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TE AMO - GIAN & GIOVANI (LEGENDADO)

Vida mesmo sendo casada com você ,.ainda será meu eterno namorado. Te  amooooooooo

por Zé Dirceu

Uma análise equivocada da crise econômica mundial
Publicado em 13-Jul-2011
Concordo com alguns pontos, mas julgo equivocadas a maioria das conclusões sobre a crise econômico-financeira mundial expostas por Martin Wolf, editor e principal comentarista econômico do Financial Times (FT) em seu artigo "Da Itália aos EUA: realidade x utopia", transcrito pela edição de hoje do Valor Econômico.

Na verdade, a queda da arrecadação que ele apresenta como "resultado predominantemente de colapsos na atividade econômica e nas receitas", é conseqüência direta de uma só causa:  a crise financeira imobiliária e dos derivativos. Logo o argumento de Wolf não se sustenta,

Ele se apega aos números para dizer que só 42% do novo déficit americano de mais de US$ 1,6 trilhão vem da ajuda aos bancos e os outros da queda da arrecadação que, repito, só aconteceu por causa da aventura dos derivativos que levou a uma queda do PIB em todos os países por ele citados, começando pela Espanha e Grã-Bretanha.

Pagando a crise duas vezes


A crise fiscal que vemos nesses países é um legado de farras de endividamento dos setores público e privado ocidentais nas últimas décadas. As questões levantadas por Wolf, como a posição da direita americana e a moeda única, só agravaram a situação, nada mais.

Pior, tendem a fazer com que a conta seja paga duas vezes pelo trabalhador e pequeno empresário: na crise e agora no ajuste. Um verdadeiro crime!

Concordo, no entanto, com a conclusão de Wolf: "Estes são tempos perigosos. Os EUA podem estar à beira de cometer um dos maiores e menos necessários erros financeiros na história mundial. A zona do euro pode estar à beira de uma crise fiscal e financeira que não apenas destruirá a solvência de importantes países como até mesmo a união monetária e, na pior das hipóteses, grande parte do projeto europeu."

Não deixem de ler no Valor este artigo "Da Itália aos EUA: realidade x utopia".

Poema de Amor para meu Amor, Lú

Ternura

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
Vinícius de Moraes

Aécio Neves lança perfume

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) acaba de dar mais um passo importante em sua carreira política, além de entrar em um lucrativo ramo de atuação.
Na tribuna do Senado, Aécio afirmou que está lançando sua própria linha de perfumes masculinos, intitulada de Aecio Pour Homme.
A sessão promocional de lançamento ocorreu logo no segundo discurso do galanteador senador mineiro e o colocou como principal pretendente do PSDB à Presidência.
“Pra mim, um perfume deve refletir a atitude de um homem e um senso de estilo único”, disse Aécio no plenário. “Eu amo vários perfumes, mas finalmente encontrei uma essência que realmente me personifique”, completou.
A fragrância exclusiva de Aecio Pour Homme possui uma essência frutada com notas de madeira que, segundo Aécio, combinam com o perfil conquistador que ele pretende adotar em sua gestão no Senado.
“Apesar de extremamente elegante e sofisticado, meu perfume é feito para todos”, explica Aécio. “Uma pequena borrifada em cada membro desta casa será suficiente para que o país tenha uma oposição linda e cheirosa”, conta.
O lançamento de Aécio provocou reação calorosa dos petistas, uma vez que a chegada de Aécio Pour Homme ao mercado coincide com o lançamento de um outro perfume com a estrela do PT.
Em parceria com a Hugo Boss, o Partido dos Trabalhadores lança também em maio sua própria fragrância, batizada de “Obsessão”.
Ao fim do discurso, Aécio disse que planeja lançar até meados 2014 uma linha completa para mulheres como forma de conquistar ainda mais o eleitorado feminino.
“Um político se define pelos aromas que exala”, afirmou Aécio. “Somente uma oposição bonita e perfumada será capaz de lutar pelos desafios de nosso país. A partir de agora, nós vamos estar cheirando bem, os nossos adversários não”.

Em 6 meses beneficiados pela Farmácia Popular cresceu 127%


Balanço do Ministério da Saúde (MS) divulgado esta semana mostra que o número de pessoas beneficiadas pelo programa Aqui Tem Farmácia Popular aumentou 127% em todo o Brasil, passando de 1.258.466 (jan/2011) para 2.862.947 (jun/2011) de assistidos.
O aumento do número de beneficiados pelo programa, dentre outros fatores, foi impulsionado pela ação Saúde Não Tem Preço, lançada em fevereiro deste ano pela presidenta Dilma Rousseff e participante do programa Aqui Tem Farmácia Popular, que proporcionou o acesso gratuito a medicamentos contra diabetes e hipertensão.
Os usuários de medicamentos contra diabetes cresceram 100%, passando de 356.002 para 713.923/mês, enquanto os hipertensos assistidos passaram de 812.950 (fev/2010) para 1.910.133 (jun/2010), uma elevação de 133% do total.
Os números mostram que o brasileiro está mais e melhor assistido para o tratamento dessas doenças diretamente relacionadas aos novos hábitos de vida da população, que são o diabetes e a hipertensão”, afirma Alexandre Padilha, ministro da Saúde.
Atualmente, o Brasil possui 33 milhões de pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial, sendo 80% delas tratadas pela rede pública de saúde. Se comparado aos hipertensos, os diabéticos formam um número bem mais reduzido, somando 7,5 milhões de brasileiros, com 80% deles assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Além desse público, o Aqui Tem Farmácia Popular oferece outros 14 tipos de medicamentos (com 90% de desconto) e ainda fraldas geriátricas e anticoncepcionais, que podem ser adquiridos nas mais de 15 mil farmácias e drogarias da rede privada e mais de 500 unidades próprias do programa. Tais medicamentos combatem enfermidades como asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose, glaucoma, gripe e dislipedemia (colesterol alto e outras disfunções saguíneas).
Para adquirir os remédios e produtos disponíveis pelo Aqui Tem Farmácia Popular os usuários precisam apresentar CPF, documento com foto e receita médica no momento da compra, a fim de evitar a automedicação e incentivar o uso racional de medicamentos.

Saúde economiza R$ 603,5 milhões

Outro dado do Ministério da Saúde comprova que a adoção medidas de gestão permitiram uma grande economia de recursos públicos, que estão sendo reinvestidos na melhoria do atendimento ao cidadão pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Só no primeiro semestre deste ano, o ministério conseguiu economizar R$ 603,5 milhões em processos de aquisição de medicamentos e insumos para a saúde. Foram adotadas ferramentas como a utilização de banco de preços internacionais, negociação direta com os fabricantes, centralização da compra de alguns produtos e atendimento a recomendações de órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União.
Se incluída a variação cambial para os produtos comprados em dólar, a economia chega a R$ 651 milhões. “Com o dinheiro que conseguimos economizar, vamos ampliar o acesso da população a medicamentos e outros produtos para a saúde”, afirma o ministro Alexandre Padilha. “É reinvestir o dinheiro da saúde na melhoria da saúde dos brasileiros”, completa. De janeiro a junho deste ano, o Ministério da Saúde adquiriu mais de 80 itens de medicamentos e insumos a um valor total de R$ 1,7 bilhão. Sem as medidas de gestão, esse gasto seria elevado para R$ 2,3 bilhões.

Frase do Dia

“Os moralistas que se identificam com uma classe que tenha desfrutado o poder e é ameaçada pelas bases têm uma compreensível tendência para ressaltar a obediência ou o dever como de primordial significação ética.”  
William Ash

A derrota da prepotência


Do Balaio do Kotscho
 a onipotência derrotada
No final da noite de terça-feira (12), ao ler o noticiário sobre o fracasso de Abilio Diniz, 71 anos, na tentativa de fusão do Pão de Açucar com o Carrefour no Brasil e o artigo "A ética do vale-tudo" publicado por José Serra, 69 anos, na página de opinião de O Globo, apareceu-me na cabeça uma palavra pouco usual para definir os dois personagens: onipotência. Neste caso, a onipotência derrotada.
Duas definições que encontrei com a ajuda do dr. Google:
* No Dicionário Informal _ onipotência: s.f. todo poder, poder absoluto, todo-poderoso.
* No Dicionário Web _ onipotência: s.f poder supremo ou absoluto; o poder de fazer tudo.
Os dois achavam que nasceram para ser os maiorais, cada um em sua área. Filhos de pequenos comerciantes  - Serra, de um feirante; Diniz, de um padeiro - eles acreditaram no destino e jogaram suas vidas para alcançar os mais altos objetivos.
Desde pequeno, José Serra já dizia às suas tias que queria ser presidente da República. Abilio Diniz em algum momento da vida achou que poderia transformar a padaria e confeitaria do pai no ponto de partida para dominar o comércio varejista mundial de alimentos.
Serra optou pelo mundo acadêmico e, antes de se tornar um político profissional, engajou-se na luta contra a ditadura que o levou a um longo exílio. Abilio sempre foi empresário e dedicou todo seu tempo a alastrar seu império de lojas para se tornar o maior supermercadista do país, depois de uma longa disputa familiar, e da conquista, sempre por meios beligerantes, dos seus principais concorrentes.
O político elegeu-se deputado federal, senador, prefeito e governador do Estado de São Paulo, sempre abandonando os mandatos pelo meio para chegar mais rapidamente ao seu objetivo maior, a Presidência da República. Foi também ministro do Planejamento e da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Perdeu sua primeira eleição presidencial para Lula, em 2002; a segunda, para Dilma Rousseff, apoiada por Lula, em 2010.
O empresário, que quase faliu no final dos anos 1990 do século passado, salvou-se ao se associar ao grupo francês Casino. Em 2005, vendeu ao grupo francês o controle acionário do Pão de Açucar, que entregaria em 2012, mas nunca se conformou em perder o comando. Diniz veio daquele mundo em que só há dois tipos de gente: quem manda e quem é mandado.
Por isso, resolveu dar o grande golpe de mestre da sua vida: reaver o controle do Pão de Açucar-Casino com a compra do Carrefour, utilizando para isso U$ 4 bilhões do BNDES, quer dizer, de um banco público.
Apresentados desta forma rápida e singela os dois personagens deste texto sobre a onipotência, vamos ver o que aconteceu na fatídica terça-feira, 12 de setembro de 2011, em que ambos, após tantas conquistas, bateram no fundo do poço.
Vamos começar pelo ex-governador de São Paulo. Os amigos de José Serra, se é que ele ainda os tem, deveriam ficar preocupados com o artigo que ele escreveu no jornal O Globo. No tijolaço que ocupa de alto a baixo o lado esquerdo da página 7, no mesmo estilo tucano-barroco de um acadêmico que escreve todo dia no jornal, Serra joga a toalha.
Mais parece o epitáfio de um político perdedor. Da primeira à última linha, o velho político é incapaz de lançar uma proposta original para o país, qualquer ideia nova, uma utopia, um sonho que seja, como fez Marina Silva na semana passada, ao deixar o PV.
É só porrada em Lula, em Dilma, nos governos e práticas do PT num texto pobre em conteúdo e capenga na forma (repete duas vezes a palavra "malfeitos" nos três primeiros parágrafos), em que repete os mesmos argumentos da sua derrotada campanha de 2010.
Vou dar um exemplo. Só José Serra entre os tucanos ainda é capaz de escrever coisas como no parágrafo reproduzido abaixo:
"Depois de um ano da primeira eleição de Lula (leia-se: e da minha primeira derrota para Lula), analisando o que já se delineava como estilo de governo, qualifiquei o esquema partidário petista como uma espécie de bolchevismo sem utopia, em que a ética do indivíduo é substituída pela ética do partido".
Acho que nem na Albânia se escreve mais essas coisas. É triste. Ao contrário do sociólogo Fernando Henrique Cardoso, que chega aos 80 anos de bem com a vida e ares de vencedor, cercado de amigos e homenagens, o político José Serra ficou falando sozinho. Parece ter envelhecido mal, perdido o bonde no fim do caminho.
Nem o PSDB o leva mais a sério. Depois de perder para Aécio Neves e Tasso Jereissatti todos os cargos que almejou na recente disputa interna dos tucanos, teve que se contentar com a presidência de um até então inexistente Conselho Político que inventaram para ele.
Na semana passada, convocou a primeira reunião em Brasília, e levou pronto um texto desancando Dilma, Lula, o PT e o governo para os outros assinarem. Ninguém concordou, alegando que precisavam consultar primeiro o senador Aécio Neves, ausente da reunião. Serra acabou publicando o texto, muito parecido com o do artigo de O Globo, em seu próprio blog, como se fosse o pensamento oficial do partido.
Em Paris, para onde viajou sozinho e de peito aberto para enfrentar os inimigos franceses do Casino em seu próprio território, Abilio Diniz tomou a maior surra da sua vida: por unanimidade, os conselheiros do grupo francês rejeitaram sua proposta de compra do Carrefour no Brasil.
Antes da reunião, o BNDES, por ordem da presidente Dilma Rousseff, já havia avisado que tiraria qualquer apoio à operação se Diniz não se entendesse com os sócios franceses. Abilio, como Serra, ficou falando sozinho, dependurado na brocha.
Sem perder a pose, segundo o relato da sempre brilhante correspondente Deborah Berlinck, de O Globo, encarou de bom humor os repórteres ao encontrá-los na saída da reunião:
"Não, não estou chorando na calçada. Fizemos uma reunião do conselho e vamos ver o que vai acontecer".
Aconteceu que Abilio Diniz aprendeu tarde demais que ninguém pode achar que pode tudo, nem ele. Talvez pensasse nisso quando o encontrei umas duas semanas atrás na arquibancada de uma festa junina promovida na quadra do Colégio Santa Cruz, onde seus filhos pequenos e minhas netas iriam se apresentar numa dança de quadrilha.
Sentou-se a meu lado com a jovem e bonita mulher. Não conversou com ela, não cumprimentou nem falou com ninguém, não sorriu nenhuma vez. Ficou o tempo todo com o olhar fixo no horizonte. Achei que alguma coisa estranha estava acontecendo com o grande empresário. Vai ver que ele já estava prevendo o desfecho trágico desta história.
Assim como Abilio não virou o dono do mundo, Serra também não será presidente da República do Brasil na marra, xingando os adversários, só porque ele acha que está mais preparado para isso do que os outros  _  se é que o PSDB vá cometer o desatino de concorrer novamente com ele.

A velhinha Briguilina quer saber...

Como e por que os os partidos e pessoas que apoiam o governo federal são fisiologistas, incompetentes, corruptos e tal. Mas, estes mesmos partidos, estas mesmas pessoas quando apoiam governos estaduais administrados pelo pela oposição [PSDB - DEM - PPS], são competentes, honestos etecetera e tal?...

Alguém pode explicar?

A velhinha Briguilina agradece desde anteontem.

Cristina Guimarães: “Se dependesse da Globo, eu estaria morta”

 A declaração da jornalista Cristina Guimarães – vencedora do Prêmio Esso em 2001, junto com Tim Lopes, pela série ‘Feira das drogas’ – promete causar polêmica e agitar os bastidores do caso que ficou conhecido em todo o país. De volta ao Brasil após passar oito anos se escondendo de traficantes da Rocinha, que ameaçavam matá-la depois de reportagem veiculada no Jornal Nacional, ela conta em livro como a TV Globo lhe virou as costas e garante que o jornalista poderia estar vivo se a emissora tivesse dado atenção às ameaças recebidas.
De acordo com Cristina, sete meses antes de Tim ser morto por traficantes do Complexo do Alemão, ela entrou com uma ação judicial de rescisão indireta, na qual reclamava da falta de segurança para jornalistas da emissora. As denúncias integram o livro que está sendo escrito por Cristina e deve ser lançado nos Estados Unidos, no início do próximo ano. A obra, segundo a jornalista e publicitária, também deve virar filme.
“Não dava para escrever meu livro no Brasil. Aqui a Globo ainda tem uma influência muito forte e a obra poderia ser abafada de alguma maneira. Com o apoio do governo americano, fica mais fácil lançar nos EUA”, pondera.
O que motivou as suas denúncias de omissão contra a TV Globo na Justiça?
Trabalhei durante 12 anos na TV Globo. Em 2001, estava fazendo produção para o Jornal Nacional junto com o Tim Lopes. Produzíamos as matérias de jornalismo investigativo do telejornal. Quando o Tim trouxe o material da feira de drogas ao ar livre na Favela da Grota (Complexo do Alemão), a chefia de reportagem me chamou e perguntou se eu conhecia outras feiras deste tipo. Respondi que na Rocinha e na Mangueira o mesmo acontecia e a chefia do JN me pediu para fazer imagens lá. Fui três vezes à Rocinha e duas à Mangueira, para conseguir um bom material. Na primeira vez que estive nos dois lugares, reclamaram que as imagens não estavam boas e exigiram que eu voltasse até o material estar com boa qualidade. O grande problema começou um mês depois da exibição da série. Comecei a ser duramente ameaçada por traficantes, sem nenhum respaldo da emissora, e decidi ingressar com uma ação judicial pedindo segurança.



Quando começaram as ameaças de traficantes?
Por volta de um mês depois da exibição das matérias, começaram a me telefonar de um orelhão que fica dentro da Favela da Rocinha me chamando de ‘Dona Ferrada’ e dizendo que me pegariam. Diziam também que eu não escaparia, era questão de tempo. Diante das constantes ligações, conversei com a chefia do JN e pedi proteção. Fui ignorada. Dias depois, sequestraram um produtor do Esporte Espetacular, o levaram para um barraco na Rocinha. Bateram muito no coitado. Os traficantes queriam saber se ele sabia quem tinha ido à favela fazer as imagens, mas o produtor não sabia. Era de uma editoria diferente da minha e realmente não sabia. O que me assustou foi que a TV Globo não me falou nada. Eu estava voltando de um mês de férias e soube do episódio pela Folha de S. Paulo. Quiseram abafar as ameaças e a ligação entre os dois casos: as ameaças feitas contra mim e o sequestro do Carlos Alberto de Carvalho. O episódio me deixou ainda mais assustada, porque aí eu tive a certeza de que não podia contar com a emissora para nada. Procurei a polícia, registrei o caso na 10ª DP (Gávea), mas acho que sentaram em cima do processo. Na verdade, devem estar esperando para ouvir a outra parte – os traficantes. (risos).



Então, com a denúncia à polícia as ameaças não pararam?
Muito pelo contrário. A coisa corria solta e ninguém fazia absolutamente nada. Mas o que tirou meu sono foi quando prenderam um garoto da Rocinha que pagava propina a um coronel. Fui cobrir o caso e me desesperei. Ao encontrar o moleque detido, ele olhou bem para mim e disse ‘É, tia! Eu tô ferrado, mas tu também tá. Tá todo mundo atrás de você lá na Rocinha. Tua cabeça tá valendo R$ 20 mil’. Naquele momento, tomei a dimensão da situação em que eu me encontrava. Ele descreveu a roupa que eu usava quando ia à favela fazer as imagens. Todo o meu disfarce: meu boné surrado, a bermuda, a cor da camiseta.

Com o processo você conseguiu desligamento da TV Globo?
Sim. Por meio da ação judicial que emplaquei no Ministério do Trabalho, meu vínculo com a TV Globo acabou. Sinceramente, hoje eu tenho mais medo da TV Globo do que dos traficantes. O traficante pode te ameaçar e ser violento. No entanto, ele avisa e depois cumpre. A TV Globo é traiçoeira. Enquanto você é subordinado e faz o que te pedem, você é bonzinho. Já quando você questiona os riscos que ela te impõe e se nega a fazer alguma coisa por temer pela sua própria vida, você é tachado de louco. Traficantes me parecem mais confiáveis.



Você acha que estaria morta se não tivesse travado uma briga judicial com a TV Globo para não ser mais obrigada a produzir matérias que colocassem sua vida em jogo?
Já estaria morta há muito tempo. A Globo não quis saber se eu corria risco de vida. Os meus chefes diziam que as ameaças que eu recebia por telefone eram coisas da minha cabeça. Não me arrependo de ter largado a Globo para trás. A minha vida vale muito mais do que R$ 3.100, que era o meu salário em 2001.

A morte do Tim poderia ter sido evitada pela emissora?

Sem dúvida nenhuma. Eu falei sobre os riscos que estávamos correndo sete meses antes de os traficantes do Alemão matarem o Tim Lopes. Eu implorei por atenção a estas ameaças e o que fez a TV Globo? Ignorou tudo. Sete meses depois, eles pegaram o Tim. Na ocasião do Prêmio Esso, antes de o Tim ser morto, eu liguei para ele e o alertei sobre os riscos de ter exposto seu rosto nos jornais. Na nossa profissão, é preciso ter muito cuidado para mostrar a cara. É muita ingenuidade achar que traficante não assiste TV e não lê jornal.

Procurada pela reportagem do Jornal do Brasil, a assessoria da Rede Globo não retornou às solicitações para esclarecimento das acusações desta matéria.
por Maria Luisa de Melo, no Jornal do Brasil

Loucas por descontos

Com quase R$ 15 bilhões movimentados no ano de 2010 e um crescimento de 40% em relação a 2009, o e-commerce no Brasil se consolidou, e seu dinamismo está levando muitas empresas a unirem suas forças para lutar em uma arena perigosa, complexa e dominada por gigantes.
Um exemplo dessa nova era do mercado on-line brasileiro é o Grupo BD, o mais recente colosso verde-amarelo, constituído pelo Busca Descontos – maior portal de cupons de descontos do Brasil, Loucas por Descontos – portal de compra coletiva focado no público feminino e LeadMedia – holding francesa especializada em marketing de performance.
“A parceria entre as empresas que agora pertencem ao Grupo BD aconteceu com o intuito de reunir a experiência de cada uma em marketing de performance, com foco na aquisição e fidelização de clientes”. diz Pedro Eugênio, CEO do Busca Descontos em entrevista ao E-Commerce News, acrescentando que “os benefícios englobam fidelização e aquisição de consumidores, o que aumenta consideravelmente as vendas pela internet”.
Eugênio ainda afirma que a parceria coloca o grupo em condições de ser referência em um mercado promissor “A francesa LeadMedia conhece o potencial do mercado brasileiro, que é considerado pouco explorado. A união de todas empresas aconteceu para criar um grupo que seja referência no mercado de marketing de performance. O interessante é notar, que devido a fusão das empresas envolvidas, o grupo BD já nasce grande”.
Com a união das empresas, o Grupo BD atualmente conta com uma média de 200 milhões de impressões mensais e uma base de 5,3 milhões de consumidores. Entre eles, 40% curtem empresas em redes sociais para receber descontos; 67% se cadastram para receber descontos e ofertas das lojas; 30% ficam antenados aguardando promoções; 36% curtem receber ofertas e descontos; 94% procuram oportunidades de compras; 87% compram por impulso. Além disso, segundo o executivo, os preços e falta de descontos são os principais motivos para o abandono de carrinho de compras na plataforma.
Segundo um estudo elaborado pela comScore, 11,6 milhões de usuários visitaram algum site do gênero em abril de 2011 na América Latina, representando 10% dos internautas da região. O Brasil é responsável por mais da metade da audiência deste mercado, com 6,8 milhões dos indivíduos, o que representa 16% de todos os usuários conectados do país.

Uma arma poderosa das Redes Sociais

REDIAGRAMAÇÃO/REPRIORIZAÇÃO/REEDIÇÃO

1. Alguns jornalistas criticam as simples cópias de matérias divulgadas pelos jornais e revistas, feitas nas redes sociais, dizendo que são cópias e não acrescentam nada. Não é bem assim. Uma notícia, num pequeno espaço na página 20, quantos leitores terá num jornal de grande circulação? 2% ou menos. E que memória traz aos que leram? 1% ou menos. Os destaques em redes sociais podem gerar um volume de leitura muito maior que o gerado na origem. E que se cite sempre a fonte.
            
2. Alguns jornais preferem usar um sistema de folheamento eletrônico por paginação, mantendo a lógica de diagramação do editor. Outros listam as matérias e deixam aos internautas o critério de prioridade de leitura, sem que sejam submetidos à lógica da diagramação -páginas, locais, tamanhos, leads, fotos relativas. O sistema de folheamento eletrônico apenas dá mais trabalho aos internautas, mas não consegue mudar a autonomia das redes sociais e o uso das matérias.
            
3. Na campanha de 2000 a prefeito do Rio, a agência Tática, que fez a TV do candidato Cesar Maia, no segundo turno, criou um quadro -"De Olho na Notícia"- permitindo ao candidato "rediagramar" ou "repriorizar" as matérias publicadas nos jornais do dia, na noite do mesmo dia. Com isso, a audiência de uma pequena matéria oculta era multiplicada por milhares e milhares de leitores-telespectadores, equilibrando o noticiário da forma que melhor convinha ao candidato.
            
4. É isso o que fazem as redes sociais, ao repriorizar as matérias, ao rediagramá-las. De nada serve alguns veículos lutarem contra esta lógica. As redes sociais fazem seu próprio "jornalismo", com notícias repriorizadas, relembradas e rediagramadas. É assim mesmo e será cada vez mais.
            
5. Isso nada tem a ver com a cobrança por acesso ao trabalho da mídia. Este Ex-Blog concorda inteiramente que se cobre, pois se trata do trabalho de jornalistas profissionais, que tem custo. Afinal, os "clippings" de notícias já fazem isso há décadas, igualando, na centimetragem, matérias de centimetragem muito diferente na origem. Só que, nos "clippings", a difusão, multiplicação, aglomeração, têm impacto milimétrico, perto das redes sociais, com uma ou outra matéria desses mesmos "clippings". Se nunca se reclamou dos "clippings", por que reclamar agora das redes sociais, dos internautas?