Morreu Mário Tupinambá

por Neves
Nascido na Bahia em 1932, o humorista é conhecido por apresentações atuais como Bertoldo Brecha (Veeeeeenha!) e pela reprodução na TV de um personagem das ruas cariocas do Centro, "Camarão é a mãe". (na vida real, o Camarão emitia um sonoro palavrão, que a TV não ousou reproduzir)
Ele começou a despontar a carreira na Rádio Nacional nos anos 1950, como o Deputado Baiano, no programa Balança Mas Não Cai. No vídeo abaixo, o Deputado em cena do filme "Titio Não é Sopa". Gordurinha interpreta a música "Baiano Burro Nasce Morto" e tem participação da "Certinha" Neide Aparecida.

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Excesso de velocidade

O juiz dando uma bronca no réu:
 - Outra vez acusado de excesso de velocidade? Não posso acreditar! Quantas vezes eu o tenho visto na minha frente?
 - Nenhuma, meritíssimo! Várias vezes eu tentei ultrapassar o automóvel de vossa excelência...nunca consegui!
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Soneto de devoção

Vinicius de Moraes

Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.

Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.

Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.

Essa mulher é um mundo! – uma cadela
Talvez… – mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!

Mãe incentiva filha a brigar

Uma mãe norte-americana foi preso porque a filha encorajados a lutar com outra garota na rua, no Estado da Flórida.
Uma câmera de telefone celular registrou a violência. Os adolescentes de 16 anos a bater por causa de um menino.
A mãe, que incentivou a luta, foi preso por acusações de abuso infantil. Se condenada, ela pode pegar até cinco anos de prisão.
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Juristas defendem o direito de Lula se expressar


Carta ao Povo Brasileiro

Em uma democracia, todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou pela mediação de seus representantes eleitos por um processo eleitoral justo e representativo. Em uma democracia, a manifestação do pensamento é livre. Em uma democracia as decisões populares são preservadas por instituições republicanas e isentas como o Judiciário, o Ministério Público, a imprensa livre, os movimentos populares, as organizações da sociedade civil, os sindicatos, dentre outras.

Estes valores democráticos, consagrados na Constituição da República de 1988, foram preservados e consolidados pelo atual governo.

Governo que jamais transigiu com o autoritarismo. Governo que não se deixou seduzir pela popularidade a ponto de macular as instituições democráticas. Governo cujo Presidente deixa seu cargo com 80% de aprovação popular sem tentar alterar casuisticamente a Constituição para buscar um novo mandato. Governo que sempre escolheu para Chefe do Ministério Público Federal o primeiro de uma lista tríplice elaborada pela categoria e não alguém de seu convívio ou conveniência. Governo que estruturou a polícia federal, a Defensoria Pública, que apoiou a criação do Conselho Nacional de Justiça e a ampliação da democratização das ..para ler mais, clique aqui... 

SERRA, NAFTALINA E GUERRA FRIA

Venezuela vai às urnas em clima de absoluta democracia. 
Observadores internacionais atestam a lisura do pleito. 
População comparece em massa aos locais de votação.
Não há confrontos, não há incidentes políticos sérios. Chávez obtem maioria simples no Congresso; 
a oposição cresce; 
haverá mais negociação para se aprovar mudanças estratégicas na economia e na sociedade. 
É isso a 'ditadura chavista'? 
Um dia de voto e liberdade desmente centenas de páginas da mídia demotucana; 
capas e mais capas de VEJA derretem como picolé ao sol do Caribe. 
Sobretudo, porém, o pleito de ontem revela a esférica lente do anacronismo político com a qual Serra olha E interpreta a América Latina, a ponto de ter feito campanha contra o ingresso da Venezuela no Mercosul por discordar da liderança de Chávez. 
A oposição venezuelana, uma das mais extremadas da região, mostrou-se menos obtusa que o candidato do conservadorismo brasileiro; 
foi às urnas e renasceu como interlocutor político.
Entre outras razões, é por isso que Serra sai da eleição menor do que entrou. 
Na questão externa, sai como um porta-voz dos editoriais do Estadão, encharcado de naftalina e guerra fria.
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Sinceridade faz mal. De mais ou de menos

Ao disputar a presidência da República em 1960, o marechal Henrique Lott caracterizou-se pela sinceridade de suas mensagens e pronunciamentos. Não fazia concessões a temas e situações. Vinha defendendo a estatização completa do ensino primário e médio, com o fim das escolas privadas. Chegando em Santa Catarina, foi procurado ainda no aeroporto de Florianópolis por uma comissão do PSD, maior partido nacional, que o apoiava. Com muito jeito, Celso Ramos, cacique local, chamou-o de lado e apelou para que não abordasse o assunto, no comício daquela noite. Não pedia que mudasse de proposta, mas, simplesmente, que a omitisse, porque no estado o ensino privado ultrapassava 80% das escolas.
O marechal  não disse nada, pareceu concordar. No palanque, depois de  pronunciar-se sobre montes de projetos nacionalistas, preparava-se para encerrar sua fala e não havia tocado na questão do ensino. Todos pareciam satisfeitos quando, puxando Celso Ramos para o seu lado, disse ao microfone suas últimas palavras: “quero demonstrar como sou sincero. Meu amigo Celso pediu-me para silenciar quanto às escolas, mas não tenham dúvidas, se eleito, vou estatizar  todas elas!” Perdeu de lavada a eleição em Santa Catarina.
Essa historinha se conta em função da teoria dos contrários. Um pouquinho de sinceridade faria bem aos atuais candidatos,  mestres em omitir temas capazes de tirar-lhes votos. Dilma não fala no lucro dos bancos, Serra silencia diante das privatizações do governo Fernando Henrique, Marina evita abordar o asfaltamento da rodovia  Manaus-PortoVelho e Plínio esquece de  lembrar que o comunismo saiu pelo ralo... 
Carlos Chagas

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A banca da distinta tucademopiganalhada

Recebo de um amigo um e-mail, provocado pelo post em que falei do Tiririca, a história desta música que abaixo. Ela vem do próprio Billy Blanco, registrada pela Sônia Palhares, de Brasilia, no site Samba e Choro:
“Conta o Billy Blanco que por volta de meados dos anos 50, no auge do Beco das Garrafas em Copacabana, Dolores Duran cantava numa daquelas boates… Tinha um cara que sempre ia aos shows da Dolores porque gostava muito da voz dela, porém odiava negro ou afro-descendente – que era o caso da Dolores Duran -. O cara ia ao show toda noite, sentava-se na primeira fileira de mesas, mas sempre de costas para o palco. Não dirigia um única palavra a ela porque não falava com negros. Sequer a olhava!
Quando queria pedir uma música, dirigia-se ao garçon – Alberico Campana, hoje dono da Plataforma no Rio de Janeiro – e dizia, acenando com um bilhetinho na mão: “Manda a neguinha cantar essa música aqui!”
Todo final da noite, pelo fato de ser solteiro, o tal sujeito sempre comprava o jantar e levava para casa, como não carregava embrulhos – que segundo ele era serviço de negro – pedia ao garçon que levasse até o seu automóvel.
Dolores, profissonal e pacientemente atendia os pedidos do “animal”. Nessa época, ela e Billy Blanco – segundo ele – mantinham um “affair”.
Um dia, muito aborrecida com a grossura do sujeitinho, Dolores contou a história ao Billy que, imediatamente compôs o samba “A Banca do Distinto”
“Não fala com pobre/Não dá mão a preto/Não carrega embrulho/Prá quê tanta pose, doutor
Prá quê esse orgulho
A bruxa que é cega/Que carrega a gente/E a vida estanca/O infarto lhe pega, doutor
E acaba essa banca
A vaidade é assim/Põe o homem no alto/E retira a escada/Mas fica por perto
Esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde/Ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro/Maior é o tombo do côco/Afinal, tomo mundo é igual/Quando o tombo termina
Com terra por cima/ E na horizontal…
E aí…, na noite seguinte a Dolores cantou o samba prá ele… Fico pensando que, uma mensagem dessa tem mais força que mil discursos.”
Pois, tem muito distinto aí botando banca…Escute aí a música, executada pela superviolonista Badi Assad, um talento só.

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Onde estavam os supostos democratas na era FHC?

À medida que as possibilidades de vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno se tornam mais reais, a sensibilidade às “ameaças à democracia” fica crescentemente aguçada. E distorcida. No caso do Brasil de hoje, as ameaças, segundo grupos da oposição, provêm, paradoxalmente, do próprio voto popular.
Essa parece ser a tese dos chamados “formadores de opinião” que querem mobilizar o País em “defesa da democracia”. Inspirados por um neoudenismo opaco e alimentados por um mal disfarçado ressentimento político, esses autodenominados “democratas convictos” insurgem-se, agora, contra a “visão regressiva do processo político”, que transforma o “Legislativo em extensão do Executivo” e “viola a Constituição e as leis”. Temem, acima de tudo, que Lula não apenas consiga eleger a sua sucessora, mas também que a situação obtenha votos suficientes para fazer uma folgada maioria no Congresso. Tal perspectiva, se concretizada, abriria, segundo esses “democratas convictos”, o caminho para o “autoritarismo” baseado no “partido único” (qual deles?) e na definitiva “fragilização da oposição”.
Como parlamentar que viveu a experiência dos 8 anos de FHC na oposição, e hoje no governo, posso avaliar o comportamento dos atuais oposicionistas, cuja dificuldade de atuar fica evidente na tentativa de golpear de forma baixa o Governo Lula, e de, ao melhor estilo lacerdista, mas sem a mesma competência e brilho, ganhar o jogo a qualquer custo, tentando impedir a continuidade desse projeto, agora sob comando de Dilma Roussef.
Tal preocupação é deveras tocante é têm sólidas raízes na história recente do Brasil. De fato, na época do regime militar, havia também muitos “democratas convictos” que se insurgiam contra a perspectiva do destino do País ser entregue ao arbítrio das massas populares “que não sabiam votar” e que se constituíam em apenas “massa de manobra para interesses populistas”.
Posteriormente, já no regime democrático, houve casos em que o voto popular conduziu a situações em que as oposições se viram extremamente fragilizadas e o governo pode promover, a seu bel-prazer, profundas reformas constitucionais e legais, transformando o “Legislativo em mera extensão do Executivo”. Esse foi o caso, por exemplo, do governo Fernando Henrique Cardoso.
Com efeito, turbinado pelo Plano Real, que produziu efeitos distribuidores de renda no curto prazo e promoveu o chamado “populismo cambial”, o governo FHC conseguiu formar uma maioria parlamentar e política que faria corar o democrata mais convicto. Na Câmara dos Deputados, o que os atuais “defensores da democracia” chamam de “partido único” tinha apenas 49 parlamentares e a oposição como um todo reunia pouco mais que uma centena de deputados. Assim, o governo FHC tinha à disposição uma maioria acachapante de quase 400 parlamentares. No Senado, a situação era pior (ou melhor, para os “democratas convictos”), o PT tinha cinco senadores e a oposição como um todo menos do que 20.
Tal maioria permitiu que, do alto da presidência da Câmara, o deputado Luiz Eduardo Magalhães operasse, alegre e profusamente, o seu famoso “rolo compressor” para aprovar reformas constitucionais e legais bastante abrangentes, sempre a serviço “dos interesses maiores do País”, é claro, como a abertura, sem critérios, das portas da economia brasileira ao capital estrangeiro, e a antinacional privatização do patrimônio público, com regras benevolentes e muitas vezes com ajuda do BNDES. E as medidas provisórias, que naquela época podiam ser reeditadas, foram usadas com proverbial prodigalidade. Obviamente, tudo isso era obedientemente ratificado pelo Senado, sem nenhum questionamento expressivo. Já ao final do primeiro governo FHC, tal maioria inconteste permitiu, inclusive, que se aprovasse a emenda constitucional da reeleição, com os aplausos entusiásticos dos que hoje se dizem “democratas convictos”, que não levantaram suas vozes contra a denúncia de compra de votos para aprovar a medida que beneficiou o sociólogo tucano e sua turma.
É de conhecimento até do reino mineral que, comparado com aquele governo, o governo Lula teve e tem uma situação politicamente bem mais difícil, especialmente no Senado. Apesar disso, o nosso governo investiu bastante no aprimoramento das instituições republicanas e na articulação entre o Estado e os movimentos sociais, com o aprofundamento da democracia. Fizemos conferências setoriais, envolvendo, entre outras áreas, saúde, educação, segurança pública, e ainda criamos o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, com a participação de empresários e trabalhadores, para a definição de importantes políticas públicas. Ao mesmo tempo, as liberdades fundamentais, como a liberdade de expressão, foram inteiramente protegidas e promovidas. Essas iniciativas, a adoção de mais transparência e o fortalecimento das instituições de controle, como a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União, “seriam ameaças à democracia”, na leitura desses “democratas”.
Saliente-se que a extrema fragilidade da oposição da época de FHC tinha dois sérios agravantes. Em primeiro lugar, vivíamos a hegemonia inconteste do paradigma neoliberal, do pensamento único. Assim, os parcos e débeis protestos da oposição eram sempre rapidamente desclassificados como manifestações “jurássicas” e “neobobas”. Em segundo, a grande mídia, hoje confessadamente um partido de oposição, era, naquela época, um dedicado partido da situação cujo alinhamento aos desígnios governamentais só pode ser definido, a posteriori, como espartano. Curiosa essa queixa da imprensa de hoje, que viveu, com honrosas exceções, sob o manto monolítico do pensamento único neoliberal defendido pelo PDSB e PFL (atual DEM) e agora vem dizer que é ameaçada pelo governo do PT. O PIG virou um verdadeiro PRI: não quer mudanças e julga ter todo o poder para não dar satisfações a ninguém.
Tudo isso é plenamente conhecido por quem tem um pouco de memória histórica. Contudo, há um mistério que permanece insolúvel. Onde estavam os “democratas convictos” naquela conjuntura de intensa “ameaça à democracia”, segundo seus próprios critérios? Por que aplaudiram as fáceis eleições de FHC em primeiro turno e agora dizem que a eventual eleição de Dilma na primeira rodada seria um “desastre para a democracia”? Por que não consideravam a amplíssima maioria política e parlamentar que FHC dispunha no Congresso como um limitador ao exercício da democracia? Por que não se preocuparam com o isolamento e a debilidade da oposição daquele período? Por que não se insurgiram contra a inoperância do “engavetador geral da República”? Por que aplaudiram e ajudaram a promover a criminalização dos movimentos sociais? Por que o pensamento único não foi contestado?
É difícil saber onde estavam os que hoje se dizem “democratas”. Talvez a principal pista nos seja revelada por Dante. É provável que eles estivessem na sexta vala do “Malebolge”, exibindo as suas incômodas vestes de chumbo. Hoje, sem dúvida, estão sintonizados com seus patrões donos das concessões de emissoras e outros meios de comunicação, e claramente comprometidos com uma visão política pequena e distorcida de oposição ao Governo Lula.
De qualquer modo, sua alegre e livre emergência, agora exibindo plumagem específica, talvez se constitua na principal evidência do caráter democrático do Brasil, sob o Governo Lula.
Fernando Ferro deputado federal (PT-PE), líder do partido na Câmara Federal.

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O país movido a brisa

Porque se investe tanto em energia eólica no país:
O Brasil descobriu a energia dos ventos. 
Nos últimos leilões do governo para compra de energia limpa, em agosto, ela já era mais barata que pequenas hidrelétricas. 
O preço caiu porque mais empresas fornecedoras de equipamentos vieram disputar o mercado brasileiro, atraídas pelo potencial eólico. 
Segundo dados oficiais, o Brasil pode gerar pelo menos 143.000 MW/h com os ventos. Seria quase uma vez e meia o que o país consome hoje. 
Graças a esse cenário promissor, em agosto foram encomendadas 70 novas usinas, que somam a capacidade de duas vezes e meia a usina nuclear de Angra 2.  
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PIG e decisões erradas



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PIG – Partido da Imprensa Golpista é sigla consagrada na blogosfera para se referir ao costume histórico da grande imprensa brasileira jogar lama nos seus adversários ideológicos. No passado, ela era denominada de “imprensa marrom”. Foi golpista não só em 1964, como também na véspera da primeira eleição direta para Presidente,  em 1989, com o viés da edição do debate eleitoral entre Collor e Lula pela Globo. Em 2006, repercutiu factóide denunciativo para golpear a tendência manifestada nas pesquisas eleitorais de vitória do Lula no primeiro turno. Seu golpismo atual se manifesta pelo parcialidade sistemática na cobertura jornalística a favor de candidaturas antipetistas e contra tudo que seja favorável à candidatura Dilma.


Se o Manual de Redação prega, teoricamente, o apartidarismo, sua prática editorial tem sido o fanatismo partidário ou o facciosismo político. Os partidos da oposição, como afirmou Maria Inês Nassif (Valor, 16/09/2010), “terceirizaram a ação partidária para uma mídia excessivamente simpática a seu projeto que, mais do que de classes, é antipetista”. A grande imprensa age então como partido de oposição, acreditando no seu poder de influenciar massas populares via convencimento das elites. É estratégia medíocre de ação política, quando há alternativa de meios de informações como na blogosfera.

Ao ser reconhecida como adversário partidário, é curiosa sua reação. Indaga surpresa: “Quem? Eu?! Mas o que eu denunciei mostrou que havia fundamento...”

Sim, quando se coloca a lupa em seres humanos, tentando mostrar em escala ampliada seus defeitos e escondendo suas virtudes, sempre achará algo em alguém que desabone a conduta pessoal sob o ponto de vista da moral dominante. Se o foco é colocado apenas em pessoas da Situação, e não da Oposição, não há imparcialidade. Os “escândalos” são produzidos (e repercutidos) só de um lado.

Sabemos que os seres humanos, socialmente, devem ser tratados como iguais entre si, mas, subjetivamente, cada indivíduo é diferente dos demais. Os que consideram mais importante, para a boa convivência humana, buscar as virtudes comuns que os une em coletividade, têm o instinto de proteção predominante. Geralmente, são de esquerda. Os que acham relevante, para a melhor convivência, acentuar a diversidade moral ou a competitividade, têm o instinto de competição predominante. Em geral, são de direita. 

Esses critérios para classificação ideológica distingue também as visões em debate eleitoral. A esquerda deseja colocar o foco nos projetos econômico-sociais. A direita retruca com o foco apenas no personalismo, ou seja, na qualidade daquilo que é pessoal, subjetivo. 

Por exemplo, o candidato da oposição é, reconhecidamente, um sujeito de insuportável personalismo. Sua  conduta na campanha eleitoral tem sido típico  do procedimento de indivíduo que refere todas as coisas a si mesmo, que tem a si próprio como ponto de referência de tudo o que ocorre à sua volta. Seus apoiadores abraçam então a doutrina filosófica que representa a pessoa ou a personalidade humana como o valor fundamental no campo ético. Porém, o mundo é constituído por uma totalidade de espíritos finitos e livres que, em seu conjunto, formam alguma ordem natural, mas nem sempre a ideal. Os adversários do individualismo acreditam que outro mundo é possível.

Aquela doutrina que destaca o absoluto valor ético da pessoa humana coloca-se em polêmica contra o predomínio da massa no coletivismo e sustenta a dissolução da solidariedade com seu individualismo. O individualista crê que o sistema político se baseia apenas na personalidade dinâmica do seu líder. Assim, a direita enxerga a política, que na visão de esquerda seria a ação coletiva organizada para atuar de maneira democrática, apenas como a predominância dos interesses pessoais, locais ou de determinado partido político sobre os interesses coletivos.

Resultante de seu individualismo elitista, o PIG pratica discriminação partidária. Por exemplo, a Folha de S. Paulo não submete o Serra ao mesmo crivo pelo qual passa a Dilma, como analisar a militância, os boletins escolares, os depoimentos de espiões/torturadores, os negócios familiares, e tudo mais que poderia, eventualmente, queimar sua candidatura. 

A reação do jornal contra as acusações de parcialidade na cobertura dos diversos candidatos presidenciais foi espantosa, simplesmente, fez “pesquisa” para anunciar em manchete: “Leitores aprovam [negrito dela] cobertura da Folha sobre acusações”. O perfil da amostra de 351 leitores (!) da Grande São Paulo (!) que foram ouvidos por telefone (!) era: 73% dos leitores com ensino superior, 47% com renda mensal acima de 10 salários mínimos (R$ 5.100). Resultados alcançados, depois de “esquentar” os eleitores com questões sobre “quebra de sigilos” e “tráfico de influência”: apenas 47% avaliam o governo Lula como ótimo/bom (contra 80% em pesquisa sem amostra viesada), 50% votam no Serra, 21% na Marina e 15% na Dilma (face a 51% nas pesquisas nacionais). 

Aliás, os critérios da amostragem e a ordem das questões tem sido um truque contumaz no Datafalha. Seus pesquisadores se tornam “cabos eleitorais” ao indagar questões tipo: “Soube da saída da ex-ministra?; “Você acredita que o filho pedia comissão?”; “Ela sabia?”; “Lula sabia?”; Dilma sabia?”. 

Depois dessa bateria, formando “opiniões”, perguntam: “Em que você vota?”
Em Seminário com empresários, escutei o seguinte comentário de presidente de Associação patronal. “Eu abandonei a leitura Folha de S. Paulo, pois ela estava me deixando muito pessimista com o futuro do nosso país. Veja que eu fui do Conselho Editorial dela! Mas eu não posso tomar decisões acertadas com informações parciais. Por isso, prefiro ler estatísticas, relatórios e a imprensa estrangeira do que jornais brasileiros”.

Um dos problemas com o partidarismo da grande imprensa é este: leva a decisões erradas. O próprio candidato do PIG tomou decisão errada, baseado em suas “pesquisas”, ao não apostar em sua reeleição para o governo de São Paulo.



Fernando Nogueira da Costa é professor livre-docente do IE-UNICAMP. Foi Vice-Presidente da Caixa Econômica Federal de 2003 a 2007. 

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Denúncia grave por Stanley Burburinho

A Sra. IDF que me enviou o e-mail abaixo, denuncia que uma funcionaria do consulado de San Francisco nos EUA e que estava atendendo no guichê de assuntos eleitorais aconselha os brasileiros a não votar na Dilma.

A funcionária do consulado do Brasil em San Francisco nos EUA pergunta para as pessoas que passam pelo guichê onde ela trabalha, em que candidato a pessoa vai votar e quando dizem que vão votar na Dilma ela fica indignada e diz: "Na Dilma??? Mas a Dilma já foi presa!"

A Sra. IDF me disse no Twitter que falou sobre o assunto com um amigo dela que é do PT, que mora em Los Angeles, e ele disse que a "coisa está braba por lá e que em Boston também estão fazendo a mesma coisa que fazem em San Francisco".

Por solicitação  da Sra. IDF, retirei alguns dados pessoas. Mas se for necessário informará:

"Email que mandei para a ouvidoria do Itamaraty:

-------- Original Message --------
Subject:        Falta de ética GRAVE no atendimento no consulado de
San Francisco, CA
Date:   Mon, 27 Sep 2010 12:55:29 -0700
From:   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx


Oi,

Gostaria de denunciar a falta de ética de uma funcionária do consulado de San Francisco na California, EUA. Fui, hoje, 27/09/2010, pegar o meu título para votar no próximo domingo. Não peguei o nome da funcionária mas aqui estão as informacões do atendimento:

Consulado de San Francisco, California Guiche 8 Número da minha ficha de atendimento: G 106
Assunto: Temas Eleitorais
Data e Horário do atendimento: 27/09/2010 10:45AM (horário de San Francisco)
Case ID: 20225

Ao entregar o meu título a funcionária perguntou:

"Você tem informação sobre os candidatos?"

Eu respondi que sim e ela continuou:

"Está se informando direitinho? Já sabe em quem vai votar?"

Eu respondi que sim, que iria votar na Dilma. E ela em tom de reprovação e desprezo falou:

"Na Dilma??? Mas a Dilma já foi presa!"

Eu respondi que sabia disso, e que foi graças a luta dela e de outros que eu poderia votar hoje. E ela continuou:

"Mas você vai votar em alguém que foi presa? Ahh não!"

Já indignada e constrangida - porque todas as pessoas que estavam sentadas esperando atendimento ouviam a conversa - eu saí do consulado.

Acredito que uma funcionária do governo, tratando de assuntos eleitorais, não tem o direito de indagar os cidadãos sobre quem eles/as irão votar e muito menos fazer tais comentários ridicularizando a escolha da pessoa.

Gostaria que providencias fossem tomadas a respeito disso, acredito que esta atitude é uma violação das leis eleitorais. Meu nome completo é IDF, sou residente em San Francisco desde 2007, o número de inscrição do meu título é NNNN NNNN NNNN, zona 001, secão 0550,
Município/UF São Francisco-EU/ZZ.

Obrigada e aguardo resposta,
IDF

Cureau é o escândalo

Vice-procuradora geral eleitoral da República, a dra. Sandra Cureau, como personagem da "Entrevista da 2ª" da Folha de S.Paulo hoje repete um inacreditável discurso de um alto membro do judiciário e critica a presença e o apoio do presidente Lula a sua candidata Dilma Roussef (governo-PT-partidos aliados).

Isto é um escândalo, já que a dra. Cureau é membro do Poder Judiciário e a Constituição e a legislação permitem tanto a reeleição, quanto mais fazer campanha para o sucessor - no caso do presidente Lula, a sucessora.

Aliás, quanto a esta questão, no Brasil as leis estabelecem o mesmo que em todos os países democráticos do mundo onde o 1º ministro e seu partido e o presidente da República e seu partido fazem campanha para a continuidade do governo, dentro da lei e sem o uso da máquina pública.

É o que o presidente Lula vem fazendo. Ele vem obedecendo rigorosamente as leis. Assim, quem está na contramão da democracia e da Constituição é a vice-procuradora, que perdeu a oportunidade para ficar calada. Já sobre este seu chororô de que esta sendo criticada por ser mulher, não passa de lágrimas de crocodilo.

FHC não fez o mesmo porque não tem voto
O que ocorre, de fato, é que ela, como ocupante de um cargo público tem de se submeter à critica pública e a liberdade de manifestação que a Constituição garante a todos. Ou será que a vice-procuradora quer um foro privilegiado também com relação à liberdade  de manifestação e de imprensa, quer censurar seus críticos?

Antes de dizer nunca ter visto eleição como esta a vice-procuradora precisa estabelecer as comparações dizer a que pleitos e campanhas anteriores se refere. Ou pesquisar na História. A brasileira está repleta de ex-presidente que não fazem campanha por seus sucessores do mesmo partido porque preferiam que eles perdessem para voltar, o próprio presidente, reeleito depois.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, que presidiu a eleição direta de seu sucessor em 2002 não fez campanha por seu companheiro candidato, José Serra, naquele ano porque não tinha voto e nem popularidade.

Não tinha sequer condição de subir a um palanque, porque se o fizesse tirava voto. Só por isso não participou da campanha -  e também porque não gosta de José Serra que nunca (em nenhuma das duas vezes, 2002 e 2010) era o sucessor dos seus sonhos. Apenas isso.

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Burburinho desmascara os e-mails falsos que estão circulando pela net

Para facilitar a divulgação nesta última semana de campanha, fiz uma compilação dos emails falsos que circulam nesta campanha sobre Dilma Rousseff e seus respectivos desmentidos. Cada link remete ao leitor ao texto em questão. Espalhem, é importante:

A morte de Mário Kosel Filho: http://migre.me/1pfAb

A Ficha Falsa de Dilma Rousseff na ditadura http://migre.me/1pfCc

O porteiro que desistiu de trabalhar para receber o Bolsa-Família http://migre.me/1pfEJ

Marília Gabriela desmente email falso http://migre.me/1pfSW

Dilma não pode entrar nos Estados Unidos http://migre.me/1pfTX

Foto de Dilma ao lado de um fuzíl é uma montagem barata http://migre.me/1pfWn

Lula/Dilma sucatearam a classe média (B) em 8 anos: http://migre.me/1pfYg

Email de Dora Kramer sobre Arnaldo Jabor é montagem http://migre.me/1pfZH

Matéria sobre Dilma em jornais canadenses é falsa: http://migre.me/1pg1t

Declarações de Dilma sobre Jesus Cristo – mais um email falso: http://migre.me/1pg2F

Fraude nas urnas com chip chinês – falsidade que beira o ridículo: http://migre.me/1pg58

Vídeo de Hugo Chaves pedindo votos a Dilma é falso: http://migre.me/1pg6c

Matéria sobre amante lésbica de Dilma é invenção: http://migre.me/1pg7p
por Stanley Burburinho
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