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Parafraseando João Luiz Manfre

Muçulmanos vão à Meca orar e fazer seus pedidos. No Brasil pastores evangélicos vão ao MEC — Ministério da Educação e Cultura — ourar e pedir propina para comprar bíblias, construir templos e fazer caixa para campanha eleitoral do seu "Chefe". 
Corja imunda que usa a religião para enriquecer. 
Vermes!
 


A vida continua>>>
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Laranja com chocolate e lavagem de dinheiro



Legalmente Flávio Bolsonaro ( o coiso zero hum), tem 25% de uma franquia da Kopenhagen. Os outros 75% estão no nome de Alexandre Dias Ferreira Santini. Segundo documentos Flávio Bolsonaro tirou quase hum milhão de reais de LUCRO. Sendo assim Santini tirou quase três milhões de reais de LUCRO.

4 milhões de lucro numa franquia da Kopenhagen no Brasil?

 Acredita nisso os mesmos que acreditaram no Kit gay e na mamadeira de piroca. Na verdade isso é uma mistura de laranja com chocolate e lavagem de dinheiro de milicianos.

Corja!

*

Rachadinha, chocolate, laranjal e corrupção bolsonarista

😈
O El País explica a razão da “batida” do Ministério Público na franquia da loja de chocolates Kopenhagen num shopping da Barra da Tijuca.
É que, com a quebra do sigilo bancário verificou-se que o faturamento da loja seria desproporcionalmente alto e fora das épocas em que são maiores as vendas de chocolate, como na Páscoa.
Na Veja, diz-se que foi com os lucros da loja que Flávio justificava o volume de recursos usado em suas transações com imóveis.
O chocolate com laranja da Kopenhagen pode ser amargo, mas certamente será menos que as festas de Natal da família Bolsonaro, porque o episódio de hoje vai embalar, como música, novos desvendares dos subterrâneos do clã.

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Se o ministério público investigar de verdade o clã bolsonaro e a verdade for publicada pela grande imprensa (o que duvido), tenho certeza que Al Capone é nenê diante desses milicianos.

Primeiros passos de Bolsonaro no combate a corrupção

Nos primeiros dias do seu governo Bolsonaro mostrou a que veio e o que fará no combate incançável a corrupção:

  • Decretou censura aos membros do Coaf
  • Enfraqueceu a Corregedoria da Receita Federal
  • Dificultou o acesso dos cidadãos a informações do governo e do Estado
  • Quer proibir que parentes de políticos sejam monitorados pelo Coaf e Banco Central
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro combatem a corrupção tanto quanto eu torço para o governo deles dar certo. Falando nisso: Cadê o Queiroz?




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Josias de Souza: decreto é atentado de Bolsonaro a transparência

O decreto presidencial que ampliou o número de servidores com poderes para classificar documentos como ultrassecretos e secretos, com proteção de até 25 anos, renováveis por igual período, é um atentado do governo de Jair Bolsonaro contra a Lei de Acesso à Informação. Essa não é uma lei qualquer. Estamos falando da lei que regula a liberação de documentos e dados produzidos ou obtidos pelo Estado brasileiro. 

A lei privilegia a transparência. Em princípio, o cidadão tem o direito de conhecer tudo. A restrição de acesso é excepcional. Por isso mesmo, apenas um seletíssimo grupo de autoridades —presidente, ministros e comandantes militares, por exemplo— podiam definir, com muito assessoramento técnico e grande responsabilidade política, os dados que seriam mantidos longe da curiosidade do público por mais tempo.

Atentado a transparência e censura começou com o do Coaf que teve seus membros proibidos de falar sobre os processos. Tudo isso plantado no terreno de combate a corrupção que sejumoro toma conta,

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Lei Flávio Bolsonaro

O BC - Banco Central - pretende aprovar norma que exclui parentes de políticos terem suas movimentações financeiras monitoradas pelo Coaf. Funcionários concursados da instituição estão indignados, dizem que isso é uma aberração, um retrocesso institucional de combate a corrupção que denigre a história do Banco.

Um alto funcionário disse (em off) que essa "Lei" já foi batizada de Lei Flávio Bolsonaro.

É assim que este governo combate a corrupção.

Parabéns Bolsonaro, parabéns sejumoro.


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Coincidência

Vejam a coincidência: sete milicianos, suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle e Anderson, foram presos essa manhã em Rio das Pedras. Exatamente a favela onde, segundo Lauro Jardim, Queiroz está escondido, fugindo da imprensa.
Mundo pequeno, não é?

Juliano Medeiros

As ligações dos Bolsonaros com o "Escritório do crime"



Jornal GGN - O portal G1 e o jornal O Globo publicaram reportagens expondo a ligação de Flávio Bolsonaro com 2 milicianos alvos da operação Os Intocáveis, deflagrada nesta terça (22). Eles são apontados como membro e chefe do "Escritório do Crime", que é um grupo de milicianos de Rio das Pedras cuja principal atividade é matar sob encomenda, e que teria relação com a morte de Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
O Capitão Adriano Magalhães (ex-Bope) e o major da PM Ronald Pereira foram homenageados na Assembleia do Rio por Flávio Bolsonaro. Além disso, o ex-deputado empregou em seu gabinete a mulher e a mãe do Capitão Adriano, que está entre as assessoras parlamentares de Flávio que depositaram dinheiro na conta de Fabrício Queiroz.
O Escritório do Crime foi revelado pelo jornal O Globo em agosto de 2018, mas a esposa e a mulher do chefe miliciano só foram exoneradas depois da eleição, em 13 de novembro.
Segundo reportagem de O Globo, o major Ronald tem 43 anos e é investigado por "integrar a cúpula do Escritório do Crime". Quando foi homenageado por Flávio, ele já havia sido acusado pela chacina de 5 jovens. Também já foi preso duas vezes por outros crimes.
O Capitão Adriano tem 42 anos e é apontado pelos investigadores como o "poderoso chefão da milícia de Rio das Pedras" e também é "suspeito de ser chefe do Escritório do Crime." O Globo diz que ele é "amigo" de Queiroz. Ele foi preso duas vezes, sendo uma em 2011, na operação Dedo de Deus, contra o jogo do bicho. À época, ele foi considerado responsável pela segurança do chefe da quadrilha, Shanna Harrouche Farcia, filha do bicheiro Waldomir Paes Garcia, morto em 2004.
A mãe do Capitão Adriano, Raimunda Veras Magalhães, aparece em relatório do Coaf por ter depositado R$ 4,6 mil na conta de Queiroz, o ex-motorista de Flávio Bolsonaro que é suspeito de operar uma conta de passagem. Em 3 anos, Queiroz movimentou R$ 7 milhões em sua conta, sem ter renda nem patrimônio para isso. Raimunda , que ocupa cargos na Alerj em função de Flávio ao menos desde 2015, recebia um salário de pouco mais de R$ 6 mil. A esposa do Capitão se chama Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega e é servidora desde 2010. 
"O relatório do Coaf aponta mais uma possível ligação entre Queiroz e Adriano.  Segundo dados da Receita Federal, Raimunda é sócia de um restaurante localizado na Rua Aristides Lobo, no Rio Comprido. O estabelecimento fica em frente à agência 5663 do Banco Itaú, na qual foi registrada a maior parte dos depósitos em dinheiro vivo feitos na conta de Fabrício Queiroz. Na agência foram realizados 17 depósitos não identificados, em dinheiro vivo, que somam  R$ 91.796 - 42% de todo o valor depositado em espécie nas transações discriminadas pelo Coaf, segundo um cruzamento de dados feito pelo GLOBO."
Flávio Bolsonaro prestou homenagens na Assembleia ao Capitão Adriano, por "serviços à sociedade", duas vez: uma em 2003 (moção de louvor) e outra em 2005 (Medalha Tiradentes).
Em 2014, "Adriano e o primeiro-tenente João André Ferreira Martins foram demitidos da PM, considerados culpados nas acusações de associação com a contravenção."
Flávio também ao major Ronald Paulo Alves Pereira, mas em março de 2004. O G1 anotou que até hoje o major é considerado o "chefe da milícia da Favela da Muzema" e que foi homenageado por Flávio depois de ter sido apontado como um dos autores da Chacina da Via Show, que matou cinco jovens na saída de uma festa.
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Pitaco do Briguilino: o titúlo é meu - Joel Leonidas Teixeira Neto -. Explico: Jair Messias Bolsonaro, o líder do clã conhece, é amigos dos milicianos citados acima, antes do nascimentos dos filhos. Bolsonaro pai, foi quem apresentou seus colegas fardados aos seus garotos. Portanto, ele vai tentar tirar o dele da reta, mas só acredita que ele não faz parte desse esquema quem não quer ver o óbvio.
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Tradução do recado da Globo para Famiglia bolsonaro, por Weden Alves


Desprezado ocupante atual do Palácio do Alvorada. Seremos diretos. não vamos perder nosso tempo com corruptos e estúpidos como vocês, milicianos de quinta categoria. Fechem a latrina e parem de fazer ameaças veladas ao nosso Grupo. Seus aliados de hoje, são nossos aliados a muito mais tempo, não se iludem pensando que eles trocarão de parceiros facilmente, vocês não são de confiança. Toscos!

Quando você nos aplaudia por perseguir Lula, testemunhava a mais desumana, calhorda e anti-republicana campanha difamatória já vista na história da imprensa brasileira. Jogamos, a partir de chantagens contra políticos, cooptação do Judiciário, e provas forjadas, um verdadeiro mito na cadeia. Perto dele, você é uma mosca sem asas. 

Não gastaremos com você e sua família um décimo do tempo que dedicamos a massacrar Lula. O cara dá trabalho. Ele está preso, mas de cabeça erguida. Lula não cai. 

Você cai com um peteleco. Estamos alertando você e sua família. Às favas os escrúpulo. Senta essa bunda magra na cadeira e conversa. Porque você sabe muito bem que pertenceu durante anos e anos ao partido mais corrupto do país, o PP. Seu patrimônio de 15 milhões de reais em 30 anos de carreira o obrigaria a juntar todo o salário de deputado em sua vida. Você é apenas um capitão, mané, nada mais que isso. Sua matraqueira aberta e sem limites já o coloca como um dos políticos mais odiados do planeta. E seus votos correspondem a apenas 39% dos votos totais. Com duas semanas de denúncias, seu apoio popular e político desce ao subsolo e você terá problemas sérios para se sustentar. Não pense que aquela massa de deputados e senadores vaidosos vão ficar ao lado de um desafeto nosso. Eles não são tolos. Não pense que os 61% dos eleitores que não votaram em você vão ficar impassíveis. E mesmo os seus, fora os fanáticos whatsapeiros, perderão a paciência logo logo. Então alertamos: se não quiser que o velho general já um pouco senil seja o próximo a ter que negociar conosco, ou o bem mais confiável Rodrigo Maia, retome a consciência, se é que a tem. Temos experiência de décadas em derrubar presidentes, condenar ao inferno políticos, empresários, cidadãos comuns. Essa tecnologia você não vai deter com seus tuíteres e whatsapps infantis. Somos profissas, você não. Como disse Roosevelt em relação à sanguinária família de ditadores nicaraguenses, os Somozas, sabemos que você é um FDP. Mas seja nosso FDP. Com estimas, Marinhos. Seus Amos... 

Em tempo: O amadorismo do Chefe do Bando colocando Moro (que está na mão da Globo) no Ministério da Justiça, e ainda aceitar que ele assuma o Coaf, é inacreditável; a Globo assumiu o Coaf... 

Weden Alves
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Marcelo Zero: o "mito" acabou, seu governo ainda não

As últimas notícias sobre a corrupção na família Bolsonaro, evidenciada em provas materiais, mostraram à opinião pública o que qualquer pessoa bem informada sobre política já sabia há muito tempo: o "Mito" nada mais é que um político do mais baixo clero, incompetente, mentalmente fronteiriço, sem ideias e projetos racionais para o país e que entrou na política para enriquecer e defender interesses paroquiais.
O rei está nu e o "Mito" acabou.
Bolsonaro nunca passou de um idiota útil, que chegou ao poder graças ao antipetismo e à mentalidade profundamente retrógrada propiciados pelo processo golpista e por um oportunista, hipócrita e seletivo combate à "corrupção".
Bolsonaro ganhou às eleições graças a esse processo e a um festival de fake news financiado pelo grande capital, que viu nele a última esperança para derrotar o projeto de crescimento com distribuição de renda simbolizado pelo PT.
Marcelo Zero - sociólogo, especialista em política internacional e assessor da liderança do Partido dos Trabalhadores no Senado
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A queda moral dos bolsonaristas, por Aldo Fornazieri


O escândalo que envolve Flávio Bolsonaro e a própria família do presidente da República vem se revelando bem mais grave do que parecia no início: suspeita de lavagem de dinheiro, de corrupção e até de envolvimento com as milícias. Este escândalo tem um grande alcance na disputa política em geral e na disputa pelo poder. Ele representa a queda moral dos bolsonaristas, pois eles eram os detentores quase exclusivos do discurso moral, condição que lhes dava grande vantagem estratégica já que os mantinha na ofensiva retórica e embretava seus adversários, principalmente o PT, numa já prolongada defensiva.

Se a queda moral dos bolsonaristas ainda não representa uma reversão das posições ofensiva/defensiva na relação com o PT e o campo progressista, ao menos, no momento, equilibra um pouco mais o jogo nas escaramuças e do fogo cruzado da política entre governistas e oposicionistas. O desfecho da luta pela ocupação da posição ofensiva vai depender do desdobramento da crise, das ações do governo, das ações da oposição e da virtude e capacidade dos líderes em conduzir as batalhas.

É importante observar que nenhuma força que detém o poder conseguirá mantê-lo se estiver numa longa defensiva moral. Da mesma forma, nenhuma força de fora do poder conseguirá vitórias significativas se estiver na defensiva moral. Na política brasileira recente sobram exemplos para ilustrar essas situações. Mesmo no campo militar, a defensiva moral é coveira de forças poderosas. Basta lembrar o exemplo dos Estados Unidos no Vietnã: lutavam uma guerra injusta que os colocou na defensiva moral junto à opinião pública interna e internacional, fator decisivo na sua derrota e retirada dos americanos. Ocorre que a defensiva moral erode a autoridade, a legitimidade, a confiança e o ânimo de quem a carrega, por mais meios de poder que detenha.

A moralidade, assim como a perversidade e o egoísmo, é uma potência inerente à natureza humana. Sua aspiração torna-se mais forte à medida em que as sociedades se humanizam e se civilizam, afirmam direitos, justiça, igualdade e liberdade. A exigência de conduta moral tornou-se um paradigma do republicanismo clássico por entender que o Estado deve ser res publica. E daí vem o forte repúdio às práticas de corrupção.

A exigência de moralidade na vida pública, no entanto, não está isenta de problemas. Ocorre que o discurso moral pode ser manipulado e tornar-se moralismo. O moralismo  pode ser entendido como aquela atitude que se empenha em moralizar todas as coisas e situações sem expressar uma compreensão sobre as quais o moralismo se manifesta. Assim, o moralismo se esvazia de conteúdo e se torna uma mera retórica incitadora de valores igualmente vazios. Veja-se, como ilustração, a fórmula “O Brasil acima de todos e Deus acima de tudo”. O que significa isto? Nada! Trata-se de um mero formalismo, carente de qualquer conteúdo, de qualquer significado real.

Ocorre que o moralismo vem imbricado com uma aspiração justa: o combate à corrupção, embora o moralismo seja incapaz de combate-la, pois esta requer leis pertinentes de punibilidade, a certeza de sua aplicabilidade e mecanismos de controles públicos e sociais do poder. Ademais, o moralismo vem carregado com as ideias de purificação, de pureza e de limpeza, mesmo que esta seja feita pelos instrumentos demoníacos da violência. O moralismo político, por ser um ardil na busca do poder ou de sua manutenção, sugere a violação da Constituição e das leis em nome da pureza. Ele contamina a decisão judicial, pois os juízes emitem sentenças, não a partir da Constituição, das leis e da técnica jurídica, mas a partir de sua vontade moral. Contamina as políticas públicas, pois estas também são moldadas a partir dos valores morais dos agentes públicos e políticos e não a partir das necessidades e dos direitos sociais dos cidadãos. Contamina também a elaboração legislativa, pois a carga moral conservadora privilegia grupos específicos e bloqueia direitos civis e políticas sociais necessárias.

O moralismo, em nome de valores genéricos e vazios, escamoteia os que são os verdadeiros injustos e os injustiçados e disfarça a injustiça real assentada na desigualdade, pois a sua clivagem é entre os puros e os impuros. O moralismo é uma forma de autoritarismo e pode generalizá-la, pois, em nome dos valores morais, a alteridade é negada e pretende-se construir a nação como  um lugar exclusivo para os iguais iniciados na comunidade dos puros. Em regra, os moralistas são hipócritas já que não praticam o pregam e usam o próprio moralismo não para uma melhora moral da sociedade, mas para conquistar e manter o poder. Não há um conteúdo moral no moralismo, mas mero uso instrumental.

Note-se que quase todos os políticos que foram às ruas exigir moralidade pública e o impeachment de Dilma se revelaram como moralistas sem moral, pois eram corruptos juramentados. O sistema, corrupto que era de fato, entrou em colapso, mas não foi superado. Valendo-se dessa situação, Bolsonaro apresentou-se como o último baluarte da moral e como o candidato antissistema. Sem que se completassem ainda 30 dias de governo, esse baluarte ruiu e mergulhou nas profundezas apodrecidas do sistema. A família Bolsonaro emergiu desse lodo como uma família de moralistas sem moral. Com isso, Bolsonaro perdeu a pureza e a condição de ser o eleito de Deus, por revelar-se um pecador.

Há que se notar que o discurso moralista tem uma grande capacidade persuasiva e de convencimento nos momentos das disputas, pois ele se isenta de fornecer explicações racionais. Este poder persuasivo aumenta se a sociedade está desesperançada, mergulhada na crise e nas vicissitudes do desemprego e da pobreza. Todo o mal é atribuído à corrupção que, de fato, é um mal, mas não o único e talvez nem o mais importante. Já o moralismo instalado no poder é um instrumento frágil de sua manutenção, pois o elemento mais valioso da manutenção do poder são os resultados proporcionados pelo governante em benefício dos governados. Quando os governados se sentem enganados, a sua cobrança por resultados será mais incisiva e o  repúdio ao governo fracassado será ainda mais contundente. Este agora é o grande risco de Bolsonaro que poderá ver sua lua de mel com os eleitores drasticamente reduzida.

O equacionamento da crise Queiroz-Bolsonaro não é fácil. A solução mais radical seria a renúncia de Flávio ao mandato de senador. O presidente Jair Bolsonaro, claro, não pode ser imputado pelos elementos do escândalo, mas pode ser investigado, o que o enfraquecerá politicamente. Se a crise se agravar, poderá ocorrer um aumento da tutela dos militares sobre o presidente. Se se tornar incontrolável, no limite, poderá ser pressionado a renunciar. Mas a hipótese mais provável é que ele permaneça na presidência sob forte tutela dos generais de seu governo.

Bolsonaro, seus filhos e os bolsonaristas não poderão mais atacar Lula, a esquerda, o PT, o PSol e os movimentos sociais com a mesma desenvoltura que vinham atacando. As oposições agora também estão municiadas para o fogo cruzado. O Ministério Público, o Judiciário e Sérgio Moro foram postos contra a parede pela crise. Ou darão respostas claras e convincentes à sociedade ou a máscara enganosa de sua imparcialidade será rasgada para revelar rostos acabrunhados ou desavergonhados da cumplicidade com a corrupção e com o crime.

A crise Queiroz-Bolsonaro é a continuidade da crise anterior, é a crise de um sistema falido que não quer morrer. É a crise da incapacidade das forças políticas em reformar o sistema. É a crise da falta de lideranças virtuosas e corajosas. O que se tem são políticos acostumados à política miúda, aos conchavos, à manutenção de uma ordem institucional ineficiente que esmaga os direitos dos cidadãos. É a crise da manutenção dos privilégios inescrupulosos e criminosos que condenam o futuro da juventude e do país.

O escândalo Queiroz-Bolsonaro desfez o mito do justiceiro da pureza e fechou o caminho aos bolsonaristas em sua caminhada rumo à comunidade dos bem-aventurados. Agora eles precisam caminhar na estrada dos malditos junto com gente pecadora do PT, do PSol, do MDB, do PSDB etc. É neste jogo brutal dos interesses e das necessidades que os bolsonaristas terão que se ater. Sem o manto da pureza, terão que se revelar quem realmente são. E se o governo não for capaz de dar respostas às dramáticas necessidades sociais, a onda bolsonarista  poderá se espatifar nas mãos de um povo irado, pois o povo não perdoa moralistas sem moral

Bolsonaro, não complica apenas explica

É, mas tem eleitor de Jair Bolsonaro que realmente se enganou com o cla e cobra explicações, não se contenta com blablabla e essa de querer se defender atacando os outros. Muito bom que seja assim, Que Flávio Bolsonaros e quem mais tiver envolvido nesse "rolo" que responda por ele.


***

Luis Nassif: xadrez do fim do governo Bolsonaro

(...) a verdade iniciou sua marcha e nada poderá dete-la", Emile Zola, sobre as revelações e movimentos da opinião pública sobre o caso Dreyffus 

Há uma certeza e uma incógnita no quadro político atual.
A certeza, é que o governo Bolsonaro acabou. Dificilmente escapará de um processo de impeachment. A incógnita é o que virá, após ele.
Nossa hipótese parte das seguintes peças.

Peça 1 – a dinâmica dos escândalos políticos

Flávio Bolsonaro entrou definitivamente na alça de mira da cobertura midiática relevante com as trapalhadas que cercaram o caso do motorista Queiroz. Não bastou a falta de explicações. Teve que agravar o quadro fugindo dos depoimentos ao Ministério Público Estadual do Rio, internando Queiroz no mais caro hospital do país, e, finalmente, recorrendo ao STF (Supremo Tribunal Federal) para trancar a Operação Furna da Onça, que investiga a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Nas próximas semanas haverá uma caçada implacável aos negócios dos Bolsonaro. A revelação, pelo Jornal Nacional, de uma operação de R$ 1 milhão – ainda sem se saber quem é o beneficiário – muda drasticamente a escala das suspeitas.
No dia 07/01/2018, a Folha lançou as primeiras suspeitas sobre Flávio. Identificou 19 operações imobiliárias dele na zona sul do Rio de Janeiro e na Barra da Tijuca.
Em novembro de 2010, uma certa MCA Participações, que tem entre os sócios uma firma do Panamá, adquiriu 7 de 12 salas ee um prédio comercial, que Flávio havia adquirido apenas 45 dias antes. Consegiu um lucro de R$ 300 mil.
Em 2012, no mesmo dia Flávio comprou dois apartamentos. Menos de um ano depois, revendeu lucrando R$ 813 mil apenas com a valorização.
Em 2014 declarou à Justiça Eleitoral um apartamento de R$ 566 mil. Em 2016 o preço foi reavaliado para R$ 846 mil. No fim do ano, a compra foi registrado por R$ 1,7 milhão. Um ano depois, revendeu por R$ 2,4 milhões.
Ou seja, não se trata apenas de pedágio pago pelos assessores políticos, dentro da lógica do baixo clero. As investigações irão dar inexoravelmente nas ligações dos Bolsonaro, particularmente Flávio, com negócios obscursos por trás dos quais há grande probabilidade de estarem as milícias do Rio de Janeiro.

Peça 2 – a Operação Quarto Elemento

Twitter da manhã

Estamos na mão dos abutres do mercado globalizado
Associados a políticos fisiológicos e corruptos
Aos quais se associam juízes e procuradores carreiristas e individualistas!
PQP!

Roberto Requião 

Artigo do dia - fugaz




PC Farias chegou antes da hora
Nas redes sociais bolsonaristas, periferia do esquema em que se sustenta o atual presidente, a bomba que o Jornal Nacional detonou ontem – com os 48 depósitos sequenciais, em rajadas de poucos minutos, na conta de Flávio Bolsonaro – teve o efeito da Operação  Choque e Pavor, desfechada pelos EUA contra o Iraque, em 2003.
As labaredas são visíveis na internet, em várias tonalidades: desde os “arrependidos”, passando pelos “decepcionados” e pelos “atônitos”, até os que bradam contra o “Grande Satã” global, atribuindo tudo a uma trama urdida no Jardim Botânico.
As estruturas do governo não foram atingidas, o líder não foi  diretamente alcançado, mas os efeitos políticos são evidentes: desapareceu a garantia de que a casamata do bolsonarismo era invulnerável e que garantia proteção absoluta contra os mísseis da mídia e as tropas do Ministério Público.
Mais que danos diretos, o estrago principal foi que o episódio faz com que, exceto os kamikaze, os mais prudentes tiveram a devida sinalização a manterem-se longe do bunker familiar de Bolsonaro, depois de aberta a imensa rachadura de ontem.
É inevitável que, nos cenários estratégicos de gente acostumada a imaginá-los a opção “Bolsonaro Fugaz” tenha subido alguns lugares na lista de situações possíveis ou prováveis. Só quem delira ao acreditar que Jair Bolsonaro ascendeu à Presidência sozinho, por seus méritos e talentos, pode acreditar que não há núcleos de poder, econômicos, militares e políticos que não o encaram como líder, mas como ferramenta.
Com a companhia luxuosa, claro, dos que viram nele uma escada confortável para suas próprias ambições, na qual tivesse o trampolim para seus vôos futuros, como é o caso de Sérgio Moro.
Nestas áreas, as chamas não são visíveis, nem muito se ouvirá, no início, do crepitar das contestações. Mas o braseiro está aceso e as pressões para que se faça logo o que se esperava ao levar Bolsonaro ao Planalto vão se acentuar, a começar pela reforma da Previdência.
Esta turma, que sabe muito bem como manipular os cordéis do poder sempre esperou pela chegada de um PC Farias, um personagem rastaquera que exibisse a lama de onde fizeram brotar o seu controle político sobre o país.
Esperava, mas não contava com que viesse tão cedo.
Antes da hora.
Fernando Brito - Tijolaço



Aceitem que dói menos, por Ana Virgílio




Mesmo que tudo termine em pizza, sem apuração, sem punição, a poeira podre jogada para debaixo do tapete, como faziam em outros tempos, esses dias, essas máscaras caindo o tempo inteiro, já valeram.

A pose de "bons moços", o desmonte das mentiras que usavam, como se fossem paladinos da moralidade, tudo indo ralo abaixo, é uma resposta aos que, de repente, se julgavam mais brasileiros que os outros, os que gostavam de tachar de "apoiadores de corruptos" quem não compactuava com este espetáculo mambembe (que me desculpem os artistas circenses), que agora podemos assistir, em capítulos cada dia mais escabrosos, mas que não nos surpreende.

Ver os ídolos de pés de barro caindo dos andores, afaga meu coração PETISTA (isso eles diziam como um xingamento), fortalece a escolha que fiz, o caminho que resolvi trilhar, o lado do qual não arredei pé e que, com certeza, passa muito longe desse lodaçal, travestido de "governo transparente" e "anticorrupção"
Como eles gostam de mantras, aí vai um para eles:

ACEITEM QUE DÓI MENOS
Ana Virgilio

Bolsonaro começou a pagar a fatura

Na primeira entrevista que concedeu à imprensa depois de eleito presidente, Jair Bolsonaro (PSL) demonstrou desejo de ter o juiz Sérgio Moro integrando a sua equipe de governo, no comando do Ministério da Justiça; "Pretendo sim (convidar Sergio Moro), não só para o Supremo, quem sabe até chamá-lo para o Ministério da Justiça. Pretendo conversar com ele, saber se há interesse dele nesse sentido também", afirmou Bolsonaro à TV Record; Moro parabenizou Bolsonaro pela eleição e pediu "reformas para recuperar a economia e a integridade da Administração Pública".



Pitaco do Briguilino: Condenar e criminalizar o PT está começando a receber os dividendos para a quadrilha de Curitiba e a Record. Logo mais ele começa pagar os benfeitores capitalistas que bancaram o #Caixa2doBolsonaro. A coisa vai desandar antes que alguns imaginam. Pode anotar.
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