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Dirceu rindo a toa

Quando soube que os tucanos pretendem convoca-lo para depor na mais nova CPI contra a Petrobras o ex-ministro José Dirceu não conteve o riso. "Notícia melhor que está eu não poderia receber. Que me convidem ontem, será um prazer comparecer ao Congresso Nacional, afirmou achando graça".



Josias de Souza: no escurinho da cpi, PT e PSDB se entendem

Sob refletores, Aécio Neves fez um pronunciamento de mostruário no plenário do Senado. Peito estufado, soou enfático: "Chamo a atenção desta Casa e dos brasileiros para o que vou dizer." As frases saltavam-lhe dos lábios embebidas de sangue. "Qualquer diálogo tem que estar condicionado especialmente ao aprofundamento das investigações e exemplares punições daqueles que protagonizaram o maior escândalo de corrupção da história desse país, já conhecido como petrolão."
Com loquacidade ensaiada, Aécio aproveitou os mais de 51 milhões de votos que recebeu dos brasileiros para elevar a estatura da oposição. Longe dos holofotes, no entanto, o PSDB dialogou com o PT para rebaixar o teto na CPI da Petrobras. A portas fechadas, tucanos, petistas e Cia. definiram o que não desejam investigar. No melhor estilo uma mão suja a outra, tiraram de cena políticos e operadores que estão pendurados de ponta-cabeça no noticiário sobre o escândalo da Petrobras.
Pelo lado do PT, foi à gaveta o requerimento de convocação do tesoureiro João Vaccari Neto, acusado de fazer o traslado da propina da Petrobras até as arcas do petismo. Enfurnaram-se também as convocatórias da senadora Gleisi Hoffmann e do seu marido, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento). Ela foi apontada como beneficiária de uma youssefiana de R$ 1 milhão para a campanha de 2010. Ele foi apontado como uma espécie de agenciador.
No jogo de proteção mútua, o tucanato tirou de cena um potencial depoente chamado Leonardo Meirelles. Trata-se do empresário que, investido da autoridade de laranja do doleiro Alberto Youssef, declarou à Justiça Federal ter repassado propinas extraídas de negócios da Petrobras para o deputado pernambucano Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB federal, já morto.


Os acertos que transformaram o discurso de Aécio em palavras cenográficas foram feitos numa reunião a portas fechadas, antes do início da sessão da CPI. O repórter Gabriel Mascarenhas conta que o deputado petista Marco Maia, relator da comissão, achou tudo normalíssimo: "Gente, foi um acordo político, feito por todos os presentes, que se resolveu, em função da falta de densidade das denúncias, não produzir nenhum tipo de oitiva neste momento.''
O deputado tucano Carlos Sampaio dançou conforme a música, um chorinho bem brasileiro: "Decidimos excluir os agentes políticos e os citados nas delações premiadas. Abrimos mão de ouvir Gleisi e Vaccari. Todo mundo concordou.'' Repita-se, por eloquente, a última frase: "Todo mundo concordou". Espanto! De novo: "Todo mundo concordou". Pasmo! Mais uma vez: "Todo mundo concordou". Estupefação."
No escurinho da CPI, tucanos, petistas e toda a banda muda do Congresso desistiram também de quebrar os sigilos bancários, fiscais e telefônicos das empreiteiras acusadas de fraudar contratos na Petrobras. Optou-se, veja você, por requerer explicações por escrito. Estipulou-se um prazo: dez dias. A CPI ameaça torcer o nariz de quem desobedecer.
Sempre se soube que empreiteiras enxergam na testa dos políticos apenas o código de barras. E, de tempos em tempos, surge uma CPI para revelar os atalhos que levam os congressistas para proveitosos diálogos com potenciais financiadores.
Horas antes de Aécio discursar sobre suas condições para o diálogo, Dilma Rousseff dissera no Planalto que, passada a eleição, é hora de "desmontar os palanques". Na CPI, as "condições'' e o "palanque'' já sumiram. Ali, tucanos e petistas estreitam a inimizade e exercem seu último privilégio, que é o de poder escolher seus próprios caminhos para a desmoralização. Por sorte, sempre que a Polícia Federal e o Ministério Público entram numa jogada, como na Operação Lava Jato, a promiscuidade pode acabar na cadeia.

Oposição que foi ao STF por CPI, recusa participar dela

A hipocrisia tem pernas curtas: depois de recorrer ao STF, oposição recusa-se a participar das investigações que vão apurar denúncias de irregularidades na maior empresa estatal brasileira
Após pormenorizar todo o trajeto que a proposta da CPI da Petrobras percorreu no Senado, deixando claro que os partidos da oposição tiveram tempo mais do que suficiente, e também para evitar que esses mesmos partidos apresentassem queixas de parcialidade, e que foram cumpridos todos os prazos regimentais, o presidente do Senado, Renan Calheiros, na tarde desta terça-feira (13) indicou os nomes que as bancadas do PSDB, do DEM haviam se recusado a fazer para integrar a CPI da Petrobras. Foram escolhidos Cyro Miranda e Lúcia Vânia, ambos do PSDB, e Wylder Morais, do DEM – todos do estado de Goiás.
As indicações incomodaram. Os mesmos senadores que fizeram barulho na grande imprensa amiga quando bateram às portas do STF, reagiram indignados contra o “desrespeito ao estado de Goiás” que estaria expresso na escolha dos nomes. Uníssonos, cumpriram o comando do líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), com uma única resposta: “Não gastaremos nenhuma energia com essa CPI”.
São tortuosos os caminhos da hipocrisia. Mas, na política, eles não tardam a aparecer com clareza. Ao longo de todo o mês de abril, os tucanos e o DEM praticamente paralisaram os trabalhos do Senado alardeando a necessidade de criação de uma CPI
para investigar a Petrobras. O discurso monotemático era sacado em meio a qualquer debate, para que a imprensa amiga tivesse justificativa para os espaços dos jornais do dia seguinte. Nesse período, é bom lembrar, o PT não criou nenhum obstáculo para impedir a investigação, limitando-se a denunciar seu caráter eleitoreiro, do qual surge até mesmo a denúncia de que as investigações facilitarão o achaque contra empresas contratadas pela Petrobras.

A oportunidade da CPI da Petrobras, para o PT, abriu a oportunidade para que, na mesma comissão de inquérito, fossem investigados outros dois casos concretos de corrupção – ambos, por coincidência, ausentes do noticiário diário: o do desvio de cerca de R$ 850 milhões em obras para os metrôs de São Paulo e do Distrito Federal e do prejuízo, ainda inestimado, do desvio de recursos de um projeto de sinal de wifi (comunicação sem fio) nos estados da Paraíba e de Pernambuco.
Mas a oposição insistiu e foi ao STF. A CPI da Petrobras deveria investigar tão somente a maior empresa estatal brasileira – o que foi alcançado pela decisão monocrática da ministra do STF, Rosa Weber.
O comportamento volúvel da oposição foi lamentado pelo líder do PT, senador Humberto Costa (PT-PE). “Me admira ver a oposição, que demonstrou tanta garra, tanto desejo de investigar, no momento em que as condições estão sendo dadas para a investigação ser feita, apressam-se em rejeitar a indicação, em comunicar que não farão parte [da CPI], mostrando, mais uma vez, que não há uma intenção efetiva de investigar”. Para Humberto, ficou patente que, desde sempre, o que havia era o desejo de transformar a CPI no palco de uma disputa político-eleitoral.
O líder destacou que a CPI da Petrobras já poderia estar funcionando, não fosse a recusa de DEM e PSDB de indicar seus representantes na comissão — o que levou o presidente do Senado a indicar os nomes dos senadores Vania, Miranda e Morais. Humberto também ponderou que, com as indicações, a CPI poderia ser instalada até mesmo nesta quarta-feira (14). “Se há interesse efetivo da oposição de fazer essa investigação, nós poderemos começar isso amanhã. Por que esperarmos para depois do dia 20, ou até o final do mês para termos uma CPI mista?”, questionou.
Os oposicionistas não conseguiram explicar a mudança de posição e a expressa deliberação de enterrar uma CPI que tanto lutaram para criar. O tucano Álvaro Dias (PR) chegou a pregar que “uma dose maior de sinceridade ficaria bem ao Parlamento”, mas a fala foi alarme falso, pois logo em seguida ele emendou a mesma arenga sobre a necessidade de investigar as graves denúncias contra a Petrobras”, só que agora não mais no Senado, mas no Congresso, que só volta a se reunir no dia 20 de maio. Com o calendário legislativo premido pela Copa do Mundo e as eleições, pode ser tarde demais para garantir o pleno funcionamento da comissão. 

Oposição não quer investigar, oposição quer tumultuar


Gleisi: ao perguntar nomes indicados para
CPI, senadora descobriu que não havia
nenhum tucano

Está mais que provada a intenção eleitoreira do PSDB/DEM e cia com a CPI da Petrobras. Ontem a farsa foi desmascarada

Os dois principais partidos de oposição – PSDB e DEM – deixaram evidente, nesta terça-feira, que seu principal objetivo é transformar em debate político-eleitoral a investigação de eventuais irregularidades na compra da refinaria Pasadena (EUA) pela Petrobras em 2006. Quem desnudou essa estratégia foi a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) ao pedir que o presidente do Senado fizesse a leitura dos nomes indicados para compor a CPI do Senado. Renan Calheiros leu os nomes já indicados pelo bloco liderado pelo PMDB, pelo PT e pelo PTB, mas não se ouviu um nome qualquer senador,  seja do PSDB, seja do DEM.
O líder do PSDB, Aloysio Nunes (PSDB-SP), justificou dizendo que é o PT, o governo que não quer investigar nada, e ainda acrescentou que uma melhor investigação aconteceria não com senadores, somente, mas com a presença de deputados.
Mas a senadora Gleisi Hoffmann, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), o líder do Governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE) e o líder do Governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM) lembraram de um detalhe sui generis: o PSDB e o DEM apresentaram um requerimento e colheram assinaturas para a abertura de uma CPI para investigar a Petrobras. Em plenário, o próprio presidente do Senado recorreu das decisões e remeteu para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisar e aprovar se a CPI deveria ou não ter um fato determinado a investigar.
O parecer da CCJ foi aprovado, indicando que a CPI do Senado poderia investigar também não apenas a compra de Pasadena pela Petrobras, mas outros pontos, como o Porto de Saupe, a Ideia Digital e o escândalo de corrupção no metrô de São Paulo.
Então, senadores do PSDB e do DEM, e outros três da base do governo, foram ao Supremo numa tarde para apresentar o mandato de segurança, com direito a ampla cobertura da imprensa. Os jornais publicaram fotos, com destaque ao senador Aécio Neves que é o candidato do PSDB à presidência. As fotos estamparam as páginas e rodaram o Brasil. Aécio e sua trupe deram entrevistas e não pouparam críticas pesadas, do tipo que a corrupção precisa ser investigada, que a Petrobras está quebrada, que os preços das ações estão caindo.
Ao julgar o mandato de segurança, a ministra Rosa Weber julgou favoravelmente ao pedido da oposição, ou seja, a CPI deveria investigar a compra da refinaria, deixando os outros pontos fora da investigação – aliás, como queria a oposição.
O presidente Renan Calheiros chegou a indicar que poderia recorrer ao pleno do STF (todos os onze ministros julgam o pedido) para uma melhor análise da decisão monocrática (de um único ministro, no caso a ministra Rosa Weber) mas não fez isso. O líder do PT, Humberto Costa, em diversas entrevistas, indicou que o PT também não recorreria da decisão.
“Decisão do STF é para ser cumprida”, repetiu diversas vezes, assim como a senadora Gleisi Hoffmann disse na tarde de hoje, fazendo um apelo para que a própria oposição indique os nomes dos seus senadores para que a CPI seja instalada.
Mas não. O discurso reducionista da oposição dá a entender que o Senado não é capaz de conduzir as investigações, que, aliás, já estão em curso pelos órgãos de controle e fiscalização – TCU, Polícia Federal, Ministério Público e Controladoria Geral da União. O líder do PSDB, Aloysio Nunes, afirmou que não indicou os nomes porque quer esperar a sessão de amanhã, do Congresso Nacional, quando espera que seja decidida a criação de uma CPI mista.
Mas essa contradição foi motivo de críticas. Gleisi lembrou que a oposição obteve uma decisão judicial para instalar uma CPI no Senado, e cobrou coerência da oposição, ou seja, que indique os nomes para a CPI começar amanhã se for o caso.
O líder do DEM,  senador José Agripino (RN), disse que era necessária a presença de deputados na investigação, para um melhor trabalho, mas Gleisi apontou como o tempo fez mudar o posicionamento do ex-líder do PFL, até porque em 2008 defendeu com unhas e dentes que uma CPI mista para investigar o uso de cartões corporativos. Na ocasião, lembrou Gleisi, Agripino fez a seguinte manifestação: “eu advogo a tese de que se não derem a oportunidade democrática de ocupar uma das funções, nós deveremos abrir uma CPI exclusiva do Senado, onde as forças são equilibradas e onde teríamos o presidente e o relator para oferecer à sociedade uma investigação transparente”.
Gleisi observou, então, o seguinte: “muda-se a posição conforme a conveniência. Àquela época, queria se fazer duas CPIs. Já havia uma CPI mista e queria fazer uma CPI exclusiva do Senado porque não encontravam guarida, não tinham maioria ou não tinham condições de fazer o debate que melhor lhes aproveitava naquele momento. E agora muda-se a posição?, questionou. Com isso, além de recobrar a coerência da oposição fez um apelo aos líderes da oposição para que indiquem os nomes da CPI.
O líder do Governo no Senado, senador Eduardo Braga, acrescentou que o verdadeiro interesse da oposição é fazer uma investigação pela mídia, cujo verdadeiro interesse é fazer um debatepolítico eleitoral envolvendo a maior empresa do Brasil. Mais cedo, o senador Jorge Viana foi direto e sugeriu que uma CPI mista pode esconder um interesse maior, ou seja, ser usada por partidos políticos que querem, na verdade, fazer caixa de campanha.
Marcello Antunes
http://www.ptnosenado.org.br/textos/69/29577#.U2mm-WjBjGs.facebook

Chantagem eleitoral explícita

O texto abaixo não condiz com a verdade. 
O PT não assina embaixo.

Imunidade, por Ilimar Franco

 O Globo
Governo e oposição estão armados para a guerra da CPI. Mas num ponto estão de acordo. PT e PSDB não pretendem convocar os empresários Fábio Barbosa, Cláudio Haddad e Jorge Gerdau para explicar Pasadena. Eles são do Conselho de Administração da Petrobras. As eleições estão aí, e todos os partidos precisam de financiamento.

Fernando Brito depena tucademopiganalhada

Mininistra Rosa Weber, investigar quem é o pai da Cláusula Marlim a CPI da Petrobras pode ou não?

O Fernando Brito, como sempre, desmonta a hipocrisia tucana.

Não fica bico sobre bico !

Nem Folha sobre Folha !

(Não deixe de ler “Como FHC destruiu, vendeu a Petrobrax”, onde o Ricardo Melo pergunta: e o Cláudio Haddad, o cérebro local de Chicago, vai ser chamado para depor na CPI ?)

CLÁUSULA MARLIM: A PARTILHA DA PETROBRAS NO GOVERNO FHC. E A GLOBO ESTAVA LÁ…





Todo mundo já ouviu falar da tal “Cláusula Marlim”, sobre a qual se diz o diabo nestas denúncias sobre a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras.

Mas porque ela tem este nome?

Um artigo do engenheiro Pedro Celestino Pereira, no site do Clube de Engenharia, dá pistas para entender a razão e, procurando um pouquinho, contar uma história escabrosa.

A de como pelo menos 30% do petróleo do maior campo de petróleo do Brasil até meados da década passada – uma espécie de Libra do pós-sal – foi colocado á disposição de um grupo de empresários por um acordo, sem leilão ou outra modalidade de licitação, com lucro garantido e apropriação do valor do óleo diretamente na sua comercialização, em caso de não pagamento destes ganhos.

Pelo menos 30% na maior parte do tempo,  porque havia a previsão de em 2002, a Marlim ter o direito de abocanhar até 70% de todo o petróleo de Marlim.

E era muito petróleo…



Não são alguns pocinhos mixurucas, mas a maior reserva de petróleo do Brasil àquela época, representando quase a metade de toda a produção da bacia de Campos.

Como você lê no recorte antigo do Estadão, 410 mil barris de petróleo por dia,  que chegaram a 500 mil no auge de sua produção, e que hoje, 14 anos depois, ainda produz 200 mil barris diários, o terceiro maior campo do Brasil.

A obra foi resultado da ação de dois presidentes da Petrobras do período FHC – Joel Mendes Rennó e Henri Philippe Reichstul e de um diretor financeiro da estatal, o senhor Ronnie Vaz Moreira.

Sob a coordenação do ABN Amro Bank – dirigido por Fábio Barbosa, depois membro do Conselho Administrativo da própria Petrobras e agora CEO do Grupo Abril – um grupo de investidores reuniu-se para formar a Companhia Petrolífera Marlim e, a seguir, a Marlim Participações, um truque para permitir que o governo empurrasse para lá dois fundos de pensão, os da Petrobras (Petros) e da Vale (Valia), que a legislação impedia de participarem diretamente.

O objetivo era financiar a complementação do projeto de exploração do campo, onde a Petrobras já tinha gasto US$ 3,5 bilhões, de um total de US$ 5 bilhões previstos.

Entre os acionistas, além do ABN Amro, estavam a Sul América, o Bradesco e o JP Morgan e, claro, o BNDES, que desempenhou um papel muito importante: o de permitir que nenhum deles tirasse sequer um tostão do bolso, oferecendo um empréstimo para a integralização dos primeiros 200 milhões de dólares, a ser pago com os lucros da Marlim.

O resto foi obtido no mercado, com o lançamento de notas promissórias de médio prazo (Medium Term Notes) lançadas pela Marlim no exterior e por debêntures recompráveis e com cláusulas de garantia de lucros.

As debêntures foram compradas por grandes empresas, muitas delas beneficiárias da privatização: Vicunha Siderurgia (Benjamin Steinbruch – CSN), Machadinho Energia (associação entre a Alcoa e a Votorantim), CPFL (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa), Telemar, Finasa (família Bueno Vidigal, à época) e… Globocabo…

A Globocabo, como se sabe, era a NET, que a Globo acabou vendendo para Carlos Slim, o dono da Claro…

Todo o negócio, que era uma forma de encobrir um endividamento da Petrobras, foi resgatado ao longo de dez anos e se constituiu uma espécie de “partilha” informal do petróleo de Marlim, do qual a Petrobras era concessionária integral e operadora.

Só que, ao contrário da partilha hoje vigente, não foi um processo público de disputa e não havia risco algum para os investidores, porque o petróleo estava penhorado em garantia dos pagamentos.

Por isso o nome Marlim passou a representar rentabilidade garantida.

O negócio era tão bom que seus dois principais operadores na Petrobras, Reichstul e Ronnie Vaz, saíram de lá, em 2002, direto para serem os chefes da Globopar, dedicados à tarefa de captar recursos para evitar a iminente falência da empresa dos Marinho, atolada em dívidas monstruosas.

Reichstul foi expelido alguns meses depois, mas Ronnie Vaz ficou como presidente da Globopar, até ser convocado por Aécio Neves para a direção financeira da Light, quando esta foi comprada pela Cemig. Agora, trabalha para a alemã EON, cuidando de salvar do desastre a Eneva, novo nome da MPX de Eike Batista.

Agora que vai mesmo ter a CPI da Petrobras, é um tema bem adequado a ela, para estabelecer a origem da tal “Cláusula Marlim” de que tanto falam.

Será que, depois disso, o PSDB tem alguma pergunta a fazer sobre esta cláusula que, frise-se, não valeu na compra de Pasadena?

Afinal, o objetivo é investigar o que se fez na Petrobras, não é?

Então que se investigue os pais da “Marlim”.

Para que Congresso Nacional?

É por isso que a considero uma desqualificada
Se o Legislativo - Câmara Federal e Senado - se deixam pautar pelo Judiciário, para que mais votar e eleger Deputados Federais e Senadores?
Tudo o que diz respeito ao trabalho parlamentar deve ser decidido pelos seus membros. Nunca, jamais o Legislativo deve permitir que o Judiciário paute os seus trabalhos.
Quem decide o que vai a julgamento e quando no STF, o presidente da Câmara, o presidente do Senado?
Muito bem, se o Senado aceitar que uma Desqualificada ministra do STF imponha por meio de uma liminar - que pode ser derrubada pelo plenário do STF - a instalação de qualquer cpi que seja, eu Joel Leonidas Teixeira Neto, não voto mais para eleger parlamentares.
Pronto falei!

Política no Facebook

A história está aqui para provar. 
Se o governo fosse do PSDB,
Tudo mundo sabe que a imprensa nem falaria em cpi da Petrobras.
Melhor, não haveria nem Petrobras.

CPIs - Chega de conversa fiada

Os que leem esta coluna sabem que sempre fui favorável a todas as CPIs. 
Quando é eleitoreira, que se faça e que se saia bem quem não tiver nada desabonador. 
Se não é eleitoreira, melhor ainda. Agora, o que não se pode aceitar é que justamente em ano eleitoral se queira investigar apenas um lado, livrando o outro lado, também sob suspeita. 
Neste caso, se cada CPI precisa ter um foco determinado, que se façam duas, inclusive porque a Petrobras, como os metrôs de São Paulo e o Porto de Suape, envolvem verbas federais.

por Neno Cavalcante na Coluna É no Diário do Nordeste

Quem tem medo de uma cpi ampla?

Era uma vez uma CPI proposta para "identificar responsabilidades no setor da administração pública em decorrência de qualquer tipo de corrupção". 
Alguém contra?
A oposição é contra. 
O PSDB e seus coadjuvantes: o PSB, o PSOL e a intrépida trupe de senadores que são oposição em partidos que são governo, como Cristovam Buarque e Pedro Taques, do PDT; Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos, do PMDB. Eles querem uma CPI minimalista, para não dizer míope, para investigar apenas a compra de uma refinaria em Pasadena, na Califórnia, pela Petrobras.

Segundo a suspeita oposicionista, a Califórnia fica do outro lado da rua que atravessa a Praça dos Três Poderes. Dá para ir a pé, do Senado. Pasadena fica, pelo que imaginam, no 3º. andar do Palácio do Planalto.

Essa não é a primeira CPI da Corrupção. Em 1988, o então senador senador Fernando Henrique Cardoso e a maioria dos parlamentares peemedebistas que, um ano depois, formariam o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), apoiaram o requerimento de criação de uma CPI que tinha como objetivo identificar responsabilidades “na administração pública” e em decorrência “de qualquer tipo de corrupção". 

Versão estendida da CPI terá faixa comentada por FHC

JornaleNacionale - Depois de ceder ao director's cult e aprovar uma CPI estendida, o Congresso anunciou uma série de penduricalhos. 
O produtor escondido Boca de Suvaco confidenciou que teme um fracasso de bilheteria

"Fomos além da vontade popular. Lançaremos uma CPI para colecionadores. Em capa dura, encartaremos um livreto com as bobagens do blogueiro limpinho Ricardo Simlat desde 2004. Teremos também uma comentada por FHC, nossa Ofélia da política brasileira", comentou Merdal Besteira.

José Será Bolinha de papel lembrou que abrangência da CPI é benéfica para o país. Desde que não investigue nada em São Paulo. "Não vamos investigar apenas a Petrobras. Investigaremos a vida social de Aécio Nervoso - o playboyzinho do baixo gávea -, o cocoruto calvo de Eduardo Blablarino e escarafuncharemos mundos e fundos imundos para descobrir porque essa novela das seis, tão bonitinha e ordinária, não dá audiência", esclareceu Geraldalquimim. "Aliás, onde está aquele deputado que revelou ter recebido 200 mil para votar a favor da reeleição? O Brasil precisa saber e nós vamos colaborar", concluiu com os lábios cerrados e os olhos esbugalhados.

A tardinha, Álvaro Horas começou recolher assinaturas para criar uma CPMI para investigar a CPI estendida.

Original no The i-piauí Herald

Carlos Lopez - Dez respostas que a oposição deve dar na CPI da Petrobras

CPI já tem pauta para apurar: o que fez a P-36 afundar sob FHC?
Dez perguntas que ficaram sem respostas
Se o Artur Virgílio e o Tasso tivessem alguma massa cinzenta na cabeça, nunca teriam arrumado essa CPI da Petrobrás. Mas, como eles não têm o hábito de pensar, quem pensa pelos dois é o Álvaro Dias, como se sabe, um tremendo pensador. Fala-se que ele pensa tanto que até anda com os joelhos esfolados.
Mas, se eles não têm o que investigar, nós temos. É verdade que a maioria dos casos é mais para a polícia do que para uma CPI, mas não se pode perder a oportunidade. Já que eles arrumaram essa...
Comecemos pelo afundamento da Plataforma P-36.
No dia 15 de março de 2001, no Campo de Roncador, na Bacia de Campos, pouco depois da meia-noite uma explosão sacudiu a maior plataforma petrolífera do mundo, a P-36, estacionada a 130 Km da costa e capaz de extrair, por dia, 180 mil barris de petróleo e 7,2 milhões de metros cúbicos de gás natural. No momento em que começou a tragédia, a P-36 extraía petróleo de seis poços – o que era uma pequena parte de sua capacidade: ela estava em Roncador para extrair petróleo de 28 poços ao mesmo tempo.
Dezessete minutos depois da primeira explosão, outra, e mais violenta, abalou a plataforma, matando 11 trabalhadores da Petrobrás que, heroicamente, tentavam salvar a P-36. Cinco dias depois, no dia 20 de março de 2001, a maior plataforma petrolífera do mundo – que custou US$ 350 milhões – afundou, submergindo a uma profundidade de 1.200 metros, levando junto 1.500 toneladas de petróleo.
Por que ela afundou? Como pôde a maior plataforma do mundo ter afundado em cinco dias, deixando filhos sem pai e mulheres sem marido, homens que, como aqueles do poema de Pessoa, não tinham a alma pequena? Ninguém foi responsável por esse crime?
O presidente da Petrobrás na época era um daqueles típicos intrujões do governo Fernando Henrique, Henri Philippe Reichstul – que era vice-presidente do American Express quando foi nomeado, e hoje continua sua carreira de testa de ferro na Brazil Renewable Energy Company, um grupo de negocistas estrangeiros que se dedica a especular com o etanol, comprando usinas e terras brasileiras.
O fato mais notório da gestão de Reichstul na Petrobrás, certamente, foi sua tentativa de mudar o nome da empresa para Petrobrax, porque “assim é mais fácil internacionalizar a empresa”. Além disso, ele, literalmente, esquartejou a Petrobrás (dividiu-a em várias unidades separadas – pode-se adivinhar com que intenção). Em sua administração, houve o rompimento de um oleoduto em Morretes, no Paraná, uma inundação de petróleo na Baía da Guanabara, e, além do afundamento da P-36 em 2001, houve o emborcamento da P-34 em 2002, que por pouco não redunda em um desastre das proporções do anterior.
As investigações sobre o que aconteceu com a P-36 ficaram a cargo da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que tinha como diretor-geral o então genro de Fernando Henrique, David Zylbersztajn, o mesmo que declarou aos executivos das multinacionais de petróleo, em janeiro de 1998: “o petróleo é vosso”.
No Relatório Anual 2001 da ANP, preparado por Zylbersztajn, as conclusões da investigação estão resumidas do seguinte modo: “as causas das explosões na P-36 estiveram relacionados a não-conformidades quanto a procedimentos operacionais, de manutenção e de projeto” (ANP, Relatório Anual 2001, pág. 12) .
Pelo jeito, estava tudo errado na P-36. Mas é evidente que essa conclusão é uma mistura de alhos com bugalhos para chegar a lugar nenhum – como podem “procedimentos operacionais, de manutenção e de projeto” estarem colocados em pé de igualdade? Nenhum foi decisivo para o desastre? Os “procedimentos operacionais” não tinham nada a ver com o “projeto”? A “manutenção” não tinha nada a ver com a política imposta à empresa? É evidente que o relatório tentava jogar a culpa – ou, pelo menos, parte dela – sobre os trabalhadores da Petrobrás, aqueles que, 11 deles, deram a sua vida para salvar a situação. Mas, ao fazer isso, queria-se esconder a culpa de quem?
Segundo Zylbersztajn, a investigação, encerrada em julho de 2001, “não pôde concluir se o afundamento da plataforma teria como ser evitado” (ANP, Rel. cit.).
Teria sido, então, um desígnio divino o afundamento da P-36, a morte de 11 corajosos trabalhadores, e a perda, durante 6 anos, de uma de nossas principais fontes de extração de petróleo (pois a P-36 somente pôde ser substituída em 2007, quando, graças aos esforços do presidente Lula e da Petrobrás, ficou pronta a plataforma P-57, esta totalmente construída no Brasil)?
Todo o “projeto” e sua realização – enfim, a construção da plataforma – foram feitos durante o governo Fernando Henrique, que preferiu encomendar a plataforma no exterior, começando em 1995 na Itália e terminando em 2000 no Canadá. Por que preferiram encomendá-la no exterior, quando a indústria nacional estava plenamente capacitada a construí-la, como provou depois o governo Lula?
Deus, evidentemente, nada tem a ver com uma investigação feita sob medida para esconder os culpados. Aliás, esta é a sua premissa declarada: “A finalidade dessa investigação não foi o de estabelecer injunções ou punições, mas identificar as causas” (ANP, Rel. cit.). E quando as causas são a negligência criminosa, a incompetência administrativa e a sabotagem privatista?
Então, a CPI já tem um assunto para tratar. Nada de ficar enrolando. Vamos aos fatos. Os senadores podem começar convocando o Reichstul e o Zylbersztajn para explicarem:

Paulo Nogueira - a CPI da Petrobras é o novo Mensalão

Joaquim Barbosa e companheiros estão de fora desta vez, mas o propósito é exatamente o mesmo: tirar o PT do poder.
Como no Mensalão, a mídia dá um espaço desmedido ao assunto, e mostra vontade zero em esclarecer as coisas.
Ao contrário, o esforço é claramente manipular dados que se ajustem a um quadro em que Dilma e a Petrobras apareçam em situação francamente desfavorável.
Num vídeo, Jabor parecia apoplético. Vomitava números e pedia prisão. Um deputado tucano anda falando em impeachment de Dilma.
Quanto mais as coisas mudam, menos mudam, como se observa ao comparar o Mensalão com a CPI. É o mesmo desespero inescrupuloso da oposição: na falta de votos e de ideias capazes de entusiasmar os eleitores, cede à tentação de um escândalo salvador.
É o caminho mais fácil, mas o menos eficiente, como o Mensalão mostrou.
A voz rouca das ruas, no Mensalão, não acompanhou os magníficos votos dos senhores ministros do STF.
Na verdade, os brasileiros mais simples ficaram com a sensação de que, por trás dos discursos empolados dos juízes, havia uma tentativa de lhes bater a carteira.
Imaginar que com a Petrobras o desfecho possa ser diferente é o triunfo da esperança.
Dilma é uma mulher de sorte. Ela poderia ser atacada pela oposição com base na desconcertante desigualdade que ainda reina no Brasil. Poderiam brandir contra ela a paralisia em relação à regulação da mídia ou a uma reforma tributária que corrija o peso avassalador que pesa sobre os mais pobres pelo foco nos impostos indiretos.
Mas não.
Preferem o circo, a pantomima, o engodo.
Não enganam o povo. Enganam a si mesmos. O povo mudou. Eles continuam iguais. Sorte de Dilma.
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Diário do Centro do Mundo

Por que a GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão - não entrevista Fabio Barbosa - presidente da Abril - sobre a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobrás?

Ele ocupava uma posição privilegiada quando a refinaria de Pasadena foi comprada. Era integrante do Conselho de Administração da empresa.
E é um executivo respeitado.
Isso não é suficiente para ouvi-lo?
Seria, se não fosse uma coisa: Barbosa está dizendo uma coisa que a mídia não quer publicar.
Disse Barbosa: “A proposta de compra de Pasadena submetida ao Conselho em fevereiro de 2006, do qual eu fazia parte, estava inteiramente alinhada com o plano estratégico vigente para a empresa, e o valor da operação estava dentro dos parâmetros do mercado, conforme atestou então um grande banco americano, contratado para esse fim. A operação foi aprovada naquela reunião nos termos do relatório executivo apresentado.”
Não repercutiu nada esta declaração na mídia tradicional. Ela apareceu no site da Veja. Provavelmente Barbosa recorreu aos filhos de Roberto Civita para que sua versão sobre a compra fosse publicada antes que a informação de que ele a chancelara ganhasse o noticiário em circunstâncias penosas para ele. Raras vezes, e isto é batata, como dizia Nelson Rodrigues, a Veja terá publicado algo tão contrariada.
Outra ausência notável entre os entrevistados na interminávek cobertura do caso é a de Claudio Haddad, também ex-conselheiro da Petrobras. Aqui é ainda mais revelador, dado que Haddad é um dos economistas mais procurados pela mídia para falar de questões macroeconômicas.
Mas ninguém quer saber de seu testemunho sobre a Petrobras.
Bem, no mesmo texto do site da Veja em que Barbosa fala do negócio, Haddad lembrou que as negociações foram assessoradas pelo Citibank, que deu aval à compra.
“O Citibank apresentou um ‘fairness opinion’ (recomendação de uma instituição financeira) que comparava preços e mostrava que o investimento fazia sentido, além de estar em consonância com os objetivos estratégicos da Petrobras dadas as condições de mercado da época.”
Algum jornalista, a propósito, foi atrás do Citi?
Não. Porque a vontade, no caso, não é levar luz onde há sombra, como manda o bom jornalismo, mas o oposto: levar sombra há luz.
Pobres leitores.
Pobre interesse público.
Pobre Brasil.
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Oposição na tocaia

Tá todo mundo de tocaia
Depois que alguns parlamentares dos partidos de sustentação do governo propuseram estender a CPI da Petrobras até o trensalão tucano de São Paulo, com passagem pelo porto de Suape, em Pernambuco, que o assunto CPI da Petrobras desapareceu das manchetes dos grandes jornais do eixo Rio-São Paulo, ou melhor, da mídia.
Repentinamente o assunto amornou, mas provavelmente vai ser requentado a uma temperatura bastante elevada depois do veredicto do STF.  Sim, do STF.  Isso porque o Dudu Campos já disse que vai recorrer ao Supremo para evitar uma CPI tão grande e diversificada, e eu adiciono, do tamanho de um trensalão com vagões superfaturados.
Veja que político ridículo esse tal de Dudu Campos: ele vai apelar para a última cidadela de defesa de uma oposição sem propostas, sem escrúpulos, sem pudor e sem porra nenhuma na cabeça; ele vai apelar para o STF. É a judicialização da política a pedido de alguns políticos da oposição. Isto é razoável?  Fica claro que a oposição quer ganhar mais uma vez no tapetão.   
Naturalmente que o silêncio da mídia tem como objetivo manter o trensalão fora de pauta e o Serra e o Alckmin fora da cadeia, mas também é uma pausa para o realinhamento das forças que já tentaram destruir a Petrobras no governo FHC e que agora acusam o governo Dilma de querer fazer a mesma coisa. 
Gente vagabunda!
Notívagano

CPI da Petrobrás

A oposição, através dos seus meninos de recado da grande imprensa espalham boatos de que o governo montou uma "operação" para evita-la.

A presidente deu ordens expressas ao ministro de Relações Institucionais - Ricardo Berzoini -, para não mover uma palha neste sentido. Todos os esforços do governo e da base aliada é para aproveitar a oportunidade e também investigar as denúncias de corrupção no metrô de São Paulo, na Cemig em Minas Gerais e no Porto de Suape em Pernambuco.

A frase mais repetida atualmente pela presidente Dilma é:

Oposição - demos um tiro no pé

CPI da Petrobrás - Após a reação do governo ao requerimento de instalação de cpi para explorar o caso da refinaria de Pasadena, um influente líder da oposição afirmou: 

" Demos um tiro nos nossos pés. Pensamos em fazer um giro e fizemos um jirau. A muié - Dilma Roussef - é boa de briga. Investigações sobre o metrô de São Paulo, a Cemig em Minas e o porto de Suape em Pernambuco, fará um estrago tão grande na candidatura de Alckmin, Campos e Aécio que muitos nem imagina. Quero saber como vamos fazer para sair desse atoleiro que nos meteram."

Será a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a Petrobras algo irreversível?

Se depender da presidente Dilma e do PT...é!
O governo avalia que:

  • Comparar a Petrobrás durante os governos Lula e Dilma (PT) com os governos FHC (PSDB) é vantajoso para a campanha da reeleição da presidente
  • Também investigar o trensalão tucano em São Paulo, a Cemig em Minas Gerais e Suape em Pernambuco, idem
Renan Calheiros - presidente do Senado - já foi informado que o governo espera que ele leia o requerimento da oposição no máximo terça-feira 1º de Abril.


A oposição se desespera por um discurso-boia

O empenho para instalar uma cpmi para investigar a Petrobrás revela o vazio de ideias e propostas em que se encontra a oposição.
Vazio de discurso, vazio de programa: para conseguir uma derrota menos vergonhosa na eleição de outubro próximo, sobrou para eles - PSDB/PS do B/PPS torcer contra o Brasil.


Vazio de liderança: embora parte da população deseje, segundo pesquisas Ibope/Datafolha recentes, mudanças nos rumos do país, ganha disparado o número dos que desejam que as mudanças venham sob a condução da atual presidente da República.
 
Vazio de senso ético: a tão aguerrida Oposição vociferando dia e noite pela instalação da CPI da Petrobras é não mais que mofina quando tem diante de si a oportunidade áurea de propor uma limpeza ética nos escabrosos negócios desenvolvidos nos subterrâneos dos trens de São Paulo, maracutaias das grossas, na casa dos bilhões de dólares norte-americanos e perpassando como fio condutor que é os governos tucanos de Mario Covas, Geraldo Alckmin, José Serra e suas respectivas voltas ao comando do Bandeirantes.
 
Vazio de ideias: o que sobra em termos de seletiva indignação ao PSDB/DEM/PPS lhes falta em articular uma meia dúzia de ideias sobre como pretende fazer o país avançar em áreas sociais, segurança pública, recursos hídricos, educação de qualidade, saúde universalizada e sem colocar a perder os ganhos do Brasil desde que em 2003 o metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva subiu pela primeira vez a rampa do Palácio do Planalto.
 
Vazio de história: a Oposição atual é verdadeiro ninho de gatos e de cobras, cada líder tem sua própria agenda e o partido político funciona apenas como guarda-chuvas das mais disparatadas pretensões eletivas. Nas três vezes em que José Serra (2002/2010) e Geraldo Alckmin (2006) disputaram a presidência, amargaram ruidosas derrotas e, intramuros, cada um a seu jeito, colocaram boa parte do insucesso eleitoral ao corpo mole do mineiro Aécio Neves. Agora em 2014, tanto Serra quanto Alckmin, cada um novamente a seu modo, desdenham da candidatura de Neves. Não há fio condutor que faça liga com o trio. Isso porque as lealdades menores são inversamente proporcionais ao desejo sincero de servir ao Brasil. E a população parece ter se apercebido disso ainda em meados do ora distante ano de 2002.
 
Vazio de bom senso: Desde 2003 quando o governo federal ousou disparar a monumental campanha que foi a “O melhor do Brasil é o brasileiro”, legado do estrategista-mor do PT, o ex-ministro Luiz Gushiken (1950-2013), a oposição parece se recusar a ver o óbvio – o povo brasileiro tem orgulho de ser brasileiro e lança as pragas do solene descrédito a políticos que desejam presidir a Nação sempre com velhos discursos de terra arrasada, de martelar que esse é o país que não dá certo, que a realidade exige o surgimento de um novo “salvador da Pátria” e que, preferencialmente, tenha sobrenome Neves e Campos.
É rematado non sense político jogar contra o Brasil.

 
O Brasil mudou, é outro país, tem respeito na cena internacional, pagou sua dívida crônica e por muitos referida como “impagável” ao Fundo Monetário Internacional, tem reservas que avançam céleres ao patamar nunca antes registrado de meio trilhão de dólares norte-americanos, desfruta de uma das menores taxas de desemprego do mundo Ocidental, faz da inclusão social um credo todo particular, criar nova classe média (também chamada C), torna possível a milhares de jovens pobres e egressos de escola pública o sonhado acesso a diploma universitário, dispões das mais cobiçadas e amplas reservas de petróleo do planeta na camada do Pré-Sal, sedia em 2014 o evento que será conhecido como “Copa das Copas”, justamente celebrando o esporte que é paixão nacional desde inícios do século XX e, ainda de quebra, terá sua cidade maravilhosa o Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
 
Nesse contexto, qualquer pessoa em sã consciência, minimamente informado da realidade brasileira dos últimos anos, há de concordar que não existe o mínimo espaço para deslustrar o reencontrado orgulho de 200 milhões de pessoas que aqui vivem de festejarem o fato de serem brasileiros.
 
A oposição enfrenta um novo vazio.
 
Vazio de identidade: na absoluta carência de boas ideias, boas propostas, boa plataforma a ser defendida no período eleitoral, parece ter dado ouvido a seus gurus, marqueteiros, eminências pardas e aos porta-vozes da grande imprensa (Organizações Globo, Editora Abril, Folha de S.Paulo, O Estado de São Paulo). Em comum todos parecem torcer contra o êxito do Brasil:
 
- que volte a inflação de imediato e que a hiperinflação dos anos Sarney (1985-1989) se avizinhem já no próximo mês de agosto
 
- que a Petrobras quebre, mas antes que os telejornais da Globo e as capas da semanal Veja façam a festa com infográficos trágicos e horrendas imagens de plataformas afundando na bacia de Campos, replicando assim o triste fim da P-36 em março de 2001, quando o país era governado pelo tucano-mor Fernando Henrique Cardoso, e nunca será demais recordar que a P-36 custou ao país 430 milhões de dólares, operava desde o ano 2000 no campo de Roncador, uma das áreas mais promissoras de produção da Bacia de Campos, de onde saíam nada menos que 90% do petróleo brasileiro 
 
- que a Copa 2014 seja marcado por repetitivas cenas de batalhas campais, black blocks ensandecidos, confrontos policiais às dúzias, cinegrafistas e muitos transeuntes mortos
 
- que o desemprego chegue a 29% e que o Globo Repórter anuncie edição especial tentando explicar porque tantos milhares de Brasileiros estão deixando o país em direção ao Uzbequistão, País Basco e ao pouco conhecido Principado de Liechtenstein
 
- que o volume de exportações brasileiras desça a tal nível que não ombreie nem 27% do volume de exportações argentinas
 
- que Universidades do Porto Príncipe (Haiti) e de Kiev (Ucrânia) tenham melhor qualidade de ensino superior que suas congeneres brasileiras como USP, Unicamp, UFRJ, UnB
Se forem esses os cenários mais aguardados pela Oposição, dificilmente conseguirão desalojar do Palácio do Planalto qualquer liderança desse partido de trabalhadores que nasceu das bases, dos chãos de fábricas e do enfrentamento quase corporal contra a ditadura militar que sequestrou nosso país em 31 de março de 1964.

 
O momento é para refletir se o cenário hipotético acima referido tem de passar necessariamente pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena e, quem sabe, de quebra, aproveitar para investigar os seguintes acontecimentos que envolveram a Petrobras nos dias 18 a 21 de dezembro de 2001, são eles:
 

1)

PT - não vamos barrar cpi. Vamos ampliar investigações na cpi

O PT já decidiu, não vai trabalhar para impedir criação da cpi da Petrobrás. Muito pelo contrário, vai ampliar as investigações:

  • Trensalão tucano, em São Paulo
  • Cemig, em Minas Gerais 
  • Porto de Suape, em Pernambuco
Estes três casos serão prioridade nas investigações dentro da cpi.
A determinação do governo nesse caso é:


É, tem gente que não conhece a presidente Dilma Roussef, não sabe o quanto ela é movida por desafio. Ela é daquelas pessoas que paga para não entrar numa briga. Mas, depois de entrar...paga em dobro, para não sair.