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*Joel Leonidas Teixeira Neto*
*O Briguilino
Paulo Nogueira: O pig, o Brasil, a Petrobras e a crise mundial do petróleo
Em sua eterna luta para jogar mais sombras onde já não existe luz, a imprensa brasileira está ignorando o fato mais importante do ano na economia mundial: a dramática queda do preço do petróleo.
É um fato que terá impactos brutais no mundo globalizado, mas a mídia nacional prefere centrar seus holofotes na Petrobras, como se se tratasse de um caso único de depressão num ambiente de extrema alegria.
Desde junho, quando atingiu o pico de 115 dólares o barril, o preço do petróleo caiu pela metade. Nesta semana, o barril está sendo vendido na casa dos 60 dólares.
Vários fatores se somaram para que isso acontecesse, mas você pode resumir a explicação na tradicional lei da demanda e da oferta.
A produção de petróleo, hoje, supera amplamente o consumo.
Isso está ligado à crise econômica mundial. Com sua economia se desacelerando, a China consome hoje muito menos petróleo do que fazia. O mesmo ocorre com outra potência, a Alemanha.
Os Estados Unidos, tradicionalmente os maiores importadores, está quase auto-suficiente, graças ao "shale oil" — saudado como uma revolução no campo energético.
Trata-se, essencialmente, da extração de gás e petróleo do xisto, um tipo de rocha.
Reduzida a demanda, era esperado que a OPEP, a organização que congrega os maiores exportadores, baixasse sua produção, para defender o preço.
Mas não.
Para surpresa generalizada, a OPEP, numa reunião em novembro, decidiu manter a produção nos mesmos níveis.
Foi quando o universo do petróleo entrou em convulsão.
Mas por que os produtores tomaram essa decisão?
Especialistas acham que o objetivo maior é matar o "shale oil" americano. A extração é muito mais cara. Caso o barril fique barato, a indústria do "shale oil" tende a se inviabilizar, e esta seria uma excelente notícia para os países da OPEP.
Mas efeitos muito mais imediatos da baixa da cotação estão já sendo sentidos em países como a Rússia, o Irã e a Venezuela. Todos eles dependem visceralmente das exportações de petróleo.
Para o orçamento russo se manter equilibrado, o barril deve estar na faixa dos 100 dólares.
Economistas já preveem uma queda de 5% do PIB russo em 2015. O sofrimento russo deu margem a que fosse ventilada a teoria de que por trás de tudo estariam os Estados Unidos, empenhados em criar problemas para Putin.
Faz sentido? Faz. Ou pode fazer. Mas o custo, para os americanos, é elevado. Sua florescente indústria de "shale oil" pode simplesmente se desintegrar.
E o Brasil, no meio disso tudo?
O quadro ainda não é totalmente claro. Há alguns benefícios: apesar de produzir como nunca, o Brasil ainda é um grande consumidor de petróleo.
Isso significa que as despesas de importação se reduzirão substancialmente. É, também, um alívio financeiro para a Petrobras, que subsidia os consumidores brasileiros.
A Petrobras vende a gasolina no Brasil por um preço inferior àquele pelo qual ela compra. O subsídio se destina, primeiro e acima de tudo, a controlar a inflação.
A ameaça mais séria, para o Brasil, vem do pré-sal. Como o "shale oil" americano, a extração do pré-sal é mais cara que a convencional.
Alguns estudos sugerem que com o barril a 40 dólares o pré-sal se inviabilizaria. Mas antes disso a vítima seria a indústria americana de óleo alternativo.
É razoável supor que o barril não descerá muito além dos 60 dólares.
A OPEP disse que ia esperar uns meses para ver o que ocorria. Um preço muito baixo, por um tempo longo, poderia ser fatal para a OPEP.
Assim, é presumível que, em algum momento nos primeiros meses de 2015, a produção seja reduzida para que o preço se recomponha.
Enquanto isso, as companhias petrolíferas são ferozmente castigadas. Nos últimos seis meses, as ações da Goodrich Petroleum caíram 86%. As da Oasis Petroleum, 75%.
A Petrobras é um caso entre muitos, e não um caso único, ao contrário do que a imprensa brasileira noticia.
Nada na economia mundial, em 2014, foi tão importante quanto o colapso dos preços do petróleo – mas a mídia brasileira, no afã de bater na Petrobras e consequentemente no governo, parece que não percebeu.
Educação: Aumenta em quatro vezes participação dos alunos mais pobres na universidade pública
Resultado direto de 12 anos de PT no governo, das inúmeras políticas de inclusão social implementadas pelas administrações do partido, registrou-se um aumento em quatro vezes do ingresso dos jovens das famílias mais pobres nas universidades públicas. O dado revela não apenas que a ampliação das oportunidades – uma obrigação do Estado - é possível mas, sobretudo, mostra a garra desses estudantes que estão correspondendo às expectativas e ao investimentos que o governo tem feito na área de educação.
Os dados desse aumento são da Síntese de Indicadores Sociais do IBGE. Eles apontam que a presença dos 20% mais pobres da população brasileira na universidade pública aumentou quatro vezes entre 2004 e 2013. "Houve políticas de ampliação de vagas e outras (medidas) como o ProUni (Programa Universidade para Todos) e as cotas, mas também houve aumentos da renda e da escolaridade média (do brasileiro)", comemora a responsável por essa parte da pesquisa no IBGE, Betina Fresneda.
Em 2004, esses alunos representavam apenas 1,7% do total das vagas nas universidades públicas brasileiras. Em 2013, chegaram a 7,2%. Nas universidades privadas também houve aumento de alunos deste segmento: eles passaram de 1,3 % para 3,7%. Em contrapartida, houve uma queda da participação dos 20% mais ricos. Eles passaram de 55% para 38,8% nas instituições de ensino superior públicas; e de 68,9% para 43% nas de ensino privadas no mesmo período.
O IBGE também aponta a redução da distorção idade-série entre os jovens de 15 anos a 17 anos. Em 2004, apenas 44,2% desses alunos cursavam o ensino médio (adequado à sua idade); em 2013, esse percentual subiu para 55%. Já o número de jovens que não estudam também diminuiu: passou de 18,1% para 15,7%. Na faixa dos alunos de 13 anos a 16 anos fora da série adequada o índice, que era de 47,1% em 2004 diminuiu para 41,4% em 2013.
A preocupação deve continuar incidindo, porém, aponta o IBGE, entre os chamados nem nem, jovens que não estudam, nem trabalham. Em 2013, um em cada cinco jovens brasileiros entre 15 anos e 29 anos (20,3%) não estudava nem trabalhava. A faixa etária que mais concentra este segmento (24%) é a de jovens entre 18 anos e 24 anos.
Zé Dirceu
Hoje é um grande dia para os que creem na soberania das nações e na boa-vontade entre os povos.
por Fernando Brito
Cuba e Estados Unidos restabelecem relações diplomáticas e, assim, tornam inevitável o caminho para que cesse o bloqueio norte-americano à ilha, o equivalente ocidental ao Muro de Berlim.
Para os mais jovens, trata-se de restrições às relações comerciais entre os dois países, imposta pelos EUA no início de 1962 (!), como forma de tentar derrubar a revolução liderada por Fidel Castro.
Com ele, qualquer empresa sediada ou com subsidiárias nos Estados Unidos pode ser multada ou até fechada se fizer negócios com a ilha.
Os prejuízos a Cuba chegam a incríveis US$ 1,1 trilhão, segundo cálculos apresentados este ano na ONU, que há década exige o fim do embargo, uma determinação praticamente unânime da comunidade mundial, da qual se excluem apenas Israel e as minúsculas Ilhas Palau, que se declaram estado associado aos EUA.
Ah, sim, e a comunidade coxinha brasileira, que ressuscitou o tal "vai pra Cuba" com 40 anos de atraso civilizatório.
O que, considerando o déficit mental desta turma saudosa da ditadura – na qual 70% não viveram, para ver como era "bom" – até que revela uma certa coerência na estupidez.
É uma grande vitória, também, para dois homens.
Um, o Papa Francisco, que abandonou as pompas e a circunstâncias vazias e atirou-se ao mundo como um verdadeiro promotor da convivência humana.
Suas gestões junto a Barack Obama e Raúl Castro foram o empurrão que faltava para o gesto que, embora obvio, faltava há mais de meio século.
Outro, Fidel Castro, um líder que sobreviveu aos atentados, ao bloqueio, à desestabilização e a inimaginável quantidade de golpes que se desfecharam sobre um pequeno país que, com todas as restrições que se possa fazer-lhe, avançou na educação, na saúde, na elevação do ser humano como talvez nenhum outro tenha feito em duas gerações.
Mas ambos, Francisco e Fidel, Cuba e Estados Unidos, ficam pequenos diante do significado de algo que se parece estar querendo ser deixado de lado aqui: a capacidade das pessoas e dos países em conviverem com as diferenças, sem ódios.
Em paz.
E que por isso vale a pena esperar, nem que seja toda uma vida.
Até ontem o embargo yanque contra Cuba era fruta madura para o pig
Filhote do Muro de Berlim, o cinquentenário bloqueio econômico dos Estados Unidos a Cuba apodreceu há pelo menos 25 anos, junto com a unificação da Alemanha. Ao reativar as relações diplomáticas de Washington com Havana, Barack Obama apenas colhe o fruto podre. Sem grande esforço, empurra para dentro de sua biografia um feito histórico.
Mal comparando, Obama entrega à historiografia mundial uma passagem análoga à reaproximação com a União Soviética (Roosevelt) e à aterrissagem dos interesses americanos na China comunista (Nixon). Faz isso por pragmatismo político e econômico.
Politicamente, as providências anunciadas por Obama fazem sentido porque, como ele próprio reconheceu, "esses 50 anos mostraram que o isolamento não funcionou". Fidel Castro aposentou-se. Vestiu agasalho Adidas. Mas não foi deposto.
Economicamente, as medidas são sensatas porque potencializam um processo que liberará o empresariado americano para usufruir da abertura econômica de Cuba, que engatinha. Algo que canadenses, europeus e até brasileiros já vêm fazendo.
O fim do embargo, disse Obama, depende de decisão do Congresso americano, que terá maioria republicana nas duas casas a partir de 2015. Pode demorar um pouco. Mas a excrescência será abolida. Pela simples e boa razão de que manter o embargo não faz o menor nexo.
Josias de Souza
Poesia da noite
Sempre...
Encarar a vida pela frente, e vê-la como ela é...
Por fim, entendê-la e amá-la pelo que ela é...
E depois deixá-la seguir...
Sempre os anos entre nós, sempre os anos...
Sempre o amor...
Sempre a razão...
Sempre o tempo...
Sempre...
As horas.
Virginia Woolf
EUA e Cuba reataram relações
Jô Soares provoca a Globo mais uma vez
Quem não deve não teme
- Eu preciso ser investigada, os diretores, nós precisamos ser investigados. E para isso precisamos das auditorias internas. Eles chegam, entram na sua sala, abrem seus armários, pegam seus papéis, computadores. E isso é bom
- A coisa mais importante para a diretoria é a (Empresa), muito mais importante que o meu emprego.
Graça Foster, presidente da maior e mais importante empresa do Brasil pode. E disse. Também pediu demissão e a presidente Dilma Roussef não aceitou.
Classificado
Vendo Fusca - 82 em excelente estado de conservação.
Motivo: Conseguir dinheiro para comprar ações da Petrobras.
@RRodrineto
Bom dia
José Dirceu: A piada dos tucanos em São Paulo. Com ajuda da mídia e da justiça
Inclusive o senador tucano eleito por São Paulo, José Serra tira sarro e sempre que dá entrevistas ridiculariza as investigações da Polícia Federal, do Ministério Público Estadual (MPE-SP), do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômico. O mote dele ultimamente é dizer que “merece uma medalha’ pelo “combate que travou” contra cartéis no Estado. É ou não é querer ridicularizar, escarnecer das investigações e da população?.
Reforça este comportamento deles – e da mídia – o arquivamento de todas as denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) no Supremo Tribunal Federal (STF). Denúncias em que foram citados o senador Aloysio Nunes Ferreira Filho, (PSDB-SP), os deputados Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Edson Aparecido (PSDB-SP)… todas arquivadas.
Processo contra gente do PSDB, se chega ao STF é arquivado
Denúncias em que foram citados, também, os deputados José Aníbal (PSDB-SP) e Rodrigo Garcia (DEM-SP). Ao que tudo indica, iam ter o mesmo destino, o arquivamento. A votação se prosseguia ou não o processo sobre participação deles no conluio do cartel estava com votação empatada numa das câmaras do STF, 2 a 2, quando o ministro Luis Fux pediu vistas e a decisão foi para as calendas.
É assim, em relação a tucanos. Ou arquivam-se os processos ou eles não andam; quando andam não há decisões; quando há a mídia não noticia; quando noticia limita-se a meros registros…
Dessa forma o que vale para os outros não vale para os tucanos, que têm o manto protetor da mídia e da justiça. Como no caso da Operação Castelo de Areia, primeira a apurar pagamentos indevidos que teriam sido feitos pela empreiteira Camargo Correia. A Castelo de Areia foi , anulada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por ter se baseado em escutas telefônicas não autorizadas judicialmente.
Em relação a tucano, a tudo a mídia faz vistas grossas…
É a mesma justiça que recebe denúncias contra outros parlamentares, na montagem de um simulacro, na montagem de respeito a presunção da inocência deles e de que eles podem se defender durante o devido processo legal. Tudo uma piada de mau gosto.
Basta observar, no caso Petrobras: a mídia só repete fatos já conhecidos e faz o jogo para demitir a presidente da estatal, Graça Foster. Não faz o mesmo para investigar o governo de São Paulo no caso do cartel e muito menos os ex governadores e deputados citados no caso do cartel do metrô e dos trens.
Vão sendo todos inocentados, sem que o processo contra eles sequer ande, tramite, seja instaurado, apesar do pedido da Procuradoria Geral da República ao Supremo – que agora, decide inovar e desmembrar em relação aos réus da Operação Lava Jato ao contrário do que decidiu no caso da Ação Penal 470.
Conversa Afiada: Petrobras - oh, que delícia de crise
A Petrobras não exporta petróleo.
Portanto, pouco se lhe dá se os preços do barril desabaram no mercado internacional.
A Petrobras importa diesel.
Com a inauguração da estratégica Refinaria Abreu e Lima – a primeira que o Brasil construiu em séculos – a Petrobras passa a produzir diesel internamente.
A Petrobras cada vez mais se utiliza do petróleo do pré-sal – cuja produção cresce vertiginosamente e já significa 30% do consumo nacional.
Portanto, pode abastecer o país com tranquilidade, com mais ou menos petróleo extraído do pré-sal, sem gastar um dólar de divisa.
É só chupar o óleo lá de dentro, custe US$ 1.000, o barril, ou U$ 10 …
Com a estratégica decisão – da Dilma e da Graça – de garantir 60% de conteúdo nacional, as compras da Petrobras serão pouco afetadas pelo aumento do custo de importação, com a desvalorização do Real.
Porque os custos serão os internos, em Real.
Ah, mas a queda do preço do petróleo vai desorganizar o mundo.
Sim !
E muito provavelmente o Brasil dela se beneficiará.
Porque os países que consomem petróleo importado vão gastar menos com petróleo e comprar mais – comprar mais soja, carne, café e produtos manufaturados, como os aviões da Embraer.
Portanto, qualquer tentativa de transformar a crise russa numa crise brasileira não passa de fraude intelectual.
Até porque não se sabe a extensão dessa crise: qual a reação do Putin e se Obama vai deixar Wall Street quebrar pela segunda vez nas suas mãos …
Paulo Henrique Amorim