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Bolsonabo responde ao Faustão


Fausto Silva gravou vídeo dizendo que não me chamou de idiota e imbecil.
É mentira, fake news, ele falou sim.
Todos ouviram ele dizer:
 "O imbecil que está lá pode até ser honesto, mas é um idiota que está ferrando com todo mundo..."
Faustão, idiota e imbecil é você. Digo e provo. 
Dizer que eu posso até ser honesto...só mesmo sendo idiota e imbecil.


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Bolsonaro é um avatar, como derrota-lo? por Wilson Ferreira


Estamos à beira do desfecho de uma guerra híbrida iniciada em 2013 com as chamadas “Jornadas de Junho”. Num mecanismo tão exato quanto um “tic-tac”, passo a passo, um depois do outro, irresistível, sistemático: a Política foi demonizada, um governo foi derrubado, o psiquismo nacional envenenado e a polarização despolitizou e travou qualquer debate racional. Tudo iniciado pelas bombas semióticas detonadas diariamente pelas mídias de massas. E nesse momento o desfecho ocorre na velocidade viral das redes sociais. Por isso, Bolsonaro converte-se em um “candidato-avatar”: a Nova Direita descobriu a tática do “Firehose” – a espiral de boatos e desmentidos pelos “fact-checking” cria paradoxalmente o subjetivismo e relativismo que blinda o próprio candidato-avatar. Apesar de toda essa pós-modernidade, a Nova Direita tem o mesmo elemento de estetização da política criada pelo fascismo histórico: a narrativa ficcional cômica – de programas de humor da TV, Bolsonaro despontou como um “mito” de quem ria-se e não se levava a sério. Por isso, circulou livremente. Hoje, é o protagonista do “gran finale” da guerra híbrida. Como enfrentar um avatar?
Caro leitor, observe a foto abaixo. No futuro, quando pesquisadores procurarem entender como o Brasil foi capaz de destruir a Nova República e a redemocratização que levou à Constituição de 1988 (jogando o País numa distopia muito próxima à série brasileira Netflix 3%), certamente escolherão essa foto como símbolo desse movimento irracional de autodestruição.

Bolsonabo, o extremo sujo enterrado na política, por Mário Lima Jr.


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No Rio Grande do Sul, nabo também significa a parte grossa do mourão, esteio ou poste, que fica enterrada no solo. Na política brasileira, Bolsonabo é o extremo sujo há 27 anos fincado na Câmara Federal. Dentro da sua cabeça folheada, algumas mulheres merecem ser estupradas, outras não. Maria do Rosário felizmente não mereceu. Estupro é um crime vil, mas é difícil explicar coisas simples a um nabo.
Em quase três décadas como deputado, Bolsonabo apresentou mais de 150 projetos de lei. A longa trajetória política da planta não destaca esforços para proporcionar um futuro melhor aos mais de 100 milhões de brasileiros que recebem por mês renda inferior ao considerado mínimo para a sobrevivência digna. Apenas um dos projetos trata de educação, dois de saúde e 32 projetos versam sobre interesses dos militares, categoria da qual faz parte como ex-capitão do Exército.
É curioso que pessoas consideradas baixas ou altas não sejam admitidas nas Forças Armadas, enquanto raízes comestíveis desprovidas de atividade mental têm acesso garantido. Favorita de aproximadamente 20% do eleitorado, ela diz que defende os valores morais, a família e o Brasil acima de tudo. Torturar e matar estão entre os seus valores, ao invés de estabelecer o devido processo legal e prender os bandidos, como determinam a razão humana e a Constituição Federal. E a família a ser preservada deve ter uma configuração única, ainda que o amor una duas pessoas do mesmo sexo.
Responder à criminalidade com uma violência maior do que a gerada por ela é o caminho para um país mais seguro, de acordo com Bolsonabo, que admite que o número de vítimas inocentes poderia ser maior do que o atual. Considerar o uso da força aliada à inteligência em benefício da população não cabe em seu discurso limitado sobre segurança pública, o setor depende em paralelo de desenvolvimento social e é composto de diversas complexidades.
Os negros, maior parte da população brasileira, já foram chamados de gordos e ridicularizados pela planta, que é contra o direito legítimo de preservação quilombola em nome do uso das terras para um falso progresso. Cultura, memória e meio ambiente são o verdadeiro progresso em qualquer lugar decente do mundo.
Não é o Brasil que temos aí fora, pobre e negro, que Bolsonabo quer defender, mas a gula racista dos seus admiradores. Tão insaciável que Bolsonabo pretende integrar à sociedade os povos originários do Brasil, medida criminosa que há cinco séculos fracassa assassinando a cultura e o povo indígena.
Depois de tanto tempo o solo da Câmara Federal não agrada mais a Bolsonabo. Ele pretende se enfiar no Palácio do Planalto com seu próprio Mourão, general da reserva candidato a vice-presidência da República. Juntos, o nabo e o mourão não são capazes de ver nada além do que está enterrado na escuridão da terra.