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Poupança teve o pior mês da história

A Caderneta de Poupança registrou saída líquida de R$ 19,7 bilhões em janeiro. Esse foi o maior resgate mensal de recursos da série histórica, iniciada em 1995. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (4.fev.2022) pelo BC (Banco Central). Eis a íntegra do relatório (128 KB). ...

O recorde anterior era de janeiro de 2021, quando houve retirada líquida de R$ 18,15 bilhões. A captação líquida da Poupança é calculada pelos depósitos subtraídos pelos resgates.

por Hamilton Ferrari no Poder 360
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Desafios do financiamento imobiliário

Nos próximos os principais serão dois:

  1. Como arranjar recursos 
  2. Como enfrentar a realidade próxima, de redução da rentabilidade da caderneta de poupança.
Criou-se consenso entre os especialistas que, mantidos os ritmos atuais de crescimento da poupança e dos financiamentos, os recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) dariam para mais dois anos.
Um outro problema será a próxima redução da rentabilidade da caderneta, assim que os juros da taxa Selic se aproximarem do piso.
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Para a faixa de 0 a 3 salários mínimos, não haverá problemas, segundo o presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Hereda. Há os recursos do FGTS e também as dotações do Tesouro para complementar a renda.
Os números da CEF dão ideia da explosão dos financiamentos: saiu de R$ 5 bilhões concedidos no período 2003/2004 para R$ 77 bilhões no ano passado. São mais de 4.100 contratos diários, no valor total de R$ 300 milhões por dia. Este ano é possível que se bata a meta de R$ 90 bilhões em financiamentos novos, com inadimplência inferior a 2%.
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Atualmente o crédito imobiliário responde por 4% do PIB. Há condições de chegar a 15% em poucos anos, mas dependendo das fontes de recurso.
Existem algumas soluções transitórias, dependendo da política monetária do Banco Central. Hoje em dia incide 20% de compulsório sobre a poupança, que poderia seria reduzido. Mesmo assim não esticaria em muito o prazo de esgotamento dos recursos, segundo o presidente do Banco Itaú-Unibanco Roberto Setubal.
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Outra saída seria a securitização dos contratos – ou seja, com base no recebimento futuro das prestações lançar fundos e captar mais recursos no mercado. Com as práticas bancárias brasileiras, diz Hereda, seria impossível repetir o desastre ocorrido nos Estados Unidos, onde o pecado maior estava na originação – isto é, na segurança de recebimento do primeiro contrato.
Atualmente existem cerca de R$ 4,2 bilhões em contratos securitizados. Há espaço para se chegar aos três dígitos, realimentando os recursos para financiamento habitacional. Essas companhias securitizadoras emitem CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) que já são adquiridos por investidores institucionais.
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Outro caminho perseguido é o dos chamados “covered bonds”. É um conjunto de títulos, tendo por base os financiamentos, mas que permanece na carteira dos bancos, que dá garantias adicionais aos tomadores. Com base nessa carteira são emitidas Cédulas Hipotecárias. Ao poupador poderia ser oferecido um mix entre caderneta de poupança e Cédula Hipotecária.
A questão central é que, enquanto a Selic estiver em patamares acima de 8% ao ano, inviabilizará qualquer crescimento do mercado de títulos privados.
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Esse é mais um dos pontos a confirmar o momento em que o Brasil se tornará uma China: quando a taxa de juros estiver em níveis internacionais e o câmbio competitivo. Aí uma montanha de recursos – hoje aplicada na rolagem da dívida pública – será realocada para investimentos privados e em infraestrutura.

Artigo semanal de Delúbio Soares

O BRASIL QUE CRESCE E POUPA
 
Há 140 anos uma de nossas instituições financeiras mais sólidas, a Caixa Econômica Federal, lançava a caderneta de poupança. O objetivo era estimular e permitir que os brasileiros guardassem um pouco de seus rendimentos, em aplicação segura e de longo prazo, com remuneração satisfatória e a total garantia da Caixa.

Desde o seu lançamento a nova modalidade de aplicação financeira foi um sucesso. Milhões de brasileiros confiaram à poupança os recursos advindos da economia familiar, formando um grande fundo de financiamento que tem extraordinária responsabilidade pela construção de conjuntos habitacionais por todo o país, propiciando a realização do sonho da casa própria às camadas mais simples de nossa sociedade.

A poupança passou a ser tanto um recurso válido e de reconhecidas eficiência e segurança para os aplicadores quanto um instrumento poderoso de desenvolvimento econômico e social.

Pela primeira vez na história de nosso país, o saldo das cadernetas de poupança chegou aos R$ 400 bilhões, segundo relatório do Banco Central. Agosto de 2011 a captação líquida foi de R$ 2,222 bilhões. As contas de poupança já existentes no sistema registraram o expressivo rendimento de R$ 2,456 bilhões. Ao final do mês de agosto o saldo das cadernetas de poupança era de R$ 401,763 bilhões depositados, contra R$ 397,085 bilhões no mês de julho.

Trata-se de um recorde histórico, jamais alcançado antes por qualquer outro governo. É fruto tanto da boa situação econômica nacional e da credibilidade da caderneta de poupança como opção de investimento garantida pela União, quanto do fato dos brasileiros terem retomado o hábito de guardar parte de seus rendimentos, estimulando uma fortíssima poupança interna. Os brasileiros estão ganhando melhor e, portanto, podem poupar.

Em tempos de crise, nos processos de recessão econômica, desemprego e inflação, com a sociedade convulsionada e tanto os trabalhadores com perdas colossais quanto a classe média empobrecida – como foi o caso do governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB e do DEM – o brasileiro não poupou como costumava nem como deveria. O motivo é de fácil compreensão: não sobrava dinheiro para guardar ao final de cada mês! Com ganhos achatados, trabalhadores, funcionalismo público e aposentados tratados de forma vil, à mercê de congelamento salarial que durou praticamente uma década, a prioridade dos brasileiros era sobreviver, não era poupar. Houve um desestímulo oficial à poupança interna, de imensa irresponsabilidade política e inédita crueldade social, além de trazer prejuízos econômicos imensos ao Brasil, como menos recursos para a construção das habitações populares, por exemplo. Em suma: o estilo frio, desumano e arrogante dos tucanos tratarem toda e qualquer questão de interesse de nossa gente mais humilde.

A poderosa classe média, que consome e gira a economia, o desemprego é coisa dos anos de FHC e do tucanato: o Brasil vive o pleno emprego desde o governo Lula! E a cada mês no governo de Dilma Rousseff se abrem mais algumas centenas de milhares de vagas em todos os Estados, de Norte a Sul, absorvendo a mão-de-obra e impedindo que a chaga do desemprego reapareça e volte a ser um flagelo para as famílias e um drama para o país. E o trabalhador empregado, quase sempre, poupa.

Em tempos de mercados voláteis e de renda variável, que apresentam muitos riscos e quase nenhuma segurança aos investidores, a caderneta de poupança, tão velha e tradicional, ainda é uma excelente aplicação. O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) destina 65% de todos os seus recursos para o mercado imobiliário, financiando a construção civil, as casas populares, gerando milhões de postos de trabalho, movimentando uma massa impressionante de recursos que beneficia direta e indiretamente empresas, Municípios, Estados, prestadores de serviço e, em última instância, o próprio país.

Na mesma semana em que se anuncia tão importante recorde histórico de captação da poupança, outra boa notícia nos é dada pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), organismo dos mais respeitados no cenário internacional, dando conta de que o Brasil avançou cinco posições e já é o 55º país mais competitivo do mundo. Mesmo salientando a necessidade de se promover algumas mudanças estruturais a médio prazo, o WEF destaca o grande mercado consumidor interno e o ambiente propício para negócios sofisticados, como a tecnologia de ponta.

São dados da maior importância, que atestam a competência gerencial e a missão histórica de construção de um país mais justo e democrático, características dos governos petistas de Lula e Dilma.

Poupança volta a ter superávit


Depois de 2 meses consecutivos de saques acima dos depósitos, a caderneta de poupança voltou a apresentar resultado positivo. 

Em junho, os depósitos superaram as retiradas em R$ 220,427 milhões. 

Nos meses de abril e maio deste ano, foi registrada captação líquida negativa de R$ 1,762 bilhão e R$ 1,301 bilhão, respectivamente. 

O resultado ficou abaixo do registrado no mesmo período de 2010 (R$ 4,178 bilhões).

Poupança bate recorde de captação no semestre

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !
R$ 12, 2 bilhões no semestre é a maior captação da poupança desde o plano Real - Itamar Franco -.

O brasileiro está apostando na poupança. 

O efeito pode ser visto pela captação dos seis primeiros meses do ano, que chegou a R$ 12,24 bilhões. 

O volume (saldo entre depósitos e retiradas) é o maior desde que o Banco Central começou a tabulação, em 1995.

 Crescimento de renda e de emprego é apontado como a fonte da confiança nessa aplicação.

Poupança nas alturas

Anote aí: o IGP-M, índice de correção de contratos financeiros e imobiliários, ensaia fechar 2009 em 0,30%, menor índice anual desde a estréia do Real. A projeção é do mercado financeiro, em relatório semanal divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. Nos últimos 12 meses, o mesmo IGP-M acumulou deflação de 0,50%.

Os bancos também apostam que a taxa básica de juros, a Selic, agora de 8,75%, vai ficar congelada por aí até o ano que vêm.

Abaixo disso, haveria migração dos fundos de renda fixa para a caderneta de poupança. Que vai muito bem, obrigada.

O saldo de depósitos deve fechar o mês perto de R$ 290 bilhões. Em julho do ano passado, foi de R$ 250 bilhões.

Destaque da Abecip: a captação líquida da poupança passou de R$ 1,3 bi em junho do ano passado para R$ 1,8 bi em junho deste ano. E, se de 1º a 21 de julho do ano passado ficara em R$ 932 milhões, no mesmo intervalo de julho deste ano, saltou para nada menos de R$ 3,2 bi.

Dilema caipira

Não dá pra explicar todo esse rearranjo nos ganhos da renda fixa e da caderneta em poucas linhas. Mas, com ele, fica garantida a redução continuada dos juros na base dos depósitos e na ponta dos créditos.

E quem ganha e quem perde com isso?

Poupadores da caderneta e investidores de fundos não perdem nem ganham. Fundos e bancos apenas se livram da concorrência futura da caderneta, quando a Selic ficar abaixo de 10% ao ano.

Verdadeiros ganhadores serão os tomadores de crédito, a juros menores. E, por linhas tortas, o próprio governo: ele vai perder R$ 3,5 bilhões nos impostos da renda fixa e recuperar R$ 11,5 bilhões nos juros da dívida pública. 

Em resumo, o governo conseguiu resolver o velho dilema do caipira mineiro, o de não deixar o cabrito morrer nem a onça passar fome. 

Analogia

São nos pequenos detalhes(?) que as diferenças abismais aparecem.

Prestem atenção: 

A mexida feita na poupança pelo governo atinge apenas 1% dos poupadores. 

Acontece que o din-din destes poupadores representa 41% dos depósitos.

Os 99% que não foram importunados com estas mudanças são os donos de 59% do total.

Aí vem a pergunta pertinente:

Os tucademos estão defendendo quem, os 99% dos poupadores ou o 1%?

Como sempre eles estão defendendo quem tem mais $$$.

O PT e o governo estão defendendo quem, os 99% dos poupadores ou o 1%?

Como sempre está defendendo quem tem menos $$$.

Tradução eleitoral:

A oposição fica com os votos dos que possuem mais $$$.

O PT fica com os votos dos que possuem menos $$$.

Resultado final:

59 x 41 capicce