades dos quatro cantos do planeta, mas o que trago no peito, o que me estimula e conforta, o que me orgulha e gratifica, é a terra onde nasci e o seu povo. Infeliz do homem sem raízes. Desgraçado daquele que renega suas origens. Quem não ama seu berço, não quer bem a nada. E eu amo Buriti Alegre.

Acompanho o dia-a-dia de minha terra com o mesmo interesse com que contemplo a evolução dos assuntos mais importantes de nosso tempo. Cada notícia que me chega de um avanço social, de uma realização econômica, de uma nova turma de estudantes que se formam, de profissionais liberais que se estabelecem, de empresas que chegam para somar esforços, gerar empregos e produzir em Buriti Alegre, tem para mim o impacto de uma alta na Bolsa de Nova York, da descoberta de uma nova jazida pela Petrobrás, de uma vitória de nossa seleção na decisão de uma Copa do Mundo. Meu amor por minha terra não conhece limites. É que Buriti e seu povo jamais colocaram qualquer limite em seu carinho e integral solidariedade para comigo em todos os momentos de minha vida.

Nós já fomos uma cidade acanhada, perdida numa região belíssima e esquecida. Geramos governadores, deputados, grandes empresários, artistas, intelectuais, gente trabalhadora e da melhor qualidade. Mas não saíamos de uma posição injusta de cidade pouco reconhecida, economia estagnada, com potencialidades mal exploradas e população mal assistida pelos poderes públicos.

Recordo-me dos anos 60, quando já havíamos dado um governador a Goiás e, no entanto, apenas dois dos professores que lecionavam em Buriti dispunham de curso superior. Mas nem isso impedia que nós, meninos pobres, tivesses mestres devotados e que se desdobravam para suprir as carências com enorme sentido de missão e competência profissional.

Tínhamos um dos maiores rebanhos bovinos do Estado de Goiás, quiçá do Brasil. Sua agricultura sempre pródiga, alicerçada numa terra fértil e abençoada. Mas isso fazia muito pouca diferença na distribuição de renda na sociedade local ou na arrecadação do Município, pequeníssima e incapaz de fazer frente às necessidades de uma população crescente e suas demandas nas áreas de educação, saúde, saneamento básico.

Buriti Alegre era um retrato diminuto e veraz do Brasil: uma terra riquíssima e um povo carente. Possibilidades infindas, mas tentativas tímidas de exploração do potencial existente. No microcosmo, o reflexo de uma realidade injusta e recorrente.

Começamos a mudar a história de minha amada terra quando perdemos o medo. A eleição do prefeito João Alfredo - homem austero, trabalhador incansável e administrador visionário - uniu sua experiência de bem sucedido empresário rural à de companheiro petista, comprometido com as necessidades da população e com a boa governança. Buriti Alegre disparou! A arrecadação, em apenas seis anos, deixou o acanhado patamar de R$ 4 milhões praticamente quadruplicando em 2010, favorecendo uma gama de obras públicas, onde saúde e educação foram priorizadas.

Não há criança em idade escolar que não tenha vaga disponível na rede pública local. Além disso, mais de 200 estudantes universitários residentes em Buriti Alegre, todos os dias, num programa exitoso e necessário, são transportados em ônibus para Municípios onde se localizam as faculdades cursadas, num esforço merecido pelos que apostam no estudo e vêem nele a chance não só da construção de uma carreira profissional, mas da participação cidadã na vida de seu país.

Ao latifúndio improdutivo se contrapôs a chegada da indústria, com a instalação de frigorífico de grande porte e um abatedouro de aves dos mais modernos do país, com o impressionante número de quase 200 mil aves processadas diariamente. Essas indústrias, instaladas durante o governo Lula, realizaram investimentos altíssimos em tecnologia, instalações industriais e formação de pessoal, seguindo padrões internacionais de qualidade. Outro frigorífico chegará em breve, gerando mais empregos, riquezas, impostos e divisas. O rebanho bovino passa das 105 mil reses e se notabiliza pela altíssima qualidade. A agricultura de Buriti Alegre vive um ciclo virtuoso, com a produção de milho, soja, arroz, tomate e sendo um pólo produtor bananeiro. Vai longe o tempo em que não podíamos vivenciar o progresso e planejar o desenvolvimento sustentável da riquíssima região onde nascemos, vivemos e produzimos. Esse tem sido o jeito petista de governar do prefeito João Alfredo, meu dileto companheiro, e sua operosa equipe.

Ainda agora, com base nas políticas desenvolvimentistas implementadas no governo do Estadista Luiz Inácio Lula da Silva e renovadas na administração da presidenta Dilma Rousseff, a montadora automobilística Suzuki, uma das maiores do mundo, anunciou a instalação de uma linha de montagem na vizinha cidade de Itumbiara, governada por um dos prefeitos mais dinâmicos de Goiás, o meu amigo José Gomes. O reflexo da chegada da montadora japonesa ao sul goiano será imediato na economia de todo o Estado, especialmente das cidades daquela região, que passarão a participar de uma nova etapa do processo de desenvolvimento econômico e industrial, ainda desconhecido na área. Não nos falta excelente mão-de-obra, invejáveis recursos naturais, posição geográfica estratégica e a irrefreável vocação dos goianos para o desafio, o empreendedorismo e o êxito.

O Brasil vive um momento invulgar. Segundo a competente Fundação Getulio Vargas, a taxa de desigualdade no Brasil atingiu a sua mínima histórica desde se começou a pesquisá-la em nosso país. O estudo divulgado pelo seu Centro de Políticas Sociais (CPS/FGV) revelou que em oito anos - de dezembro de 2002 a dezembro de 2010 - o país conseguiu reduzir a pobreza em 50,64%. Ou seja: o governo Lula levou mais de 30 milhões de brasileiros para a classe média, tirando-os da pobreza, dotando-lhes de melhores condições de vida e os incluindo no mercado consumidor. Isso se chama, simplesmente, inclusão social. "Em 8 anos, no governo Lula, foi feito o que era previsto para 25 anos, de acordo com a Meta do Milênio da Organização das Nações Unidas, que era reduzir a pobreza em 50% de 1990 até 2015", ressaltou o economista Marcelo Neri, da FGV.

Buriti Alegre é um retrato fiel do Brasil de hoje. Evoluiu, cresceu, quer mais e está fazendo sua parte na incessante tarefa do desenvolvimento nacional. Ainda falta muito a se fazer e as carências são grandes. Mas já se respira o ar do desenvolvimento e seu povo se orgulha de mostrar o quanto conseguiu construir em tão pouco tempo.

Há mais de 30 anos saí de Buriti Alegre. Nunca, jamais, em tempo algum, Buriti Alegre saiu de mim, do meu coração, do meu sentimento, da minha alegria de viver, da minha ternura pela terra abençoada e por seu povo.

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Isca ou anzol

[...] quem pesca no mar das redes sociais?

Vamos pensar no movimento de um cardume de peixes. Concordam que é praticamente impossível prever o seu rumo? Quanto mais você corre para se aproximar, mas eles se afastam e tudo vira um grande caos. Mas se você interagir oferecendo a isca certa, além de se aproximar – entendendo assim seus hábitos – poderá fisgá-los com muito mais facilidade. Usando a isca certa, os peixes praticamente pedirão para ser fisgados. Devemos agir da mesma forma... Continua>>>

Refinaria

[...] governo do Estado do Ceará conclui desapropriação do terreno para construção da Premium II, da Petrobras

O projeto da refinaria já tem, inclusive, licença ambiental expedida pela SEMACE - Superintendência Estadual do Meio Ambiente -. 
A licença prévia foi aprovada em 28 de abril.
Falta apenas um lote de terra para o fim do processo de desapropriação. 
O titular da Procuradoria do Patrimônio e do Meio-Ambiente, Diogo Musy, revelou que o lote tem somente 47 hectares e representa somente 2,4% de todo o terreno previsto para a refinaria. 
A unidade da Petrobras no Ceará deve ter uma área total de aproximadamente 1.930 hectares, em Caucaia.
"Não existia uma avaliação das benfeitorias neste lote. A avaliação chegou na última sexta-feira (29). Nós já estamos em negociação com a pessoa. Uma semana é o prazo que eu estimo para o fim desse processo", afirma Diogo.
Dinheiro não é problema
Diogo Musy não soube precisar o valor exato do lote a ser desapropriado, mas garantiu que "dinheiro nunca foi problema" para o Governo do Estado em se tratando do processo de desapropriação dos terrenos para a refinaria. A próxima fase do processo, após o fim da desapropriação, é o início da regularização notarial e registral do terreno em cartório.
300 mil barris ao dia
A previsão da Petrobras é que a refinaria comece a operar em 2017, produzindo 300 mil barris de petróleo ao dia. As primeiras intervenções no terreno para a obra devem começar ainda neste ano, no terceiro trimestre.

Remédios

[...] vendas de genéricos disparam

Boa notícia: crescem as vendas de medicamentos genéricos, instituídos no país há exatos 10 anos por projeto do saudoso senador Jamil Haddad (PSB-RJ). No 1º trimestre deste ano, foram vendidas 123,7 milhões de unidades, uma alta de 32% se compararmos aos índices do mesmo período em 2010. Já o faturamento com estes remédios cresceu 37,4% de janeiro a março, totalizando R$ 1,7 bi.

O crescimento do setor de genéricos também bateu o recorde registrado na área no ano passado. Com um faturamento total de R$ 6,2 bi, o setor cresceu 33,1% em 2010. Ao longo de uma década - eles foram criados em 2001 - esta média (de crescimento) girava em torno de  25% ao ano.

O mais importante é que a disparada nas vendas dos genéricos está relacionada ao aumento da renda da nossa população, à expansão do programa Farmácia Popular criado pelo governo Lula e, também, ao lançamento de novos medicamentos a partir de patentes recém-expiradas.

Segundo o presidente da Pró-Genéricos (entidade do setor), Odnir Finotti, "as pessoas estão conseguindo comprar medicamentos que antes não conseguiam". Um exemplo clássico é um remédio contra colesterol alto cujos preços caíram de R$ 200,00 para R$ 80,00.

Os genéricos são mais uma prova que a distribuição de renda veio para ficar e é a única forma de crescimento sustentável.
Zé Dirceu

Casamento Civil

[...] STF retoma julgamento

Os ministros do Supremo Tribunal Federal retomaram o julgamento das ações que reconhecem os direitos da união estável aos casais homossexuais.
As ações foram propostas pela Procuradoria-Geral da República e pelo governo do Estado do Rio de Janeiro.
Já existem decisões dadas por tribunais e juízes nos estados a favor ou contra à extensão dos direitos dados à união de casal hetero aos casais homos.
A decisão do STF unificará o entendimento do tema.
O julgamento teve inicio ontem (4) com a leitura do relatório feita pelo ministro Ayres Britto. Depois de mais de 4 horas de sessão, o presidente do Supremo, Cezar Peluso, suspendeu o debate e convocou a continuação do julgamento para hoje.
Ayres, até o momento, foi o primeiro a votar favorável aos casais homossexuais.
“O sexo das pessoas não se presta como fator de desigualação jurídica”, ressaltou Britto na ocasião.
Caso prevaleça a análise de Britto, na prática o Supremo reconhece os mesmos direitos e deveres de uniões estáveis heterossexuais às uniões entre pessoas do mesmo sexo.
Parte das garantias está relacionada aos direitos previdenciários, de divórcio, de pensão, da herança, de declaração compartilhada de Imposto de Renda, entre outros.
Hoje o primeiro a votar será o ministro Luiz Fux.
Na sequência votam Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Ellen Gracie, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso.
O ministro Dias Toffoli se declarou “impedido” de votar porque já tinha opinado sobre a questão quando foi Advogado Geral da União.

Política

[...] lição para oposição!

1. A parlamentarização dos partidos brasileiros e a partidarização da política obscurecem os vetores de atuação da própria oposição. Num quadro pluripartidário, com 22 partidos na câmara de deputados, muito mais. Fazendo remissão a 10 anos atrás, constata-se que quem mudou foi o PT, que jogou suas teses para debaixo do tapete e pragmaticamente passou a governar com seus antigos adversários. Com isso, reforçou a parlamentarização dos partidos. E transformou o ato de governar num consórcio de espaços, e não na pactuação de políticas.
                  
2. Com isso, a oposição, também parlamentarizada, apenas mede sua força pela álgebra das bancadas. Na verdade, os assuntos parlamentares deixaram de ser relevantes, com uma ou outra exceção, o que reforça a regra. Parte dos partidos de oposição fica ansiosa: Se é para não mudar, então quero minha parte nesta sopa de resíduos.
                  
3. A oposição fica indócil ao ver que algumas de suas políticas servem para a sopa de resíduos conhecida como base aliada. E que outras políticas e teses não têm como tramitar no Congresso, mesmo se voltássemos à 15 anos atrás. Se as reformas -política e tributária- não tramitaram antes, agora mesmo é que não tramitarão. Mas isso é apenas um resultado parlamentar.
                  
4. Olhando para 2012 e 2014, os mesmos temas, esses e outros, que não tramitam no Congresso com uma maioria clientelar, podem -e devem- tramitar nos corações e mentes dos eleitores. Para isso há que fazer Política com P maiúsculo. E essa é uma conhecida prática dos partidos políticos pelo mundo todo. Nenhuma bancada de partido grande faz Política como um todo em nenhum lugar.
                  
5. Isso é feito por um grupo de parlamentares que passam a funcionar como um Grupo Compacto. Nome, aliás, dado pelo deputado Bocayuva Cunha depois da vitória eleitoral do PTB em 1962 quando se torna a primeira bancada e -por isso- com muito maior diversidade ideológica. Em outros lugares se chama de Núcleo Duro. Em geral, isso não gera ciúmes internos, pois uma boa parte dos demais não quer cumprir esse papel..., pelas razões.
                  
6. O que precisa a Oposição no Brasil é sair da armadilha da dramatização da política como linguagem da mídia, e entender que os fatos correntes eram previsíveis pela sopa de resíduos, com tantos colegas de outras jornadas, em que participavam desta mesma sopa, quando a oposição era governo.
                  
7. Por isso mesmo, não faz muita diferença perder cinco ou dez deputados. Elege-se na próxima eleição pelos vácuos regionais. O importante é que a Oposição constitua um Grupo Compacto um Núcleo Duro, e que passe a fazer política -com a agitação de suas ideias, dentro e fora do parlamento- ampliando sua capacidade tática, potencializando temas e entrando nas brechas da sopa de resíduos, explorando suas contradições intrínsecas e dando visibilidade a guerra de ideias. Há quadros de sobra para isso.
                  
8. Afinal, partidos com dois, cinco ou dez deputados, tem produzido mais luminosidade de suas teses e contrapontos, que uma oposição de mais de 100 deputados. A palavra de ordem da Oposição deve ser: Grupo Compacto Já! Núcleo Duro Já!
Cesar Maia

E-mails

[...] ferramenta permite agendar o envio

Alguma vez você já pensou em como seria mais fácil se pudesse agendar o envio de um email para um determinado horário? Ou até mesmo um envio para você mesmo, te lembrando de alguma atividade? Pois este site oferece um serviço gratuito que realiza esta tarefa a partir de uma interface online.

Tudo é muito simples. Você só precisa se inscrever no serviço e a partir daí, escrever a sua mensagem, definir o destinatário e acertar a hora exata do envio. Dá inclusive pra programar que uma mensagem seja enviada sempre em um mesmo horário de um mesmo dia, lembrando o usuário de alguma atividade importante. O serviço funciona com qualquer servidor de email, e é possível cadastrar quantos remetentes você quiser.

Economia

[...] inflação começará a cair este mês

A presidente Dilma Rousseff acredita que a inflação mensal, medida pelo IPCA, começa a ceder em maio, mantendo-se em patamares baixos nos três meses seguintes. Isso, na avaliação do governo, dará fôlego ao Banco Central (BC) para melhorar as expectativas dos agentes econômicos, que vêm se deteriorando desde o início do ano.
A presidente sabe, no entanto, que apesar da queda do IPCA entre maio e agosto a inflação acumulada em 12 meses poderá superar os 6,5%, o limite superior do intervalo de tolerância do regime de metas. Em conversas reservadas, Dilma tem dito que a inflação de 2011 não é “culpa” deste governo. “O mercado vê Dilma como um governo de oito anos [de Lula] e quatro meses. Para ela, seu governo tem quatro meses”, diz um assessor.
Dilma aproveitou a reunião do Conselhão (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), na semana passada, para harmonizar o discurso do governo. Tanto ela quanto os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Antônio Palocci (Casa Civil), além do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, salientaram em suas apresentações a preocupação prioritária com a inflação.
O propósito foi mostrar ao mercado que o governo está unido. Em seu discurso, Dilma reconheceu que os preços subiram no Brasil por causa de “choques internos adversos na produção de bens como alimentos in natura e etanol”, além das pressões internacionais. Insistiu em afirmar que a economia crescerá de forma acelerada em 2011, mas fez isso apenas para não adormecer o “espírito animal dos empresários”.
Falando publicamente sobre o tema pela primeira vez neste governo, Palocci fez questão de ressaltar que o ataque à inflação é “sem dúvida uma prioridade que não devemos abandonar”. O ministro, seguindo acerto feito com a presidente, não fala publicamente sobre política econômica, a não ser quando autorizado, mas na convivência diária com ela tem tratado do tema. A “nova” política, focada mais na inflação e menos no câmbio, está mais à sua feição.
No discurso feito no Conselhão, Palocci chamou a atenção para a necessidade de o governo desenvolver o mercado privado de títulos de longo prazo, uma forma de reduzir a dependência das empresas do crédito subsidiado do BNDES. Dois dias depois, a mesma preocupação constava da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom), o que também revelou afinidade entre Palocci e Tombini.
O novo ambiente fez o BC mudar sua estratégia. Agora, a autoridade monetária recorrerá mais à taxa básica de juros (Selic) e menos a medidas macroprudenciais para combater a inflação. Na prática, Tombini se sente mais encorajado a perseguir a inflação com o instrumento convencional de política monetária – os juros. Não vai fazer isso de uma só vez, mas gradualmente, dado o elevado grau de incerteza da economia mundial. O BC rendeu-se também ao fato de que, depois de recorrer a medidas macroprudenciais, os bancos centrais de vários países emergentes voltaram a elevar juros – entre as duas últimas reuniões do Copom, 11 países emergentes fizeram isso.
Definidas as correções da política econômica, a presidente Dilma considera maio o mês do verdadeiro início do seu governo. É neste mês que ela pretende anunciar as iniciativas que, na sua acepção, marcarão a gestão, diferenciando-a da do seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. “O governo começa, em maio, a ter a cara da presidente”, sustenta um assessor.
Na semana passada, Dilma lançou a primeira de cinco iniciativas prioritárias do governo – o Programa Nacional de Ensino Técnico e Capacitação Profissional (Pronatec), voltado para a formação de mão de obra. Ela pretende divulgar, também este mês, e por essa razão vem cobrando pressa do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, o programa que concederá 75 mil bolsas a brasileiros interessados em estudar Ciências Exatas no exterior.
Uma terceira iniciativa, esta uma promessa da campanha presidencial, é lançar, se possível em maio, o Programa de Erradicação da Pobreza.
Dilma faz seus ministros e assessores correrem contra o relógio para enviar ao Congresso, ainda este semestre, propostas de mudança no regime tributária. Embora não ambicione fazer uma reforma ampla, a presidente quer, com as novidades, dar agilidade à devolução de créditos tributários, beneficiar micro e pequenas empresas, estimular as exportações, combater a guerra fiscal e desonerar os investimentos e a folha de pessoal, estimulando o aumento do emprego formal. “Há cerca de R$ 15 bilhões em créditos tributários a serem devolvidos às empresas. Isso é pior do que o câmbio [apreciado]“, diz um auxiliar de Dilma.
Além da reforma dos tributos, a presidente vai lançar, também em maio, o fórum de gestão e competitividade, um canal permanente de interlocução com o setor privado para discutir a criação de mecanismos que tornem a máquina pública mais ágil e eficiente e menos onerosa. O principal interlocutor de Dilma nesse fórum será o empresário Jorge Gerdau, criador e líder do Movimento Brasil Eficiente.
Cristiano Romero

por Alon Feuerwerker

[...] alguns instantes para compreender

Consta que mesmo no finzinho do Terceiro Reich, com o exército soviético às portas de Berlim, os escalões superiores do nazismo guerreavam entre si pela sucessão do führer caído, ou prestes a cair.

Vista retrospectivamente, foi uma exibição da irracionalidade que acompanha o alheamento nas situações extremas de derrota. Acontece também nas grandes vitórias, como euforia incontrolável.

Mas esse diagnóstico da irracionalidade dos candidatos a herdeiro de Adolf Hitler em abril/maio de 1945 é análise em retrospectiva, coisa sempre facílima de fazer. O produto do trabalho do engenheiro de obra feita nunca apresenta problemas. É sempre perfeitinho.

Até a Segunda Guerra Mundial não havia o hábito de responsabilizar criminalmente governantes de países derrotados no campo de batalha. O Tribunal de Nuremberg foi uma novidade.

E a cúpula nazista confiava em duas variáveis para ganhar a condescendência anglo-americana.

A possibilidade de a guerra prosseguir, agora entre o Ocidente e a União Soviética. E a suposta necessidade de os aliados precisarem de um Estado alemão para administrar a população e o território.

Como se sabe, os cálculos dos nazistas estavam errados. No fim, quem não se suicidou morreu na forca ou pegou cadeia pelo resto da vida, ou quase.

O Tribunal de Nuremberg talvez seja o símbolo mais explícito da ética das guerras. Quem as ganha costuma ganhar também o direito de narrá-las conforme a conveniência. E de fazer o juízo sobre os atos dos beligerantes.

É cruel mas é assim. Nenhum líder aliado da época pagou pela decisão de, no fim do conflito e com a Alemanha já militarmente condenada, bombardear cidades alemãs que não podiam ser consideradas alvos militares strictu sensu.

É aliás uma ferida aberta na história alemã. Motivo de evocação periódica ali de nacionalistas e neonazistas.

O objetivo era quebrar a moral da população e reforçar a inevitabilidade de os alemães se renderem incondicionalmente.

O mesmo valeu para as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. Elas tiveram dupla utilidade para os Estados Unidos. Evitaram o imenso custo material e humano que significaria guerrear pela conquista territorial do Japão. E mandaram um recado para a União Soviética.

Eis por que a dúvida retórica sobre se Nagasaki e Hiroshima foram o último ato da Segunda Guerra ou o primeiro da Terceira. Que, como se sabe, não chegou a acontecer do jeito temido.

Os limites éticos e legais à brutalidade nas guerras são coisa recente. Têm um efeito, pois certos procedimentos, brutais ao extremo, hoje carregam risco bem maior de consequências desagradáveis para quem comete.

Mas a essência da ética nas guerras continua a mesma: vale mesmo no fim das contas é ganhar.

Quando Barack Obama venceu a eleição americana uma parte dos analistas cometeu certo erro primário. Entendeu que a eleição do negro democrata era a senha para a retirada da superpotência.

Mas Obama é presidente dos Estados Unidos para defender o interesse nacional dos Estados Unidos, ainda que numa situação nova.

Os Estados Unidos estão em guerra contra movimentos de origem islâmica, aliados a outros de raiz antiamericana mas laica, que pretendem extirpar a presença e a influência de Washington do Oriente Médio, e do mundo muçulmano em geral. E do mundo em geral.

A missão de Obama é ganhar a guerra, não capitular. Nem fazer um bom acordo de retirada. Se não trabalhar para cumprir a missão será ejetado da cadeira. Simples assim.

Cada um faz seu cálculo. Calcula se é melhor confrontar ou compor. No Egito, por exemplo, a Fraternidade Muçulmana parece inclinada à segunda hipótese.

O presidente dos Estados Unidos tem a missão de ganhar as guerras em que os Estados Unidos estejam metidos. É o comandante-em-chefe.

Eis uma verdade simples, que deve ter ficado bem clara nos últimos dias aos protetores e amigos paquistaneses de Osama Bin Laden.

Uma verdade que o próprio teve pelo menos alguns instantes para compreender, na plenitude.

Álcool anidro

[...] o Estado tem de intervir? Tem, veja porque 


A nossa imprensa, sempre dedicada a desinformar e a fazer “campanhas” contra a Petrobras não conseguiu, em semanas, fazer uma matéria tão esclarecedora quanto a que publicou ontem a agência Reuters.
Com base nos dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP, que monitora os preços do setor, o quadro fica escandaloso.
O preço do álcool anidro  – aquele que é misturado à gasolina por razões técnicas e ambientais – vendido pelas usinas de cana às distribuidoras subiu, entre 21 de janeiro e 20 de abril acumulou uma alta de 122 por cento. Passou de R$ 1,22 para R$ 2,72.
Com a alta, que tinha condições de processar álcool anidro – o processo é diferente da produção, pois há adição de cal virgem para reduzir a presença de água – correu para o que dava mais lucro.
Nesse período, o preço do anidro representou uma vantagem média de 65% sobre o hidratado.
Como o preço do anidro alto empurra para cima o preço da gasolina que o contém, mesmo a Petrobras não alterando o preço da gasolina em suas refinarias (que se manteve em R$ 1,05), o valor nas bombas subiu.
E se a gasolina sobe, o álcool hidratado sobe atrás porque, ficando mais cara a  gasolina sobe a sua demanda e, como para fazer mais anidro a sua oferta diminuiu.
E como a frota de carros – e de carros flex – aumentou e carro não anda sem combustível, a ponta da procura estava garantida.
Tudo, portanto, é um jogo de opções por preços. Menos o efeito disso na economia em geral e na do cidadão em particular.
Agora, o preço do álcool está baixando. Nas usinas, mas não nos postos.
E vai cair mais. Por isso, as distribuidoras  compram apenas o necessário à demanda de curto prazo, porque sabem que, amanhã, vão comprar mais barato. Nada de estoques, portanto.
O quadro que estamos vivendo hoje – com reflexos severos em toda a economia, como mostraram hoje os dados do IBGE, que estão no post anterior – é resultado da liberdade que as usinas têm de produzirem o quanto quiserem de cada produto (acrescente aí o açúcar, outra opção) e das distribuidoras de administrarem seus estoques ao bel-prazer das conveniências financeiras.
A m,edida provisória assinada por Dilma Rousseff, que passa a tratar o álcool como o que ele é (combustível) e não mais como outro produto agrícola qualquer dá poderes à ANP para entrar nessa roda.
Pode estabelecer cotas, controlar a produção  de cada produto processada, medir estoques das distribuidoras, limitá-los na safra  ou fixá-los volumes mínimos nos períodos em períodos críticos como os de hoje.
Embora a MP esteja em vigor, não se teve notícia de nenhuma ação da ANP.
E nós, que vergonha, dependemos que uma agência de notícias estrangeira se interesse em desvendar as razões do aumento de preço dos combustíveis. A nossa prefere ficar batendo na Petrobras, pressionando por um aumento de preço pela empresa e torcendo, torcendo muito, para isso fazer estourar a inflação e desgastar Dilma.