Uma série de bonecos produzida pela National Entertainment Collectibles Association em parceria com o estúdio The Weinstein Company com os personagens de "Django Livre", novo filme de Quentin Tarantino, é alvo de várias críticas nos Estados Unidos.
Apesar de serem indicadas para maiores de 17 anos, as "action figures" (como são chamadas pelos colecionadores americanos) retratam o escravocrata Calvin Candie (Leonardo DiCaprio) e, principalmente, o "escravo caseiro" Stephen (Samuel L. Jackson).
"É um tapa na cara de nossos ancestrais", disse ao jornal "The Guardian" Najee Ali, diretor da organização de direitos civis Projeto Esperança Islâmica, que pede a retirada dos bonecos das prateleiras. "Sentimos que banaliza os horrores da escravidão e o que os afro-americanos sentiram."
Ali, no entanto, não é contra o filme e já foi ao cinema duas vezes para vê-lo. O reverendo KW Tulloss, da Rede de Ação Nacional, também entende que o longa é para adultos, mas "os bonecos têm apelo infantil". "Não queremos que as pessoas os usem para a diversão e faça uma brincadeira com a escravidão."
No site da Amazon, os bonecos, que custam cerca de US$ 35 (R$ 70), divide os comentários.