SERRA, NAFTALINA E GUERRA FRIA

Venezuela vai às urnas em clima de absoluta democracia. 
Observadores internacionais atestam a lisura do pleito. 
População comparece em massa aos locais de votação.
Não há confrontos, não há incidentes políticos sérios. Chávez obtem maioria simples no Congresso; 
a oposição cresce; 
haverá mais negociação para se aprovar mudanças estratégicas na economia e na sociedade. 
É isso a 'ditadura chavista'? 
Um dia de voto e liberdade desmente centenas de páginas da mídia demotucana; 
capas e mais capas de VEJA derretem como picolé ao sol do Caribe. 
Sobretudo, porém, o pleito de ontem revela a esférica lente do anacronismo político com a qual Serra olha E interpreta a América Latina, a ponto de ter feito campanha contra o ingresso da Venezuela no Mercosul por discordar da liderança de Chávez. 
A oposição venezuelana, uma das mais extremadas da região, mostrou-se menos obtusa que o candidato do conservadorismo brasileiro; 
foi às urnas e renasceu como interlocutor político.
Entre outras razões, é por isso que Serra sai da eleição menor do que entrou. 
Na questão externa, sai como um porta-voz dos editoriais do Estadão, encharcado de naftalina e guerra fria.
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