Não dá pra explicar todo esse rearranjo nos ganhos da renda fixa e da caderneta em poucas linhas. Mas, com ele, fica garantida a redução continuada dos juros na base dos depósitos e na ponta dos créditos.
E quem ganha e quem perde com isso?
Poupadores da caderneta e investidores de fundos não perdem nem ganham. Fundos e bancos apenas se livram da concorrência futura da caderneta, quando a Selic ficar abaixo de 10% ao ano.
Verdadeiros ganhadores serão os tomadores de crédito, a juros menores. E, por linhas tortas, o próprio governo: ele vai perder R$ 3,5 bilhões nos impostos da renda fixa e recuperar R$ 11,5 bilhões nos juros da dívida pública.
Em resumo, o governo conseguiu resolver o velho dilema do caipira mineiro, o de não deixar o cabrito morrer nem a onça passar fome.
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